T9 - Insuficiência Respiratória e Suporte Respiratório (1) Flashcards

1
Q

Respiratory Failure - Definition?

A

❑ Sudden onset (hours to days)
❑ Respiratory failure is defined as PaO2 < 60 mmHg while breathing air, and/or a PaCO2 > 45 mmHg (with a pH < 7,35)
❑ Para doentes que estejam a receber oxigénio suplementar: Diz-se que há IR quando o rácio PaO2/FiO2 é < 300

Exemplo: doente que tem uma PaO2 na gasimetria de 80 e está a receber 50% de O2 por uma venti-mask, o rácio é de 160 (80/0,5=160), pelo que tem IR.
Em ar ambiente este rácio também pode ser usado, sendo a FiO2 = 0,21

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2
Q

Components of Respiratory System?

A

❑ Para se perceber a causa da insuficiência respiratória é preciso saber quais são os intervenientes que controlam e permitem respirar:
– Nervous System ( Controller)
– Musculature ( Pump)
– Airways
– Alveolar Units
– Pulmonar Vasculature

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3
Q

Respiratory Function?

A

❑ Há também outras 4 coisas que têm de estar a funcionar corretamente, para uma normal função respiratória:
– Ventilation - entrada e saída de ar
– Perfusion - todos os alvéolos devem sangue arterial e sangue venoso a chegar e a sair sem interrupção
– Diffusion - não deve existir nenhuma barreia artificial à passagem de oxigénio do alvéolo para o sangue
– Ventilation-perfusion matching - deve sempre haver uma adequação entre a ventilação e perfusão, ou seja, os alvéolos devem ser bem ventilados e perfundidos

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4
Q

Respiratory Failure?

A

❑ Hypoxemic - Type I
– Sempre que existe um rácio PaO2/FiO2 < 300.
❑ Hypercapnic - Type II
– Sempre que há retenção de CO2, ou seja, há PaCO2 > 45 com pH < 7,35
❑ Mixed ( perioperative) - Type III
– Pode dar uma IR tipo I (na maior parte das vezes) ou tipo II;
– O principal mecanismo responsável são as atelectasias que ocorrem no perioperatório.
❑ Shock (hypoperfusion respiratory muscle) -Type IV
– Ocorre em situações de choque grave, com hipoperfusão dos músculos respiratórios, perdendo se a capacidade de contrair e variar os volumes torácicos

Em termos teóricos há 4 tipos, mas em termos práticos arrumam-se sempre em 2 tipos (tipo I e tipo II).

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5
Q

Hypoxemic Respiratory Failure Type I?

A

❑ PaO2 < 60mmHg with normal or low PaCO2 → normal or high pH
❑ Most common form of respiratory failure
❑ Lung disease is severe to interfere with pulmonary O2 exchange, but overall ventilation is maintained
❑ Physiologic causes: V/Q mismatch and shunt

– Se ao se fornecer oxigénio há reversão da hipoxemia 🡪 mismatch V/Q
– Se ao se fornecer oxigénio não há reversão 🡪 shunt

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6
Q

Causes of arterial hypoxemia?

A

❑ 🡫FiO2
❑ Hypoventilation
❑ V/Q mismatch
– pulmonary thromboembolism
❑ Intrapulmonary shunt
– Pneumonia
– Atelectasis
– CHF (high pressure pulmonary edema)
– ARDS (low pressure pulmonary edema)
❑ Reduced tissue perfusion and greater O2 extraction
– < Cardiac Output
❑ Anemia

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7
Q

Hypercapnic Respiratory Failure (Type II)?

A

❑ PaCO2 > 45 mmHg with pH <7,35
❑ Hypoxemia is present (muitas vezes a acompanhar)
❑ pH depends on level of HCO3
❑ HCO3 depends on duration of hypercapnia
❑ Renal response occurs over days to weeks

❑ Em situações de acidemia respiratória, o rim tende, ao fim de algum tempo, a produzir carbonato para tentar compensar o pH. No entanto, essa resposta depende sempre algum tempo e é por isso que inicialmente se tiver retenção de CO2 com bicarbonatos normais fica com o pH<7,35.

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8
Q

Acute Hypercapnic Respiratory Failure (Type II): Causes?

