Virologia - vírus RNA Flashcards

(73 cards)

1
Q

Quais os tipos de vírus de RNA?

A

Vírus com cadeia simples + sem invólucro
-picornavírus - enterovírus, hepatovírus e o rinovírus
-calicivirus - norovírus e astrovírus

Vírus com cadeia simples - com invólucro

Vírus com cadeia simples - com invólucro

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2
Q

Quais as características gerais do Picornavírus?

A

Cápside icosaédrica
Não tem invólucro
estável ao calor, detergentes e ácidos
Replicam-se no citoplasma
O seu genoma - RNA positivo linear de cadeia única - é suficiente para a infeção se injetado numa célula

Vírus envolvidos:
-enterovírus - poliovírus, coxsachie, echovírus, enterovírus – meningite, paralisia, faringite
-rinovírus
-heparnavírus - vírus hepatite A
-aphthovírus
-cardiovírus
-parechovírus - sintomas respiratórios e intestinais, sepsis, meningite e encefalite

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3
Q

Como é a patogénese do Picornavírus?

A

Genoma tem a proteína VPG no terminal 5’ que é essencial à síntese do RNA e faz com que seja infecioso

Cápside icosaédrica - 12 vértices

A cadeia poli-a na extremidade 3´aumenta a infectividade

Genoma viral codifica:
-proteínas da cápside - VP1, 2 a 3 e a 4
-duas proteáses
-VPg: Poly-A
-RNA polimerase RNA dependente

VP1 - contém um sulco que é reconhecido por ICAM-1 e funciona como canal para o genoma — alvo de antivíricos pois com a ligação ao recetor o VP4 fica enfraquecido

Na replicação dos picornavírus há a inibição da ligação de mRNA aos ribossomas e logo inibição da síntese proteíca logo fica comprometida a tradução da célula infetada

Vírus liga-se pela VP1 ao recetor membranar – RNA entra sem a cápside — síntese de novo e translação do RNA — formação de uma poliproteína — não é funcional mas torna as proteáses funcionais — fita de RNA do vírus é copiada – depois da montagem da cápside por porteínas estruturais — inserção do genoma — partículas libertadas por lise celular

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4
Q

Como são os enterovírus?

A

Transmissão: vias respiratórias e via fecal-oral
Cápside resistente a: detergentes, pH ácido, ácido gástrico, calor, bílis e proteáses
Se não houver anticorpos surge virémia
Proliferação inicial: mucosas e no tecido linfóide da faringe e das tonsilas e depois no intestino
Estabelece virémia e disseminação para os nódulos linfáticos, pâncreas e fígado
Incubação: 1 a 35 dias
Eliminados nas fezes por longos períodos
Pode ser assintomática

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5
Q

Quais os vírus incluidos nos enterovírus?

A

Poliovírus 1 2 3 - poliomielite
Coxsachie A
Coxsachie B
Echovírus
Enterovirus - conjuntivite hemorrágica aguda
Parechovirus - intestinal e respiratória

Coxsachie - miocardites, pericardites e pleurodontes

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6
Q

Como é o Polivírus?

A

Infeção assintomática

Poliomielite abortiva: doença febril inespecífica

Poliomielite não paralítica ou meningite asséptica: vírus progride para o sistema nervoso central e as meninges, causando dores nas costas e espasmos musculares e sintomas minor

Poliomielite paralítica: paralisia flácida assimétrica sem perda de sensibilidade, situação mais grave

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7
Q

Como são as vacinas dos poliovírus?

A

Vacina com vírus mortos VIP:
-induz produção de anticorpos humorais
-não resulta em imunidade intestinal local logo vírus ainda se consegue multiplicar no intestino

Vacina com vírus vivos atenuados VAP
-vírus é capaz de se replicar na orofaringe e no trato intestinal
-não é capaz de infetar células neuronais
-a vacina pode infetar um indivíduo imunologicamente comprometido
-imunidade para toda a vida

A mais usada: VIP

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8
Q

Como é a Coxsackie A16?

A

Doença mãos pés e boca
Exantemas vesiculares
Lesões vesiculares nas mãos, pés e língua
Febre

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9
Q

Como é o Echovírus 70 e Coxsachie 24?

