Obstetrícia Flashcards
(105 cards)
Quais os parâmetros limítrofes para não precisar de atestado de óbito no aborto
20 a 22 semanas gestacionais, ou o peso do bebê até 500g
Como definir o melhor método para avaliar idade gestacional?
No padrão, se utiliza a DUM (data da última menstruação).
De preferência, a USG deve ser entre 8 sem e 13 sem 6 dias (1º trimestre). Se essa USG estiver com uma diferença maior que 5 dias para a DUM, deve-se considerar a USG.
Como calcular a IG pela DUM?
Somar os dias que se passaram desde a DUM até o dia atual (somar de mês em mês). Depois dividir tudo por 7. O resultado será as semanas, a sobra marcará os dias.
Fatores que indicam gravidez de alto risco
- Idade materna
- Presença de comorbidade materna, doença crônica, IST
- Condição socioeconômica e nível educacional
- Realização inadequada de pré-natal, dos exames e da suplementação
- Uso de fatores iatrogênicos, como álcool, cigarro e outras drogaa
- História obstétrica com complicação: bolsa rota prematura, eclâmpsia, aborto espontâneo, etc
FC cardíaca normal do RN
Entre 110 e 160 bpm
(Antes se tinha 120 bpm como mínima, isso mudou)
Delimite 1º, 2º e 3º trimestres gestacionais
1º trimestre: até 14 sem
2º trimestre: até 28 sem
3º trimestre: até nascer (40 semanas, em média)
Delimite a IG que o bebê deixa de ser embrião e passa a ser feto
Embrião: até 9 semanas e 6 dias
Feto: a partir de 10 semanas
Defina a regra de Nagaele (IG pela DUM)
Se utiliza a data da última menstruação (DUM) para calcular a data provável do parto (DPP), que é: DUM + 7 dias e - 3 meses
Ex: DUM 12/12/23
Então a data provável do parto será: 19/09/24
Defina a regra de McDonald
Correlação da IG (idade gestacional) e a AFU (altura de fundo de útero). OBS: Só utilizar entre 20 e 34 semanas gestacionais!
Cálculo:
IG = AFU x 8 / 7
Quais exames complementares se faz de rotina no pré-natal?
- Hemograma (1º, 2º e 3º T) > avaliar anemia
- Glicemia em jejum (1º e 3º T) > avaliar diabetes gestacional (92-126) e melitus (acima de 126 se supõe que seja prévio)
- Sumário de urina e urocultura (1º e 3º) > para avaliar ITU, uma das principais causas de parto prematuro
- TR de sífilis (1º e 3º T)
- TR de hepatite B = HBsAg (3º T, 34 semanas) > obs: hepatite C não faz de rotina, só se for grupo de risco. Se a mãe tiver hep B, fazer imunoglobulina ao nascer (soro) pelo risco de CA hepático
- Anti HBs > ver se tem anticorpos, alguns postos pedem comprovação que não vacinou, apesar de não ter necessidade
- TR de HIV (1º e 3º T) > se faz profilaxia antiretroviral durante toda a gestação e no nascimento faz AZT venoso
-
Sorologia de toxoplasmose
obs: rubéola está praticamente erradicada e não faz na gravidez, citomegalovírus não trata, então não faz de rotina nenhum dos dois - CS + fator Rh Ag D > antígeno D é o mais mais associado a complicação obstétrica, se for o primeiro filho, o risco não é grande de complicar, mas para evitar que acometa o próximo filho, se faz imunoglobulina anti-AgD
- Coombs indireto
-
TOTG (2º T, entre 24 e 28 sem) > teste oral de glicose a 75%, feito em todas as pacientes que não alteram GTT
OBS: Hb glicada não se faz de rotina - Citologia oncótica > CA de colo de útero é altíssimo no BR, precisa aproveitar o momento para investigar
- Eletroforese de Hb > para avaliar anemia falciforme
- USG > ao menos um durante a gravidez, preferencialmente de 1º T
Por que a pré-eclâmpsia só acomete o segundo filho?
Em contato com o Rh - da mãe e + do filho, pode ser produzido AgD.
Porque a o antígeno D produz primeiro IgM no contato com o primeiro filho, porém IgM é uma molécula muito grande (não avança a barreira placentária), depois que produz IgG, que acomete o próximo filho
O antígeno gera anemia, cardiopatia e pode evoluir para o evoluir para óbito
Paciente com glicose em jejum alterada. Como avaliar se é diabetes gestacional ou melitus?
