ARTRITES INFECCIOSAS Flashcards

(333 cards)

1
Q
A
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2
Q

O que é artrite séptica e por que é considerada uma emergência médica?

A

É uma infecção supurativa da articulação, geralmente bacteriana, que causa inflamação sinovial com destruição articular rápida. É emergência médica porque o atraso no diagnóstico e tratamento pode levar à destruição irreversível da articulação e risco de sepse.

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3
Q

Qual é a principal via de disseminação da infecção na artrite séptica?

A

A via hematogênica, responsável por cerca de 70% dos casos. A membrana sinovial, por não possuir membrana basal, facilita a entrada de bactérias diretamente no espaço articular.

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4
Q

Quais são os principais mecanismos de infecção da articulação na artrite séptica?

A

Via hematogênica (mais comum);

Disseminação por osteomielite adjacente;

Disseminação linfática de tecidos moles infectados;

Inoculação direta por trauma ou procedimentos;

Disseminação retroperitoneal (ex.: diverticulite → articulação do quadril).

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5
Q

Quais articulações têm metáfise intracapsular, favorecendo disseminação de osteomielite para a articulação?

A

Quadril (fêmur proximal), ombro (úmero proximal), cotovelo (rádio proximal) e tornozelo (tíbia distal). Essas articulações permitem que secreções purulentas da metáfise entrem no espaço articular.

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6
Q

Qual a articulação mais frequentemente acometida por artrite séptica em adultos?

A

Joelho, seguido por quadril, ombro e tornozelo. Em usuários de drogas intravenosas, a esternoclavicular é especialmente acometida.

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7
Q

Quais são os principais fatores de risco para artrite séptica?

A

Artrite reumatoide, gota, próteses articulares, diabetes mellitus, imunossupressão, HIV, uso de drogas injetáveis, neoplasias, doença renal crônica e procedimentos articulares prévios.

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8
Q

Em crianças, qual é a principal forma de artrite séptica relacionada à osteomielite?

A

Infecção hematogênica em ossos longos com metáfise intracapsular, como o fêmur proximal (quadril), levando à disseminação para o espaço sinovial.

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9
Q

Qual o papel da membrana sinovial na fisiopatologia da artrite séptica?

A

A ausência de membrana basal na sinóvia permite que microrganismos do sangue entrem facilmente na articulação, iniciando processo inflamatório supurativo.

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10
Q

Qual agente etiológico mais comum na artrite séptica?

A

Staphylococcus aureus, incluindo cepas de MRSA. Tem tropismo por tecido sinovial e alta virulência.

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11
Q

Em quais situações devemos suspeitar de artrite séptica por Neisseria gonorrhoeae?

A

Adultos jovens sexualmente ativos, especialmente mulheres, com poliartrite migratória, tenossinovite e lesões cutâneas papulopustulosas. Pode haver ausência de febre e hemoculturas negativas.

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12
Q

Qual a incidência estimada de artrite séptica na população geral?

A

Entre 2 a 10 casos por 100.000 pessoas por ano.

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13
Q

Qual o perfil epidemiológico mais comum na artrite séptica em relação a sexo?

A

Ligeiro predomínio no sexo masculino, com razão de 1,5:1 em relação ao feminino.

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14
Q

Quais articulações são mais frequentemente acometidas na artrite séptica?

A

Articulações grandes, especialmente joelho, quadril, ombro, tornozelo, punho e cotovelo.

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15
Q

Cite fatores de risco relacionados à imunossupressão que aumentam a chance de artrite séptica.

A

Neoplasias, etilismo, diabetes, cirrose, doença renal crônica, infecção pelo HIV, uso de agentes imunossupressores (imunobiológicos, glicocorticoides, quimioterápicos), hipogamaglobulinemia e anemia falciforme.

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16
Q

Quais condições favorecem a artrite séptica por inoculação direta?

A

Uso de drogas injetáveis, procedimentos invasivos intra-articulares (artrocentese, infiltração, artroscopia), trauma penetrante articular.

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17
Q

Por que pacientes com prótese articular têm risco aumentado de artrite séptica?

A

A prótese pode atuar como superfície de adesão bacteriana, favorecendo biofilme e dificultando a resposta imune local, especialmente em idosos (>70 anos).

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18
Q

Quais doenças articulares crônicas aumentam o risco de artrite séptica?

