Problema 9 - HIV Flashcards

1
Q

Conceitue Imunodeficiência Primária

A

Distúrbios são determinados geneticamente
Podem ocorrer de modo isolado ou como parte de alguma síndrome

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2
Q

Conceitue Imunodeficiência Secundária

A

Sistema imunológico enfraquecido que não é inerente, mas adquirido. Isso pode ser causado por fatores externos, como HIV, ou tratamentos médicos, como quimioterapia ou uso prolongado de corticosteroides

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3
Q

Envelope Viral do HIV

A

Composta por lipídios e proteínas
Contém glicoproteínas virais, incluindo gp120 e gp41, que são cruciais para a ligação e fusão do vírus às células hospedeiras.

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4
Q

Material genético do HIV

A

RNA de fita simples

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5
Q

Reverse transcriptase do HIV

A

Converte o RNA viral em DNA de fita dupla, permitindo sua integração no genoma das células hospedeiras.

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6
Q

Integrase do HIV

A

Facilita a integração do DNA viral no genoma das células infectadas.

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7
Q

Protease do HIV

A

Ajuda na maturação do vírus, clivando as proteínas virais precursoras em suas formas funcionais.

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8
Q

Transmissão do HIV

A

Principalmente através de fluidos corporais infectados, como sangue, sêmen, secreções vaginais e leite materno.

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9
Q

Vias comuns de transmissão do HIV (4)

A
  • Relações sexuais desprotegidas
  • Compartilhamento de agulhas e seringas contaminadas
  • Transmissão vertical de mãe para filho durante a gravidez, parto ou amamentação
  • Exposição a produtos sanguíneos contaminados
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10
Q

Presença de outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e HIV

A

Podem aumentar a susceptibilidade à infecção pelo HIV, podem influenciar a transmissão do vírus.

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11
Q

Tendência de aumento do HIV no Brasil (4)

A
  • Taxa de detecção em homens.
  • Razão entre os sexos.
  • Número de casos novos em HSH (homens que fazem sexo com homens), superando a proporção de casos notificados entre heterossexuais.
  • Taxa de detecção em gestantes.
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12
Q

Tendência de queda do HIV no Brasil (2)

A
  • Taxa de detecção em mulheres.
  • Taxa de mortalidade geral.
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13
Q

Como se dá a contaminação das células T pelo HIV?

A

O HIV acopla-se no receptor CD4, penetra e libera RNA e enzimas para o interior da célula T do hospedeiro.

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14
Q

Qual a função da transcriptase reversa do HIV?

A

Transcreve o RNA viral em DNA proviral.

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15
Q

O que acontece com o DNA proviral do HIV dentro da célula T do hospedeiro?

A

O DNA proviral penetra no núcleo da célula do hospedeiro e por ação da integrase é integrado ao DNA do hospedeiro.

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16
Q

O que acontece após a integração do DNA proviral ao DNA do hospedeiro?

A

A célula do hospedeiro produz RNA e proteínas do HIV.

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17
Q

Qual a função da protease do HIV?

A

A protease do HIV cliva as proteínas virais, convertendo o vírion imaturo em maduro, o vírus infeccioso.

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18
Q

Quais as fases do HIV na história natural da doença? (3)

A
  1. Infecção aguda ou fase sintomática inicial ou síndrome retroviral aguda (SRA).
  2. Fase de latência clínica.
  3. Síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS).
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19
Q

Qual a manifestação da Fase de latência clínica do HIV?

A

Controle parcial da infecção com queda da carga viral (CV) e aumento dos LTCD4+

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19
Q

Qual a manifestação da Infecção aguda do HIV?

A

É uma doença mono-like (semelhante à mononucleose) autolimitada.
A carga viral é elevada e os níveis de linfócitos decrescem.

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19
Q

Quais as manifestações da Síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS)?

A
  • Carga viral volta a subir e os LT CD4+ caem bastante (<200 células/mm3)
  • Presença de doença definidora de aids
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20
Q

O que define se o paciente está com Síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS)?

A
  • Presença de linfócitos TCD4 < 200 células/mm3
    OU
  • Presença de alguma doença definidora de aids
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21
Q

Quais as principais doenças definidoras de AIDS? (6)

A
  • pneumonia por Pneumocystis jiroveci (pneumocistose)
  • candidíase esofágica ou de traqueia, brônquios ou pulmões
  • sarcoma de Kaposi
  • neurotoxoplasmose
  • linfoma não Hodgkin de células B ou primário do sistema nervoso central
  • carcinoma cervical invasivo.
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22
Q

Evolução da carga viral e contagem de linfócitos T CD4+ ao longo das fases da infecção por HIV

A
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23
Q

Em quem deve-se realizar a testagem para o HIV?

A

Todas as pessoas com vida sexual ativa em consulta de rotina independentemente da presença de sintomas.

