Sindromes hemorragicas Flashcards
(34 cards)
1ª metade (0-20/22 semanas) - 3 principais causas de sangramento obstétrico
Abortamento
Gravidez ectópica (GE)
Neoplasia trofoblástica gestacional (NTG)
Abortamento
Avaliação
- provavelmente causado por rompimento dos vasos deciduais da interface materno fetal -> quando de pequena monta não causa grandes prejuízos ao concepto e pode não ser detectável pelo USG
- quando detectado pelo USG -> hematoma subcoriônico ou hemorragia subcorionica
- classificação do aborto, vai depender da repercussão para hemodinâmica fetal, da dilatação do colo e da gravidade do quadro
Ameaça de abortamento/ Abortamento evitável
Sangramento vaginal pequena quantidade
Cólicas abdominais (devido a contração)
Colo uterino impérvio (fechado) -> USG com BCF presente
Atividade uterina contrátil
Tamanho de útero condizente com atraso menstrual
Ou a gestação segue e isso se estabiliza ou evolui para abortamento em curso (inevitável)
Abortamento em curso/ Abortamento inevitável
Colo uterino dilatado
Contrações uterinas dolorosas
Sangramento uterino em grande quantidade
Vitalidade fetal ausente
Resulta em quadro de abortamento completo ou incompleto
Abortamento incompleto
Sangramento vaginal
Parcial eliminação do ovo ou de seus anexos
Contrações uterinas
Colo uterino dilatado
Saída de restos ovulares ao exame especular
Tamanho uterino involuído, mas não completamente
É necessário realizar o esvaziamento da cavidade uterina
Abortamento completo
Eliminação do feto/ ovo e seus anexos
Colo do útero já está fechado
Tamanho uterino já está diminuído - intrapélvico
Sangramento pequeno
Abortamento retido
Retenção do produto conceptual após sua morte por 4 ou mais semanas, sem a expulsão
Sangramento genital (+) ou (-), pode ser frustro, o colo do útero é pequeno e o tamanho do útero não corresponde ao tempo de gestação
Parada de crescimento uterino
Esperar por ate Eliminação espontânea até 6 semanas após da morte do produto gestacional, se não, fazer esvaziamento da cavidade uterina
Classificações dos abortamentos
Frequência - abortamento habitual
Presença de infecção - abortamento infectado
Diagnostico de abortamento
Clínico
História de sangramento genital em gravidez < 20/22 semanas
Exame físico
Laboratorial
Pesquisa de B-HCG
USG -> indica se ainda há vitalidade fetal
Conduta em casos de ameaça ou abortamento
- Dados clínicos + toque vaginal
- Colo fechado
Ameaça de abortamento (evitável) -> conduta expectante (avaliar anemia)
Abortamento retido -> Conduta conservadora - Colo dilatado
Aborto em curso
Aborto completo recente
Aborto incompleto
USG → conteúdo endometrial/ presença de BCF → guia de conduta
Necessidade de curetagem
Gravidez ectópica
Gestação que se instala e evolui fora da cavidade uterina
Sítio de implantação mais frequente
Tubário (trompa): 96%
Intersticial: 2-3%
Ístmico: 12%
Ampular: 70%
Fímbria: 11%
Cicatriz de cesariana: 3%
Ovariana
Cervical
Abdominal
Etiologia da Gravidez ectópica
Qualquer processo que interfira na chegada no óvulo em condições de implantação (blastocisto) na cavidade uterina
- Processos inflamatórios tubários (estagnação do ovo, comprometimento da função ciliar)
- Alteração anatômica da tromba (divertículos, pólipos)
- Endometrioses
- Tumores justa tubários (miomas)
- Cirurgias tubárias (laqueaduras)
- Cromossomopatias: divisões do embrião são anômalas, de forma que ele pode ser implantado antes de chegar ao endométrio
Quadro Clínico da Gravidez ectópica
Gravidez ectópica íntegra - Tratamento pode ser mais conservador
Gravidez ectópica rota - quadro de emergência
Hemorragia abdominal aguda (AAH)
Dor aguda abdominal (sangue é irritativo)
Sangramento vaginal - nem sempre corresponde à gravidade do caso
Escapulalgia - inflamação frênica -> sangramento que sobe pela cavidade causa irritação frênica
Choque hemorrágico
Tonturas, vertigens, náuseas e vômitos
Abaulamento doloroso no fundo do saco de Douglas → punção nesse local mostra sangue (culdocentese)
Diagnóstico: quadro de Hemorragia Abdominal Aguda (HAA) por Gravidez ectópica rota
Anamnese/Exame físico
DB +
Perda sanguínea vaginal