Gestacional: 92-126 mg/dL
Melitus: acima de 126 se supõe que seja prévio
Exames complementares no pré-natal para pacientes hipertensas
- Ácido úrico
- Biomarcadores para pré-eclâmpsia
- Creatinina
Exames complementares no pré-natal para pacientes anêmicas
- Ferro sérico, ferritina
- Parasitológico de fezes
- Vitamina B12 (megaloblástica)
Vacinas da grávida
- DTPa
- Hepatite B
- Influenza
- Covid
O que é avaliado na estática fetal? Cite os 5 tópicos
- Atitude > eutócica ou distócica
- Situação > longitudinal, transversal e oblíquo
- Posição > dorso à esquerda ou à direita (sotuação longitudinal), dorso anterior ou posterior (situação transversa)
- Apresentação > cefálica ou pélvica na situação longitunidal, córmica na situação obíqua
- Altura > pelo plano de DeLee geralmente (-3 a +3)
Defina atitude no parto (estatica fetal)
Relação entre as parte do corpo fetal e a apresentação
Na apresentação cefálica:
- Atitude fisiológica é a flexão generalizada (mento encostado no esterno)
- Atitude anômala é a deflexão, em seus 3 estágios (1, 2 e 3)
Enquanto na apresentação pélvica:
- Atitude fisiológica é a pélvica completa (coxas fletidas aconchegadas no abdome e as pernas fetidas junto a coxa)
- Situação anômala é com as pernas estendidas
Defina situação fetal (estatica fetal)
É a relação entre o maior diâmetro fetal e o maior diâmetro da cavidade da mãe
Situação fetal pode ser:
- Longitudinal > eixos grandes na mesma direção (95% dos casos)
- Transversal > eixos grandes em direção oposta (exige cesária)
- Oblíqua (parto vaginal dificultado)
Defina posição fetal (estática fetal)
Posição do dorso do bebê em relação ao abdome da mãe
- Se estiver na situação longitudinal, estará na posição direita ou posição esquerda
- Se estiver na situação transversal, será Anterior ou posterior
Defina apresentação fetal (estática fetal)
Região fetal que ocupa o estreito superior da pelve, podendo ser
Na situação longitudinal:
- Apresentação cefálica > 95% dos casos
- Apresentação pélvica
Na situação transversal:
Apresentação córmica (o ombro encaixado, utiliza acrômio como referência)
Ao definir a posição que o feto está alojado, se usa pontos de referência do bebê e da mãe e os conecta. Explique a variedade de posição
Une letras, a primeira é o pontos de referência do bebê e a segunda o ponto de referência da mãe.
Na apresentação cefálica:
- Occipto, utiliza a lambda como referência (O) > cabeça fletida
- Bregma (B) > deflexão de 1º grau
- Naso (N) > deflexão de 2º grau
- Mento (M) > deflexão de 3º grau
Na apresentação pélvica:
- Sacro (S)
Na pelve da mãe:
- Púbis (P)
- Anterior direita ou anterior esquerda (DA ou EA)
- Transversa direita ou transversa esquerda (DT ou ET)
- Posterior direita ou posterior esquerda (DP ou EP)
- Sacro (S)
Defina a altura fetal e quais as duas formas de avaliá-la
É a altura que está apresentado o bebê em relação a pelve da mãe
- Pelos planos de DeLee, pode ser de -3 a 3, sendo o nível médio 0 a altura da espinha isquiática > mais o menos 1cm a cada plano
- Pelos planos de Hodge, será entre I e IV, sendo III a altura da espinha isquiática
Ao atingir o plano 0 de DeLee ou III de Hodge, o bebê estará incinuado, ou seja, “querendo nascer” ou “coroado”
Descrevas como ocorrem as 4 manobras de Leopold e qual parâmetro de cada uma delas avalia
- 1a manobra: deprime o fundo do útero para avaliar situação (transversal, longitudinal ou oblíqua)
- 2a manobra: desliza a mão do fundo de útero pelas laterais para o polo inferior do útero para sentir a posição do feto (direita/esquerda ou anterior/posterior)
- 3a manobra: com o polegar e os dedos, pinçar o polo inferior do útero, procurando apresentação cefálica. Se estiver encaixada, a mobilidade será pequena
- 4a manobra: avalia a altura, ou seja, o grau de penetração (grau de insinuação) da apresentação pélvica, o examinador fica de frente aos pés da gestante, exerce pressão da cabeça a entrada da pelve
Diferencie as contrações do tipo A e tipo B
Contrações tipo A:
- Desde o começo da gestação
- Menos intensidade, maior frequência
- Mais localizadas
Contrações tipo B ou de “treinamento””
- A partir das 28 semanas
- Maior intensidade, especialmente nas últimas 4 semanas de gestação