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Flashcards in Parto Deck (45)
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1
Q

Estática fetal:

A
  • atitude
  • situação
  • apresentação
  • posição
2
Q

Atitude:

A
  • relação das partes fetais entre si

- mais comum = fletida

3
Q

Situação:

A
  • relação entre o maior eixo fetal e o maior eixo materni
  • mais comum = longitudinal
  • mais rara = oblíqua
4
Q

Apresentação:

A
  • polo fetal que se insinua no estreito superior da pelve
  • cefálica (ponto de referência varia de acordo com os graus de deflexão)
  • transversa (ponto de referência: sacro)
  • córmica (ponto de referência: ombro / acrômio)
5
Q

Posição:

A
  • relação do dorso fetal com o abdomen materno

- mais comum: dorso à esquerda

6
Q

Graus de deflexão&raquo_space;> ponto de referência:

A

fletida&raquo_space;> lambda (fontanela posterior, pequena, triangular)

defletida de 1° grau&raquo_space;> bregma (fontanela anterior, grande, losangular)

defletida de 2° grau&raquo_space;> glabela (fronte, raiz do nariz)

defletida de 3º grau&raquo_space;> mento (queixo)

OBS:
apresentação pélvica&raquo_space;> sacro
apresentação córmica&raquo_space;> acrômio (ombro)

7
Q

Variedades de posição - letras utilizadas para definir a variedade de posição:

A
lambda >>> O
bregma >>> B
glabela >>> N
mento >>> M
sacro >>> S
acrômio >>> A
8
Q

Sinclitismo e assinclitismo:

A
  • sinclitismo = sutura sagital equidistante do sacro e do púbis
  • assinclitismo anterior = sutura sagital mais próxima do sacro (Ânus)
  • assinclitismo posterior = sutura sagital mais próxima do Púbis
9
Q

Manobras de Leopold:

A
  • 1° tempo: situação
  • 2° tempo: posição
  • 3° tempo: apresentação
  • 4° tempo: altura
10
Q

Diafragma pélvico:

A
  • músculo elevador do ânus (puborretal, pubococcígeo, ileococcígeo) +
  • músculo coccígeo
11
Q

Diafragma urogenital:

A
  • esfíncter da uretra
  • transverso superficial do períneo
  • transverso profundo do períneo
  • isquiocavernoso
  • bulbocavernoso
12
Q

Medidas importantes da pelve feminina:

A
  • estreito superior:
    conjugata vera anatômica
    conjugata obstétrica
    conjugata diagonalis
  • estreito médio: diâmetro biespinha ciática
  • estreito inferior: conjugata exitus
13
Q

Conjugatas do estreito superior:

A
  • conjugata vera anatômica:
    borda superior da sínfise púbica&raquo_space; promontório
    ~11cm
  • conjugata obstétrica:
    face posterior da sínfise púbica&raquo_space; promontório
    ~10,5cm
  • conjugata diagonalis:
    borda inferior da sínfise púbica&raquo_space; promontório
    ~12cm
14
Q

Regra de Smellie:

A

conjugata obstétrica = conjugata diagonalis - 1,5cm

15
Q

Diâmetro biespinha ciática:

A
  • diâmetro transverso
  • plano 0 de DeLee
  • ~10cm
16
Q

Conjugata exitus:

A
  • estreito inferior
  • borda inferior da sínfise púbica&raquo_space; cóccix
  • ~9,5cm (chega a 11cm pela retropulsão do cóccix)
17
Q

Tipos de bacia:

A
  • ginecoide:
    típica feminina
    arredondada
    mais favorável ao parto
  • androide:
    típica masculina
    triangular (lembra um coração)
    parto por via baixa não tem bom prognóstico (maior inicidência de distocias)
  • antropoide:
    típica dos gorilas (ancestrais superiores)
    diâmetro AP > transverso
  • platipeloide:
    a mais rara
    diâmetro AP muito pequeno
18
Q

Indicações para a indução do parto:

A
  • RPMO
  • oligodramnia
  • pré-eclâmpsia
  • pós-datismo
  • morte fetal
19
Q