24
Q

Qual o critério para a confirmação da infecção do HIV?

A

DOIS TESTES consecutivos com resultado reagente.
Se os testes vierem discordantes, temos que fazer um 3º teste diferente dos anteriores.

25
Q

Combinações de testes para diagnosticar a infecção pelo HIV sugeridos pelo MS (4)

A
  1. Dois testes rápidos com amostra de sangue (de fabricantes diferentes).
  2. Um teste rápido usando fluido oral e outro teste rápido usando sangue.
  3. Um imunoensaio de 3ª ou 4a geração e um teste molecular (carga viral).
  4. Um imunoensaio de 3ª ou 4a geração e um western blot ou imunoblot rápido.
26
Q

Quando deve-se iniciar o tratamento para o HIV?

A

No momento que a infecção pelo HIV for confirmada
Independe da contagem de linfócitos TCD4+ e da carga viral.

27
Q

Qual o esquema atual de tratamento do HIV preconizado pelo Ministério da Saúde?

A

Tenofovir (TDF) – Inibidor da transcriptase reversa análogo nucleosídeo (ITRN)
Lamivudina (3TC) – Inibidor da transcriptase reversa análogo nucleosídeo (ITRN)
Dolutegravir (DTG) – Inibidor de integrase

28
Q

Qual medicamento para tratamento de HIV não pode ser usado em gestante no 1º trimestre?

A

Dolutegravir

29
Q

Esquema de tratamento do HIV em gestantes no 1º trimestre

A
  • Com genotipagem pré-tratamento e ausência de mutação contra ITRNN (como o efavirenz): Tenofovir + lamivudina + efavirenz
  • Sem genotipagem pré-tratamento ou com mutação contra ITRNN: Tenofovir + lamivudina + atazanavir/ritonavir
30
Q

Esquema de tratamento do HIV em gestantes após o 1º trimestre

A

É o esquema geral
Tenofovir + lamivudina + dolutegravir

31
Q

Tratamento em pacientes com HIV coinfectados com tuberculose

A

O esquema básico (TDF + 3TC + DTG) pode ser feito em associação com o tratamento da tuberculose, porém a dose do dolutegravir deve ser dobrada.

32
Q

O que é profilaxia pós-exposição (PEP)?

A

Profilaxia que é feita após uma situação de risco de transmissão do HIV.

33
Q

Perguntas que indicam o uso de profilaxia pós-exposição (PEP)?

A
  1. O tipo de exposição foi percutâneo, através de membranas mucosas e cutâneas com pele não íntegra?
  2. O material biológico envolvido foi sangue, sêmen, secreções vaginais, líquidos de serosas, líquido amniótico, líquor, líquido articular e leite materno?
  3. Paciente fonte tem sorologia positiva ou desconhecida para o HIV?
  4. Paciente exposto tem sorologia não reagente para HIV?
  5. O acidente foi a menos de 72h?
34
Q

Qual o esquema recomendado para a profilaxia pós-exposição (PEP)?

A

Mesmo esquema que o Ministério da Saúde recomenda para tratamento inicial de pacientes infectados pelo HIV
Tenofovir(TDF) + Lamivudina(3TC) + Dolutegravir(DTG)
A duração da PEP é de 28 dias.

35
Q

O que é profilaxia pré-exposição (PREP)?

A

Uso profilático de medicamentos no intuito de reduzir o risco de infecção pelo HIV

36
Q

Quem deve fazer uso da profilaxia pré-exposição (PREP)?

A

Homens que fazem sexo com homens (HSH), pessoas trans e profissionais do sexo, se tiverem qualquer uma das indicações abaixo:
* Relação sexual desprotegida.
* Episódios recorrentes de IST’s.
* Uso frequente da PEP.
Parcerias sorodiscordantes, se:
* Relação sexual desprotegida.

37
Q

Qual o esquema recomendado para a profilaxia pré-exposição (PREP)?

A

Tenofovir + Entricitabina

38
Q

Quando é feito o manejo da gestante para prevenir a transmissão vertical do HIV?

A

Na 34ª semana de gestação

39
Q

Quais os critérios e condutas para o manejo de parto da gestante com HIV?

A
  • CV indetectável – A via de parto é conforme indicação obstétrica. A TARV deve ser mantida.
  • CV detectável, porém <1.000 cópias/mL – A via de parto é conforme indicação obstétrica. AZT injetável EV*
  • CV desconhecida ou > 1.000 cópias/mL – A via de parto indicada é a cesárea. AZT injetável EV*
  • Pelo menos 3 horas antes da cirurgia até o clampeamento do cordão umbilical
40
Q

A profilaxia para RN de mãe com HIV muda se a classificação do RN é de baixo ou alto risco?

