ruptura de membranas Flashcards

(33 cards)

1
Q

CONCEITO

A

Rotura espontânea das membranas coriônica e amniótica antes do início do trabalho
de parto, independente da idade gestacional (IG)

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2
Q

Gestações no termo (> 37 semanas):

A

● Mais frequente
● Situação de menor risco
● O trabalho de parto ocorre espontaneamente em cerca de 90% nas primeiras 24h

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3
Q

Gestação pré-termo (<37 semanas):

A

● Incidência de 2 a 3%
● Mais preocupante
● Independente da conduta, cerca de metade dos casos nasce em 1 semana

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4
Q

PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS

A

● Infecção intra-amniótica (15 a 35%)
● Descolamento prematuro de placenta
● Complicações da prematuridade
○ Desconforto respiratório
○ Hemorragia intracraniana
○ Enterocolite necrosante
○ Sepse neonatal

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5
Q

ETIOLOGIA

A

Fraqueza do colo e das membranas
○ Fatores intrínsecos como deficiência da alfa1-antitripsina, síndrome de
Ehlers-Danlos (alteração do colágeno), fatores nutricionais, incompetência
istmocervical e cervicodilatação precoce

Aumento da pressão intrauterina:
Hiperdistensão uterina por polidrâminio, gemelidade, miomatose uterina,
contrações uterinas, malformações mullerianas e excesso de movimentação
fetal

Processo infeccioso e/ou inflamatório:
Infecção ascendente do canal vaginal que alcança o colo e membranas
○ Principais agentes: Gardnerella vaginalis, Neisseria gonorrhoeae, Chlamydia
trachomatis, Estrepcocco do grupo B, Escherichia coli, Bacteroides sp

Outras causas:
○ Placenta prévia (pressão desigual no polo inferior do saco amniótico)
○ Tabagismo
○ Sludge na USG

FAPO

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6
Q

FATORES DE RISCO

A

● RPMO em gestação anterior
● Sangramento genital no 2º trimestre
● Colo curto
● Baixo peso
● Baixo nível socioeconômico

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7
Q

PATOGENIA

A

Saída de líquido amniótico
● Hipoplasia pulmonar (quando RPMO for entre 20 a 25 semanas)
● Deformidades osteomusculares e cutâneas
● Sofrimento fetal por compressão do cordão
● Descolamento prematuro de placenta (DPP) por diminuição da superfície de
contato entre o útero e a placenta
● Prolapso de cordão e de membro fetal

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8
Q

DIAGNÓSTICO

A

90 % dos diagnósticos dados pela anamnese + exame físico (exame especular)
○ Queixa típica de perda de líquido por via vaginal de forma abrupta
○ Líquido com cheiro e aspecto peculiar (não parecer urina e nem corrimento)
Se não houver escoamento espontâneo, pede-se que faça a manobra de
Valsalva
○ Não se deve fazer o toque vaginal

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9
Q

Testes adicionais para casos de dúvida:

A

○ Teste do fenol (muda da cor laranja para vermelha)
○ Avaliação direta do pH (pH maior ou igual a 7 ou 6,5)
baseado na diferença de ph entre a vagina (4,5-6) e o LA (7,1-7,3)
papel fica azul

○ Fern test ou teste da lâmina aquecida (cristalização do líquido amniótico em
folhas de samambaia)
○ Testes imunocromatográficos
■ Detecção da proteína IGFBP1
■ Detecção da proteína PAMG-1

○ USG para avaliação do Índice de Líquido Amniótico (ILA) → oligoâmnio
○ Necessita de uma USG prévia para comparar
● Exames complementares
○ Cultura de Estrepcocco do grupo B, Chlamydia trachomatis e Gonococo
○ Bacterioscópico (Gram) da secreção vaginal
○ Hemograma com contagem de leucócitos
○ Dosagem de proteína C-reativa
○ Cardiotocografia
○ Perfil biofísico fetal

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10
Q

CONDUTA

A

Conduta expectante:
● Exames de sangue a cada 2 dias
● Exames de vitalidade diariamente
● Avaliação clínica de sinais vitais e observar presença de sinais de infecção (FC, Tax)
4x por dia
● Cultura de estreptococo, se negativa, repetir a cada 5 semanas (raro)

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11
Q

TRATAMENTO

A

● Depende da IG

IG > 37 semanas:
● Resolução da gravidez, pois o risco de infecção e hipóxia são superiores aos
benefícios

