Neo 2º GQ Flashcards

(63 cards)

1
Q

Sinais de alerta para afecções cirúrgicas (5)

A
  • Polidrâmnio
  • Distensão abdominal
  • Salivação excessiva
  • Ausência ou atraso da defecação de mecônio
  • Vômitos biliosos
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Q

Principais causas de polidrâmnio (5)

A
  • Malformações do SNC > mielomeningocele, anencefalia, hidrocefalia
  • Malformações do TGI > atresia de esôfago, atresia duodenal, hérnia diafragmática, gastrosquise, onfalocele, etc
  • Infecções
  • Diabetes materna mal controlada
  • Anastomoses ou tumores
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3
Q

Achados da atresia de esôfago (4)

A
  • Polidrâmnio
  • Vômitos não biliosos, salivação aerada
  • Desconforto respiratório
  • Impossibilidade de passar uma sonda (na maior parte dos casos)
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4
Q

Patologias associadas a atresia de esôfago

A

V > anomalia do corpo Vertebral
A > ânus imperfurado
C > cardiopatia congênita
TE > fístula Traqueo-Esofágica
R > atresia de Radio e agenesia Renal

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5
Q

Diferencie achados uma atresia de esôfago COM e SEM fístula traqueo-esofágica distal

A

Na atresia sem fístula:
- Abdome escavado
- Com ausência/diminuição de bolha gástrica

Na atresia com fístula:
- Abdome estará distendido
- Com bolha gástrica presente
- Pode desenvolver dificuldade respiratória por aspiração de conteúdo esofágico

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6
Q

Diagnóstico pré-natal de atresia de esôfago

A

USG pré-natal
- Bolha gástrica pequena ou ausente
- Visualização do coto esofágico
- Polidrâmnio

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7
Q

Diagnóstico pós-natal de atresia de esôfago

A

Achados clínicos:
- Salivação aerada
- Desconforto respiratório
- Impossibilidade de passar sonda
+
Achados RX:
- Ausência de bolha gástrica
- Presença de coto esofágico

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8
Q

Manejo da atresia de esôfago

A
  1. Aspirar coto esofágico
  2. Transferir para unidade de referência
  3. Decúbito elevado > principalmente se FTE
  4. Tratar cirurgicamente com anastomose primária dos cotos + ligadura de fístula
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9
Q

Explique a atresia de intestino

A

Ocorre por algum motivo (seja por gastrosquise, onfalocele, volvo, herniação, etc), progride para um encarceramento e evolui para isquemia e estrangulamento desse tecido, pode ocorrer ainda intra útero

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10
Q

Diagnóstico de atresia intestinal

A
  • Volume gástrico aumentado
  • Aumento da peristalse abdominal
  • Vômitos biliares
  • RX simples de tórax > mostrando sinal da dupla bolha ou sinal da casca de maça
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11
Q

Diferencie a atresia duodenal e de jejuno (achados e imagem)

A

Atresia de duodeno:
Quanto mais proximal a atresia, mais rápido iniciam os vômitos biliosos
- Sinal da dupla bolha > porção proximal distendida e a distal atrofiada

Atresia de jejuno/íleo:
Quanto mais distal a atresia, mais distendidas ficam as alças (pois acomete cada vez mais porções)
- Sinal da casca de maça > adelgaçamento generalizado da alça distendida

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12
Q

Tratamento da atresia intestinal

A

Após estabilizar, tratar cirurgicamente com retirada da porção atrofiada e anastomose primária das extremidades

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13
Q

Caracterize o megacólon congênito ou doença de Hirshprung

A

É um acometimento neural, com falha de migração neuronal, levando a uma paralisação da peristalise em uma zona de transformação de alça aganglionar

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14
Q

Defina a hérnia diafragmática e diferencie a de Bochdalek e de Morgagni

A

É um defeito do fechamento do forame pleuro peritoneal OU por falha do desenvolvimento da masculatura diafragmática, resultando em uma herniação

Bochdalek: bem mais comum, ocorre na porção posterior, próximo às vértebras
Morgagni: diagnóstico mais tardio, bem menos comum, acomete a parte anterior, próximo ao esterno

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15
Q

Diagnóstico da hérnia driafragmática

A

Sinais no RX como:
- Abdome escavado
- Alça intestinal no tórax
- Não visualização do hemidiafragma
- Redução de bolha gástrica
- Hipoplasia pulmonar e atelectasia compressiva