A

Sim, a profilaxia vai mudar

41
Q

Critérios para classificação de RN de mãe com HIV em alto risco (8)

A
  • Mães sem pré-natal, ou
  • Mães sem TARV durante a gestação, ou
  • Mães que tinham indicação de profilaxia no parto e não receberam, ou
  • Mães com início de TARV após a 2ª metade da gestação, ou
  • Mães com infecção aguda pelo HIV durante a gestação ou aleitamento, ou
  • Mães com carga-viral (CV) detectável no 3º trimestre, usando ou não a TARV, ou
  • Mães com CV desconhecida, ou
  • Mães com teste rápido positivo no momento do parto, sem diagnóstico prévio de infecção pelo HIV.
42
Q

Critérios para classificação de RN de mãe com HIV em baixo risco

A

Uso de TARV na gestação e CV indetectável a partir da 28ª semana e sem falha na adesão à TARV.

43
Q

Profilaxia para RN de alto risco de mãe com HIV

A

Zidovudina (AZT) +
Lamivudina (3TC) +
Raltegravir (RAL)

Duração 28 dias

44
Q

Profilaxia para RN de baixo risco de mãe com HIV

A

Somente o Zidovudina (AZT)

Duração 28 dias

45
Q

Conceitue período de Incubação

A

Este é o período entre a infecção pelo HIV e o desenvolvimento dos primeiros sintomas da doença.

46
Q

Conceitue Janela Imunológica

A

Refere-se ao intervalo de tempo entre a infecção pelo HIV e o momento em que os testes de HIV podem detectar a presença de anticorpos contra o vírus no sangue.

47
Q

Conceitue Janela Sorológica

A

Período entre a infecção pelo HIV e o momento em que os testes de sangue podem detectar a presença do vírus ou de seus anticorpos.

48
Q

Conceitue Janela Diagnóstica

A

Intervalo de tempo entre a infecção pelo HIV e o momento em que os testes de HIV podem fornecer resultados precisos

49
Q

Quais as principais infecções oportunistas em portadores de HIV? (5)

A
  • PNEUMOCISTOSE
  • NEUROTOXOPLASMOSE
  • NEUROCRIPTOCOCOSE
  • CANDIDÍASE ORAL E ESOFÁGICA
  • ÚLCERAS ESOFÁGICAS POR HERPESVÍRUS
50
Q

Como é feito o diagnóstico da Pneumocistose?

A

O diagnóstico é presuntivo.
HIV + dispneia subaguda + hipoxemia = pneumocistose

51
Q

Qual o tratamento da Pneumocistose?

A

sulfametoxazol e trimetoprim
21 dias em dose terapêutica E
até 3 meses em dose profilática três vezes por semana

52
Q

Como é feito o diagnóstico da Neurotoxoplasmose?

A

O diagnóstico é presuntivo e é feito com a associação do quadro clínico com exame de imagem (TC).

53
Q

Qual o tratamento da Neurotoxoplasmose?

A

O tratamento é feito por 6 semanas (42 dias) e pode ser realizado com qualquer uma das opções:
* Sulfadiazina + pirimetamina + ácido folínico. Caso o paciente seja alérgico à sulfa, devemos trocar a sulfadiazina pela clindamicina e suspender o ácido folínico.
* Sulfametoxazol-trimetoprim (SMX-TMP).

54
Q

Como é feito o diagnóstico da neurocriptococose?

A

Clinicamente, sinais e sintomas de meningite e hipertensão intracraniana
No exame da punção lombar, tinta da china positiva na amostra

55
Q

Qual o tratamento da neurocriptococose?

A

Feito em 3 fases:
1. Indução: é a fase inicial e devemos fazer a associação de anfotericina com 5-flucitosina ou fluconazol. A duração é em torno de 2 semanas.
2. Consolidação: deve ser iniciada em seguida à indução, com fluconazol em doses altas por 8 semanas.
3. Manutenção: após a consolidação, reduzimos a dose do fluconazol que deve ser mantido por pelo menos um ano.

56
Q

Como é feito o diagnóstico da candidíase oral e esofágica?

A

Presença de placas esbranquiçadas na cavidade oral que conseguem ser removidas com uma espátula.

57
Q

Qual o tratamento da candidíase oral e esofágica?

A

Tanto o tratamento da candidíase oral quanto da esofágica é feito com fluconazol.

58
Q

Profilaxia das doenças oportunistas em portadores de HIV

A
  • Linfócitos T CD4 ≤ 350/mm3 independentemente do PPD – Tuberculose – Isoniazida
  • Linfócitos T CD4 > 350/mm3 se PPD ≥ 5mm – Tuberculose – Isoniazida
  • Linfócitos T CD4 ≤ 200/mm3 – Pneumocistose – Sulfametoxazol-trimetoprim
  • Linfócitos T CD4 ≤ 100/mm3 – Toxoplasmose – Sulfametoxazol-trimetoprim
  • Linfócitos T CD4 ≤ 50/mm3 – MAC (Mycobacterium avium complex) – Azitromicina