A

HYPOVENTILATION
❑ Inability to eliminate CO2 => Arterial pH is low
❑ Causes
- sedative drug over dose (sobretudo em indivíduos mais velhos)
- acute muscle weakness such as myasthenia gravis, Guillain-Barré syndrome
- severe lung disease: alveolar ventilation can not be maintained (i.e. Asthma or pneumonia) ❑ Acute on chronic (situações mais frequentes):
- Pulmonary disease (COPD): this occurs in patients with CO2 retention who worsen and have rising CO2 and low pH. Mechanism: respiratory muscle fatigue => Decreased alveolar ventilation (decreased RR, decreased Vt, increased dead space)

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9
Q

Causes of Hypercapnic Respiratory failure?

A

❑ Respiratory centre (medulla) dysfunction
❑ Drug over dose, central hypoventilation
❑ Neuromuscular disease
– Guillain-Barré, Myasthenia Gravis, spinal injuries
❑ Chest wall/Pleural diseases
– kyphoscoliosis, pneumothorax, massive pleural effusion
❑ Upper airways obstruction
– tumor, foreign body, laryngeal edema
❑ Peripheral airway disorder
– asthma, COPD

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10
Q

MENSAGENS PRINCIPAIS?

A

❑ Abordagem urgente/emergente, dependendo da gravidade => estabilizar doente
❑ Prioridade: oxigenar
❑ Várias tarefas em simultâneo

❑ Do ponto de vista prático, a IR é uma condição que pode comprometer a vida do doente, pelo que requer uma abordagem tem de ser rápida e dirigida, procurando inicialmente estabilizar logo o doente.
❑ Independentemente do tipo de IR, a prioridade é sempre oxigenar o doente, garantido que o doente tem sempre uma PaO2 de pelo menos 60.

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11
Q

ASSESSMENT OF PATIENT?

A

❑ Confirm, classify and determine the specific cause
❑ Careful history
❑ Physical Examination
❑ ABG analysis
– Classify RF and help with the cause
- pH
- PaO2, SatO2, PaCO2, HCO3-
- Normal P(A-a)02 (12-20 mmHg) ➔ hypoventilation.
.If increased, suspect COPD, ventilation/perfusion mismatch, or shunt

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12
Q

Análise Paciente?

A

❑ Na gasimetria avalia-se: pH (entre 7,35 e 7,45), PaO2 (tendo em atenção se há ou não suplementação de O2), SatO2, PaCO2 (acima dos 45 ou não), HCO3, P(A-a)O2 alterado (sugere hipoventilação).
❑ Consoante a confirmação pela HC, exame físico e gasimetria de IR então de seguida ponderam-se outros exames complementares.
❑ Se o doente tiver com IR tipo I (hipoxemia) tem-se SEMPRE por o doente a receber oxigénio suplementar.
❑ Adicionalmente, se for uma agudização de uma DPOC tem de se dar corticoide IV, broncodilatodores.
❑ Se for uma IC descompensada, deve-se dar também diurético (furosemida).
❑ No hemograma importa perceber:
- Se o doente tem ou não tem anemia;
- Se tem leucocitose, que pode ser um sinal indireto de uma infeção.
❑ Na bioquímica deve-se pedir:
- PCR, que se aumentada também é um sinal indireto de infeção;
- Função renal - ureia, creatinina e iões - para perceber se há alguma alteração;
- Função hepática - transminases, FA, bilirrubinas - no caso de se suspeitar que possa haver alguma alteração.
❑ Há exames que devemos também pedir sempre no contexto de IR, como o ECG e a radiografia do tórax.
❑ Para distinguir uma IR de causa cardíaca de causa respiratória é útil pedir:
- BNP

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13
Q

Management of Respiratory Failure Principles?

A

❑ Hypoxemia may cause death in RF
❑ Primary objective is to reverse and prevent hypoxemia
❑ Secondary objective is to control PaCO2 and respiratory acidosis
❑ Maintenance of cardiac output
❑ Treatment of underlying disease
❑ Patient’s vital organs must be monitored and treated

❑ Independentemente da IR ser do tipo I ou II o principal objetivo e a primeira coisa a fazer é reverter a hipoxia.
❑ Nas IR tipo II com hipoxia e se fornece O2, muitas vezes consequentemente há ainda maior retenção de CO2. Se isso corrige a hipoxemia apenas quer dizer que só fornecer O2 não basta para a correção da IR.
❑ Importa olhar também para os outros órgãos e começar a tratar a causa subjacente.

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14
Q

Oxygen Therapy?

A

❑ Supplemental O2 therapy essential
❑ Titration based on SaO2, PaO2, and PaCO2 levels
❑ Goal is to prevent tissue hypoxia
❑ Increase arterial PaO2 > 60 mmHg(SaO2 > 90%)
❑ O2 dose either flow rate (L/min) or FiO2 (%)

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15
Q

Monitorização?