Contraindicações à indução de parto:

A
  • placenta prévia
  • prolapso de cordão
  • obstrução do canal de parto
  • desproporção cefalopélvica
  • apresentação anômala
  • gestação gemelar
  • sofrimento fetal
  • HIV / herpes genital ativo
20
Q

Índice de Bishop:

A
  • altura da apresentação (DeLee)
- colo uterino:
posição
consistência
dilatação
apagamento
21
Q

Interpretação do Índice de Bishop:

A
  • maior/igual a 9: colo uterino amadurecido (favorável à indução)
  • 7 ou 8: intermediário
  • menor/igual a 6: desfavorável à indução)
22
Q

Quando usar ocitocina na indução:

A
  • quando Bishop > 6
23
Q

Quando usar Misoprostol (prostaglandinas) na indução:

A
  • Bishop menor/igual a 6
  • não usar em gestantes com história de cicatriz uterina
  • não usar junto com ocitocina (dar um intervalo mínimo de 4h entre elas)
24
Q

Conduta quando Bishop menor/igual a 6 + história de cicatriz uterina:

A
  • método de Krause: preparo do colo com balão

- descolamento manual das membranas amnióticas

25
Q

Fases do parto:

A
  • período de dilatação:
    início = colo ~ 4cm, 2-3 contrações/minuto
    término = dilatação máxima (10cm)
    duração = 6-12h
  • período expulsivo:
    início = dilatação máxima
    término = desprendimento do feto
    duração = 20-50 minutos
  • secundamento (dequitação):
    início = desprendimento do feto
    término = saída da placenta
  • 4° período:
    início = saída da placenta
    término = 1h após a saída da placenta
26
Q

Medidas gerais no período de dilatação:

A
  • enteróclise: não fazer
  • tricotomia: não fazer
  • deambulação/posição: andar livremente, posição mais confortável (evitar decúbito dorsal)
  • dieta: líquidos claros (água, chá)
  • amniotomia: não fazer (reduz o tempo total de trabalho de parto, mas aumenta risco de infecções, compressão de cordão e taxa de cesariana)
  • toques: a cada 1/2h (toques excessivos aumentam o risco de infecções)
27
Q

Monitorização do bem-estar fetal no período de dilatação:

A
- ausculta dos BCF:
Pinard ou Sonar Doppler
antes, durante e após uma contração (~1 minuto)
baixo risco: 30/30 minutos
alto risco: 15/15 minutos
  • cardiotocografia:
    apenas nas gestações de alto risco (seu uso em gestações de baixo risco aumenta as taxas de cesariana sem alterar as taxas de mortalidade fetal)
28
Q

Monitorização do bem-estar fetal no período expulsivo:

A
  • ausculta dos BCFs a cada 5 minutos
29
Q

Medidas de proteção do períneo no período expulsivo:

A
  • manobra de Ritgen modificada:
    controla a deflexão da cabeça fetal
  • episiotomia:
    não é feita de rotina (minoria dos casos - feto grande ou parto operatório)
30
Q

Tipos de episiotomia:

A
  • mediana:
    menos lesão muscular, dor no pós-operatório e sangramento
    maior risco de lesão anal
  • médio-lateral:
    menor risco de lesão anal
31
Q

Conduta na distocia de espáduas:

A
  1. Pressão suprapúbica (visando diminuir o diâmetro biacromial)
  2. McRoberts (abdução + hiperflexão das coxas)
  3. Rubin I (pressão suprapúbica visando rotação dos ombros)
  4. Woods (pressão na face anterior do ombro posterior)
  5. Rubin II (pressão no ombro anterior, visando sua adução)
  6. Woods reversa (pressão na face posterior do ombro posterior)
  7. Jacquemier (remoção do braço posterior)
  8. Gaskin (de quatro)
32
Q

Conduta no secundamento:

A
  • ocitocina profilática: 10UI, via IM, dose única
  • tração controlada do cordão
  • massagem uterina
  • manobra de Fabre: avalia se já descolou
  • manobra de Harvey: auxilia na saída, após descolamento
  • manobra de Jacob-Dublin: auxilia no descolamento, após a saída
33
Q

