Anestésicos Locais Flashcards

1
Q

Qual a estrutura básica e sítio específico de ação dos anestésicos locais?

A

Eles são bases que contêm na molécula um anel
aromático lipofílico; uma cadeia intermediária que pode ser um éster ou amida, determinando o seu grupo; e uma amina terminal terciária ou quaternária.

Sua ação ocorre pelo bloqueio reversível dos canais de sódio voltagem-dependentes nas fibras nervosas

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2
Q

A identificação da cocaína como derivado do … possibilitou a síntese da benzocaína, também … dessa substância, em 1890, por Ritsert.
Em 1905, Einhorn e Braun sintetizaram a procaína, derivada do …, mais hidrossolúvel e menos tóxica que a benzocaína

A

ácido benzoico

éster

ácido ρ-aminobenzoico (PABA)

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3
Q

Em 1943, Löfgren sintetizou a lidocaína, derivada do
…, iniciando-se a era dos anestésicos locais tipo …, muito eficazes e relativamente isentos de reações alérgica

A

ácido dietilaminoacético

amida

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4
Q

Em 1943, Löfgren sintetizou a lidocaína, derivada do
…, iniciando-se a era dos anestésicos locais tipo …, muito eficazes e relativamente isentos de reações alérgica

A

ácido dietilaminoacético

amida

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5
Q

A síntese da bupivacaína (uma amida de ação mais prolongada) por Ekenstam em 1957 e da etidocaína por Takman em 1971 possibilitou melhores indicações dentro da
anestesia locorregional. Na década de 1990, foram lançados os … dos anestésicos locais amídicos com características clínicas de menor potencial …, como
a ropivacaína e a levobupivacaína

A

enantiômeros levógiros

cardiotóxico

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6
Q

Descreva os tipos de Fibra, Diâmetro (mcm),
Velocidade de condução (m⋅s−1), Mielinização, Anatomia funcional e Função das fibras Aα

A
  • Diâmetro: 15 a 20 mcm
  • Velocidade de Condução 80 a 120 m/s
  • Mielinização +++
  • Anatomia: Aferentes e eferentes dos músculos e
    articulações
  • Função: Motor, propriocepção
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7
Q

Na fibra amielinizada, o impulso se difunde de maneira contínua, mas, na fibra mielinizada, os canais de sódio estão situados quase exclusivamente nos …, favorecendo uma condução do estímulo do tipo …

A

nodos de Ranvier

saltatória

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8
Q

A sensibilidade aos anestésicos locais é maior para as fibras tipo …, depois para as tipo … e depois para as tipo …, fato
válido tanto para anestésicos locais do tipo amida quanto para os ésteres.

A ordem inversa de bloqueio que se observa na sequência de uma anestesia subaracnóidea ou peridural (bloqueio
das fibras tipo … em primeiro lugar e subsequentemente das
fibras tipo …) é explicada pela disposição anatômica das fibras que favorecem sua exposição aos anestésicos locais

A

A

B

C

C

B e A

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9
Q

É a porção lipossolúvel do fármaco, responsável pela sua penetração no nervo. Entre os exemplos estão o ácido benzoico (cocaína, benzocaína), o ácido ρ-aminobenzoico
(procaína, cloroprocaína) e a xilidina (lidocaína, bupivacaína e
outras amidas). Essa estrutura química, além de conferir lipossolubilidade ao fármaco, tem importância em alguns compostos pelo seu potencial alergênico. O ácido ρ-aminobenzoico, por exemplo, sendo uma molécula pequena, pode funcionar como hapteno e determinar reações alérgicas

A

Radicais aromáticos

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10
Q

É o esqueleto da molécula do anestésico. Variações da cadeia
intermediária levam a alterações tanto da … como da
… dos anestésicos locais.

Quanto maior o número de átomos de carbono na cadeia intermediária, maior sua …, aumentando também sua … e diminuindo sua …

A

potência

toxicidade

potência e toxicidade

lipossolubilidade

hidrossolubilidade

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11
Q

Qual a importância do grupo amina no contexto dos anestésicos locais?

