Problema 4 - Sepse Flashcards

1
Q

Conceitue Colonização

A

Presença e multiplicação de microrganismos em uma parte específica do corpo sem causar sintomas ou doenças no hospedeiro.

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2
Q

Conceitue Infecção

A

Microrganismos invadem o corpo e se multiplicam, desencadeando uma resposta do sistema imunológico.

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3
Q

Conceitue Sepse

A

Resposta sistêmica do corpo a uma infecção grave.
Envolve uma reação inflamatória generalizada que pode levar a disfunção de múltiplos órgãos.

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4
Q

Conceitue Choque séptico

A

É uma forma mais grave de sepse, caracterizada por disfunção circulatória aguda.
Resulta da resposta inflamatória exacerbada do corpo à infecção, levando a uma queda perigosa na pressão arterial e insuficiência de múltiplos órgãos.

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5
Q

Conceitue Disfunção orgânica

A

Falha ou comprometimento do funcionamento normal de um ou mais órgãos no corpo.
Pode ocorrer como resultado da resposta inflamatória sistêmica desencadeada pela sepse ou choque séptico.

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6
Q

Epidemiologia da Sepse

A
  • custos elevados de tratamento
  • Alta letalidade no Brasil, estimada em 66%.
  • 20% das mortes globais estão associadas à sepse.
  • Reconhecida pela OMS como problema de saúde pública.
  • pacientes sobreviventes enfrentando complicações pós-alta hospitalar
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7
Q

Fatores de risco para o desenvolvimento de sepse (20)

A
  • Abaixo de 2 anos/Acima de 55 anos
  • Imunodeficiência primária (fatores genéticos) ou secundária
  • Câncer
  • Diabetes
  • DPOC
  • Cirrose/obstrução biliar
  • Fibrose cística
  • Doença renal crônica
  • Insuficiência cardíaca congestiva
  • Doenças do colágeno
  • Obesidade
  • Imunodeficiência primária (fatores genéticos) ou secundária
  • Transplantes
  • Quimioterapia/Radioterapia
  • Corticoterapia crônica
  • Hemotransfusão
  • Trauma e queimados
  • Cirurgias
  • Dispositivos (cateter central, tubo orotraqueal)
  • Desnutrição/Infecções ativas
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8
Q

Principais agentes bacterianos na sepse

A
  • Gram-positivos: Staphylococcus aureus, Streptococcus pneumoniae.
  • Gram-negativos: Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae.
  • Outros: Pseudomonas aeruginosa, Enterococcus spp.
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9
Q

Etiologia da sepse

A

Agentes infecciosos: bactérias, vírus, fungos, parasitas.

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10
Q

Fontes comuns de infecção

A
  • pulmões (pneumonia)
  • trato urinário (ITU)
  • abdômen (peritonite)
  • feridas cirúrgicas
  • cateteres intravenosos
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11
Q

Citocinas pro-inflamatórias

A
  • IL-1 - adesão de neutrófilos a células endoteliais, ativa o mecanismo de coagulação e gera microtrombos.
  • IL-6 - Febre e expansão clonal de linfócitos
  • IL-8 - Expansão clonal de linfócitos T, migração de neutrófilos
  • IL-17 - Expansão da secreção de quimiocinas
  • IL-18 - Febre, vasodilatação, choque e supressão do miocárdio
  • TNF-α - Febre, vasodilatação, choque e ativação de neutrófilos
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12
Q

Citocinas Anti-inflamatórias

A

IL-10 - Reduz ativação de macrófagos, feedback negativo do TNF-α

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13
Q

Mediadores endoteliais

A

Óxido nítrico - Aumenta permeabilidade vascular, reduzindo a resistência vascular periférica e causando hipotensão

