Semio 2º GQ Flashcards

1
Q

Defina o diafragma pélvico

A

Junção da musculatura sustentadora da pelve, que possui grande importância nos indivíduos bípedes.

Constituída pelos M. levantadores do ânus + M. coccígeo

Levantadores do ânus:
- M. puborretal
- M. pubococcigeo
- M. isquiococcigeo

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2
Q

Diferencie os 3 níveis de DeLancey

A

Nível 1: sustenta o colo do útero pelos ligamentos cardinais e útero-sacro

Nível 2: preenche a vagina com a fáscia vaginal e retrovaginal

Nível 3: sustenta o períneo, com a musculatura do períneo, especialmente o corpo que é local de inserção da maior parte dessas estruturas

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3
Q

Explique os 3 mecanismos do enchimento vesical

A
  1. Através dos nervos hipogástricos da cadeia toracolombar, o SN autônomo libera noradrenalina aos receptores:
    - Beta 3 recebem na cúpula vesical, relaxando-a para aumentar o armazenamento
    - Alfa 1 recebem no colo cervical, contraindo-o para impedir o esvaziamento
  2. Através dos nervos pudendos da cadeia sacral, o SN somático estimula os receptores no esfíncter vaginal externo, impedindo a eliminação não proposital de urina
  3. Por fim, as mulheres por estímulo do estrogênio tem um terceiro mecanismo, que é de coaptação uretral
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4
Q

Quando a bexiga atinge o limite de armazenamento, o que impede que a mulher urine?

A

O estímulo somático de contração do esfíncter vaginal externo

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5
Q

Diferencie menopausa precoce e tardia

A

Precoce: entre 40-45 anos
Tardia: depois dos 55 anos

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6
Q

Sintomas da menopausa (7)

A
  • Fogachos (sintomas vasomotores)
  • Predisposição a osteoporese
  • Alteração da libido, menos lubrificação
  • Alteração de humor
  • Alteração do sono (insônia ou excesso de sono)
  • Alteração do ciclo menstrual (no início o ciclo fica mais curto, depois vai aumentando)
  • Síndrome genitourinária
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7
Q

Sintomas urinários da menopausa
1. De armazenamento (4)
2. De esvaziamento (4)
3. Indefinidos (3)

A

De armazenamento:
1. Enurese
2. Noctúria
3. Polaciúria
4. Urgência miccional

De esvaziamento:
1. Gotejamento pós-miccional
2. Sensação de esvaziamento incompleto
3. Esforço miccional
4. Estrangúria (dor ao urinar)

Outros:
1. Poliúria
2. Hematúria
3. Disúria

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8
Q

Defina síndrome geniturinária na menopausa

A

Associado ao hipoestrogenismo, comum na menopausa, gerado pela diminuição da coaptação de uretra.

Associado a:
- Disúria
- Polaciúria
- Dispareunia
- Prurido e irritação vaginal
- Noctúria, urgência urinária
- Predispõe ITU de repetição

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9
Q

Defina prolapso do trato genitourinário e antecedentes pessoais associados

A

É a extrusão de uma estrutura da parede anterior, parede posterior ou do ápice da vagina, ocorre por falha nas estruturas que deveriam sustentar essa região prolapsada.

Fatores associados (> pressão intrabadominal)
- DPOC, tabagismo
- Constipação intestinal
- Medicamentos colinérgicos ou anti-adrenérgicos
- Trauma
- RT pélvica

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10
Q

O que analisar no exame físico na síndrome genitourinária? (5)

A
  • Inspeção e palpação
  • Exame anorretal
  • Exame neurológico
  • Avaliação do assoalho pélvico (AFA)
  • POP-Q
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11
Q

Defina o POP-Q e sua função

A

É um método de estadiamento para definir o tamanho do prolapso, diferenciando de qual compartimento da vagina advem a extrusão

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12
Q

Como estadiar os compartimentos:
1. Anterior
2. Posterior
3. Apical

A
  1. O anterior pode ser estadiado pelo ponto de maior prolapso da parede anterior (ponto Ba)
  2. O anterior estadiado pelo de maior prolapso da parede posterior (ponto Bp)
  3. E o apical pelo início do colo uterino (ponto C), a menos que o colo seja longo
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13
Q

Qual a diferença no POP-Q de uma paciente histerectomizada?

