UNIDADE II - ATORES E AMBIENTE ORGANIZACIONAIS Flashcards

(59 cards)

1
Q

Análise sociológica da dinâmica interna da
empresa baseada em oito dimensões:

A

1- atores,
2 - objetivos
3- recursos,
4 - estratégias de ação
5- desafios e disputas
6- regras e regulações
7- identidades de
grupo
8- identidade da empresa.

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2
Q

As empresas são formadas por 3 tipos de atores:

A

1- os proprietários,
2- os dirigentes
3- os trabalhadores

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3
Q

o QUE SÃO Os recursos acionados pelos atores:

A

Recurso é tudo sobre o que o ator exerce controle e que é suscetível de se
tornar um objeto de interesse para os demais jogadores. O ator pode acionar esses recursos, utilizá-los nas suas relações com os
outros para impor seu ponto de vista, para alcançar seus propósitos, seus
objetivos..

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4
Q

Os recursos mobilizados pelos atores podem ser classificados como:

A

materiais, sociais e simbólicos.

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5
Q

Os recursos materiais correspondem a:

A

dinheiro, bens e propriedades.

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6
Q

Os recursos sociais correspondem a:

A

Os sociais são constituídos pelas redes de relações, contatos com pessoas
ou organizações importantes.

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7
Q

Os RECURSOS simbólicos correspondem a:

A

RECURSOS SIMBÓLICOS: competências, conhecimentos, informações.

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8
Q

As estratégias de ação adotadas pelos atores

A

Estratégias defensivas, estratégias ofensivas, colaboração, afrontamento e negociação.

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9
Q

Estratégias defensivas:

A

visam preservar uma posição já conquistada.

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10
Q

Estratégias ofensivas:

A

que visam ampliar o espaço de influência

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11
Q

Estratégia colaborativa:

A

A colaboração não deve ser entendida como algo “natural”.
Existe o discurso de que a empresa é como uma família, na qual todos
colaboram para o alcance de um objetivo comum.
Mas nem sempre todos colaboram o tempo todo, nem na empresa, nem na
família.
A colaboração deve ser encarada como uma escolha dos atores.

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12
Q

A estratégia de afrontamento

A

caracteriza-se pela postura de hostilidade que
se exibe abertamente entre certos indivíduos, certos grupos, ou indivíduos e
grupos.

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13
Q

São três os principais desafios que envolvem atores organizacionais:

A

econômicos, políticos e simbólicos

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14
Q

Os desafios econômicos

A

Os desafios econômicos são aqueles em que se busca orientar as
estratégias de ação para conseguir consequências positivas no plano
financeiro. Ex: maiores salários (trabalhadores) x maiores lucros (proprietários);
Gerentes de diferentes unidades de negócio disputando uma fatia do
orçamento.

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15
Q

Os desafios políticos

A

Os desafios políticos são os que se passam quando o que está em jogo é a
intenção de exercer ou o medo de perder poder, controle ou autonomia na
empresa. Ex: controle x autonomia

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16
Q

Os Desafios simbólicos

A

Os desafios simbólicos dizem respeito à situações em que ocorrem disputas
por prestígio, status, valorização na empresa.

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17
Q

Regras

A

são dispositivos formas, como as leis, ou informais, como os códigos
culturais, que regem as relações cotidianas, a vida em sociedade

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18
Q

Regulação

A

o é o movimento de criação e transformação ou mesmo supressão
de regras que funcionam como um sistema regulador da ação coletiva

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19
Q

São três os tipos de regulação em funcionamento nas empresas.

A

A regulação de controle ou formal; regulação autônoma ou informal e regulação conjunta.

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20
Q

A regulação de controle ou formal

A

é aquela composta por regras colocadas
em funcionamento pelos proprietários, diretores, gerentes ou supervisores
para dirigir e fiscalizar a execução do trabalho pelos empregados. Ex: bater o ponto, exigência de nível superior para progressão da carreira,
obrigatoriedade de apresentar atestado médico

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21
Q

regulação autônoma ou informal,

A

composta por regras
de comportamento que os executantes, para tornar seu trabalho mais
agradável, mais aceitável ou mais eficaz, elaboram progressivamente por
meio de experiências compartilhadas. Ex: distanciamento de profissionais de saúde; comemoração de aniversário
dos funcionários.