A

Artrite reumatoide, osteoartrite, hemocromatose.

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19
Q

Qual grupo etário apresenta maior risco de artrite séptica?

A

Crianças menores de 5 anos e idosos acima de 80 anos, devido à imaturidade ou senescência imunológica.

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20
Q

Qual é o principal agente etiológico da artrite séptica não gonocócica em adultos?

A

Staphylococcus aureus.

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21
Q

Qual é o principal agente etiológico da artrite séptica em adultos jovens sexualmente ativos?

A

Neisseria gonorrhoeae.

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22
Q

Qual é o agente mais frequentemente envolvido na artrite séptica em pacientes com lúpus ou deficiência de complemento?

A

Neisseria gonorrhoeae.

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23
Q

Qual patógeno deve ser lembrado em casos de artrite séptica associada a mordida de cão?

A

Pasteurella multocida.

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24
Q

Em pacientes com próteses articulares, quais agentes devem ser lembrados na artrite séptica precoce (até 3 meses)?

A

Staphylococcus aureus, Streptococcus spp., bacilos Gram-negativos.

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25
Em próteses articulares com infecção tardia (3 a 24 meses), qual o principal agente etiológico?
Staphylococcus epidermidis.
26
Qual agente deve ser suspeitado em artrite séptica de paciente com história de consumo de leite não pasteurizado?
Brucella spp.
27
Quais agentes estão associados à artrite séptica em pacientes com hemocromatose?
Vibrio vulnificus e Yersinia spp.
28
Qual agente está mais associado à artrite séptica em pacientes com hemoglobinopatias como anemia falciforme?
Salmonella spp.
29
Qual é a manifestação articular mais comum da artrite séptica não gonocócica?
Monoartrite aguda, mais frequentemente no joelho.
30
Em quais condições é mais comum a artrite séptica poliarticular?
Artrite reumatoide, doenças sistêmicas do tecido conjuntivo e sepse.
31
Qual é a tríade clássica da infecção gonocócica disseminada?
Dermatite, tenossinovite e poliartrite migratória.
32
Como se caracteriza a fase supurativa da artrite gonocócica?
Mono ou oligoartrite de grandes articulações periféricas, geralmente sem febre.
33
Qual é o perfil epidemiológico típico da artrite gonocócica?
Adulto jovem, sexualmente ativo, com ou sem sintomas geniturinários prévios.
34
Qual a característica da poliartrite na fase bacteriêmica da artrite gonocócica?
Poliartrite migratória, frequentemente assimétrica.
35
Qual é a principal urgência em Reumatologia?
Monoartrite aguda, sugestiva de artrite séptica, pois representa risco imediato de destruição articular e sepse.
36
Por que a artrite séptica é considerada uma emergência médica?
Porque o atraso no diagnóstico e tratamento pode causar destruição articular irreversível e risco de óbito.
37
Qual é o principal mecanismo pelo qual as bactérias alcançam a articulação na artrite séptica?
Disseminação hematogênica (70% dos casos), especialmente por bactérias com tropismo por sinóvia, como o S. aureus.
38
Quais articulações têm metáfise intracapsular que favorece disseminação de osteomielite para a articulação?
Quadril (fêmur proximal), ombro (úmero proximal), cotovelo (rádio proximal) e tornozelo (tíbia distal).
39
Quais são os principais mecanismos de infecção articular na artrite séptica?
Hematogênico, contiguidade com osteomielite, disseminação linfática, inoculação direta (procedimentos, trauma) e infecção periarticular.
40
Qual a incidência da artrite séptica na população geral?
Entre 2 a 10 casos por 100.000 pessoas por ano.
41
Quais articulações são mais comumente acometidas na artrite séptica?
Grandes articulações, especialmente joelho, seguido de quadril, tornozelo e ombro.
42
Quais os principais fatores de risco para artrite séptica relacionados à imunidade?
Neoplasias, idade extrema (<5 ou >80 anos), diabetes, etilismo, HIV, cirrose, doenças crônicas, uso de imunossupressores.