A

Não haverá ponto D, poque não há fundo de saco sem o útero delimitando-o

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14
Q

Se uma paciente possui um colo longo (>= 5cm), o que muda no referencial do POP-Q?

A

Com o colo longo, para evitar erro de diagnóstico, será avaliado o ponto D.

O colo deve ser pedido pela relação C - D (respeitando os sinais numéricos). Se for maior ou igual a 5, avaliar o ponto D

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15
Q

Paciente com comprimento vaginal total de 10 cm, descreva o POP-Q:
Estadiamento 0, 1, 2, 3 e 4

A

Estadio 0: -8 para trás (CVT +2)
Estadio 1: entre -8 e -2
Estadio 2: entre -1 e +1 (ponto fixo)
Estadio 3: entre +2 e +7
Estadio 4: +8 em diante (CVT -2)

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16
Q

Quando realizar o teste do pezinho?

A

Realizado a partir das 48h de vida: idealmente entre 3 e 7 dias. Não se deve realizar depois dos 30 dias de vida

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17
Q

Como realizar o teste do pezinho?

A
  1. Higienizar o pé
  2. Puncionar a borda lateral externa ou interna do calcanhar com uma lanceta estéril
  3. Quando houver quantidade suficiente de sangue exposto (não expremeter) aproximar o calcanhar do papel filtro > distribuindo em todos os círculos de forma homogênea
  • Pé deve estar aquecido e abaixo da altura do coração, para não diminuir a circulação
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18
Q

Quais as principais 6 patologias coletadas pelo teste do pezinho e o que o teste identifica em cada patologia

A
  1. Fenilcetonúria > doença autossômica recessiva, incapacidade de metabolizar fenilalanina, que é um aminoácido presente nas proteínas, pela ausência da proteína que a transforma em tirosina. Percebe-se pela ausência da enzima fenilalanina hidroxilase
  2. Hipotireoidismo congênito > produção deficiente de hormônios tireoidianos, geralmente por digenesia da tireoide. Percebe-se pelos baixos níveis de TSH
  3. Doença falciforme > doença autossômica recessiva, defeito estrutural da hemoglobina S, formando hemácias em foice a depender do estímulo. Descoberto pela eletroforese de Hb, o padrão deveria ser HbFA , mas aparece HbFS
  4. Fibrose cística > Doença autossômica recessiva, com funcionamento inadequado do CFTR (canal de cloro), dosa a tripsina imunorreativa (IRT), porque com o pâncreas insuficiente, a IRT reflui para a corrente sanguínea
  5. Hiperplasia adrenal congênita > doença autossômica recessiva, que tem a deficiência frequente da 21-hidrozilase, diminuindo a produção de aldosterona e cortisol, mas aumenta andrógenos. Triagem pela dosagem de 17-hidroxi-progesterona
  6. Deficiência de biotinidase > herança autossômica recessiva, falha de reutilizar a biotina circulante, levando a falha das enzimas mitocondriais. Triagem pela análise da biotina
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19
Q

Explique o teste do olhinho

A

Teste do reflexo vermelho:
O ambiente deve estar em penúmbra, alguém deve estar segurando o bebê e os dois olhos devem estar abertos
Apontar o oftalmoscópio a uma distância de 50 cm, incidir a luz ao mesmo tempo em ambos os olhos. Então, será comparado o reflexo dos dois olhos

20
Q

Patologias associadas ao teste do olhinho

A

Qualquer patologia que leve a leucocoria > reflexo vermelho diminuído ou ausente

Exemplos:
- Toxoplasmose congênita > alteração na transparência do vítreo
- Retinoblastoma > alteração na transparência do vítreo
- Catarata > alteração na transparência do cristalino
- Glaucoma > alteração na transparência da córnea

21
Q

Qual a diferença do teste do olhinho para um RN muito baixo peso ou pré-termo moderado/grave