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22
Q

A regulação conjunta

A

diz respeito ao arranjo institucional resultante da
negociação das regras da empresa entre os grupos de empregados e os
proprietários ou dirigentes. Ex: flexibilização da jornada para criar banco de horas - sair mais cedo
quando a produção está em queda e compensar quando há aquecimento da
demanda (fábrica de chocolates).

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23
Q

As identidades de grupos e a identidade da
empresa

A

Os grupos de trabalhadores que atuam cotidianamente juntos,
compartilham o mesmo espaço, são responsáveis pela mesma tarefa, têm a
mesma formação profissional, ou vivem a mesma situação, terminam
adquirindo uma identidade de grupo fundada em valores, símbolos e
histórias próprias. Sentimento de pertencimento. As identidades coletivas construídas pelos indivíduos nas organizações
podem estar baseadas em outros elementos. Mas essas identidades são situacionais, referem-se a contextos específicas. Os proprietários, dirigentes e trabalhadores não concordam inteiramente
nem o tempo todo com as políticas e as decisões da empresa.
A identidade da empresa é marcada por conflitos de interpretação, e não
apenas por consensos ou por acordos.

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24
Q

As identidades empresariais podem ser classificadas em três grandes tipos:

A

integração cultural, confrontação cultural e desintegração cultural.