43
Quais são os fatores de risco relacionados à inoculação direta na artrite séptica?
Drogas injetáveis, procedimentos invasivos articulares, próteses articulares.
44
Quais condições articulares predispõem à artrite séptica?
Presença de prótese articular, artrite reumatoide, osteoartrite e hemocromatose.
45
Qual bactéria é a mais prevalente em artrite séptica de prótese articular tardia (3-24 meses)?
Staphylococcus epidermidis.
46
Em relação à idade, quais são os agentes mais comuns em neonatos (<2 meses)?
S. aureus, estreptococo do grupo B, bacilos Gram-negativos.
47
Em crianças entre 2 meses e 5 anos, quais agentes são mais frequentes?
S. aureus, S. pyogenes, Haemophilus influenzae (este último em declínio pós-vacinação).
48
Em crianças entre 5 e 15 anos, quais agentes causam mais artrite séptica?
S. aureus, S. pyogenes, S. pneumoniae.
49
Quais agentes devemos lembrar em usuários de drogas injetáveis com artrite séptica?
S. aureus, Pseudomonas aeruginosa e Serratia marcescens.
50
Qual é a característica clínica clássica da artrite séptica não gonocócica?
Instalação súbita de febre com monoartrite aguda de grandes articulações, especialmente joelho.
51
Em que casos a artrite séptica poliarticular é mais provável?
Em pacientes com artrite reumatoide, lúpus, doenças sistêmicas do tecido conjuntivo e pacientes sépticos.
52
Qual é o achado clínico característico da tenossinovite na artrite gonocócica?
Inflamação dolorosa de bainhas tendíneas, especialmente em punhos e tornozelos, com duração de 48-72h e resolução espontânea.
53
Quais são as manifestações extra-articulares da fase bacteriêmica da infecção gonocócica disseminada (IGD)?
Dermatite (pústulas, pápulas), febre, poliartralgia migratória e tenossinovite.
54
Quais achados clínicos são característicos da fase supurativa da artrite gonocócica?
Mono ou oligoartrite assimétrica de grandes articulações, geralmente sem febre.
55
Qual o principal exame diagnóstico na suspeita de artrite séptica?
Análise do líquido sinovial obtido por punção articular, idealmente antes do início da antibioticoterapia.
56
Qual a principal conduta diante de uma monoartrite aguda?
Realizar punção articular para análise do líquido sinovial.
57
Quais exames devem ser solicitados no líquido sinovial em suspeita de artrite séptica?
Citologia, cultura, pesquisa de cristais (os “3 Cs”) e bacterioscopia (Gram).
58
Qual o padrão de citologia esperado na artrite séptica?
Leucócitos acima de 50.000/mm³ com predomínio de polimorfonucleares (>75%).
59
Qual a faixa de leucócitos esperada no líquido sinovial infeccioso?
Geralmente >50.000 até 100.000 células/mm³.
60
Uma contagem de células entre 20.000 e 100.000 no líquido sinovial pode ocorrer em qual condição além da séptica?
Artrite microcristalina (gota, pseudogota).
61
Existe contraindicação absoluta à punção articular na artrite séptica?
Não. A punção deve ser feita sempre que houver suspeita.
62
Quais são contraindicações relativas à punção articular?
Diátese hemorrágica, trombocitopenia grave, uso de anticoagulantes (INR >3,5-4,5), celulite periarticular, bacteremia.
63
Qual o rendimento da cultura no líquido sinovial em artrite séptica não gonocócica?
Cerca de 90%.
64
Qual a positividade do Gram na artrite séptica não gonocócica?
Cerca de 50%.
65
Qual a positividade da cultura do líquido sinovial na artrite gonocócica?
Cerca de 50%.
66
O que deve ser feito para aumentar a chance de crescimento da N. gonorrhoeae em cultura?
Solicitar cultivo em ágar chocolate ou Thayer-Martin, idealmente semeado à beira do leito.
67
Quais os sítios extrassinoviais que devem ser amostrados em suspeita de artrite gonocócica?
Geniturinário, reto, faringe, sangue e pele.
68
Qual o sítio com maior positividade de cultura em IGD?
Trato geniturinário (80%).
69
Qual o rendimento da cultura do reto em infecção gonocócica disseminada?
Cerca de 20%.
70
Qual o rendimento da cultura da faringe na infecção gonocócica disseminada?
Cerca de 10%.
71
