Rinologia Flashcards

(92 cards)

1
Q

O que é Rinossinusite?

A

Inflamação da mucosa nasal e dos seios paranasais.

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Q

Como a rinossinusite pode ser classificada quanto à etiologia?

A

Viral, bacteriana ou fúngica – ou não infecciosa como alérgica, vasomotora ou química.

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3
Q

Qual a classificação da rinossinusite quanto ao tempo de evolução?

A

Aguda (até 12 semanas) ou crônica (mais de 12 semanas).

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4
Q

Definição de Rinossinusite Aguda (RSA)?

A

Processo inflamatório agudo da mucosa nasal e dos seios paranasais com até 12 semanas.

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5
Q

Quais os principais fatores associados à RSA?

A

Ambiente (exposição à umidade, poluição, produtos químicos)
Anatômicos (principalmente obstrução do óstio de drenagem por edema na mucosa ou presença de lesões ocupacionais como pólipos, tumores, desvio septal, corpo estranho, hiperplasia adenoamigdaliana)
Iatrogenia (como perda de epitélio ciliado, toxinas virais, bactérias ou ambientais, mediadores inflamatórios, pH baixo, tabagismo e drogas)
Discinesia ciliar primária (distúrbio genético autossômico recessivo caracterizado por defeitos estruturais e da função ciliar, cursando com rinossinusite crônica (RSC) e episódios de agudização repetidas)
Doenças crônicas (diabetes, fibrose cística, asma e doença cardiovascular)

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6
Q

Qual o principal fator de risco mais importante para o desenvolvimento de sinusite bacteriana aguda?

A

Bactérias.

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7
Q

Quais as principais bactérias predominantes em rinossinusite aguda?

A

Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae e Moraxella catarrhalis.

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8
Q

Qual a porcentagem de casos de rinossinusite em que Streptococcus pyogenes, Staphylococcus aureus e anaeróbios são encontrados?

A

Menos de 10% dos pacientes.

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9
Q

Quais os critérios diagnósticos da rinossinusite aguda?

A

Quadro clínico eminentemente clínico, baseado apenas nos sintomas (necessidade de exames de imagem ou otorrinolaringológico detalhado é o diagnóstico de sinusite aguda se feito com base na presença de dois ou mais dos seguintes sintomas, sendo que pelo menos um deles deve ser obstrução/congestão nasal ou rinorreia).

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10
Q

Quais os sintomas maiores da rinossinusite aguda?

A

Obstrução nasal, rinorreia (anterior ou posterior - mais frequentemente), dor (pressão facial e lesão), hiposmia ou anosmia, febre.

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11
Q

Quais os sintomas menores da rinossinusite aguda?

A

Cefaleia, dor de dente, tosse, otalgia, fadiga, halitose.

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12
Q

Quais achados ao exame físico podem indicar rinossinusite aguda?

A

Secreção nasal, presença de pus na cavidade nasal com predomínio unilateral, dor local com predomínio unilateral, febre acima de 38 °C, deterioração da flora dos sintomas após o período inicial de doença, elevação da velocidade de hemossedimentação (VHS) e proteína C reativa (PCR).

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13
Q

O que geralmente se observa no exame físico na RSA?

A

Rinoscopia anterior (presença de secreção purulenta uni ou bilateral), Oroscopia (secreção mucopurulenta descendo pela orofaringe (“falsa via”)).

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14
Q

Quando realizar exames complementares na RSA?

A

PCR ou VHS quando elevados, estão associados à RSAB, podendo ser usados como critérios diagnósticos. Endoscopia nasal não é um exame obrigatório, porém fornece informações importantes sobre a condição atual da doença (Figuras 1 e 2). Podem ser visualizados pólipos nasais, rinorreia (principalmente de meato médio) e edema de mucosa na mesma topografia. Tomografia Computadorizada (TC) de face deve ser realizada em situações específicas, principalmente em suspeita de complicações. Radiografia de face não deve ser solicitada pela baixa sensibilidade e especificidade.