A

Conjuntivite hemorrágica aguda

Doença ocular muito contagiosa
Causa hemorragias subconjuntivais e conjuntivite

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10
Q

Como são os rhinovírus?

A

Transmissão
Via respiratória e através das mãos e fómites
Não se replicam no intestino
Maior frequência no outono e primavera
Termolábil e replica-se melhor a 33ºC
Não resiste a pH inferior a 3

Patologia
-constipações ou síndromes gripais
-secreções nasais líquidas com grande carga de vírus

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11
Q

Como são os heparnavírus?

A

Vírus Hepatite A
Hepatite infeciosa
Não tem invólucro
Genoma de RNA de fita única linear
Interage com recetores hepáticos
Libertado por exocitose
Resiste a: pH ácido, detergente e temperatura
Via fecal-oral: contaminação da água, alimentos (marisco) e mãos — grupo de risco: homens gays
Incubação: 15 a 50 dias e é contagiosa 10-11 dias antes dos sintomas
Início súbito dos sintomas 15 a 50 dias após exposição
Ingerido e entra na circulação sanguínea pelo epitélio da orofaringe ou pelo revestimento do intestino chegando ao fígado
Sintomas: febre, fadiga, nauseas, dores abdominais, perda de apetite, icterícia, fezes claras, urina escura, prurido
Vírus pode ser detetado nas fezes

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12
Q

Como é o caliciviridae?

A

11 géneros
Vírus pequenos
Tem uma proteína viral a VPg
Infeta a célula por endocitose e os viriões são libertados por exocitose
Resistentes a: pH ácido, detergentes, secura, cloração e calor
Codifica uma RNA pol DNA dependente

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13
Q

Como são os Norovírus?

A

Capsídeo que é formado por VP1 e por VP2
Recetores: antigénios histosanguíneos que são expressos na mucosa do trato digestivo
Incubação: 12 a 48h
Principal causa de gastroenterite não bacteriana
Sintomas: diarreia, náuseas, vómitos, febre baixa, cólicas abdominais, cefaleias, mal estar
Passa após 48h
Baixa dose infeciosa
Transmissão: fecal-oral, água e alimentos contaminados

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14
Q

Como são os Astrovírus?

A

Morfologia distinta em forma de estrela
Associado a diarreia
Patogénos para: crianças, idosos, pessoas imunocomprometidas
Transmissão: fecal-oral, água, alimentos contaminados, contacto entre pessoas, superfícies contaminadas

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15
Q

Como é a Hepatite E?

A

Género Orthohepevírus
8 genótipos: HEV 1 e 2 são encontrados apenas em humanos; o 3 e o 4 são doenças zoonóticas com reservatórios em humanos e animais
RNA + de cadeia única linear
Sem invólucro
Icosaédrico
Transmissão: via fecal-oral, via vertical, transfusões sanguíneas
Zoonótico
Período incubação: 3 a 8 semanas
+ comum em países em desenvolvimento
Patologias: hepatite aguda, hepatite crónica e na grávida infeção grave

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16
Q

Quais os vírus com cadeia simples + com invólucro?

A

Coronavírus

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17
Q

Quais as características do coronavírus?

A

Grande genoma
RNA + cadeia simples
Com invólucro
Citolíticos
Vírus infeta as células respiratórias do trato respiratório superior
As glicoproteínas na superfície do invólucro aparecem como projeções e conferem resistência no trato gastro-intestinal

Estrutura:
-glicoproteína S
-glicoproteína transmembranar E
-Proteína da membrana M
-Proteína N nucleocapsídeo

Usa RNA polimerase dependente do RNA

Tradução do genoma tem 2 fases:
-fase precoce produz uma RNA polimerase
-fase tardia a partir de um molde de RNA com sentido negativo produz as proteínas estruturais e não estruturais

Vírus montado no retículo endoplasmático rugoso

Ligação aos recetores – genoma libertado no citoplasma — liga-se aos ribossomas –

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18
Q

Quais as limitações do coronavírus?

