Pré-Natal Flashcards
(33 cards)
Formas de diagnóstico de gravidez:
- diagnóstico clínico: sinais de presunção, probabilidade e certeza
- diagnóstico laboratorial: beta-HCG
- diagnóstico por imagem: USG
Sinais de presunção:
- são relatados pela mãe;
- alterações sistêmicas: náuseas, polaciúria, mastalgia, sialorreia, atraso menstrual, movimentação fetal
- alterações mamárias: congestão mamária (5ªsem), tubérculos de Montgomery (8ªsem), rede venosa de Haller (16ªsem), sinal de Hunter (20ªsem)
Sinais de probabilidade:
- alterações em útero/vagina/vulva
- sinal de Hegar: amolecimento do istmo
- regra de Goodel: amolecimento do colo uterino
- sinal de Piskacek: assimetria do útero
- sinal de Nobile-Budin: preenchimento do fundo de saco
- sinal de Jacquemier/Kluge: meato/vulva/vagina roxos
Sinais de certeza:
- quando o médico “ouve ou sente” a gestação
- sinal de Puzos: rechaço fetal (14ªsem)
- movimentação fetal (18ª-20ªsem)
- ausculta dos BCF (sonar: 10-12ªsem / Pinard: 18-20ªsem)
Diagnóstico laboratorial de gravidez:
- dosagem do beta-HCG
- níveis > 1000 confirmam a gestação em 95% dos casos
- pico ocorre entre 8ª-10ª semanas
- evolução normal: duplicação a cada 48h
Diagnóstico ultrassonográfico de gravidez:
- 4 semanas = saco gestacional
- 5 semanas = vesícula vitelina
- 6/7 semanas = BCF
Modificações osteoarticulares:
- hiperlordose
- marcha anserina
- relaxamento ligamentar
Modificações urinárias:
- aumento da TFG (~50%)
- redução da ureia e creatinina
- glicosúria leve (se intensa, deixa de ser fisiológica)
- discreta compressão ureteral a D (pode levar a dilatação pielocalicial)
Modificações respiratórias:
- hiperventilação
- aumento do volume corrente
- aumento do tempo expiratório (alcalose respiratória compensada)
- queda do volume residual (por aumento do útero)
Modificações hematológicas:
- aumento do volume plasmático (~50%) + aumento da massa eritrocitária (~30%) = anemia dilucional, fisiológica
- leucocitose (deixa de ser fisiológica se houver desvio a E)
- tendência pró-coagulante**
**sempre indicar deambulação precoce após o parto
Modificações metabólicas:
- tendência a hipoglicemia no jejum
- tendência a hiperglicemia pós-prandial (aumento da resistência a insulina)
- aumento do colesterol e triglicerídios
Modificações gastrointestinais:
- relaxamento do EEI (aumenta risco de DRGE)
- relaxamento do estômago (aumenta risco de broncoaspiração)
- relaxamento da vesícula (aumenta risco de litíase)
- redução da peristalse (aumenta risco de constipação)
- redução da secreção ácida (reduz risco de DUP)
Modificações cardiovasculares:
- sopro sistólico na ausculta
- DC aumenta em 50% (pico no 2º semestre)
- queda da RVP (resulta em queda da PA, mais acentuada no 2º semestre)
Rotina de 1° trimestre:
- T: tipagem sanguínea e Rh (avaliar coombs indireto)
- E: EAS e urocultura
- S: sexuais = HIV, HBsAg, VDRL
- T: toxoplasmose
- A: açúcar (glicemia) e anemia (hemograma)
Exames que devem ser repetidos no 3º trimestre:
- E: EAS e urocultura
- S: sexuais = HIV, HBsAg, VDRL
- T: toxoplasmose (apenas se suscetível)
- A: açúcar (glicemia) e anemia (hemograma)
Número de consultas de acordo com o MS:
- mínimo = 6 consultas
- ideal:
até 28sem = consultas mensais
28-36sem = consultas quinzenais
>36sem = consultas semanais
Suplementação de ferro:
- profilaxia de anemia ferropriva
- 40-60mg de ferro elementar
- da 20ªsem até o final da amamentação (em não-lactantes, suspender com 3 meses de pós-parto)
Suplementação de ácido fólico:
- profilaxia de defeitos no fechamento do tubo neural
- 0,4mg de ácido fólico
- do período pré-concepcional até 10-12 semanas de gestação
- se uso de anticonvulsivantes ou feto anterior acometido: 4mg de ácido fólico
Toxoplasmose: IgM- , IgG-
- gestante suscetível
- repetir no 3º trimestre
Toxoplasmose: IgM-, IgG+
- gestante imune
Toxoplasmose: IgM+, IgG-
- infecção recente ou falso-positivo
- dosar IgA ou repetir IgG em 3 semanas para diferenciar (se for infecção recente, estes exames virão positivos)
Toxoplasmose: IgM+, IgG+
- infecção recente
- teste da avidez: permite determinar se a infecção ocorreu há menos ou mais de 16 semanas
- nas gestações com < 16sem: realizar teste da avidez
Teste da avidez:
- avidez > 60% (alta): infecção tem mais que 16 semanas (fora da gestação)
- avidez < 30% (baixa): infecção tem menos que 16 semanas (durante a gestação)
Conduta frente a uma infecção recente de toxoplasmose:
- infecção fora da gestação: não é necessário rastrear o feto e nem iniciar Espiramicina
- infecção durante a gestação e IG < 30sem: iniciar Espiramicina 1g, rastrear feto (amniocentese)
- presença de infecção fetal ou IG > 30sem: iniciar Pirimetamina, Ácido Folínico e Sulfadiazina