Amenorreia Flashcards

(39 cards)

1
Q

Amenorreia primária:

A
  • menina sem caracteres sexuais secundários:
    ausência de menstruação aos 14 anos
  • menina com caracteres sexuais secundários:
    ausência de menstruação aos 16 anos
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2
Q

Amenorreia secundária:

A
  • ausência de menstruação por 6 meses (mulheres com ciclos irregulares) ou 3 ciclos consecutivos (mulheres com ciclos regulares)
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3
Q

Caracteres sexuais secundários:

A
  1. surgimento das mamas (telarca)
  2. surgimentos de pelos (pubarca/adrenarca)
  3. pico de crescimento
  4. mudança do padrão corporal
  5. menarca
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4
Q

Compartimentos responsáveis pela amenorreia:

A

compartimento I = trato de saída (útero / vagina)
compartimento II = ovário
compartimento III = hipófise
compartimento IV = hipotálamo

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5
Q

Investigação da amenorreia secundária:

A
  1. beta-HCG
  2. TSH e prolactina
  3. teste da progesterona
  4. teste do estrogênio + progesterona
  5. dosagem do FSH
  6. teste do GnRH
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6
Q

Dosagem do beta-HCG:

A
  • para excluir gestação como causa da amenorreia
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7
Q

Dosagem do TSH:

A
  • para excluir hipotireoidismo como causa da amenorreia

obs: embora raro, o hipertireoidismo também pode causar amenorreia

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8
Q

Regulação da produção / ações da prolactina:

A
  • regulação:
    dopamina = inibe a produção
    TRH = estimula a produção (hipotireoidismo&raquo_space; hiperprolactinemia)
  • ações:
    induz lactação
    inibe a função reprodutiva (inibe o GnRH&raquo_space; amenorreia)
    inibe o impulso sexual
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9
Q

Causas de hiperprolactinemia:

A
  • medicamentos
  • prolactinoma
  • outras (estimulação, gestação, lactação, lesão torácica)

obs: valores normais = 5 - 20 mcg/L

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10
Q

Medicamentos relacionados com hiperprolactinemia:

A
  • metoclopramida
  • neurolépticos
  • tricíclicos
  • ranitidina
  • ACOs
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11
Q

Investigação de prolactinomas:

A

1º) excluir medicamentos e outras causas de hiperprolactinemia
2º) RM (escolha) ou TC de hipófise

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12
Q

Tratamento dos prolactinomas:

A
  • microadenomas (<10mm):
    Cabergolina ou Bromocriptina (agonistas dopaminérgicos)
    regressão tumoral em 90% dos casos
  • macroadenomas (>10mm):
    inicialmente: Cabergolina ou Bromocriptina
    regressão tumoral em ~60% dos casos
    refratariedade: cirurgia transesfenoidal
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13
Q

Como é feito e o que avalia o Teste da Progesterona:

A
  • medroxiprogesterona ou progesterona micronizada, 5 a 10 dias
  • avalia:
    status estrogênico
    patência do trato de saída (compartimento I)
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14
Q

Interpretação do Teste da Progesterona:

A
  • teste positivo (ocorre sangramento):
    . estrogênio endógeno encontra-se normal e ocasionou proliferação endometrial
    . trato de saída encontra-se pérvio
    . conclusão = o que está ocorrendo é uma anovulação; sem ovulação&raquo_space; sem corpo lúteo&raquo_space; sem progesterona&raquo_space; sem queda dos níveis séricos de progesterona&raquo_space; sem sangramento de privação
  • teste negativo (não ocorre sangramento):
    . problema nos níveis de estrogênio ou
    . problema no trato de saída (compartimento I)
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15
Q

Como é feito e o que avalia o Teste do Estrogênio + Progesterona:

A
  • estrogênios conjugados ou estradiol, por 21 dias + medroxiprogesterona, nos últimos 5 dias
  • avalia:
    resposta endometrial e
    trato de saída (compartimento I)
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16
Q

Interpretação do Teste do Estrogênio:

A
  • teste positivo (ocorre sangramento):
    resposta endometrial está adequada e
    trato de saída está pérvio (compartimento I não é causa da amenorreia)
  • teste negativo (sem sangramento):
    problema no compartimento I (causa uterovaginal)
    anomalias congênitas ou adquiridas do trato genital
17
Q

Causas de amenorreia no compartimento I:

A
  • anomalias congênitas:
    causas de amenorreia primária
    bem avaliadas pelo exame físico
  • anomalias adquiridas:
    causas de amenorreia secundária
    decorrentes de processos traumáticos ou infecciosos sobre a camada basal do endométrio
    Síndrome de Asherman
18
Q

O que avalia a dosagem do FSH:

A
  • FSH elevado (> 20):
    hipogonadismo hipergonadotrófico (problema no ovário, compartimento II)
  • FSH reduzido (< 5):
    hipogonadismo hipogonadotrófico (problema na hipófise ou hipotálamo, compartimentos III ou IV)
19
Q

Como é feito e o que avalia o Teste do GnRH:

A
  • como é feito:
    dosagem do FSH/LH basais&raquo_space; administração de GnRH exégeno&raquo_space; dosagem do FSH/LH
- avalia:
compartimentos III (hipófise) e IV (hipotálamo)
20
Q

Interpretação do Teste do GnRH:

