Principais Reservatórios Flashcards
(9 cards)
Quem é considerado o principal reservatório urbano da Leishmaniose Visceral?
O cão (Canis familiaris) é considerado o principal reservatório em áreas urbanas, pois hospeda altas cargas parasitárias e vive próximo a humanos, facilitando a transmissão aos flebotomíneos.
Por que o cão é um reservatório tão importante para a LV em áreas urbanas?
Proximidade com residências humanas, expondo tanto o cão quanto o homem ao mesmo vetor (flebotomíneo).
* Altas taxas de infecção canina, muitas vezes superiores às taxas humanas.
* Assintomáticos: Muitos cães infectados não apresentam sintomas graves, mas ainda podem transmitir o parasito ao vetor.
O que significa a frase “A enzootia canina tem precedido a ocorrência de casos humanos”?
Significa que, em regiões onde ocorrem surtos de Leishmaniose Visceral em humanos, geralmente ocorre primeiro um aumento de cães infectados. O aumento da positividade canina funciona como um indicador precoce de risco para a população humana.
Por que a prevalência de infecção em cães costuma ser maior que em humanos em áreas endêmicas?
Cães estão mais expostos ao vetor, pois podem ficar ao ar livre durante a noite.
* Podem manter a parasitemia por longo tempo (inclusive se assintomáticos), sendo fonte contínua de infecção para flebotomíneos.
* Podem não receber tratamento adequado, permitindo que o parasito circule por períodos prolongados.
Quais são os principais reservatórios silvestres da Leishmaniose Visceral mencionados no texto?
Raposas (por exemplo, Lycalopex vetulus, Cerdocyon thous) e alguns marsupiais (como certos gambás) são importantes reservatórios silvestres, pois podem naturalmente abrigar a Leishmania infantum.
Qual a relevância epidemiológica dos reservatórios silvestres (raposas e marsupiais) na manutenção da Leishmaniose Visceral?
Ciclo silvestre: Eles participam do ciclo de transmissão nas áreas de mata ou de transição, mantendo o parasito em ambientes não urbanos.
* Expansão da LV: Quando há desmatamento ou expansão urbana, esses animais podem ficar mais próximos das áreas habitadas, facilitando o contato do vetor com cães e humanos.
* Dificuldade de controle: São animais de vida livre, tornando inviável sua eliminação ou tratamento em massa, o que contribui para a persistência da doença em focos naturais.
Por que o controle dos reservatórios silvestres é muito mais complexo que o dos reservatórios urbanos?
Envolve animais de vida livre (raposas, marsupiais) em ecossistemas grandes e diversificados.
* Operações de captura ou manejo de fauna silvestre são difíceis, onerosas e, muitas vezes, ecologicamente inviáveis.
* A estratégia de saúde pública se concentra em cães e no controle de vetores, pois são alvos mais manejáveis em áreas urbanas.
Como a alta prevalência canina contribui para a persistência da LV nos centros urbanos?
Os cães formam um grande “pool” de parasitas disponíveis aos flebotomíneos. Isso gera uma cadeia de transmissão contínua, pois cada cão positivo pode infectar diversos insetos, que, por sua vez, podem picar humanos. Assim, mesmo com medidas de controle do vetor, se os cães infectados não forem identificados e manejados, a LV tende a persistir.
Resuma o impacto dos reservatórios (urbanos e silvestres) na dinâmica de transmissão da Leishmaniose Visceral.
Urbanos (cães): Principais fontes de infecção próximas às pessoas, aumentando a taxa de transmissão em áreas residenciais.
* Silvestres (raposas, marsupiais): Mantêm o parasito em focos naturais, podendo expandir o ciclo para áreas periurbanas e rurais.
* Implicação: As políticas de controle precisam visar tanto os cães (exames, eutanásia ou tratamento) quanto medidas ambientais para reduzir contato de vetores com hospedeiros silvestres.