A

Presente em: aves, cobras, morcegos e outros mamíferos
Replica-se a: 33-35ºC
Transmissão: fecal-oral ou respiratória
Sintomas infeções humanas: tosse leve ou severa, traqueíte, bronquite, rinorreia

Infeção gastrointestinal

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19
Q

Como é a SARS-Cov ?

A

Pneumonia e síndrome respiratória

Reservatório: morcego

Hospedeiro intermediário: civetas e cão-guaxinim

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20
Q

Como é a MERS-Cov?

A

Pneumonia e síndrome respiratória

Reservatório: morcego

Hospedeiro intermediário: camelo e dromedário

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21
Q

Quais as diferenças entre o SARS-Cov e o SARS-Cov 2?

A

Muito semelhantes
Maior diferença é a glicoproteína das espículas - E2 — ligação com maior afinidade ao recetor por mutação no RBD e maior afinidade para as proteáses

Recetor ACE2
-proteína S liga-se ao recetor ACE2 pelo domínio de ligação S1
-são ubiquitários no ser humano daí a diversidade de sintomas a que o covid pode ser associado
-baço, fígado, células alveolares pulmonares, retina. placenta, tecido cerebral, coração, veias, artérias, macrófagos, sistema gastrointestinal
-pode ser encontrado em vários animais

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22
Q

Como é a transmissão e fatores de risco da SARS-Cov-2?

A

Transmissão
-partículas respiratórias
-fómites
-espirro, tosse, falar

Fatores de risco
-idade avançada
-doentes imunodeprimidos
-doenças crónicas de base - doença pulmonar, cardíaca, diabetes

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23
Q

Como é o período de incubação e sintomas da SARS-Cov-2?

A

14 dias os outros coronavírus
SARS-Cov-2 - 5 dias
desenvolvem sintomas entre 2-14 dias

Sintomas:
-febre, tosse, falta de ar, pneumonia, falência renal, falência cardíaca, morte
-alvéolos ficam bloqueados com a grande quantidade de vírus que lá se encontra
-outros sintomas: diarreia, cefaleias e muitas citocinas

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24
Q

Como é a resposta imunitária da SARS-Cov-2?

A

Ativação do sistema imunitário - libertação citocinas
Se a resposta de citocinas for muito grande - falência de órgãos

Ocorre em 2 fases
1ª fase - interferão e resposta imunitária normal
Fase de imunodepressão -diminuição dos linfócitos T, inibição da reação do complemento o que leva ao aumento dos vírus
2ª fase - reação em massa no sistema imunitário - tempestade de citocinas