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16
Q

Tratamento da hérnia diafragmática

A
  • Estabilizar, evitar hipóxia e manter sat > 90%
  • Monitorar hipertensão pulmonar
  • Tratamento cirúrgico
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17
Q

Diferencie gastrosquise e onfalocele

A

Defeito da parede abdominal, não se sabe a causa, mas ambos são bastante comuns
Gastrosquise:
- Acomete a direita da linha média
- Não é envolvido por uma membrana
- Acomete geralmente delgado, mas costuma ser menor que a onfalocele (< 4cm)

Onfalocele:
- Localizado na linha média
- Envolvido por uma membrana gelatinosa constituída por > âmnio, geleia de Wharton e peritônio
- Mais associada a outras patologias, muitas vezes cursa com hipoplasia pulmonar

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18
Q

O que é crucial no manejo da onfalocele/gastrosquise?

A
  • Diagnóstico pré-natal
  • Avaliação anterior do tamanho da herniação e se há comprometimento hepático > pois nesse caso a indicação é cesária
  • O parto deve ser realizado em um centro com UTI neonatal e bloco cirúrgico
  • Ao nascer, encaminhar para UTI:
    - Berço aquecido
    - Jejum de VO, hidratação EV > manter taxa hídrica elevada pré cirurgia
    - Sonda orogástrica grossa
    - Antibioticoterapia profilática
    - Solicitar exames laboratoriais
    - Saco estéril para cobrir a onfalocele antes da cirurgia (corrigir em até 4-6h idealmente)
    - Suporte ventilatório
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19
Q

Anomalias anorretais: defina e explique como diagnostica-las

A

Geralmente caracterizado por
- Ânus imperfurado > inserido no ponto adequado, porém sem abertura
- Fístula anal > localizado anteriormente a onde deveria estar

Diagnóstico é clínico pelo exame físico pós-natal

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20
Q

Tratamento anomalias anorretais

A

Anorretoplastia a depender da indicação e colostomia (se não houver fístula)

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21
Q

Quais pacientes tem indicação de colostomia na anomalia anorretal?

A

Toda criança que NÃO possui fístula anorretal

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22
Q

Defina a VUP (válvula de uretra posterior)

A

É a estenose da válvula entre a uretra prostática e a bulbar > impossibilita a passagem de urina pelo pênis, levando a:
- Refluxo vesicoureteral
- Ureterocele > dilatação do ureter
- Comprometimento renal > diminuindo a produção de urina e diminuindo o líquido amniótico livre (oliâmnio severo)

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23
Q

Liste todas as afecções cirúrgicas neonatais (7)

A
  • Atresia de esôfago
  • Atresia intestinal
  • Megacólon congênito
  • Hérnia diafragmática congênita
  • Gastrosquise e onfalocele
  • Anomalias anorretais
  • VUP
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24
Q