25
A integração cultural
A integração cultural se dá quando ocorre uma articulação bem-sucedida de todos os atores e grupos. Ex: Estudantes de uma universidade se sentem parte de um todo maior, mesmo pertencendo a grupos diferentes de acordo com seus cursos. (integração cultural)
26
A confrontação cultural
A confrontação cultural acontece quando existe uma ausência de adesão dos diferentes grupos a um projeto comum. Ex: Embora tenha sobrevivido por nove anos, a Autolatina, uma associação estabelecida entre a Volkswagen e a Ford, quase não existiu para seus funcionários. Até ser extinta, há mais de 20 anos, no começo de 1995, seus empregados ainda se identificavam como “da Ford” ou “da Volks”. (confontração cultural)
27
A desintegração cultural
A desintegração cultural representa o desmoronamento de uma integração que existia anteriormente. Ex: Muitas ONGs são criadas como resultado de fissuras em associações anteriores cujas lideranças não mais compartilham as mesmas visões, os mesmos valores, os mesmos ideais. (desintegração cultural)
28
A empresa é, simultaneamente, produto e produtora da sociedade.
Ela é produto da sociedade, uma vez que o que se passa no seu interior é influenciado pelo contexto societal, por questões econômicas, tecnológicas, demográficas, culturais. É também produtora da sociedade que a produz, já que está no centro das inovações tecnológicas, e desempenha um papel importante na cultura contemporânea criando hábitos e comportamentos.
29
Para atingir os objetivos da empresa, ela precisa estabelecer relações complexas com uma série de outros agentes. Mas quem são esses atores externos que se relacionam com a organização?
concorrentes, fornecedores, consumidores, organizações sindicais. as ONGs, O Estado
30
Clusters:
os clusters são grupos geograficamente próximos de empresas interrelacionadas e de instituições associadas numa determinada área, ligadas por tecnologias e competências comuns (Porter, 1999). Ex: Vale do Silício
31
filantropia corporativa.
A associação das empresas em torno de questões como responsabilidade social empresarial e investimento social privado,
32
Greenwashing
: “desinformação disseminada por uma organização para apresentar uma imagem pública ambientalmente responsável
33
O co n ce i to d e cul tu r a n a Sociologi a
Para a sociologia, cultura é uma complexa estrutura de significados que os indivíduos tecem historicamente através das suas interações cotidianas e que dá sentido à vida coletiva, funcionando como um código que informa o comportamento, um mapa para a ação.
34
D i v e r s i d a d e cul tu r a l , e t n oce n t r i s m o e r e l a t i v i s m o
A postura que assumimos diante da diversidade cultural pode ser etnocentrista ou relativista.
35
O etnocentrismo
O etnocentrismo representa uma visão de mundo na qual nossa cultura é tomada como centro de tudo
36
Relativismo
Relativismo é a postura que nos permite enxergar as diferenças culturais como soluções diversas, alternativas, escolhas distintas para os limites geográficos, econômicos ou existenciais comuns.
37
cultura
A cultura não deve ser entendida como algo que os indivíduos herdam e transmitem, mas também como algo que adicionam, transformam. É dinâmica. “Se refere a um sistema de valores, compartilhado pelos membros de uma organização, e que a difere de uma para outra” (Robbins, 2002). “Compreensão comum entre os membros da organização acerca do que é comportamento apropriado” (Robbins, 2005).
38
Os fundadores e líderes têm um papel crucial na construção desse modelo de pressupostos.
Eles determinam, conforme seu passado cultural, sua personalidade, como o grupo define e resolve seus problemas. A cultura organizacional é formada por esses pressupostos que fundadores e líderes transmitem para os demais membros da empresa.
39
cultura organizacional pt 2, características
A cultura organizacional não pode ser pensada como um universo autônomo e internamente coerente. Os trabalhadores também possuem a sua cultura, não são como recipientes vazios nos quais a cultura organizacional deve ser depositada. Eles resignificam, reinterpretam os discursos dos líderes em função dos seus próprios repertórios culturais.
40
cultura organizacional, conceito
A cultura organizacional é o resultado das confrontações entre as microculturas dos diferentes grupos sociais que compõem a organização. É ao mesmo tempo um reflexo da cultura ambiente e uma produção nova elaborada e reelaborada constantemente no interior da empresa
41
c a r a ct e r í s t ic a s d a Cul tu r a o r g a n i z a cio n a l
1 - Dinâmica: pode ser aprendida, transmitida e mudada. 2- Intangível: pode ser apreendida mas não materializada. Percebem-se manifestações de uma determinada cultura. 3- Construção social/coletiva: relacionada a uma unidade social estável durante algum tempo.
42
n í v e i s d a Cul tu r a o r g a n i z a cio n a l
1 - Artefatos 2 - Valores expostos: 3 - Suposições básicas:
43
Artefatos:
Aspectos visíveis da cultura da empresa. Comportamentos, regras e normas de conduta.
44
Valores expostos:
Explicações dos artefatos, valores assumidos, estratégias, metas e filosofias.
45
Suposições básicas:
Crenças, percepções, pensamentos e sentimentos inconscientes assumidos como verdadeiros.
46
Ainda segundo Schein, há 3 elementos ou níveis distintos em que a cultura se manifesta e se constituí, sendo eles:
Artefatos: Estruturas e processos organizacionais visíveis, ou seja, desde como as pessoas se vestem até o layout do espaço físico em que as pessoas trabalham, os símbolos e os processos distintos (exemplo: tocar um sino quando uma venda é realizada); Valores: Princípios sociais e filosofias, manifestados intrinsecamente no modo de pensar, agir e comportar-se. Vai sendo gradualmente transformado em pressuposto básico sobre como as coisas realmente são; Pressupostos: Respostas aprendidas por meio de valores expostos que se dão por meio de crenças, percepções e pensamentos, muitas vezes inconscientes. Acabam sendo tomados como indiscutíveis e por isso fogem das atenções.