IG entre 26 e 36 semanas
● Risco de prematuridade
● Corticoterapia antenatal
● Conduta expectante é considerada superior
● Conduta ativa somente quando houver sinais de desconforto respiratório, necessidade
de suporte ventilatório, uso de UTI neonatal e morte neonatal
● Resolução da gestação caso haja sofrimento fetal ou corioamnionite

IG por volta de 24 semanas a 26 semanas
● Dilema clínico
● Risco alto de corioamnionite

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12
Q

Motivos para resolução da gravidez com RPMO:

A

● Trabalho de parto prematuro
● Sofrimento fetal
● Corioamnionite
● Descolamento prematuro de placenta
● Prolapso de cordão

*Não se pode inibir o trabalho de parto prematuro em
ruprema

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13
Q

CORTICOTERAPIA

A

Ciclo único de corticoide, preferencialmente com betametasona
● Entre 24 e 34 semanas
● Deve-se afastar a possibilidade de corioamnionite franca
● Leva quase sempre à leucocitose, muitas vezes com desvio à esquerda, com duração
em cerca de 7 dias, comprometendo a vigilância infecciosa

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14
Q

CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS PARA CORIOAMNIONITE

A

● Critérios clínicos
○ Taquicardia materna (>100bpm) ou fetal (>160bpm)
○ Febre maior de 37,8ºC
○ Contrações uterinas irregulares (útero irritável)
○ Saída de secreção purulenta
○ Odor pelo orifício externo do colo

● Critérios laboratoriais
○ Leucocitose (> 15 mil ou aumento de 20%)
○ Aumento do PCR em 20%
○ Ausência de movimentos respiratórios fetais
○ Diminuição abrupta do ILA

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15
Q

TRATAMENTO DE CORIOAMNIONITE

A

● Interrupção da gestação com possível indução e instituição imediata de
antibioticoterapia
● 2 esquemas de antibióticos podem ser feitos, ambos mantidos por até 48h do pós-parto
ou do último pico febril
○ Clindamicina + Gentamicina
○ Ampicilina ou penicilina cristalina + Gentamicina + Metronidazol

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16
Q

PROFILAXIA CONTRA ESTREPTOCOCO DO GRUPO B

A

Administração por 48h e continuada no trabalho de parto se a cultura para o
Estreptococo do grupo B for positiva

17
Q

PREMATURIDADE
● Pré-termo: <37 semanas
● A termo: 37 a 42 semanas
Responsável por 75% de toda a morbimortalidade neonatal

precoce extrema: 22-27 meses e 6 dias
pre termo precoce: até 33 semanas e 6 dias
tardia: 34-36 meses e 6 dias

18
Q

ASPECTOS IMPORTANTES

A

Custos emocionais
Custos financeiros
○ Muito oneroso
○ Cuidados a longo prazo

19
Q

FATORES DE RISCO

A

● Atividade física aumentada
● Tabagismo
● Etilismo
● Uso de drogas ilícitas
● Situações de estresse materno

20
Q

COMPLICAÇÕES MATERNAS RELACIONADAS AO MAIOR RISCO DO PARTO
PRÉ-TERMO

A

● Gestação múltipla
● Síndromes hipertensivas da gravidez
● Doença hemolítica perinatal
● Polidrâmnio
● Descolamento prematuro da placenta
● Rotura prematura das membranas ovulares
● Corioamnionite
● Restrição do crescimento fetal
● Insuficiência istmocervical
● Presença de colo uterino curto
● Sangramento na atual gestação que se prolonga além do 1º trimestre
● Diabetes mellitus
● Colagenoses
● Trombofilias
● Infecções maternas
● Traumas maternos durante a gestação (acidentais ou cirúrgicos)
● Malformações uterinas
● Cirurgias prévias (principalmente conizações do colo uterino)

21
Q

ETIOLOGIA

A

● Infecções clínicas ou subclínicas dos sistemas genital e urinário
● Processos infecciosos fora do aparelho genital podem ser responsabilizados pelo
parto prematuro, como doença periodontal
● O processo inflamatório e infeccioso materno possibilita a ativação de uma cascata de
eventos e culmina com a produção de ácido aracdônico, liberação de prostaglandinas e
aparecimento de contrações uterinas