Qual o rendimento da hemocultura na IGD?
Entre 5 a 10%.
72
A cultura de lesões de pele é útil na IGD?
Não, geralmente é negativa (raro crescimento).
73
Quais exames laboratoriais gerais devem ser solicitados na suspeita de artrite séptica?
Hemograma, PCR e VHS.
74
O que esperar no hemograma de um paciente com artrite séptica?
Leucocitose com desvio à esquerda.
75
Qual o valor esperado da PCR na artrite séptica?
Elevado, útil para acompanhamento da resposta terapêutica.
76
Como é o aspecto do líquido sinovial infeccioso?
Turvo, de baixa viscosidade e purulento em alguns casos.
77
Qual o tipo de líquido sinovial encontrado na artrite microcristalina?
Inflamatório: celularidade entre 2.000 e 50.000/mm³, 20-75% de polimorfonucleares.
78
Como diferenciar líquido sinovial infeccioso do inflamatório?
O infeccioso apresenta contagem celular >50.000/mm³ e >75% de polimorfonucleares.
79
Em quais situações o Gram do líquido sinovial pode ser negativo mesmo na presença de artrite séptica?
Em infecção gonocócica, antibioticoterapia prévia ou baixa carga bacteriana.
80
Exames de imagem ajudam a confirmar o diagnóstico de artrite séptica?
Não. Auxiliam na avaliação estrutural, mas não têm acurácia para diagnóstico etiológico.
81
Qual exame deve ser priorizado antes de iniciar antibiótico em suspeita de artrite séptica?
Punção articular para análise do líquido sinovial.
82
Quando a punção articular deve ser evitada temporariamente?
Em celulite periarticular, devido ao risco de inoculação bacteriana.
83
Qual cuidado laboratorial é necessário ao suspeitar de infecção gonocócica?
Informar o laboratório para cultivo em meios específicos (Thayer-Martin, ágar chocolate).
84
O que é a “regra dos 3Cs” na artrite séptica?
Citologia, Cultura e Cristais (exames essenciais do líquido sinovial).
85
Em um paciente com quadro de monoartrite aguda e sinais inflamatórios intensos, qual tipo celular é o principal responsável pelo processo inflamatório intra-articular?
Resposta: Neutrófilo. Explicação: Na artrite séptica, o agente infeccioso desencadeia uma resposta inflamatória exuberante com predomínio de polimorfonucleares, especialmente neutrófilos, que são responsáveis por fagocitose e liberação de mediadores inflamatórios que intensificam o quadro clínico. A análise do líquido sinovial geralmente mostra leucocitose (> 50.000/mm³) com mais de 75% de neutrófilos.
86
Pergunta: Quais são as contraindicações relativas à realização de artrocentese na suspeita de artrite séptica?
Resposta: As contraindicações relativas incluem: Trombocitopenia grave Diátese hemorrágica (ex.: hemofilia) Anticoagulação excessiva (ex.: INR > 3,5 a 4,5) Celulite periarticular Bacteremia não tratada
87
Quais são os três principais diagnósticos diferenciais diante de uma monoartrite aguda?
Artrite séptica (gonocócica ou não gonocócica), artrite por cristais (gota ou pirofosfato de cálcio), trauma articular.
88
Qual o principal diagnóstico a ser considerado em adultos com monoartrite aguda e menos de 30 anos?
Artrite séptica, especialmente a gonocócica.
89
Quais diagnósticos considerar em adultos com mais de 30 anos com monoartrite aguda?
Artrite séptica (gonocócica ou não), artrite por cristais e trauma.
90
Quando suspeitar de causa traumática em monoartrite?
Quando há menção clara de trauma, líquido sinovial macroscopicamente hemorrágico e padrão citológico não inflamatório (200–2.000 células/mm³, < 20% de PMNs).
91
Qual faixa etária é mais comum para manifestação de gota?
Entre 30 e 50 anos de idade.
92
Em qual faixa etária é mais comum a manifestação da doença por pirofosfato de cálcio?
Acima de 60 anos.
93
Quais achados clínicos sugerem gota como etiologia da monoartrite?
Envolvimento da 1ª metatarsofalangeana (podagra), episódios anteriores autolimitados de artrite, presença de tofos.
94
Quais são os dois espectros clínicos da artrite gonocócica?
Fase bacteriêmica: tríade de dermatite, tenossinovite e poliartrite migratória. Artrite supurativa: mono ou oligoartrite de grandes articulações, geralmente sem febre.