Grito de Douglas (Sinal de Proust) - palpação do fundo de saco de Douglas (recesso vaginal posterior)
Tumorações parauterinas
Punção de fundo de saco de Douglas - saída de sangue
Propedêutica complementar
Hematimetria
USG = Localização da prenhez
Doppler: concentração vascular (sugere a presença de trofoblasto)
BHCG = Positividade com cavidade uterina vazia ⇒ GE
Tratamento da gravidez ectópica
- ROTA: Cirúrgico: salpingectomia com conização da inserção tubo uterina
Se deixar o coto da tuba, ele pode ser sítio de nova infecção - INTEGRA:Conservador: manter a função reprodutiva
Expressão tubária
Salpingectomia parcial
Salpingostomia
Metotrexato (citorredutor) - Fármaco citorredutora: PE recente (IG < 6 semanas)
- Ausência de vitalidade do embrião
- Massa tubária < 3,5 cm
Neoplasia trofoblástica gestacional (NTG) - Formas clínicas
Mola hidatiforme
Restrita a decídua
Mola invasora
Alcançou o miométrio, além da decídua
Mola metastática
Pode atingir a circulação e dar metástase no cérebro, pulmão, fígado, bexiga
Mas sem atipias
Coriocarcinoma: variedade maligna do NTG
Atipia celular
Quadro clínico mola hidatiforme (NTG)
Atraso menstrual + diagnóstico de gravidez
Grande exacerbação dos sinais e sintomas gravídicos
Pré-eclâmpsia antes de 22 semanas (única causa de pré-eclampsia antes de 20 semanas)
Vômitos (nível de BHCG muito aumentado) → BHG é produzido pela placenta (trofoblasto)
Toxemia gravídica, hipertireoidismo
Sangramento vaginal em pequenas quantidades; indolor, COM PRESENÇA vesículas
Desproporção entre altura uterina e idade gestacional (AU > IG)
Diagnóstico diferencial: gravidez múltipla
Ovários aumentados (cistos tecaluteínicos), pelo aumento de BHC
Quadro clínico de coriocarcinoma/mola metastática
Depende do sítio de implantação
Sangramentos
Hemotórax
AAH (abdome agudo hemorrágico)
AVCH
GRANDE POTENCIAL NECROTICO
Diagnóstico
Quadro clínico
Dosagem de BHCG
USG
Imagens císticas ecogênicas que preenchem a cavidade uterina
Aumento ovariano pelos cistos tecaluteínicos
Detecção de metástases abdominais
TC, RNM, Rx em busca de tecido molar, como se fossem metástases
Tratamento Mola hidatiforme
Ideal: retirada de todo o tecido molar e do útero
Jovens que querem engravidar = Esvaziamento uterino por aspiração (dilatação cervical e CTG com vácuo-aspiração), se necessário, curetagem muito cuidadosa
Metotrexato para evitar recidiva
Indução da contratilidade uterina com ocitócitos
Idosas sem interesse em gestação futura
Histerectomia com útero cheio
Vigilância pós-molar para todas as pcts = 1 anos
Depois de 7 a 8 semanas espera-se BHCG negativo
Dosagem sequenciais: 3 valores idênticos ou 2 com ascensão (remetem à lesão metastática)
Orientação à contracepção por 1 ano
Síndromes Hemorrágicas da 2ª metade da gestação (>22 semanas)
Causas obstétricas
Placenta prévia*
Descolamento prematuro de placenta (DPP)*
Rotura uterina
Rotura de vasa prévia
Causas não obstétricas - ORIGEM FORA DO UTERO
Cervicite
Pólipo cervical
Neoplasia cervical
Trauma vaginal
Coagulopatias
Placenta prévia - FATORES DE RISCO
Presença de tecido placentário total ou parcialmente no segmento inferior uterino após a 28ª semanas (antes disso é chamado de inserção baixa)
Relacionados com a invasão placentária que encontra tecido endometrial impróprio para nutrição → busca de um local mais adequado
Cesárea anterior, Multiparidade
Gestação múltipla
Idade materna avançada
Cirurgia uterina prévia
Tabagismo
Processos cicatriciais
Extração manual de placenta
Sinéquias
Leiomioma
Adenomiose
Curto período interpartal
Quadro clinico da Placenta previa
Hemorragia materna -> INDOLOR, RECORRENTE, PROGRESSIVO
Sangramento vermelho vivo
Tônus uterino normal
Apresentação fetal anômala
Vitalidade fetal preservada
Complicações operatórias no parto
Acretismo placentário: invasão do tecido placentário além dos limites da decídua materna
Apresentação anômala
Prematuridade
Anomalias do 3º e 4º períodos
Dificuldade de dectação
Hemorragia pós-parto
Diagnóstico
Quadro clínico
Propedêutica complementar
USG: localização placentária
USG com doppler ou RNM: risco da placenta de ultrapassar limites da decídua materna e invadir o miométrio (acretismo placentário)