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14
Q

Mediadores Lipídicos

A
  • Prostaglandinas - Vasoconstrição, broncoespasmo
  • Leucotrienos - Vasoconstrição, broncoespasmo
  • Tromboxanos - Vasoconstrição, broncoespasmo
  • Fator de ativação plaquetária (FAP) - Ativação de células endoteliais e agregação plaquetária, levando à plaquetopenia
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15
Q

Alterações Hemodinâmicas na Sepse

A
  • Hipotensão: A vasodilatação e a perda de fluidos intravasculares levam à hipotensão.
  • Taquicardia: Ocorre em resposta à hipotensão para tentar manter o débito cardíaco.
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15
Q

Acidose Metabólica na Sepse

A

Acidose Metabólica: Devido à hipoperfusão tecidual, há produção aumentada de ácido lático, levando à acidose metabólica.

16
Q

Alterações Ventilatórias na Sepse

A
  • Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA): Pode ocorrer devido à inflamação pulmonar, resultando em hipoxemia grave.
  • Hiperventilação Compensatória: Em resposta à acidose metabólica, pode ocorrer hiperventilação como uma tentativa de compensação.
17
Q

Alterações Cardiológicas na Sepse

A
  • Redução do Débito Cardíaco: Devido à disfunção miocárdica e à vasodilatação sistêmica.
  • Arritmias Cardíacas: Podem ocorrer devido à alteração na condução elétrica do coração.
18
Q

Alterações Renais na Sepse

A
  • Lesão Renal Aguda (LRA): Pode ocorrer devido à hipoperfusão renal e à disfunção endotelial.
  • Liberação de Citocinas: Citocinas pró-inflamatórias podem contribuir para a lesão renal.
19
Q

Alterações do Trato Gastrointestinal na Sepse

A
  • Íleo Paralítico: Pode ocorrer devido à disfunção do músculo liso intestinal.
  • Translocação Bacteriana: Aumento da permeabilidade intestinal pode levar à translocação de bactérias para a corrente sanguínea, piorando a infecção.
20
Q

Alterações Hematológicas na Sepse

A
  • Trombocitopenia: Redução no número de plaquetas devido à ativação da coagulação e ao consumo de plaquetas.
  • Coagulação Intravascular Disseminada (CID): Pode ocorrer como uma complicação grave da sepse, levando a sangramento e formação de microtrombos.
21
Q

Alterações Endócrinas na Sepse

A

Suprarrenal:
* Síndrome de Resposta Inflamatória Sistêmica (SIRS): Pode levar a uma resposta inadequada do eixo hipotálamo-hipófise-suprarrenal.
* Cortisol: Níveis elevados inicialmente, seguidos por níveis reduzidos em fases mais tardias da sepse.

22
Q

Quadro clínico da Sepse (7)

A
  • Infecção Preexistente
  • Febre ou Hipotermia
  • Taquicardia
  • Taquipneia
  • Hipotensão
  • Confusão ou Delírio
  • Sinais de Disfunção de Múltiplos Órgãos
23
Q

Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica (SIRS)

A

É uma resposta inflamatória generalizada do organismo em resposta a vários estímulos, como infecções, lesões traumáticas, queimaduras, entre outros.

24
Q

Critérios Diagnósticos da SIRS - Triagem da sepse

A
  • Temperatura central elevada (> 38.3°C) ou baixa (< 36.0°C) ou equivalente axilar (-0.3°C).
  • Frequência cardíaca aumentada (> 90 bpm).
  • Frequência respiratória elevada (> 20 irpm) ou PaCO2 reduzido (< 32 mmHg).
  • Leucócitos totais aumentados (> 12.000/mm³) ou reduzidos (< 4.000/mm³) ou com mais de 10% de formas jovens.
25
Q

Escore Quick SOFA (qSOFA) - Triagem da sepse

A
  • Alteração do nível de consciência: Avalia a presença de confusão mental ou sonolência excessiva.
  • Pressão arterial sistólica < 100 mmHg: Indica uma possível instabilidade hemodinâmica.
  • Frequência respiratória > 22 irpm: Sinaliza a presença de taquipneia, indicando possível comprometimento respiratório.
26
Q

Escore SOFA - Acompanhamento da sepse

A

Avalia disfunção orgânica em seis sistemas:
* Respiratório: Avalia a relação PaO2 / FiO2.
* Hematológico: Avalia o grau de plaquetopenia.
* Neurológico: Utiliza a Escala de Coma de Glasgow.
* Hepático: Verifica a bilirrubina total.
* Cardiovascular: Considera hipotensão ou o uso de drogas vasoativas.
* Renal: Observa oligúria ou aumento de creatinina.

