T2 - Medicina do Pré-operatório (1) Flashcards

1
Q

OBJETIVOS?

A
  • Reconhecer os Determinantes do Risco Anestésico
  • Classificar o doente relativamente ao estado físico ASA perioperatório
  • Reconhecer a importância da avaliação pré-anestésica na diminuição da mortalidade pós-procedimento
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2
Q

Mortalidade e Morbilidade?

A
  • Tipo de Anestesia
  • Doente
  • Idade
  • Patologia
  • Procedimento cirúrgico
  • Equipa do Bloco
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3
Q

ASA I?

A

Pessoa saudável sem doença orgânica, bioquímica ou psiquiátrica

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4
Q

ASA II?

A

Pessoa com doença sistémica ligeira ou moderada tratada, SEM impacto significativo na atividade diária

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5
Q

ASA III?

A

Pessoa com doença sistémica severa que limita a atividade diária funcional mas não é incapacitante

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6
Q

ASA IV?

A

Pessoa com doença sistémica severa incapacitante que é uma ameaça permanente à vida ou requer tx intensivo

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7
Q

ASA V?

A

Pessoa moribunda, a quem são reconhecidas escassas hipóteses de sobreviver 24 horas, com ou sem operação

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8
Q

ASA VI?

A

Dadores de órgãos em morte cerebral confirmada

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9
Q

Classificação de Risco Cirúrgico do Johns Hopkins Hospital - 1,2 e 3?

A

1 - Risco mínimo para o doente; procedimento minimamente invasivo sem perda de sangue ou perda inferior a 50mL; procedimentos realizados em ambulatório e só com cuidados anestésicos monitorizados.

2 - Procedimento com invasividade mínima a moderada, com perda de sangue expectável inferior 500 mL; risco moderado para o doente

3 - Procedimento moderado a invasivo, com perda de sangue expectável de 500 a 1500 mL; risco moderado para o doente

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10
Q

Classificação de Risco Cirúrgico do Johns Hopkins Hospital - 4 e 5?

A

4 - Procedimento altamente invasivo, com perda de sangue expectável superior a 1500 mL; risco elevado para o doente

5 - Procedimento altamente invasivo, com perda de sangue expectável superior a 1500 mL; requer uma unidade de tratamento intensivo no pós-operatório

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11
Q

Morbilidade Perioperatória?

A

$$ Major
* EAM(8.4%)
* ICC (10.8%)
* Pneumonia (13.5%)
* Embolia pulmonar (7.8%) (prevenir TEP é essencial)
* Disfunção Renal
* Disfunção cognitiva

$$ Minor
* Náuseas
* Vómitos
* Readmissão

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12
Q

Morbilidade Perioperatótia - Epidemiologia?

A

– A disfunção cardíaca aparece sobretudo nas primerias 48h pós-op
– Disfunção cognitiva, mais frequente no idose já com algum declínio prévio, e podem aparecer com delirium ou défice
– TEP até aos 30 dias com timings bem delimitados : 7, 14, 23 dias
– Disfunção respiratória às 48h ou nos primeiros 6 dias podemos estar perante um pneumonia
– Nas primeiras 6 horas temos a hipóxia, que aparece sobretudo no internamento, sobre a alçada do anestesista

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13
Q

Avaliação Pré-operatória?

A
  • Incluir o doente na tomada de decisão
  • Avaliar o risco perioperatório, que deve ser levado em conta pelo indivíduo e pela equipa para escolher o procedimento cirúrgico mais adequado (cirurgia);
  • Identificar e manusear o doente de forma a otimizar a sua condição médica para diminuir a incidência de complicações perioperatórias;
  • Obter o consentimento informado
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14
Q

Níveis de Risco na Avaliação Pré-operatória?

A

$ Minor - Avaliação por teleconsulta com questionário - educação do doente
$ Intermédio - Avaliação com alteração dos fatores modificáveis
$ Major - Avaliação Multidisciplinar - anestesiologista / cirurgião / nutricionista

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15
Q

Plano Anestésico?

A

– Adequado às exigências técnicas do procedimento cirúrgico
– Características fisiológicas do doente
Tendo em contas os recursos disponíveis

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16
Q

Avaliação Pré-Operatória - Etapas?

A
  1. Diagnósticos atuais
  2. Revisão por aparelhos e sistemas
  3. Medicação habitual, fármacos e terapias não convencionais;
  4. Estado clínico do doente;
  5. Risco de reação alérgica
  6. Exame físico (avaliação da via aérea, cardiovascular e pulmonar )
  7. Obtenção do consentimento informado para a anestesia
17
Q

Sistema Respiratório?

A

Maior risco:
1. Idade ≥ 60 anos
2. ASA > 2
3. I.C.
4. Dependência total parcial
5. DPOC
6. Perda peso > 20%
7. Hábitos tabágicos

Muito importante identificarmos doentes com SAOS e para isso usamos o STOP-bang. Está validado para a população portuguesa. Se este score for positivo, o doente deve fazer uma polissonografia e se esta for positiva o doente deve ser reencaminhado para a pneumologia para poder estratificar o risco e tratar como for adequado com BiPAP ou CiPAP, e para que não tenha eventos de apneia no pós-operatório.

18
Q

Sistema Cardiovascular? Fatores de risco?

A

– Além das alterações induzidas pelos fármacos, que na sua maioria são hipotensores, o doente também vai perder fluídos, hidroeletrolíticos e sangue, mediando o risco hemorrágico da cirurgia.
– Dos sistemas mais afetados nos pós-op

– Cirurgia de alto risco
– Hx de Dx Isquémica Cardíaca
– Insuficiência Cardíaca
– AVC / AIT
– Insuficiência renal
– DM insulino dependente

19
Q

Sistema Gastrointestinal/ Hepático? Sistema Renal?

A
  • Refluxo gastro-esofágico / hérnia do hiato
  • Úlcera gástrica/duodenal
  • Icterícia / Hepatopatia (fármacos)
  • anemia, trombocitopenia, distúrbios electrolíticos, metabolismo/excreção de fármacos
20
Q

Sistema Hematológico?

A
  • Hemorragia sustentada após pequeno corte
  • Hemorragia excessiva após uma extracção dentária
  • Equimoses sem trauma aparente
  • Hemorragias associadas a cirurgias prévias
  • Medicações que faz habitualmente ou que realizou nos 10 dias anteriores
  • Familiares com problema hemorrágico
21
Q

Sistema Endócrino?

A
  • Diabetes M
    – a nefropatia e a insuficiencia autonómica diabética podem aumentar em 5 a 10 % a morbilidade / mortalidade perioperatoria.
    – risco aumentado de complicações pela disfunção causada pela hiperglicemia
    – objetivo pré-operatório HbA1c <7,5 para cirurgias minor e <6,5 para cirurgia major
  • Patologia tiróideia
  • Distúrbios glândula supra-renal
    – o feocromocitoma e sind. Carcinoide não diagnosticados antes da cirurgia podem aumentar a taxa de mortalidade em 10%)
22
Q

Doente Diabético?

A
  • Agendar 1º tempo cirúrgico
  • Glicemias alvo:
    – 110-180, mas aceitáveis valores 70-216 mg/dL
    – Evitar alterações glicemia capilar (atenção potássio)
  • Monitorizar regularmente a glicemia capilar
  • Doentes com pé diabético grave não usar meias de contenção elástica