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25
Como é feito o diagnóstico da SARS-Cov-2?
Amostra - zaragatoa na oro ou nasofaringe - saliva ou expetoração Métodos moleculares : -RT-PCR -sequenciação do genoma -testes de diagnóstico rápidos Deteção de anticorpos: -ELISA -Imunocromatografia -Fase aguda e fase de convalescença Também pode ser detetado nas fezes Teste de anticorpos pode não mostrar se tem a infeção atual
26
Como é a viabilidade da SARS-Cov-2?
Viabilidade em materiais -permanece em plástico e aço - 72h -aerossóis - 3h -cobre - 4h -cartão - até 24h Viabilidade em secreções orgânicas -fezes e urina - 2 dias -diarreia - 4 dias
27
Como é que se inativa o vírus?
Etanol 70% Hipoclorito de sódio 56ºC Detergente e desinfetantes como os compostos quaternários de amónia
28
Como são os Togavírus?
RNA positivo cadeia única linear Cápside icosaédrica Revestidos Brotam pela membrana citoplasmática Arbovírus -- logo infeta vertebrados e invertebrados Vetores: -aedes -culex -culiseta Vírus de Chikungunya - febre, fadiga, cefaleias, mialgias com duração prolongada, artralgia simétrica, manifestações neurológicas
29
Como é o Matonaviridae (família)?
Genero: rubivírus Vírus rubéola Cápside icosaédrica RNA positivo cadeia linear única Revestidos Brotam pela membrana citoplasmática Vírus não citolítico
30
Como é o vírus da rubéola?
14-21 dias Transmissão: via respiratória Normalmente adquirido durante a infância Patogénese -exantema na infância -vírus replica-se nos órgãos linfoides -atravessa a placenta - malformações no feto - surdez, cataratas, problemas cardíacos, microcefalia, atraso mental, espinha bífida, abortos espontâneos Rubéola: febre ligeira, extantema, em adultos dá artralgia, artrite e trombocitopenia Diagnóstico -deteção de IgM por serologia -PCR Prevenção: -vacinação trivalente de vírus atenuado
31
Como é a FLaviviridae?
Inclui: Flavivirus, Hepacivirus, Pestivirus, Pegivirus Inclui: febre amarela, Zika, Dengue - transmitidos por artrópodes como o mosquito Aedes -Zika pode ser transmitido via sexual e placentária -agente hepatite C - não é transmitido por artrópodes Características gerais: -RNA positivo de caideia unica linear -Cápside icosaédrica -Revestidos -Brotam pelas membranas intercelulares
32
Como é o Flavivírus?
Patologia associada -doença bifásica -fase inicial: febre, dor de cabeça, dores musculares, exantema, virémia elevada -segunda fase: 2-3 dias após, febre hemorrágica, elevada mortalidade -uma virémia secundária pode produzir vírus suficente para infetar órgãos-alvo, como o cérebro, fígado, pele e vasos -doença é mais grave se o já tiver sido infetado -Zika: perigo de microencefalia no 1º trimestre da gravidez e de síndrome de Guillan-Barré -vírus hemorrágicos: dengue e febre amarela VER TABELAS PÁGINA 168 Diagnóstico -RT-PCR -Serologia Prevenção -vacina contra a febre amarela -desinfeção águas paradas -controlo dos mosquitos -vacina encefalite japonesa -vacina do dengue -vacina encefalite russa
33
Como é o Hepacivírus?
Vírus da Hepatite C Patogénese -pode tornar-se crónica - cirosse e carcinoma hepatocelular -a sua capacidade de mutação permite escapar ao sistema imunitário - E1 e E2 -Inibe a apoptose promovendo a infeção persistente e a imortalização das células hospedeiras -Vírus elimina-se nos períodos assintomáticos Transmissão Diagnóstico -RT-PCR -Monitorização da virémia Tratamento -intivíricos
34
Como é o vírus da Hepatite G?
Transmitido pelo sangue Hepatite crónica Baixa prevalência
35
Quais são os vírus com cadeia dupla positiva com invólucro?
Retrovírus Vírus da imunoinsuficiência humana - HIU
36
Como são os retrovírus?
2 cadeias de RNA positivas Tem invólucro 2 tipos: -Lentivírus - HIV -delta retrovírus Sistema helicoidal esférica Dupla cópia de RNA de cadeia simples Sintetizam uma polimerase de DNA dependente de RNA O genoma do RNA não é infecioso já que não codifica a enzima que vai originar o novo RNA Virião montado no citoplasma Libertação por gemulação
37
Como é o genoma e as funções principais do HIU?