Diferencie sepse de sepse grave e choque séptico

A
  • Sepse: resposta inflamatória sistêmica (SRIS) por infecção comprovada ou presumida
  • Sepse grave: sepse complicada por disfunção orgânica e hipotensão
  • Choque séptico: sepse + taquicardia + baixa perfusão tecidual + hipotensão +
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25
Diferencie sepse suspeita, clínica e comprovada
- **Sepse suspeita**: independente de ter sintomas, mas não tem diagnóstico comprovado (menos achados ou fatores de risco do que o necessário) > em caso de desconfiança, pedir exame laboratorial - **Sepse clínica/presumida**: presença de achados clínicos e laboratoriais, mas sem comprovação do agente - **Sepse comprovada**: diagnóstico clínico e laboratorial fechado + comprovação do agente
26
Defina sepse neonatal **precoce e tardia**
Sepse precoce: 0 a 48h de vida Sepse tardia: a partir das 48h aos 28d de vida
27
Caracterize o **padrão** de sepse precoce e tardia
**Precoce**: - Por infecção intraútero ou no canal de parto - **Strepcococcus, E. coli e Listeria** **Tardia**: - Infecção hospitalar > punção, cateter, cânula, etc - **Staphylococcus, Enterococcus, Fungo**
28
Diagnóstico de sepse
**3 sinais clínicos** OU **2 sinais clínicos + fatores de risco maternos** Sinais clínicos: - Instabilidade térmica - Dificuldade respiratória - Hipotonia, convulsões - Irritabilidade ou letargia - Recusa alimentar, vômitos, distensão abdominal - Icterícia idiopática (> de bilirrubina direta) - Palidez cutânea - Sinais de sangramentos
29
Sepse no exame laboratorial (7)
- **Hemocultura em veia periférica** > padrão ouro - Proteína C reativa > análise seriada é mais interessante, procalcitonina seria bom mas não é muito disponível Aumenta em 24h, mas o pico ocorre entre 2-3 dias Ajuda para decisão de suspender ATB e quando afastar sepse se hemocultura negativa - Hemograma completo > entre 6-12h de vida Leucocitose (> 25.000) > inespecífico Leucopenia (< 5.000) > inespecífico Neutropenia (< 1.500) **Relação neutrófilos imaturos / totais (>= 0,2)** Plaquetopenia (< 100.000) > só aumenta tardiamente - Coleta de líquor > se estiver sintomático e estável, pois a punção de LCR em RN é mais complexa **Indicação de meningite**: aumento de células, aumento de proteínas, diminuição da glicose **Na sepse tardia, pedir LCR de ROTINA** - Imagem RX de tórax mostrando sinais de desconforto respiratório USG renal, cintilografia ou uretrocistografia só em caso de suspeita de ITU (nesse caso, associar a urocultura) - Exame histopatológico > coleta de placenta, membrana amniótica, cordão umbilical (em caso de sepse precoce) - Coloração GRAM
30
Padrão ouro no diagnóstico comprovado de sepse neonatal
1. Com a suspeita, aplicar **achados clínicos e fatores de risco** de sepse 2. Solicitar **exames laboratoriais** (hemocultura é padrão ouro, PCR e hemograma até podem ajudar também) 3. Com a sepse clínica comprovada, solicitar **cultura** para descobrir o agente da sepse
31
Tratamento da sepse precoce no RN sintomático
- Exames laboratoriais > hemograma, hemocultura, PCR e LCR - RX de tórax se sintomas respiratórios - Iniciar antibioticoterapia: **Penicilina cristalina + amicacina** OU **Ampicilina + gentamicina** Sintomático com hemocultura negativa: 10 dias Sintomático com hemocultura positiva: 14 dias LCR alterado: 21 dias
32
Tratamento da sepse neonatal tardia
- Em staphlococcus multirresistente (MRSA) > **vancomicina** - Em staphlococcus multissensível (MSSA) > **oxacilina** - GRAM negativos: **cefotaxima e cefepime** - Fungos: **anfotericina B** Agente GRAM positivo: 14 dias Agente GRAM negativo: 21 dias
33
Defina corioamnionite e explique os achados associados
É a infecção ascendente do corio e amnio, geralmente acomete grávidas pós RPM Achados: - Hipertermina - Líquido amniótico com odor fétido e/ou purulento - Sensibilidade abdominal - Leucocitose - Taquicardia materna e/ou fetal - Hipotonia uterina
34
Cuidados gerais na UTI de um RN com sepse (5)
- Controle de temperatura - Balanço hídrico, equilíbrio de HE, AB e metabólico - Suporte nutricional > leite materno é o ideal - Estabilização hemodinâmica > avaliar anemia e necessidade de drogas vasoativas - Manter oxigenação adequada
35
Prevenção de sepse neonatal