47
E L E M E N TOS D A CUL TU R A O R G A N I Z A CIO N A L
Valores; ex: disciplina, pontualidade, resultados. Linguagem; ex: slogans, expressões, jargões. Histórias e mitos; ex: relatos sobre o surgimento ou momentos críticos da empresa. Normas, símbolos, crenças; Ritos, rituais e cerimônias.
48
Outros E L E M E N TOS D A CUL TU R A O R G A N I Z A CIO N A L (Ritos)
Ritos de passagem: aqueles que facilitam a transição de pessoas para status sociais novos. Ex: palestras para recémcontratados. Ritos de reforço: voltados para solidificar a identidade do funcionário com a organização. Ex: premiação anual. Ritos de integração: que incentivam e revigoram os sentimentos comuns que unem as pessoas e as envolvem com a organização. Ex: festas de Natal e aniversário da empresa.
49
T r a ços b r a s i l e i r os
P a t r i m o n i a lis m o Pe r so n a lis m o P a t r i a r c a lis m o H ie r a r qui a Co r d i a li d a d e/Paternalismo Jeiti n h o e m a l a n d r a ge m I n fe r io r i d a d e e co m ple x o d e v i r a -l a t a s B r a silei r o é o out r o
50
P a t r i m o n i a lis m o
Uma sociedade patrimonialista é aquela em que o público e o privado estão bem difusos e mesclados, pois, nelas, a coisa pública é apropriada por um grupo de pessoas (geralmente uma elite) e tratada como propriedade privada, usando a máquina pública para seu próprio benefício ou daqueles que lhes são próximos. Ex: parte expressiva da classe política vê o cargo público que ocupa como uma propriedade privada sua ou de sua família e aliados.
51
Pe r so n a lis m o
Distinção entre indivíduo e pessoa: Pessoa é alguém que, ao mesmo tempo que projeta seus interesses e vontades acima das instituições e da coletividade, não se submetendo a suas regras, constrói uma rede de relações pessoais em detrimento das instituições para garantir essa projeção e proteção. A pessoa tende a se destacar por hierarquias, privilégios ou vantagens obtidas pelas relações sociais nas quais ela investe muito energia na sua construção.
52
indivíduo
indivíduo é alguém dotado de vontade, liberdade e pensamentos próprios. Parte integrante de um todo, de uma coletividade, que se submete às regras universais porque acredita que elas o protegem. Se tiver algum direito agredido, é a estas regras que ele irá recorrer para protegê-lo. O indivíduo não tem rosto, não há distinção de direitos ou deveres entre ele e os demais membros da coletividade.
53
Pessoa
Pessoa é alguém que, ao mesmo tempo que projeta seus interesses e vontades acima das instituições e da coletividade, não se submetendo a suas regras, constrói uma rede de relações pessoais em detrimento das instituições para garantir essa projeção e proteção. A pessoa tende a se destacar por hierarquias, privilégios ou vantagens obtidas pelas relações sociais nas quais ela investe muito energia na sua construção.
54
P a t r i a r c a lis m o
Tipo de organização social que está centrada na supremacia do poder masculino simbolizado pela figura do pai. O patriarcalismo na sociedade brasileira está hoje ressignificado na predominância do poder masculino nas várias esferas sociais, especialmente no mundo político e empresarial.
55
Hierarquia
Quebra do princípio democrático da igualdade Derivada do personalismo Evocação de um poder pessoal (ex: utilizar o poder do cargo para coisas pessoais) Distanciamento de grupos sociais Representada simbolicamente pela expressão: “Você sabe com quem você está falando?”
56
Co r d i a li d a d e/Paternalismo
Variante do conceito de personalismo, acrescido daquela simpatia e afabilidade, mas com um propósito individual. O “homem cordial” é individualista, arredio à disciplina, desobediente a regras sociais e afeito ao paternalismo e ao compadrio. Desprezo pela ordem e pelo poder instituído legalmente. Afeto e pessoalidade nas relações sociais para obter vantagens
57
Jeiti n h o e m a l a n d r a ge m
O jeitinho é um modo de navegação social que consegue uma maneira de operacionalizar a vontade pessoal em detrimento de leis universais e impessoais. Característica enraizada no comportamento dos brasileiros. Mas o jeitinho não tem apenas um viés negativo, pode ser positivo, pois estimula a criatividade e pluralidade de possibilidades para além dos códigos estabelecidos. Vinculado ao jeitinho está seu principal ator, o malandro. Dois tipos básicos de malandro: o do samba, da capoeira, da simpatia, da criatividade em um mundo de excluídos; o da corrupção, do levar vantagem sobre a coletividade, do passar o outro para trás. No campo organizacional, o jeitinho e a malandragem podem ser traduzidos pela criatividade na busca de soluções totalmente fora dos protocolos estabelecidos; como também por aquele funcionário que falsifica notas fiscais de despesa para ter reembolsos maiores
58
I n fe r io r i d a d e e co m ple x o d e v i r a -l a t a s
Quero aludir ao que eu poderia chamar de “complexo de vira-latas”. [...] Eu explico. Por “complexo de vira-latas” entendo eu a inferioridade em que o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto do mundo. Isso em todos os setores (Rodrigues, 1993, p. 51). No cenário organizacional isso é identificável por certas práticas decorrentes nas empresas de adotar modelos e paradigmas de gestão sem pensar nas especificidades da cultura brasileira. Continuamos a valorizar produtos que tenham a marca “made in” qualquer lugar que não seja aqui.
59
B r a silei r o é o out r o
Nós brasileiros, nos referimos a nós mesmos usando o verbo na terceira pessoa: “o brasileiro é preguiçoso”. No Brasil, só o outro é responsável pelos problemas que a sociedade enfrenta. Ex: sou contra a corrupção, mas sonego impostos. É como se a corrupção fosse obra “deles” (dos agentes do Estado) e não “nossa” (da esfera privada).