Genoma -vírus + simples: 3 genes: gap, pol, env -vírus + complexos: gap, pol, env + genes acessórios -proteínas são sintetizadas na forma de percursores que depois originam proteínas funcionais e estruturais Função proteínas principais: -gap - capsídeo, matriz e proteínas de ligação a ácidos nucleicos -pol - polimerase, protease, integrase -env - envelope - glicoproteínas
38
Quais os tipos de vírus de HIV?
HIV-1 HIV-2 Diferem na organização do genoma
39
Como é o ciclo de replicação do HIU?
Ligação das espículas de glicoproteínas virais ao recetor primário, a proteína CD4 e à proteína G; correcetor: CCR5 Quando o genoma é libertado no citoplasma -- fase precoce de replicação -- transcriptase reversa sintetiza DNA complementar de fita negativa e depois sintetiza a fita positiva cDNA de fita dupla é transportado para o núcleo e é inserido no cromossoma do hospedeiro com ajuda da integrase DNA viral é transcrito pela RNA polimerase II do hospedeiro As glicoproteínas virais são sintetizadas, glicosiladas e processadas pelo retículo endoplasmático e aparelho de golgi As poliproteínas gap e gap-pol são aciladas e então ligam-se à região da membrana plasmática que contém as glicoproteínas do envepole Associação de 2 cópias do genoma e moléculas de RNA de transferência celular promove o brotamento do vírus -- protease viral cliva as poliproteínas gap e gap-pol para libertar a transcriptase reversa para garantir a inclusão destes no virião Envelopamento e liberação dos retrovírus ocorre na superfície celular No brotamento, o envelope do HIV capta proteínas celulares inclusive moléculas MHC
40
Quais as funções das proteínas acessórias?
tat - transativador da transcrição rev - transporte do mRNA viral para o citoplasma nef - reduz a expressão de recetores para o vírus e regula a citotoxicidade do vírus de forma a manter a alta carga viral vpu - reduz expressão do recetor CD4 e regula a libertação do virião vpr - transporte de DNA para o núcleo e replicação viral em células que não se dividem e paragem do ciclo celular em G2
41
Como se dá a transmissão?
Via parenteral - transfusões e toxicodependência Via sexual - vaginal, anal ou oral Transmissão materna - transmissão vertical
42
Como é a patogénese?
43
Como se realiza o diagnóstico?
RT-PCR SEROLOGIA -detetar anticorpos IgM e IgG -detetar antigénio p24 Análise da população de linfócitos T CD4 - permite ver o estágio da SIDA Não é possivel detetar a SIDA numa infeção precoce
44
Como se faz a prevenção e controlo?
Evitar trocas/contacto com fluidos Desinfeção superfícies e ou contentores expostos a sangue Interrupção da transmissão vertical Nenhuma vacina contra a HIV está disponível
45
Como são os retrovírus oncogénicos?
Agentes de linfomas ou de leucemias Genero: deltaretrovírus Longos períodos de incubação: 15-30 anos Infetam CD4 e possuem poder oncogénico - neoplasia células T Vias de transmissão: semelhantes ao HIV Risco elevado de infeções contraídas na infância Proteína Tax - transativação de expressão de genes reguladores de crescimento celular e promove a proliferação descontrolada da célula Causa: leucemias, mielopatias, uveítes, dermatites infeciosas e doenças inflamatórias Mais potente e com maior potencial oncogénico: HTLV1 -- transmissão via sangue Proteína HBZ limita a atividade de Tax
46
Quais os vírus com cadeia dupla + - sem invólucro?
Reovírus Rotavírus
47
Como são os Reovírus?
Cadeia de RNA dupla + - Dupla cápside - icosaédricas sem invólucro -- VP7 externa e VP6 interna Grande estabilidade Replicam no citoplasma Ortheoreovírus - doença repsiratória ligeira e gastrointestinal Orbivirus/coltivirus - doença febril com cefaleias e mialgias Rotavirus - gastroenterite 10 a 12 segmentos de sRNA Proteólise da cápside - origina uma partícula vírica com capacidade de infeção - ISVP Durante a replicação do vírus adquirem um invólucro transitório e possuem glicoproteínas na cápside NSP4 - enterotoxina que contém um domínio de viroporina - causa diarreia -- aumenta os níveis de cálcio NSP4 - inibe a absorção de sódio
48
Como são os Rotavírus?
Principal causa de gastroenterite em crianças Adultos: diarreia menos grave Transmissão: fecal-oral por gotículas Profilaxia: vacinas nas crianças 7 tipos de rotavírus O rotavírus humano é o Ae às vezes o B e o C Sºao distinguidos pelas proteínas da cápside externa; VP7 e VP4 Diarreia por rotavírus é muito contagiosa, grave e com risco para a vida Sintomas: vómitos, desidratação e diarreia aquosa