A

É a porção ionizável da molécula, que vai sofrer a influência
do pH do meio e, portanto, é a única que pode ser manipulada pelo anestesiologista. Determina a velocidade de ação do anestésico local

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12
Q

De acordo com a natureza química da cadeia intermediária
que liga o anel aromático e o grupamento amina, os anestésicos locais são divididos em dois grandes grupos: ésteres e amidas.
Os ésteres são biotransformados …, enquanto as amidas dependem de biotransformação pelo …

A

rapidamente no plasma pela colinesterase plasmática

sistema P450 dos microssomos hepáticos

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13
Q

A velocidade de ação dos anestésicos locais guarda relação inversa com seu …, que, por sua vez, depende do … do fármaco e do … do meio em que é dissolvido

A

grau de ionização

pKa

pH

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14
Q

Para que o anestésico local exerça sua ação, é necessário que atravesse as barreiras biológicas até atingir a membrana celular. Por isso, inicialmente os anestésicos locais dependem de sua forma … para se difundir e, mais tarde, de sua forma … para interagir com os sítios de ligação

A

não ionizada

ionizada

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15
Q

A lidocaína, cujo pKa é 7,7, em pH fisiológico, apresenta mais forma … que a bupivacaína, cujo pKa é 8,1.
Assim, a instalação do bloqueio com a lidocaína é mais …

A

não ionizada

rápida

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16
Q

Soluções contendo adrenalina têm pH … d o que as que não a contêm. Para um mesmo agente, portanto, soluções de anestésicos locais contendo adrenalina têm mais fármaco na forma … e, como consequência, velocidade de instalação mais …

A

menor

ionizada

lenta

17
Q

A lidocaína pode ser usada em doses máximas de …,
quando são empregadas soluções sem ou com adrenalina respectivamente.
Não deve ser ultrapassada a dose de …, utilizando-se, sempre que possível, associação com adrenalina

A

5 e 7 mg⋅kg−1

500 mg (com adrenalina)

18
Q

Dose máxima bupivacaína com e sem adrenalina

A

Sem: 2 mg⋅kg−1

Com: 3 mg⋅kg−1

Dose máxima: 150 a 200 mg

19
Q

Dose máxima ropivacaína

A

5 mg/kg

20
Q

A … mostra a menor toxicidade sistêmica de todos os anestésicos locais do tipo amida e é, portanto, útil para anestesia regional venosa.
Contudo, leva à formação de … (> 500 mg),
devido ao seu metabólito Ο-toluidina, o que tem limitado
consideravelmente o seu emprego

A

prilocaína

metemoglobinemia

21
Q

a bupivacaína (uma mistura racêmica dos enantiômeros R e S) fornece analgesia sensitiva prolongada e intensa. Para uso peridural, a bupivacaína costuma ser utilizada em concentrações de …, com uma duração de … horas de ação. Os bloqueios de nervos periféricos também são realizados com essas concentrações, com a analgesia podendo durar de 12 a 24 horas.
O uso intratecal fornece aproximadamente … horas de anestesia e de … horas de analgesia.
Quando associada à …, produz bloqueio motor de maior duração

A

0,25 a 0,5%

2 a 5

2 a 3

4 a 6

glicose

22
Q

O que é o EMLA?

A

A mistura eutética de anestésicos locais (EMLA, do inglês eutectic mixture of local anesthetics), ou creme EMLA, é uma
mistura eutética de lidocaína e prilocaína, cada um a uma concentração de 2,5%. É uma mistura eutética porque tem um ponto de fusão abaixo da temperatura ambiente e, por conseguinte, apresenta-se como um líquido viscoso, em vez de um pó sólido. A EMLA deve ser aplicada em superfícies de pele intacta, já que a aplicação em superfícies de pele rompida pode conduzir à absorção rápida de forma imprevisível. Ela fornece analgesia dérmica pela penetração da lidocaína e prilocaína a partir do creme na pele, o que leva ao bloqueio da transmissão da dor proveniente de terminações nervosas livres. A grande área de aplicação, a longa duração da aplicação e a eliminação deficiente podem resultar em concentrações elevadas dos anestésicos locais no sangue. A duração máxima recomendada de exposição é de 4 horas, embora a exposição até 24 horas não tenha levado a níveis plasmáticos tóxicos dos anestésicos locais

23
Q

A concentração plasmática tóxica aproximada para a lidocaína é …, enquanto para a bupivacaína é de …

A

8 µg⋅mL−1

3 a 4 µg⋅mL−1

24
Q

Se os anestésicos locais são depressores e estabilizadores da membrana neuronal, por que na intoxicação podem ser observados sintomas excitatórios como convulsões?

A

Porque, inicialmente, os anestésicos locais interrompem os estímulos inibitórios, predominando os estímulos excitatórios no SNC. Numa intoxicação mais grave, os estímulos inibitórios e excitatórios são suprimidos.