A

Quando < 1000g ou < 35 semanas:
- O teste deve ser feito por um especialista em oftalmologia
- Deve ser avaliado 2-3 vezes por ano nos 3 primeiros anos de vida

22
Q

Explique o teste da orelhinha

A

Dois exames são realizados:
- Emissões otoacústicas evocadas (EOTA) > maior parte dos casos, feito antes da alta hospitalar, registro de energia sonora em resposta aos sons obtidos pela cóclea (não avalia perdas auditivas retro-cocleares)
- Potencial evocado auditivo de tronco cefálico > fazer quando houver fator de risco específico ou dois EOTA alterados, registro de ondas geradas em resposta ao som captado pelo eletrodo do SNC

23
Q

Indicações de potencial evocado auditivo de tronco encefálico no teste da orelhinha

A
  • Exposição a TORCH ou sepse neonatal
  • Utilização de medicamento ototóxico
  • 5 dias ou + na UTI neonatal
  • Mal formações propícias a perda auditiva
  • Icterícia neonatal
  • Hipóxia neonatal
  • Antecedentes familiares de surdez permanente
  • Trauma craniano, hemorragia ventricular, etc
  • 2 alterações na emissão otoacústica evocada (EOTA)
24
Q

O que o teste do coraçãozinho avalia?

A

Cardiopatias congênitas críticas, que dependem do canal arterial > são incompatíveis com a vida, como:
- Atresia pulmonar
- Síndrome da hipoplasia do coração esquerdo
- Coartação aórtica
- Transposição de grandes vasos