95
Qual o agente mais comum da artrite séptica gonocócica?
Neisseria gonorrhoeae
96
Qual o agente mais comum da artrite séptica não gonocócica?
Staphylococcus aureus
97
Qual o perfil típico de paciente com artrite gonocócica?
Adulto jovem, sexualmente ativo, especialmente mulheres no período perimenstrual, grávidas ou no puerpério.
98
Qual o perfil típico de paciente com artrite séptica não gonocócica?
Crianças, adultos em geral, idosos, imunossuprimidos.
99
Como é a apresentação articular da artrite gonocócica?
Poliartrite migratória.
100
Como é a apresentação articular da artrite séptica não gonocócica?
Monoartrite, geralmente de grandes articulações.
101
A tenossinovite é comum em qual tipo de artrite séptica?
Artrite gonocócica.
102
A dermatite é comum em qual tipo de artrite séptica?
Artrite gonocócica.
103
Como costuma ser a cultura do líquido sinovial na artrite gonocócica?
Positiva em menos de 25% dos casos.
104
Como costuma ser a cultura do líquido sinovial na artrite séptica não gonocócica?
Positiva em mais de 95% dos casos.
105
Como costuma ser a hemocultura na artrite gonocócica?
Raramente positiva.
106
Como costuma ser a hemocultura na artrite séptica não gonocócica?
Positiva em 40-50% dos casos.
107
Qual o prognóstico da artrite gonocócica?
Muito bom, com melhora em mais de 95% dos casos.
108
Qual o prognóstico da artrite séptica não gonocócica?
Reservado, com piora funcional em 30-50% dos casos.
109
Quais são diagnósticos diferenciais infecciosos de artrite séptica?
Bursite infecciosa, Doença de Lyme, Artrite tuberculosa, Artrite fúngica, Artrite viral, Endocardite bacteriana, Meningococcemia.
110
Quais são diagnósticos diferenciais não infecciosos de artrite séptica?
Espondiloartrites (reativa, psoriásica, enteropática), Artrite reumatoide, Lúpus eritematoso sistêmico, Sarcoidose, Uso de drogas, Doença paraneoplásica, Sinovite vilonodular.
111
Qual o principal agente envolvido na artrite reativa?
Chlamydia trachomatis
112
A artrite reativa é uma forma de que grupo de doenças reumáticas?
Espondiloartrites soronegativas.
113
Qual é a síndrome clássica associada à artrite reativa?
Síndrome de Reiter: artrite, uretrite e conjuntivite.
114
Qual o padrão articular da artrite reativa?
Oligoartrite periférica, assimétrica, predominando em membros inferiores.
115
Quando não podemos considerar artrite reativa como diagnóstico?
Quando os agentes são Staphylococcus aureus ou Neisseria gonorrhoeae — nesses casos, trata-se de artrite séptica.
116
Qual o diagnóstico mais provável de um paciente com líquido sinovial xantocrômico, 1.400 leucócitos/mm³, 10% de polimorfonucleares, glicose normal e ausência de cristais?
Trauma articular — o aspecto xantocrômico indica sangramento articular; a baixa celularidade e predomínio de mononucleares excluem causas infecciosas ou inflamatórias.
117
Em uma artrocentese, o que sugere a presença de xantocromia no líquido sinovial?
Hemorragia intra-articular, como em trauma.
118
Qual é o achado típico no líquido sinovial de um paciente com pseudogota?
Cristais romboides com birrefringência fraca positiva.
119
Em um paciente com monoartrite aguda, qual padrão celular no líquido sinovial sugere etiologia infecciosa?
Contagem de leucócitos >50.000/mm³ com >75% de polimorfonucleares.
120
Paciente jovem com monoartrite aguda de joelho, febre, pústulas com centro necrótico e tenossinovite bilateral de Aquiles. Qual o diagnóstico mais provável?
Artrite gonocócica (infecção disseminada por Neisseria gonorrhoeae).
121
Quais achados compõem a tríade da fase bacteriêmica da infecção gonocócica disseminada?
Dermatite, tenossinovite e poliartrite migratória.
122
Que tipo de lesões cutâneas são típicas da artrite gonocócica?
Pústulas ou vesículas com centro necrótico, indolores e não pruriginosas.
123
A artrite reativa está frequentemente associada a qual agente infeccioso?
Chlamydia trachomatis (infecção urogenital); também pode ocorrer após infecção entérica.
124
Qual é a tríade clássica da síndrome de Reiter?