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15
Q

Qual o tratamento dos sintomas do trato respiratório superior leves ou moderados na RSA?

A

Corticoides nasais e lavagem nasal com solução fisiológica.

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16
Q

Qual o principal antibiótico indicado para RSA moderada ou grave?

A

Amoxicilina.

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17
Q

Qual a segunda opção de tratamento em caso de não melhora com Amoxicilina ou alérgicos à penicilina?

A

Amoxicilina + Clavulanato, cefalosporinas de segunda ou de terceira geração ou quinolonas – com exceção de moxifloxacina; ou Doxiciclina.

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18
Q

Qual a função dos corticoides sistêmicos no tratamento sintomático da RSA?

A

Redução de inflamação e possível diminuição de efeitos adversos.

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19
Q

Qual o uso de descongestionantes orais e tópicos na RSA?

A

Podem ser utilizados como medicações sintomáticas, mas estatisticamente não mudam a evolução da doença.

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20
Q

Qual a principal complicação da rinossinusite aguda?

A

Complicações orbitárias.

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21
Q

Quais as principais vias de disseminação das infecções para complicações?

A

Três vias principais: Hematogênica (infecções podem se disseminar por vasos sanguíneos), Linfática (através do plano subperiosteal ou dos linfáticos perivasculares), Contiguidade (invasão através das paredes dos seios, principalmente da lâmina papirácea).

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22
Q

Qual a complicação mais comum da rinossinusite aguda?

A

Celulite perisseptal (pré-septal) da órbita.

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23
Q

Quais as classificações de Chandler para complicações orbitárias?

A

I: Celulite pré-septal, II: Celulite orbitária, III: Abscesso subperiosteal, IV: Abscesso orbitário, V: Trombose de seio cavernoso.

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24
Q

Como a celulite pré-septal (Chandler I) se apresenta?

A

Edema palpebral sem proptose e sem alteração da acuidade visual.