- Pré-natal adequado - Assistência ao parto e ao RN na sala de parto - Equipes treinadas e materiais corretos - Aleitamento materno - Prevenção de infecção cruzada - Uso criteriosos de ATB - Evitar procedimentos invasivos desnecessários em RN - Restringir entrada de familiares e profissionais com infecção aguda no CPN - Seguir a indicação de profilaxia para EGB
36
Indicações de profilaxia para EGB (4)
- RN anterior com doença pelo EGB - Cultura positiva durante gestação > mesmo se devidamente tratada - Bacteriúria assintomática ou ITU na gestação - Cultura desconhecida ou ausente para EGB + um dos achados abaixo: RPM > 18h Temperatura materna intra parto de 38 ºC RN prematuro
37
Explique o esquema de profilaxia para EGB
- Penicilina G: 5M de UI de ataque + 2,5M de 4/4h - Ampicilina: 2g de ataque + 1g de 4/4h Em caso de alergia a Penicilina, utilizar Cefazol ou Clindamicina Depois, observar por 48h
38
Explique a icterícia neonatal
Ocorre hiperbilirrubinemia indireta (não conjugada, circula com a albumina na circulação), quando > ou = a 5 mg/dL É um achado regular, porém quando há hiperbilirrubinemia direta, costuma estar associado a infecção congênita ou sepse
39
Explique a circulação da bilirrubina indireta
Na circulação sanguínea, a bilirrubina circula com a albumina. No plasma, circula livremente, pois é lipossolúvel
40
Classifique a hiperbilirrubinemia indireta significativa, grave e extrema
- Significativa > a partir de 12mg/dL requer fototerapia - Grave > a partir de 20mg/dL - Extrema > a partir de 25 mg/dL
41
Quais os fatores que geram a icterícia fisiológica (tardia)?
- Maior volume eritrocitário - Menor tempo de meia vida das hemácias - Menor capacidade conjugação hepática dessa bilirrubina - Sujeito a doenças hemolíticas do RN
42
Explique a icterícia fisiológica
Termo: - Começa após as 24h de vida > icterícia tardia - Tem um pico no 3º/4º dia - O máximo fisiológico é de 12 mg/dL - Normal durar até 7 dias Pré-termo: - Também inicia em 24h > tardia - Tem um pico entre 4-7 dias - O máximo passa a ser 15 mg/dL - Será normal até 14-21 dias
43
Exames complementares na icterícia neonatal
- Hemoglobina e hematócrito > avaliar se tem anemia associada - Dosagem de bilirrugina total e frações - Reticulócitos - Tipagem sanguínea - Coombs direto e indireto - Pesquisa de anticorpos se necessário - USG transfontanela > se hematoma, hemorragia pós natal
44
Quando investigar icterícia patológica?
- Prematuro, asiático - História de doença hemolítica, cefalohematomas ou equimoses - Icterícia nas primeiras 24h > indicativo de causa patológica! - Dosagem de bilirrubina total elevada
45
Método clínico de determinação da zona de icterícia por inspeção
- Zona 1: atinge apenas o rosto > BT entre 4 e 8 - **Zona 2: atinge do pescoço à cicatriz umbilical > BT entre 5 e 12** - Zona 3: atinge da cicatriz ao joelho > BT em média 15 - Zona 4: tornozelo e antebraço - Zona 5: região palmar e plantar
46
Explique a nomenclatura de Bhutani
Divide as zonas de baixo, moderado baixo, moderado alto e alto risco de icterícia patológica. A partir do P75, o que inclui a zona de moderado alto e a zona de alto risco > deve-se colher exames para investigar
47
Conduta icterícia neonatal
**Quando precoce:** Colher exames + **iniciar fototerapia** **Quando tardia:** - Se atingir somente zona 1 (rosto) > observação clínica - Se atingir zona 2 em diante > colher exames - Se Bhutani foi >P75: **iniciar fototerapia + solicitar reserva de sangue + reavaliar em 3h** - Se Bhutani for < P75: observação clínica
48
Explique o funcionamento da fototerapia
Com a exposição a luz azul sob a epiderme, ocorre a fotoisomerização, o que converte a bilirrubina não conjugada em unidades solúveis em água. Parte dessa bilirrubina será excretada pela conjugação hepática na bile, enquanto outra parte será eliminada na urina
49
Cuidados com a fototerapia
- Temperatura do RN > pode haver hipoe hipertermia - Controlar a oferta hídrica > porque há um aumento da perda - Proteção ocular radiopaca - Reavaliar BT e frações a cada 4-8h - Suspender quando BT < 8-10 mg/dL
50
Quando dar alta na icterícia neonatal? (3)
- Quando Bhutani estiver abaixo de P75 (intermediário baixo ou baixo) - Após 48h sem icterícia - Se icterícia a inspeção estiver na zona 1 Mas cuidado: solicitar retorno ambulatorial em 48-72h para avaliar icterícia por AME