49
Quais os vírus de RNA com cadeia simples - sem invólucro?
Orthomyxoviridae Bunyaviridae Arenaviridae Paramyxoviridae
50
Como é o Orthomyxoviridae?
Vírus de RNA negativo de cadeia única Inclui: influenza A, B e C -- possui grande variabilidade por cauda de mutações Cápside helicoidal Invólucro: hemaglutinina (HA), neuraminidase (NA), proteínas M1 e M2 NA é uma sialidase alvo de antivirais M2 é um canal iónico que promove a quebra do involucro e libertação de RNA e é alvo de antivirais M1 - reveste o interior do vírus e promove a montagem Replica-se no núcleo e no citoplasma 18 subtipos Replicação viral - ligação da HA a estruturas siálicas das glicoproteínas da superfície celular -- vírus é internalizado dentro de uma vesícula revestida e é transferido para o endossoma --- acidificação do endossoma faz com que a HA se dobre --- expõe regiões hidrofóbicas --- o envelope viral funde-se com o endossoma ---- canal de protões promove maior acidificação quebrando a interação entre a proteína M e a nucleoproteína --- perda dos revestimentos e libertação do nucleocapsídeo no citoplasma Drift - epidemias Shift - pandemias
51
Como é a patogénese de Orthomyxoviridae?
Replicam-se na mucosa da nasofaringe Disseminação pulmonar por vezes com sobre-infeção por bactérias - aumenta muito a produção de muco como resposta imunitária Virémia Resposta imunitária por anticorpos - há resposta específica para cada estirpe Se o vírus se disseminar para o trato respiratório inferior: infeção pode provocar descamação do epitélio brônquico ou alveolar
52
Como é feita a classificação dos vírus por estirpes?
53
Como é a transmissão e clínica de Orthomyxoviridae?
Transmissão: -aerossóis -fómites Clínica incubação: 1-4 dias Mal-estar e Cefaleias Febre, Calafrios, mialgias, perda de apetite, fraqueza, fadiga, dor de garganta, tosse não produtiva
54
Como é que um vírus se pode tornar patogénico para o homem?
Por cauda da possível mistura de RNA de várias estirpes
55
Como são as vacinas?
Vacina é feita para os meses de maior incidência com as estirpes que tiveram uma grande incidência no ano anterior Principais grupos a serem vacinados: -pessoas com elevado risco de desenvolverem complicações pós-gripe como idosos ou pessoas com doenças de risco acrescido -pessoas com maior probabilidade de contrair e transmitir o vírus -pessoa de saúde ocupacional como profissionais de saúde
56
Como é o Bunyaviridae?
ssRNA - RNA segmentado negativo nucleocápside helicoidal Não tem proteína M Invólucro com 2 glicoproteínas: G1 e G2 Vários géneros: todos arbovírus com reservatórios em roedores ou outros animais Alvos: CNS, fígadp, rim e endotélio vascular Vírus associados: -bunyavírus -phlebovírus -nairovírus -uukuivirus -hantavirus VER TABELA PÁGINA 184
57
Como é a Arenaviridae?
ssRNA - 2 cadeias de RNA negativas Nucleocápside helicoidal Não tem proteína M Infeção persistente em roedores Vírus do velho mundo -lassa -vírus da coreomeninginte linfocitária Vírus do novo mundo -junin -machupo -guanarito -sabia Modo de transmissão -aerossóis -fómites -alimentos contaminados com secreções ou líquidos de animais doentes Patologia associada Febre de Lassa e outras febres hemorrágicas - febre, petéquias, hemorragias viscerais, lesões cardíacas e hepáticas Vírus da Coreomeningite - síndrome febril, mialgias, meningite
58
Como é o Paramyxoviridae?
Família Paramyxoviridae Orthoparamyxovirinae -genes respirovírus - parainfluenza -mobilivirus - sarampo -henipavírus - hendra e nipah Rubulavirinae Genero orthopneumovirus Género metapneumovírus Características: -ssRNA - RNA negativo de cadeia única linear -invólucros pleomórficos com glicoproteínas -- proteína de fusão (F); proteína de ligação/complexo: hemaglutinina (H), proteina G e a hemaglutinina-neuraminidase (HN) -codificam RNA polimerase RNA dependente Patogénese -são transmitidos por gotículas respiratórias -iniciam infeção no trato respiratório -imunidade celular responsável por muitos dos sintomas ms é eseencial para o controlo da infeção -induzem fusão célula a xélula formando células multinucleadas -extrusão por brotamento -virémia exceto para RSV e PIV -replica-se no citoplasma da célula -locais de replicação: células epiteliais, conjuntiva, trato respiratório, trato urinário, vasos sanguíneos e sistema linfático
