Otite Média Crônica Flashcards

1
Q

Quais são os aspectos usados para caracterizar uma otite média crônica?

A

1) Clínico: condição inflamatória da orelha média, associada
à perfuração da membrana timpânica e a otorreia
2) Temporal: duração maior ou igual a 3 meses

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2
Q

Etiologia da otite média crônica

A

1) Otite média aguda necrosante
2) OMAs (otites médias agudas) recorrentes
3) Trauma
4) Disfunção tubárea (o paciente que desnvolve otite média crônica sempre tem algum grau de disfunção tubárea)

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3
Q

TIpos de otite média crônica (OMC)

A

1) OMC simples
2) OMC supurativa (não colesteatomatosa, colesteatomatosa)
3) OMC silenciosa

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4
Q

Otite média crônica simples

A

1) Perfuração limitada à parte tensa da membrana timpânica

2) Margens da perfuração recobertas por anel fibroso

3) Otorreia intermitente, associada a IVAS (infecção de vias aéreas superiores, com gripe ou resfriado) ou entrada de água pela perfuração

4) Mucosa da orelha média normal

5) Audiometria: perda auditiva variável (tamanho e localização da perfuração;
integridade dos ossículos)

6) Desnecessária a realização de exames de imagem

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5
Q

Tratamento para OMC simples

A

1) Proteção auricular, gotas tópicas com antibiótico
2) Timpanoplastia (eliminar a infecção e restaurar a audição em orelhas sem otorreia)

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6
Q

Bactérias envolvidas na OMC simples

A

1) Pseudomonas aeruginosa (principal)
2) Staphylococcus aureus
3) Streptococcus
4) Haemophylus influenzae

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7
Q

OMC supurativa não colesteatomatosa

A

1) Otorreia persistente, por vezes contínua, que se acentua
durante episódios de IVAS (infecções de vias aéreas superiores)

2) Perfurações amplas, mucosa da orelha média inflamada,
erosões ossiculares frequentes

3) Pseudomonas aeruginosa

4) Audiometria: perda auditiva que costuma ser grande
(comprometimento da cadeia ossicular)

5) Tomografia computadorizada: planejamento cirúrgico e
diagnóstico diferencial

Obs: O exame anátomo-patológico sempre deve ser feito

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8
Q

Tratamento para OMC supurativa não colesteatomatosa

A

1) Proteção auricular, gotas tópicas com
antibióticos, antibióticos sistêmicos por vezes
2) Timpanomastoidectomia

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9
Q

OMC supurativa colesteatomatosa (Tipos)

A

1) Colesteatoma de orelha média congênito
2) Colesteatoma de orelha média adquirido primário
3) Colesteatoma de orelha média adquirido secundário

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10
Q

Características da OMC colesteatomatosa

A

1) Afecção hiperproliferativa e osteolítica benigna, porém
agressiva
2) Presença de pele na cavidade timpânica
3) Matriz externa de epitélio estratificado, pavimentoso e
queratinizado sobre perimatriz de tecido fibro-conjuntivo
4) Intensa proliferação celular, com acúmulo de debris de queratina
e destruição das estruturas circunvizinhas.
5) Otorreia fétida e contínua
6) Perda gradual de audição (envolvimento da cadeia ossicular e até da orelha
interna)
7) Presença da lesão à otoscopia
8) Agudizações após entrada de água ou IVAS
9) Avaliação da extensão da doença com tomografia computadorizada
de mastoide e da audição através de audiometria

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11
Q

Colesteatoma congênito

A

1) Resíduos epiteliais embrionários em orelha média
2) Membrana timpânica íntegra (no começo, rompe depois)
3) Perfuração é secundária ao crescimento da massa colesteatomatosa
4) Hipoacusia; otorreia posteriormente
5) Crianças e adolescentes

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12
Q

Colesteatoma adquirido primário

A

1) A tuba auditiva não equaliza a pressão da orelha média com a pressão ambiente
2) Retração da membrana timpânica, formando uma espécie de bolsa de retração em sua parte flácida
3) A bolsa de retração se aprofunda formando um saco ou cisto epidérmico
4) Quanto mais se renovam as células epidérmicas, mais o colesteatoma se desenvolve
5) O acúmulo de queratina parece ser fator catalisador do processo.
6) A proliferação epitelial promove a síntese de TNF alfa e
interleucinas, o que promove um processo inflamatório local,
ativação de osteoclastos e de enzimas proteolíticas.
7) Esse tecido inflamatório fica suscetível a contaminação secundária por bactérias, como P. aeruginosa (principalmente), S. aureus e anaeróbios

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13
Q

Colesteatoma adquirido secundário

A

1) Proliferação da pele do meato acústico externo ou da própria membrana timpânica a partir da margem de uma perfuração timpânica em direção à orelha média

2) As toxinas e/ou os antígenos bacterianos combinados com as
enzimas e citocinas do infiltrado inflamatório contribuem para a proliferação epitelial anômala.

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14
Q

Exames de imagem para OMC colesteatomatosa

A

1) TC de ossos temporais: destruição óssea e presença de material com atenuação de partes moles
2) Não serve para diagnóstico e sim para planejamento cirúrgico e aspecto médico legal
3) A RM está indicada na suspeita de complicações intracranianas e de recidiva ou recorrência da doença

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15
Q

Tratamento para OMC colesteatomatosa

A

1) Eminentemente cirúrgico: remover a infecção e o colesteatoma
2) Orelha seca e segura.
3) Objetivo secundário: preservar ou restaurar a audição
4) Terapias clínicas podem promover o controle da infecção, mas não regeneram lesões instaladas e nem previnem sua progressão

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16
Q

Complicações intratemporais (ou extracranianas) das otites médias crônicas

A

1) Abscessos mastoídeos
2) Petrosite com destruição óssea
3) Fístula labiríntica
4) Paralisia facial
5) Labirintite (importante)
6) Trombose do seio sigmoide

17
Q

Complicações intracranianas das otites médias crônicas

A

1) Meningite
2) Encefalite
3) Abscesso extradural
4) Abscesso subdural
5) Abscesso cerebelar
6) Abscesso cerebral (importante)