Diagnóstico de parto prematuro:

A
  • idade gestacional < 37 semanas +
  • contrações regulares: 2 ou mais em 10 minutos +
  • dilatação progressiva do colo (>2cm ou >80% de apagamento)
  • na dúvida: teste da fibronectina (quando negativo exclui trabalho de parto prematuro)
34
Q

Fatores de risco para parto prematuro:

A
  • parto prematuro anterior (principal fator de risco)
  • fatores cervicais (ex: incompetência istmocervical)
  • infecções
  • gemelar
  • anemia / desnutrição
35
Q

Indicações de progesterona como profilaxia do parto prematuro:

A
  • IIC

- parto prematuro anterior

36
Q

Conduta no trabalho de parto prematuro:

A

> 34 semanas:
. parto

24 - 34 semanas:
. tocólise
. corticoterapia
. neuroproteção

37
Q

Tocólise:

A
  • por 48h, para permitir a realização de corticoterapia
  • opções:
    . Nifedipino (VO, barato, muito disponível / não usar se cardiopatia ou hipotensão)
    . Atosiban (melhor tocolítico, inibidor específico da ocitocina / muito caro, pouco disponível)
    . Indometacina (entre 32 - 34 semanas leva ao fechamento do ducto arterioso, não usar)
    . Beta-agonistas (muitos efeitos colaterais, em desuso)
38
Q

Corticoterapia no trabalho de parto prematuro:

A
  • Betametasona:
    12mg, 1x/dia, por 2 dias
    via IM
  • Dexametasona:
    6mg, 2x/dia, por 2 dias
    via IM
39
Q

Neuroproteção no trabalho de parto prematuro:

A
  • sulfato de magnésio

- apenas se IG < 32 semanas

40
Q

Indicações de profilaxia para GBS:

A
  • sempre:
    swab positivo na gestação atual
    bacteriúria por GBS na gestação atual
    filho anterior acometido
  • somente se swab não realizado ou negativo > 5 semanas:
    trabalho de parto < 37 semanas
    temperatura intraparto > 38°
    RPMO > 18h
  • não fazer se:
    swab negativo < 5 semanas
    cesariana eletiva
41
Q

Profilaxia para GBS - medicações de escolha:

A
  • Penicilina G Benzatina:
    ataque: 5.000.000UI, via EV
    manutenção: 2.500.000, via EV, 4/4h, até o parto
  • Ampicilina:
    ataque: 2g, via EV
    manutenção: 1g, via EV, 4/4h, até o parto
42
Q

Diagnóstico de RPMO:

A
  • exame especular (padrão-ouro)
  • Teste do Papel de Nitrazina (fita azul = pH alcalino&raquo_space; sugere RPMO)
  • Teste do Fenol Vermelho (mudança de cor de laranja para vermelho&raquo_space; sugere RPMO)
  • Teste da Cristalização (aspecto em folha de samambaia = cristalização = alto teor de estrogênio&raquo_space; sugere RPMO)
  • Testes Imunocromatográficos (ActimProm e AmniSure / pouco disponíveis)
  • Ultrassonografia (oligodramnia)
43
Q

Diagnóstico de Corioamnionite:

A
  • temperatura > 37,8° +
  • pelo menos 2 dos seguintes:
    leucocitose > 15.000
    taquicardia
    líquido fétido
    útero doloroso
44
Q

Conduta na RPMO:

A
  • presença de corioamnionite ou SFA = parto
  • sem corioamnionite ou SFA:
    > 34 semanas = avaliar profilaxia para GBS + parto
    24 - 34 semanas = ATB + corticoterapia
45
Q

ATB na RPMO com 24 - 34 semanas, sem corioamnionite ou SFA:

A
  • para aumentar o tempo de latência (tempo entre a amniorrexe e o parto e prevenir corioamnionite)
  • esquema:
    Ampicilina 2g, via EV, 6/6h por 48h +
    Azitromicina 1g, VO, dose única +
    Amoxicilina 500mg, VO, 8/8h por 5 dias