59
Como é o vírus do sarampo?
Morbilivirus Exantemas da infância Depois da vacina são raros os casos Modo de transmissão -secreções respiratórias Ciclo de infeção -replicação nas células epiteliais do sistema respiratório -virémia e infeção do sistema respiratório, urinário, linfático, capilares, SNC, conjuntiva Sintomatologia -incubação: 10-12 dias -febre, mal-estar, rinorreia, tosse -infeção conjuntiva: fotofobia muito marcada, o que causa lacrimejar permanente -sinal de Koplik: lesões da mucosa oral brancas rodeadas de uma zona vermelha -erupção maculopapular típica -coriza -sequelas - pneumonia, encefalite, ... -recuperação total origina imunidade estável Prevenção: vacina - VASPR - sarampo, parotidite epidémica e rubéola
60
Como é o vírus da parainfluenza?
Parainfluenza 1, 2, 3, 4 Síndromes respiratórios que podem ir de constipações a bronquites e pneumonias Laringotraqueíte obstrutiva - dificuldade respiratória Reinfeções - imunidade pouco duradora Infeções + graves quanto + nova é a criança Edema das vias aéreas com rouquidão Modo de transmissão: aerossóis e fómites
61
Como são os vírus da parotidite epidémica?
Vírus da papeira Reservatório: homem Sazonal - fim do inverno e inicio da primavera Só 1 serotipo conhecido Incubação: 14 a 18 dias Patogénese -edema nas glândulas salivares -após infeção da glândula parótida estabelece-se a virémia Infeta vários sistemas e pode provocar meningite Modo de transmissão -aerossóis Sintomatologia -muitos casos assintomáticos -febre e inflamação da parótida -pode dar esterilidade e orquite - inflamação dos testículos -pode dar pancreatite, tiroidite, meningoencefalite Prevenção: vacina VASPR
62
Como é o Henipavírus?
Inclui: Hendra e Nipah Reservatório: homem, cães, gatos, suínos, cavalos Vírus Nipah: morcego da fruta, pode ser obtida pela fruta contaminada Homem: hospedeiro acidental Sintomas: síndrome gripal, tonturas, encefalite, coma
63
Como é o género Pneumovírus?
RSV Metapneumovírus
64
Como é o RSV?
Infeta o sistema respiratório superior das crianças Promove a lise celular das células epiteliais do sistema respiratório - origina muco que pode provocar pneumonia e bronquiolite Transmissão: aerossóis, fómites Infeções muito graves em neonatologia Bronquiolite - aprosionamento de ar, acumula muco, fibrina e material necrótico
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Como e o metapneumovirus?
Infeta o sistema respiratório superior Curso da doença muito semelhante a RSV
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Como é a Rhabdoviridae?
Inclui os Lyssavirus - vírus da raiva Características: -ssRNA - RNA negativo de uma só cópia -invólucro com uma glicorpteína G: proteína de adesão com grande potencial antigénico -reconhecimento da proteína G: recetor de acetilcolina ou NCAM Replicação: 1- reconhecimento e invólucro funde-se com a membrana citoplasmática 2 - replicação no citoplasma 3 -replicação inicia-se pela RNA polimerase RNA dependente 4 - após montagem os vírus deixam a célula por exocitose
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Como é o vírus da raiva?
Zoonose - hospedeiros são animais selvagens e o cão e o morcego Transmissão: -respiratória por inalação, aerossóis, contacto com mucosas infetadas, saliva, mordeduras, transplante de tecidos infetados -pode ser embora raros por transplante de corneas e órgãos -morcegos são um problema pois podem transmitir a outros animais bem como aos humanos pois o vírus está na saliva PAtogénese -vírus pode infetar diretamente as terminações nervosas ligando-se aos recetores nicotínicos de acetilcolina ou de gangliosídeos nos neurónios ou no músculo no local da inoculação -viaja para os gânglios das raízes dorsais e para a medula espinhal -vírus dissemina-se no SNC e pode provocar encefalite e os neurónios degenerarem
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Como são os sintomas e a prevenção e tratamento do vírus da raiva?