25
Q

Descreva a forma de uso da emulsão lipídica na intoxicação por ALs

A

 Doses da emulsão lipídica a 20%

  • Bólus inicial de 1,5 mL⋅kg−1
  • Manter a infusão em 0,25 mL⋅kg−1⋅min−1 até o retorno da função cardíaca
  • Na instabilidade cardiovascular refratária, repetir o bólus de 1,5 mL⋅kg−1 e aumentar a infusão para 0,5 mL⋅kg−1⋅min−1
  • Dose máxima: 30 mL⋅kg−1 em 30 minutos
26
Q

Paciente de 32 anos, usuário crônico de cocaína, é
submetido a septoplastia. Imediatamente após a infiltração de solução de lidocaína com adrenalina 1:200.000, apresenta taquicardia ventricular sustentada. O mecanismo provável para a complicação é:
A. Aumento da liberação de Ca+2 sarcoplasmático.
B. Aumento da sensibilidade dos miofilamentos ao Ca+2.
C. Inibição da condutância de Ca+2 na membrana miocárdica.
D. Aumento da condutância de Na+ na membrana miocárdica

A

Resposta: C

Justificativa: A cocaína inibe as condutâncias de Na+, Ca+2 voltagem‑dependente e dos canais de potássio no sarcolema; diminui a liberação de Ca+2 do retículo sarcoplasmático induzida pelo Ca+2; e reduz a sensibilidade dos miofilamentos ao Ca+2. Quando combinadas às ações vagolítica e simpaticomiméticas da droga, essas
alterações na eletrofisiologia cardíaca podem precipitar arritmias ventriculares malignas e morte súbita independentes de isquemia miocárdica

27
Q

Quando comparada à lidocaína, a procaína atinge
concentrações plasmáticas menores devido a seu (sua):
A. pKa menor.
B. Potência menor.
C. Lipossolubilidade maior.
D. Metabolismo mais rápido

A

Resposta: D
Justificativa: Comparados com os ésteres, o metabolismo dos anestésicos locais tipo amida é mais complexo e mais lento. Esse metabolismo mais lento significa que aumentos sustentados da concentração plasmática das amidas e, consequentemente de sua toxicidade, é maior do que com os anestésicos locais tipo éster.

28
Q

Homem de 28 anos apresenta lesão com dor, calor, rubor
e sinais de flutuação na região anterior da coxa. Para realizar a anestesia infiltrativa foi adicionado bicarbonato de sódio à lidocaína. A explicação que fundamenta essa conduta é o aumento do(a):
A. pKa.
B. Fração ionizada.
C. Ligação proteica.
D. Fração lipossolúvel.

A

Resposta: D
Justificativa: A alcalinização da solução anestésica aumenta o percentual de anestésico local existente na forma lipossolúvel, não ionizada, que é a disponível para
atravessar as barreiras lipídicas celulares

29
Q

Qual característica farmacológica está associada a maior
risco de reações alérgicas com anestésicos locais aminoésteres quando comparados com anestésicos locais aminoamidas?
A. Quiralidade.
B. Metabolização.
C. Peso molecular.
D. Grau de ionização.

A

Resposta: B
Justificativa: Anestésicos locais aminoésteres são metabolizados a partir de hidrólise por colinesterases plasmáticas, enquanto aminoamidas sofrem degradação enzimática no fígado. O ácido para‑aminobenzóico (PABA) é um dos metabólitos dos compostos ésteres com potencial alergênico em indivíduos suscetíveis. Aminoamidas não são
convertidos a PABA e relatos de reações alérgicas a esses compostos são raros

30
Q

Homem de 33 anos, 72 kg e 1,75 m, será submetido
a osteossíntese de úmero. Tem insuficiência renal crônica dialítica e realizou a última sessão de hemodiálise há 1 dia. Foi realizado bloqueio do plexo braquial via interescalênica com bupivacaína. Após injeção do anestésico local, o paciente apresentou ectopias ventriculares frequentes
acompanhadas de hipotensão arterial. Nesse momento, qual conduta é a mais adequada?
A. Administrar esmolol.
B. Administrar amiodarona.
C. Iniciar ventilação mecânica.
D. Verificar e tratar hiperpotassemia

A

Resposta: D
Justificativa: O aumento da concentração sérica de potássio facilita a despolarização celular e aumenta a toxicidade dos anestésicos locais. O limiar para toxicidade cardíaca está reduzido em pacientes que recebem fármacos inibidores da propagação do impulso cardíaco, como betabloqueadores, bloqueadores do canal de cálcio e digitálicos