A

❑ Avaliação clínica:
– conforto, nível de consciência, uso dos músculosacessórios, FR, FC e TA.
❑ GSA, a repetir passado algum tempo depois de instituída a terapêutica:
– Indicadora de melhoria clínica progressiva após terapêutica bem sucedida.
– Se apesar de terapêutica não houver melhoria do pH, PaO2 e PaCO2 ponderar ventilação mecânica

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16
Q

Ventilação Mecânica?

A

❑ Noninvasive with a mask OU
❑ Invasive with an endobronchial tube

❑ MV can be volume or pressure cycled
❑ For hypercapnia:
- MV increases alveolar ventilation and lowers PaCO2, corrects pH
- rests fatigued respiratory muscles
❑ For hypoxemia:
- O2 therapy alone does not correct hypoxemia caused by shunt
- lung recruitment

17
Q

Indicalões para VNI?

A

❑ Clínicas:
– Aumento da dispneia
– FR > 24 ciclos/min (> 30 ciclos na ins resp restritiva)
– Sinais de dificuldade respiratória

❑ Gasométricas:
– pH < 7,35 e paCO2 > 45
– paO2/Fi O2 < 200

18
Q

Contraindicalões Absolutas ao uso de VNI?

A

❑ paragem respiratória ou cardiorrespiratória, deve ficar em ventilação mecânica invasiva
❑ qualquer incapacidade de se colocar a máscara (ex: queimaduras faciais, traumatismo e cirurgia da face, hemorragia digestiva maciça incontrolada, fugas “inaceitáveis”)

19
Q

Contraindicalões Relativas ao uso de VNI?

A

❑ instabilidade médica : choque, isquemia cardíaca ou arritmia incontrolada, hemorragia digestiva maciça controlada
❑ agitação e não cooperação
❑ incapacidade de proteger a via aérea
❑ excesso de secreções que não são manejáveis por técnicas de “suporte”
❑ cirurgia recente gastrointestinal
❑ falência multiorgânica

20
Q

Doenças para as quais há benefício superior da VNI à VI?

A

❑ DPOC agudizada
❑ Edema agudo do pulmão (quando a IC agudiza)
❑ Facilitação de desmame/extubação de doente com DPOC

❑ Os estudos demonstram que na DPOC agudizada e na agudização da IC (manifestada por edema agudo do pulmão) os doentes morrem menos quando colocados em VNI

21
Q

Recomendações de uso de VNI na IRA?

A

❑ Doentes imunodeprimidos
❑ “Do-not-intubate status”
❑ Paliação em doentes terminais
❑ Pneumonia adquirida na comunidade na DPOC
❑ Período pós-operatório – prevenção e tratamento, ou seja, das IR tipo III

22
Q

Recomendações de uso de VNI na IRA - Maior rigor?

A

❑ Pneumonia grave adquirida na comunidade
❑ Extubação falhada – prevenção
❑ ARDS

23
Q

Plano?

A

❑ Definir, a priori, um plano para cada doente caso haja falência de VNI, e registar no processo clínico.
❑ Estratificar os doentes em 5 grupos baseado em 5 factores de decisão




24
Q

Plano?

A

❑ Definir, a priori, um plano para cada doente caso haja falência de VNI, e registar no processo clínico.
❑ Estratificar os doentes em 5 grupos baseado em 5 factores de decisão

❑ 1- Entubação e ventilação invasiva (VI) imediata
❑ 2- VNI - candidato a VI se necessário
❑ 3 - VNI – não candidato a VI/ Cuidados Intensivos
❑ 4- Não candidato a VNI – terapêutica médica
❑ 5 - Tratamento paliativo

❑ Deve ser planeada ad inicium a estratégia terapêutica caso a VNI falhe.
❑ A decisão para entubação deve ser feita durante as primeiras duas horas (1 hora nas hipoxémicas), podendo em casos duvidosos ser tomada a decisão até às 4 horas de uso de VNI.

25
Q
A
26
Q

IR Type II - Critérios de Falência?

A

❑ Acidemia respiratória a agravar nas primeiras 2 horas com parâmetros ventilatorios e terapêutica medica optimizados
❑ pH < 7,25 à entrada e 1 hora após o início de VNI com FR > 30 ciclos/min, Glasgow < 11 e indíce gravidade elevado

27
Q
A