Sintomas -febre, mal-estar, cansaço, cefaleias, dor local, anorexia -sintomas neurológicos: hidrofobia, hiperatividade, confusão, delírio -hipotensão, hipoventilação, coma, paragem cardíaca, morte -incubação: 60 dias-1 ano -corpo de Negri: tecido cerebral apresenta inclusões intracitoplasmáticas que são agregados de vírus Prevenção -cães: vacinação obrigatória -humanos em risco de infeção: vacina -imunosoro anti-rábico -vacina morta anti-rábica -lavagem cirurgica da ferida para inativação do vírus Quando pessoa mordida -administração da vacina em caso de mordedura de animal suspeito -administração de antiviricos, imunoglobulina, anticorpos
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Como é o filovírus?
Vírus das febres hemorrágicas: Ébola e Marburg Vírus filamentoso e genoma RNA ss- Ébola - género Orthoebolavírus Marburg - género Orthomarburgvirus Endémicos em África Exige isolamento muito rigoroso Nucleocápside helicoidal Invólucro com uma só glicoproteína Pouco resistente à dessecação Destruídos a 60º - 60 min Dose infetiva muito baixa Vírus de grandes dimensões 7 genes e 7 proteínas Ébola Vírus surface glycoprotein - adesão, reconhecimento e entrada do vírus. provoca uma força que faz com que a cápside seja empurrada para dentro do citoplasma Matrix Protein VP35 - envolve o RNA do vírus e vai proteger os recetores do dsRNA, facilitar a síntese de RNA e inibir a libertação de interferões Matrix Protein VP40 - pode ter várias configurações permitindo a síntese de RNA de novo
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Como é a patogénese do filovirus?
Vírus multiplica-se nas células endoteliais, monócitos, macrófagos, células dendríticas Replicação em monócitos provoca uma tempestade de citocinas pró-inflamatórias e semelhante à septicémia Necrose dos tecidos do fígado, baço, nódulos linfáticos e pulmões Infeção das células - leva a citólise o que provoca lesões vasculares e hemorragias Estirpes com mutação no gene da glicoproteína não causam hemorragia Hemorragia generalizada - causa edema, choque hipovolémico, coagulopatia intravascular disseminada Vírus pode escapar ao sistema imunitário
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Como é a transmissão da ébola do filovirus?
Animal-homem: contacto com tecido ou fluidos de animal contaminado Pessoa-pessoa: entrada por cortes ou quando se toca nos olhos, nariz, boca -sangue ou fluidos ou objetos contaminados de uma pessoa doente ou que tenha morrido com ébola -sémen de um homem que tenha recuperado da ébola
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Como é que são os sintomas, diagnóstico e prevenção da ébola do filovirus?
Sintomas: -incubação: 2-21 dias -início súbito: febre, cefaleias, mialgias, fadiga e dor de garganta -hemorragias internas e externas principalmente no trato gastro-intestinal -alta mortalidade -sintomas iniciais muito semelhantes à malaria, tifoide e meningite Diagnóstico -imunodeteção -RT-PCR Prevenção -monotorização temperatura corporal -indivíduos em ocntacto com doentes devem fazer isolamento de 21 dias sob observação -não existe terapia anti-viral específica disponível -vacina
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Como são os priões?
Morfologia e estrutura -partícula proteíca infeciosa PrPsc - sem ácidos nucleios -Resiste a 80ºC, a UVs, a formaldeídos e a proteases -O exão único codificante existe em cérebros saudáveis ou doentes e modula a função de muitas proteínas -a PrPc existe na superfície das células e não se conhece a função, a PrPsc concentra-se em vesículas citoplasmáticas na forma de fibrilhas -proliferação do prião: ligação de uma PrPsc a um PrPc alternando a conformação transformando em PrPsc -- acumulam-se em formas globulares que acabam por ser internalizadas nas vesículas citoplasmáticas -priões podem tornar proteínas adjacentes em agentes infeciosos com a formação de agregados fibrilosos Transmissão -transplantes -contacto com dispositivos médicos contaminados -alimentos -transmissão genética -injeção -período de incubação: 30 anos Encefalites espongiformes: -perda controle muscular -calafrios -abalos mioclônicos -tremores -perda de coordenação -demência progressão rápida -morte