22
Q

TESTE DA FIBRONECTINA FETAL COMO PREDITOR DO PARTO PRÉ-TERMO

A

● Marcador inflamatório/infeccioso
● Sua presença na secreção cervicovaginal corresponde a um fator preditivo para parto
prematuro
● Útil para selecionar gestantes que necessitem de medidas terapêuticas
● Quando ausente, evita o uso de medicamentos desnecessariamente

23
Q

USO DE CORTICOTERAPIA ANTENATAL

A

● Corticóides atuam na maturação pulmonar com produção de surfactante, favorecendo
as trocas gasosas alveolares
● Promove a estabilidade circulatória e menor frequência de hemorragias cerebrais e de
enterocolite necrosante
● A ação possui duração de 7 dias

24
Q

FATORES ETIOLÓGICOS DO PARTO PRÉ-TERMO

A

● Espontâneo ou realizado por indução médica
● Precedida de trabalho de parto ou devido RPMO
● Estado hipertensivo materno é a principal causa de prematuridade eletiva
● Desencadeamento do trabalho de parto é multifatorial

Principais fatores associados:
○ Idade materna menor que 15 ou maior que 40 anos
○ Estado socioeconômico e cultural adverso
○ Ausência de controle pré-natal
○ História materna de 1 ou mais abortos espontâneos no 2º trimestre
○ Pequeno intervalo entre partos
○ Grande multiparidade
○ Parto prematuro prévio !!!
○ Morte fetal anterior

25
TRABALHO DE PARTO PREMATURO
● Assistência com objetivo de diminuir a mortalidade neonatal ○ Evitar anoxia e trauma fetal ○ Cuidados intensivos ○ Hospital de referência A via de parto do nascimento pré-termo permanece polêmica ● Escolhe-se a via de parto que seja melhor para o bem-estar materno e fetal ● Na apresentação cefálica fletida sem intercorrências, considera-se com medidas de proteção o parto via vaginal Fatores que mais influenciam na escolha: idade gestacional e peso fetal estimado ● O concepto pré-termo possui menor tolerância à asfixia e episódios hipóxicos repetidos, podem conduzir à acidose láctica mais precocemente ● A amniotomia é evitada, por conta dos riscos de infecção e traumas ● O uso de ocitocina evita distócias funcionais ● Deve-se aguardar 1 minuto para ligadura do cordão umbilical, desde que não haja contraindicação (mãe HIV+) ● Não se faz ordenha umbilical
26
AGENTES TOCOLÍTICOS (TOCÓLISE)
Substâncias que impedem o parto prematuro, inibindo a atividade contrátil do miométrio Agentes tocolíticos: ○ Betamiméticos (beta-2-adrenérgicos, terbutalina, salbutamol e ritodrina ○ Bloqueadores de canais de cálcio (nifedipino) ○ Inibidores da síntese de prostaglandinas (inibidores da cicloxigenase como indometacina) ○ Sulfato de magnésio ○ Antagonistas de ocitocina (atosibana) ● Principais: terbutalina, nifedipino e atosibana Efeitos adversos: dor torácica, dispneia, taquicardia, palpitação, tremores, cefaleia, hipocalemia, hiperglicemia, náuseas/vômitos, obstrução nasal e taquicardia fetal ● Usados até 34 semanas (deve-se ter conhecimento preciso da IG) ● Avaliar as condições clínicas maternas, vitalidade fetal e até o custo das drogas ● Objetivo: ganhar tempo para transferir para um centro de referência de prematuridade e permitir uso oportuno de corticosteróides
27
funcoes da membrana amniotica:
protecao mecanica, ascensao de bacterias da vagina formacao pulmonar,gastrointestinal e osteomuscular
28
periodo de latencia
periodo entre a rotura prematura de membranas e o trabalho de parto quanto mais prematuro o feto maior o periodo de latencia
29
contraindicacoes de corticoterapia
sinais de infeccao,parto iminente,hipersensibilidade a droga
30
sulfato de magnesio para neuroprotecao fetal indicacao: abaixo das 32 semanas e parto iminente
31
Quando fazer um parto imediato independente da idade gestacional?
trabalho de parto corioamnionite descolamento prematuro de placenta sofrimento fetal
32
Complicacoes de parto prematuro
sindrome do desconforto respiratorio hemorragia intracraniana enterocolite necrotisante sepse
32
34 semanas = maturidade pulmonar