25
Como funciona o teste do coraçãozinho? Como realizar? Quais os parâmetros?
- Idealmente feito entre 24 e 48h de vida - Medindo a oximetria de pulso do membro superior direito + um dos membros inferiores ou MSE Será normal quando: - Sat >= 95% (entre 90-94%, será duvidoso) - Diferença entre as duas oximetriais inferior a 3% (se 4%, será duvidoso)
26
Conduta no teste do coraçãozinho
Sat > ou = a 95%: normal Diferença de oximetria < 3%: normal Sat entre 90-94%: suspeito, refazer ao menos 2 vezes até dar normal ou alterado Diferença de oximetria 4%: suspeito Sat 89% ou menos: alterado, encaminhar para **ecocardiograma e análise cardiológica** Diferença 5% ou mais: alterado
27
Explique o teste da linguinha
Teste do frênulo ingual, detecção da **anquiloglossia** > por qualquer profissional de saúde, entre 24-48h de vida (protocolo Bristol)
28
Quais são os testes de triagem obrigatórios na neonatologia? (5)
1. Teste do pezinho 2. Teste da orelhinha 3. Teste do olhinho 4. Teste da boquinha 5. Teste do coraçãozinho
29
Diferencie aleitamento 1. Exclusivo 2. Predominante 3. Complementado 4. Misto / parcial
1. Exclusivo > só leite materno 2. Predominantemente leite materno, mas inclui água ou suco (não precisa, o leite já hidrata) 3. Leite materno complementado por alimentos sólidos/semisólidos (após os 6 meses, deve iniciar o complementado) 4. Misto: leite materno + fórmula
30
Diferencie: 1. Colostro (primeiros 5 dias) 2. Leite de transição (6-15 dias) 3. Leite maduro (em diante)
1. Rico em proteínas e anticorpos 2. Menos proteína que o colostro, mais gordura, mas ainda menos que o maduro 3. Anterior a mamada: Rico em água e anticorpos Posterior a mamada: Rico em gordura e betacaroteno
31
Explique as 3 fases da lactogênese
Fase 1: Preparo da mama para amamentação antes do nascimento > estímulo do estrogênio e progesterona Fase 2: Apojadura (descida do leite nos primeiros dias), não depende da sucção > estímulo da prolactina (produção) e ocitocina (ejeção) Fase 3: Galactopoese (após a apojadura), depende da sucção do bebê e esvaziamento da mama
32
Posição adequada para amamentar
- Bebê com cabeça e tronco alinhados, voltados para a mãe - Corpo do bebê próximo a mãe, com queixo tocando a mama - Nariz não encosta no seio e respira livremente - Mais aréola visível acima da boca do bebê do que embaixo - Boca bem aberta, em formato de peixe (lábios virados para fora), pegando não só o mamilo
33
Quais as situações que impossibilitam a amamentação **definitivamente** (3)? E quais impossibilitam de forma **temporária** (4)
Definitivo: - HTLV (1 e 2) e HPV - RN com galactosemia - Uso de medicamentos incompatíveis com amamentação > anti-neoplásicos, imunosupressores, androgênios, etc Temporário: - Varicela - Herpes com lesão na mama - Chagas na fase aguda - Uso de drogas (geralmente 24 a 48h após o uso)
34
O que fazer quando a mãe encontra dificuldades de amamentar o filho?
- Ensinar a pega correta - Incentivar o não uso de chupeta e mamadeira - Exposição ao sol para evitar rachaduras - Sutiã firme - Não passar pomada na região do mamilo, e sim o proprio leite, que é altamente cicatrizante - Se o RN tiver disfunções orais, encaminhar para fono
35
O que fazer na demora na apojadura?
- Tranquilizar a mãe - Perguntar sobre rede de apoio e alternativas para um sono restaurador para a mãe - Estimular sucção e ordenha > massagens e outros artifícios - Translactação > colocar uma sonda com o leite materno junto ao mamilo, para o RN sugar os dois e estimular a apojadura
36
O que fazer no mamilo invertido ou plano?
- Tranquilizar a mãe - Utilizar técnicas de pega adequada na aréola - Inverter o mamilo através de seringa - Excepcionalmente: bico de silicone
37
Quais os principais entraves do aleitamento materno?
- Mamilo plano ou invertido - Demora na apojadura - Dificuldade na mobilidade oral do RN - Freio lingual curto - Uso de bico artificial - Pega incorreta
38
Principais consequências/complicações que podem ocorrer da amamentação (8)
- Ingurgitamento mamário - Trauma mamilar - Fissura na base mamilar > por Candida albicans oral do RN - Fenômeno de Raynaud - Bloqueio de ductos lactíferos - Mastite - Abcesso mamário - "pouco leite" ou "leite fraco"
39
O que fazer no ingurgitamento mamário?
- Massagem e ordenha frequentes - Estimular a livre demanda - Ibuprofeno e analgésico - Compressas frias - Sutiã com alças largas
40
O que fazer na fissura mamilar por Candida albicans?
- Tratar mãe e filho com antifúngico - Manter mamilos secos e arejados - Expor ao sol - Utilizar sutiã firme
41
Explique o fenômeno de Raynaud na amamentação
Isquemia intermitente no mamilo > inicia com palidez e dor intensa, seguido de cianose e eritema
42
Explique o bloqueio de ductos lactíferos durante a amamentação
Ocorre por drenagem inadequada desse leite, seja por: - Mamadas infrequentes - Pressão localizada na mama pelo sutiã - Obstrução dos poros por cremes
43
Diferencie mastite e abcesso mamário
Mastite é a inflamação da mama, geralmente após 2/3 semanas de amamentação, pode ou não ser infecciosa, quando infecciosa geralmente tem origem bacteriana do Staphlococcus. Tratar mastite com antibiótico: cefalexina ou amoxi + clavulanato por 10 dias Se houver abcesso, ou seja, formação purulenta no local infeccionado, haverá clínica mais importante, com dor, febre, calafrios e sinais de flutuação Nesse caso, é necessário: - Drenar - Iniciar ATB - Interromper amamentação até drenagem
44
A mãe chega ao PS se queixando de "pouco leite" o que fazer?
- Questionar como anda a amamentação e explicar que nas primeiras semanas a demanda de leite é pouquíssima, então é suficiente sim - Perguntar sobre estresse, rede de apoio, horas de sono, hidratação e alimentação - Perguntar sobre uso de diurético - Questionar sobre o ganho de peso
45
Direitos da mulher que amamenta
- Licença maternidade de 120 dias - Direito de garantia do emprego até o 5º mes de amamentação - Direito a creche - 2 pausas para amamentar de 30 min cada até o 6º mês