51
A triagem neonatal inclui quais testes de triagem?
- Teste do pezinho - Teste da orelhinha - Teste do olhinho - Teste do coraçãozinho
52
Descreva como e quando coletar o **teste do pezinho**
A coleta deve ser feita com o pé esterilizado, utilizando luvas e com lancetas apropriadas - O calcanhar deve ser puncionado em uma das laterais da região plantar > para haver menos chance de atingir um osso - Desprezar a primeira gota e limpá-la - Depois aplicar o sangue no papel filme Deve ser, preferencialmente coletado entre o 3º e 5º dia de vida
53
Patologias identificadas no **teste do pezinho** (6)
- Fenilcetonúria - Hipotireoidismo congênito - Doença falciforme - Fibrose cística - Hiperplasia adrenal congênita - Deficiência de biotinidase
54
Explique o **teste do olhinho**: o que indica, como e quando realizar
Como realizar: Oftalmoscópio se utiliza uma luz a cerca de 50cm de distância dos olhos, devendo haver um reflexo vermelho simétrico Uma alteração pode indicar: catarata, glaucoma, retinoplastoma, etc Quando realizar: antes da alta da maternidade, antes da alta do RN, mas pode ser realizado ao longo do 1º mês de vida
55
Explique o **teste do coraçãozinho**: o que indica, como e quando realizar
Indica: cardiopatia congênita pela diferença de saturação entre as aferições periféricas > se alterado em duas aferições distintas, deve realizar um eco dentro de 24h Como: Aferição da saturação do membro superior direito (MSD) e um dos membros inferiores. O resultado normal consiste na saturação >= 95%, sendo a diferença menor que 3% entre as duas aferições Quando: antes da alta da maternidade
56
Explique o **teste da orelhinha**: o que indica, como e quando realizar
Quando: entre 24-48h de vida ou antes da alta da maternidade Indica: risco de deficiência auditiva (pré-neural ou coclear) Como: Emissões otoacústicas (OEAE)
57
Quais são as 3 principais etilogias de hipoglicemia neonatal?
1. **Baixa reserva de glicogênio** > quando nasce, o RN depende da reserva depositada no 3º trimestre para manter os níveis basais 2. **Maior utilização da glicose** > maior gasto, maior demanda 3. **Causas mistas**
58
Fatores associados a baixa reserva de glicogênio
- PIG - RCIU - Prematuro - Baixo peso ao nascer
59
Fatores associados a hipoglicemia por alto consumo de glicose
**Hiperinsulinemia** - Diabetes materna > hiperglicemia passa de mãe para o filho, estimulando a produção de insulina no bebê. Quando nasce, para de passar glicose da mãe, mas os níveis de insulina continuam alto - Eritroblastose fetal - Síndrome de Beckwith-Wiedemann - Uso de tocolítico, entre outros **Situações de estresse do RN** - Sepse - Síndrome respiratória aguda - Hipotermia
60
Quadro clínico da hipoglicemia
- Tremores - Hipotonia - Irritabilidade - Letargia, torpor, fraqueza - Hipotermia - Taquipneia com crises de apneia, cianose - Bradicardia - Reflexo de moro exagerado
61
Recomendação triagem na hipoglicemia
Não é recomendado para RN assintomático ou sem fator de risco. Então, realizar a triagem se: - Sintomático - Amamentação inadequada nas primeiras horas - Macrossômico > risco de hipoglicemia por hiterinsulinemia, nesse caso iniciar a triagem cedo, mas intervalar até as primeiras 24h de vida - PIG/RCIU > risco por baixo armazenamento, iniciar a triagem 3h depois do nascimento, porém manter até os primeiros 3d de vida Na triagem, utiliza-se a Dextro (fita reagente) no acompanhamento da hipoglicemia, porém o valor mínimo não é consenso, mas roda em torno de 40-45 mg/dL
62
Conduta na triagem de hipoglicemia
Dextro iniciado 30 min após a primeira mamada: - Se estiver entre 25-45 mg/dL: amamentar mais e repetir dextro após 1h - Se estiver abaixo de 25 mg/dL: - Iniciar PUSH de 2mg/kg de soro glicosado a 10%, em veolucidade de 1mL/min - Depois, fazer infusão contínua entre 5 e 8 mg/kg/min Na reavaliação, se estiver abaixo de 35 mg/dL, continuar a infusão. Se estiver acima, manter só em observação.
63
Além do soro glicosado, pode ser necessário iniciar outras drogas. Quais podem ser?
- Glucagon > primeira opção - Glicocorticoide (hidrocortisona) - Diaxódico ou oxtreotide > em caso de hiperinsulinemia persistente