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25
Como a celulite orbitária (Chandler II) se apresenta?
Edema palpebral, proptose, dor à movimentação ocular, diplopia e redução da acuidade visual.
26
Como o abscesso subperiosteal (Chandler III) se apresenta?
Proptose, dor, oftalmoplegia e comprometimento da acuidade visual.
27
Como o abscesso orbitário (Chandler IV) se apresenta?
Exoftalmia, dor ocular intensa, diplopia, oftalmoplegia completa e perda da visão.
28
Qual o principal agente etiológico da rinossinusite agua?
Streptococcus pneumoniae
29
Qual o tratamento da celulite pré-septal (Chandler I)?
Amoxicilina + ácido clavulânico, corticoterapia oral.
30
Qual o tratamento para as outras complicações orbitárias (Chandler II, III, IV e V)?
Internação, antibioticoterapia parenteral (penicilina cristalina + cloranfenicol ou ceftriaxona + clindamicina, corticoterapia intravenosa), drenagem cirúrgica dos seios da face.
31
O que é Osteomielite frontal (tumor de Pott)?
Inflamação óssea da região frontal com coleção purulenta e necrose óssea.
32
Qual a definição de Rinossinusite Crônica (RSC)?
Sinais e sintomas de rinossinusite que perduram por mais de 12 semanas.
33
Quais os fatores associados à RSC?
Fatores infecciosos, anatômicos, imunológicos, alérgicos, inflamatórios e genéticos.
34
Quais as duas principais entidades da RSC?
RSC com pólipos nasais e RSC sem pólipos nasais.
35
Quais os principais achados no exame físico na RSC?
Rinoscopia com edema de mucosa nasal, pólipos nasais, secreção mucopurulenta em orofaringe.
36
Qual exame complementar é usado para visualização da RSC?
Endoscopia nasal (nasofibrolaringoscopia).
37
Quais os fatores predisponentes e doenças associadas que devem ser investigados na RSC?
Doenças sistêmicas e possíveis alterações imunológicas.
38
Quais as alterações anatômicas que predispõem à RSC?
Desvio septal, concha média bolhosa, desvios do processo uncinado e células de Haller.
39
Quais as infecções odontogênicas relacionadas à RSC?
Processo periapical, periodontite, abcessos dentários.
40
Qual a principal etiologia fúngica da RSC?
Aspergillus fumigatus.
41
Quais as doenças sistêmicas que podem estar associadas à RSC?
Fibrose cística, principalmente em crianças com polipose nasal (PN).
42
Qual o tratamento da rinossinusite crônica de etiologia bacteriana?
Antibioticoterapia prolongada.
43
Qual o tratamento inicial da Rinossinusite Crônica (RSC)?
Antibioticoterapia oral, lavagem nasal com solução isotônica salina e corticosteroides nasais e orais.
44
Quais as opções de antibióticos para RSCs sem pólipos?
Amoxicilina + inibidores de beta-lactamase, azitromicina, quinolonas (levofloxacino, gatifloxacino).
45
Qual a duração recomendada do tratamento antibiótico para RSC?
2 a 3 semanas.
46
Qual a definição de pólipo antrocoanal (PAC) ou de Killian?
Pólipo solitário benigno que se origina principalmente em crianças e adultos jovens, originando-se na mucosa do antro do seio maxilar e desenvolvendo-se através do óstio do seio maxilar para a cavidade nasal, em direção à coana e à parte posterior da nasofaringe, podendo estender-se até a orofaringe.
47
Qual o quadro clínico do pólipo antrocoanal?
Caracterizado por obstrução nasal, cefaleia em peso, rinorreia, anosmia e descarga retronasal contínua por períodos maiores do que 2 semanas.
48
Como é feito o diagnóstico do pólipo antrocoanal?
Baseado na história clínica, na endoscopia nasal e na tomografia.
49
O que é a mucoceles?
Lesão de aspecto cístico por retenção de secreção mucosa, em geral decorrente da obstrução da drenagem do seio paranasal por processo inflamatório, trauma ou efeito de massa.
50
Como a mucocele se apresenta clinicamente?
Em geral, cefaleia frontal em pressão e acometimentos oculares, como exoftalmia, diplopia e edema de pálpebra, além da obstrução nasal.
51
Qual o método de escolha para o diagnóstico radiológico da mucocele?
TC (tomografia computadorizada).
52
Qual o tratamento da mucocele?
Tratamento cirúrgico, visando restabelecer a drenagem sinusal.
53
O que é a rinossinusite fúngica alérgica (RSFA)?
Doença de caráter mais alérgico do que infeccioso, com presença de fungos, como Aspergillus e Bipolaris.
54
Qual o quadro clínico da RSFA?
Rinorreia purulenta, ou crostas, de coloração marrom, chamada mucina alérgica.
55
Qual o tratamento da RSFA?