27
Q

Escore Mottling (Livedo Reticular) - Acompanhamento da sepse

A

Livedo reticular é uma resposta vasoespástica vista em pacientes com choque séptico.
Maior extensão de livedo reticular associada a maior mortalidade

28
Q

Manejo da Sepse: O Sepsis-3 dividiu as medidas terapêuticas em dois pacotes

A
  • Pacote de 1ª hora: coleta de exames laboratoriais, culturas, início de antibióticos, oferta de volume e consideração de drogas vasoativas.
  • Pacote de 6ª hora: reavaliação perfusional e consideração de drogas vasoativas adicionais.
29
Q

Exames laboratoriais essenciais no manejo da Sepse

A
  • Gasometria arterial: para avaliar disfunção respiratória.
  • Hemograma: para identificar disfunção hematológica.
  • Bilirrubina total: para avaliar disfunção hepática.
  • Lactato arterial: indicativo de hipoperfusão e avaliação da gravidade da sepse.
  • Creatinina: para avaliar disfunção renal.

O lactato arterial é crucial para avaliar a hipoperfusão e é reavaliado após 6 horas para monitorar a resposta ao tratamento.

30
Q

Coleta de Culturas no manejo da Sepse

A
  • Hemoculturas de sítios distintos devem ser coletadas antes do início de antibióticos.
  • Culturas de outros sítios pertinentes
31
Q

Antibioticoterapia e Controle do Foco no manejo da Sepse

A

Antibióticos de largo espectro devem ser iniciados prontamente, dentro da primeira hora de atendimento.
O controle do foco infeccioso é crucial

32
Q

Ressuscitação Volêmica no manejo da Sepse

A

Restaurar a volemia para garantir a perfusão de oxigênio e nutrientes aos órgãos.
Recomendações para soluções de expansão volêmica: Cristaloides como NaCl 0,9%, Ringer Lactato, Plasma Lyte como primeira escolha.
Dose de 30mL/kg.

33
Q

Drogas Vasoativas (DVAs) no manejo da Sepse

A

Utilizadas caso o paciente apresente pressão arterial persistentemente baixa após a ressuscitação volêmica.
A noradrenalina é a droga de escolha, pois possui maior ação vasoconstritora.
Deve ser iniciado prontamente em casos de hipotensão ameaçadora à vida.

34
Q

Pacote de Reavaliação das 6 Horas no manejo da Sepse

A

Realizado em pacientes com sinais de choque séptico, lactato inicial elevado e hipoperfusão tecidual.
Analisa volemia e perfusão tecidual.
* lactato arterial
* sinais clínicos de má perfusão
* medida da pressão venosa central (PVC)
* variação da pressão de pulso
* ecocardiograma com medida da distensibilidade da veia cava
* resposta com elevação de membros inferiores
* mensuração da saturação venosa central de O2 (SVCO2).

35
Q

Ventilação Protetora no manejo da Sepse

A

Indicada em casos de insuficiência respiratória associada à sepse, para prevenir a síndrome do desconforto respiratório do adulto (SDRA).

36
Q

Uso de Bicarbonato de Sódio como conduta Contraindicada no Manejo Inicial da Sepse

A

Não é indicado para tratar acidose na sepse, pois não aborda a causa subjacente.
Pode aumentar o risco de distúrbios do sódio e edema cerebral.