A
  • positivo (aumento do LH e FSH > 200%):
    hipogonadismo hipogonadotrófico hipotalâmico
  • negativo (sem aumento > 200% do FSH e LH):
    hipogonadismo hipogonadotrófico hipofisário
21
Q

Principais causas hipotalâmicas de amenorreia (compartimento IV):

A
  • tumores (mais comum: craniofaringioma)
  • situações de grande tensão (estresse)
  • medicamentos
  • transtornos alimentares
  • exercício físico extenuante
  • atraso constitucional da puberdade
  • síndrome de Kallman
22
Q

Síndrome de Kallman:

A
  • congênita
  • quadro:
    amenorreia primária (hipogonadismo hipogonadotrófico)
    infantilismo sexual
    anosmia / hiposmia
23
Q

Principais causas hipofisárias de amenorreia (compartimento III):

A
  • adenomas hipofisários (mais comum: prolactinoma)

- síndrome de Sheehan

24
Q

Síndrome de Sheehan:

A
  • necrose hipofisária secundária a hemorragia com instabilidade hemodinâmica no pós-parto
  • destruição de toda glândula (panhipopituitarismo) ou apenas de setores específicos (setor gonadal é o mais acometido)
  • quadro:
    amenorreia secundária +
    ausência de lactação
25
Formação das gônadas:
- determinada pela presença ou ausência do cromossomo Y (sexo cromossômico) - presença do cromossomo Y = desenvolvimento de testículos - ausência do cromossomo Y = desenvolvimento de ovários
26
Formação da genitália interna:
- determinada por produtos testiculares: hormônio anti-Mulleriano = regressão dos ductos de Muller testosterona = desenvolvimento dos ductos de Wolff - se não há testículos: sem AMH = desenvolvimento dos ductos de Muller sem testosterona = regressão dos ductos de Wolff
27
Formação da genitália externa:
- determinada pela di-hidrotestosterona (produto testicular) - na presença de di-hidrotestosterona = genitália externa masculina - na ausência de di-hidrotestosterona = genitália externa feminina
28
Disgenesias gonadais:
- síndrome de Turner (disgenesia gonadossomática) | - disgenesia gonadal pura
29
Síndrome de Turner:
- gônadas em fita - amenorreia primária + infantilismo sexual + estigmas - estigmas: pescoço alado tórax em escudo hipertelorismo baixa estatura baixa implantação dos cabelos - obs: sempre fazer cariótipo (para avaliar a presença do cromossomo Y; se houver >> risco de transformação maligna, retirar gônadas)
30
Disgenesia gonadal pura:
- disgenesia gonadal sem anormalidades cromossômicas
31
Insuficiência ovariana prematura:
- insuficiência ovariana antes dos 40 anos - presença de sintomas climatéricos - pode determinar amenorreia primária (nesses casos, paciente cursa com infantilismo sexual ao invés dos sintomas climatéricos) - se for decorrente da resistência das gônadas à ação das gonadotrofinas >> Síndrome de Savage
32
Síndrome de Morris:
- insensibilidade completa aos androgênios - indivíduos do sexo masculino (46, XY) - genitália externa: feminina (testosterona não atua) - genitália interna: ausente (testosterona não atua = sem desenvolvimento dos ductos de Wolff / hormônio anti-mulleriano atua normalmente = regressão dos ductos de Muller)
33
Síndromes:
- Asherman: sinéquias uterinas - Morris: insensibilidade androgênica - Rokitansky: agenesia mulleriana - Turner: disgenesia gonadal - Savage: insuficiência ovariana precoce - Sheehan: necrose hipofisária - Kallman: anosmia + amenorreia + infantilismo sexual
34
Características marcantes da SOP:
- estrogênio elevado >> FSH inibido >> sem desenvolvimento folicular >> anovulação - androgênios elevados >> hiperandrogenismo >> acne, hirsutismo (escala de Ferriman > 8) - SHBG reduzida >> exacerbação do hiperandrogenismo - resistência a insulina
35
Amenorreia da SOP:
estrogênio elevado >> FSH reduzido >> sem desenvolvimento folicular >> anovulação >> sem formação do corpo lúteo >> sem produção de progesterona >> sem queda dos níveis séricos de progesterona >> sem hemorragia de privação (menstruação)
36
Critérios de Rotterdam para diagnóstico de SOP:
- anovulação - hiperandrogrenismo clínico ou laboratorial - ovários policísticos à USG 2 dos 3 critérios = SOP
37
Diagnósticos diferenciais de SOP:
- HAC forma tardia (dosar 17-OH progesterona, suspeitar se > 500) - tumor adrenal virilizante (dosar S-DHEA - produzido exclusivamente na adrenal - suspeitar se > 700) - hipotireoidismo ou hiperprolactinemia (dosar TSH e PRL)
38
Tratamento de SOP:
- sempre: MEV (dieta, exercício, perda de peso) - se desejo de gestar: indutor da ovulação (Clomifeno, Letrazol), associar Metformina se necessário - sem desejo de gestar: ACO
39
ACO na SOP:
- estrogênio = Etinilestradiol (aumenta SHBG >> reduz hiperandrogenismo) - progesterona = Ciproterona ou Drospirenona (inibem a ação do LH nas células da teca e a enzima 5-alfa-redutase >> inibem a conversão de colesterol em testostena e a conversão de testosterona em dehidrotestosterona)