Cirurgia endoscópica funcional dos seios paranasais, com uso de corticoides local e sistêmico. Imunoterapia também pode ser indicada.
56
O que é a rinossinusite fúngica invasiva fulminante?
Doença rara e agressiva que afeta pacientes imunodeprimidos, tendo como principais agentes etiológicos os gêneros Mucor e Aspergillus.
57
Quais os sinais clínicos da rinossinusite fúngica invasiva fulminante?
Dor retro-orbital ou facial, diminuição da acuidade visual, oftalmoplegia e cefaleia.
58
Qual o tratamento da rinossinusite fúngica invasiva fulminante?
Tratamento fundamenta-se na retirada máxima do tecido necrótico, administração de anfotericina B e, sempre que possível, correção da imunodeficiência.
59
O que é Rinossinusite Fúngica Crônica (RSC Fúngica)?
Definição de doença que se caracteriza pela invasão fúngica lenta, com dor facial, secreção nasal purulenta e cacosmia.
60
Qual o tratamento da RSC Fúngica?
Drenagem cirúrgica dos seios da face, antifúngicos tópicos ou sistêmicos não estão indicados.
61
O que são rinites não infecciosas?
Processos inflamatórios da mucosa de revestimento das fossas nasais desencadeados por agentes irritantes ambientais.
62
Quais os sintomas das rinites não infecciosas?
Congestão nasal, espirros e rinorreia, podendo estar ou não associados a alterações da acuidade visual.
63
Qual o tratamento da rinite alérgica leve?
Anti-histamínicos orais, anti-histamínicos nasais, descongestionantes e anticolinérgicos.
64
Qual o tratamento da rinite alérgica moderada ou grave?
Corticoides nasais, que podem ser associados a anti-histamínicos orais e descongestionantes orais.
65
Qual o tratamento da rinite alérgica persistente por mais de 12 semanas?
Corticoides nasais em dose diária ou contínua por um período de 6 a 24 semanas.
66
Qual a importância da rinite alérgica em relação à rinossinusite?
A rinite alérgica é a mais comum e a irritativa é a segunda mais comum, sendo que a irritativa é induzida por exercício e pelo idoso, e a rinite gestacional.
67
Geralmente as epistaxes são autolimitadas, mas pode haver risco de vida. V ou F?
V
68
Etiologias mais frequentes de epistaxe.
Ruptura da mucosa, principalmente por trauma digital Fratura nasal Medicação intranasal
69
Conduta na epistaxe.
Exame físico, com avaliação de sinais vitais + pressão digital/tamponamento Exames complementares (hemograma, plaquetas, TP e TTP)
70
Em crianças, geralmente o sangramento é...
Anterior (plexo de Kiesselbach).
71
Em adultos e idosos, o sangramento geralmente é ... e pode ser associado com ...
Posterior/HAS
72
Tratamento do sangramento anterior.
Pressão digital por 15-20 min Tamponamento anterior se não resolver
73
Tratamento do sangramento posterior.
Tratamento anterio-posterior com gase ou balonete
74
Complicações do tamponamento.
Necrose da asa do nariz Toxic-shock syndrome (sobreinfecção súbita por toxinas de stafilo ou strepto do grupo A)
75
Casos que necessitam de hospitalização.
Hipovolemia e insuficiência respiratória.
76
Pode ser realizada a ligadura da carótida interna ou externa. V ou F?
F JAMAIS DA INTERNA
77
Celulite pré-orbital deve ser tratada em ambiente hospitalar. V ou F?
V
78
No caso de criança com rinorreia persistente, unilateral, deve-se pensar em...
Corpo estranho.
79
Indicação de solicitar RNM.
Suspeita de neoplasia Complicação com extensão craniana
80
Qual o principal agente etiológico da rinossinusite crônica?
Staphylococcus aureus
81
Principal mecanismo da rinossinusite crônica sem polipose nasal.
Mecanismo obstrutivo
82
Tratamento da polipose nasal.
Corticoide tópico (dobro da dose habitual) Corticoide sistêmico dependendo da gravidade Cirurgia
83
Tratamento do pólipo de Killian.
Cirurgia
84
Tumor benigno e localmente agressivo, comumente originado na parede lateral do nariz.
Papiloma invertido
85
O papiloma invertido tem grande taxa de recidiva. V ou F?
V
86
Tratamento do papiloma invertido.
Cirurgia
87
O papiloma invertido é mais comum em mulheres e tem risco de malignização entre 5 e 13%. V ou F?
F É mais comum em homens.
88
Causa mais comum de bola fúngica.
Aspergillus
89
Aspecto da bola fúngica na RNM.
Velamento do seio facial com áreas de calcificação (heterogêneo).
90
Neoplasia benigna rara da nasofaringe que acomete geralmente adolescentes do sexo masculino.
Nasoangiofibroma juvenil
91
Tríade clássica do nasoangiofibroma juvenil.
Epistaxe Obstrução nasal unilateral Tumor em nasofaringe
92
Tratamento do nasoangiofibroma juvenil.
Cirurgia