Artrite, conjuntivite e uretrite.
125
Quais são as principais características clínicas que diferenciam artrite gonocócica de artrite reativa?
Artrite gonocócica: febre, tenossinovite, dermatite com centro necrótico, sem infecção prévia evidente. Artrite reativa: surgimento 1-4 semanas após infecção geniturinária ou entérica, dermatose ceratoderma blenorrágico, febre incomum.
126
Qual é o primeiro passo fundamental no manejo de toda monoartrite aguda?
Realizar artrocentese — punção articular diagnóstica.
127
Por que a drenagem articular está indicada em todos os casos de artrite séptica?
Porque trata-se de uma infecção em cavidade fechada; a drenagem é essencial para remover pus, reduzir carga bacteriana e permitir melhor penetração de antibióticos.
128
Qual é a via inicial de escolha para administração de antibióticos na artrite séptica?
Via endovenosa.
129
Quando é possível converter a antibioticoterapia endovenosa para via oral na artrite séptica?
Quando o paciente apresenta boa resposta clínica e estabilização do quadro inflamatório, com mínimo de 2 semanas de tratamento IV já realizadas.
130
Qual é a duração total da antibioticoterapia em artrite séptica por Haemophilus influenzae?
2 a 3 semanas.
131
Qual é a duração total da antibioticoterapia em artrite séptica por Staphylococcus aureus ou bacilos Gram-negativos?
3 a 4 semanas.
132
Em quais situações a drenagem cirúrgica está indicada na artrite séptica?
Quando não é possível realizar drenagem adequada com agulha ou artroscopia; Suspeita de corpo estranho articular (trauma penetrante); Persistência do derrame articular após 7 dias de artrocentese seriada.
133
Qual exame orienta a antibioticoterapia empírica até o resultado da cultura na artrite séptica?
Bacterioscopia do líquido sinovial (Gram).
134
Qual o tempo mínimo recomendado de antibioticoterapia endovenosa para artrite séptica antes de considerar a transição para oral?
Pelo menos 14 dias (2 semanas).
135
Quais são os principais objetivos do tratamento da artrite séptica?
Erradicação da infecção; Preservação da função articular; Prevenção de destruição cartilaginosa e complicações sistêmicas.
136
Qual o antibiótico de primeira escolha para artrite séptica por Staphylococcus aureus sensível à meticilina (MSSA)?
Oxacilina 2 g EV a cada 4 horas.
137
Qual o antibiótico de primeira escolha para artrite séptica por Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA)?
Vancomicina 15–20 mg/kg/dose EV a cada 8–12 horas.
138
Quais alternativas à vancomicina podem ser usadas no tratamento de artrite séptica por MRSA?
Linezolida ou clindamicina.
139
Qual o esquema empírico indicado em pacientes imunocompetentes com suspeita de artrite séptica e Gram não determinante?
Oxacilina 2 g EV 4/4h.
140
Qual o esquema empírico indicado em pacientes imunossuprimidos com suspeita de artrite séptica e Gram não determinante?
Vancomicina 15–20 mg/kg EV 8/12h + ceftazidima ou cefepime (cefepime 2 g EV a cada 8–12h, por exemplo).
141
Qual a antibioticoterapia empírica inicial recomendada para bacilos Gram-negativos na artrite séptica?
Ceftriaxona 1–2 g EV 1x/dia, ou cefotaxima ou ceftazidima.
142
Qual o tratamento inicial para artrite séptica com suspeita de Pseudomonas aeruginosa?
Ceftazidima 2 g EV 8/8h ou cefepime 2 g EV 8/8h + ciprofloxacino 400 mg EV 12/12h ou aminoglicosídeo.
143
Qual é o tratamento de primeira linha para artrite gonocócica?
Ceftriaxona 1 g IM ou EV a cada 24h por 7–10 dias.
144
Qual antibiótico deve ser associado ao tratamento da artrite gonocócica e por quê?
Azitromicina 1 g VO em dose única, devido à alta taxa de coinfecção por Chlamydia trachomatis.
145
Qual alternativa à azitromicina na coinfecção com Chlamydia em artrite gonocócica?
Doxiciclina 100 mg VO a cada 12h por 7 dias.
146
Quando a drenagem cirúrgica está indicada na artrite séptica?
Quando não é possível drenagem adequada por agulha ou artroscopia ## Footnote Trauma penetrante com suspeita de corpo estranho Persistência de derrame após 7 dias de punções seriadas
147
Em infecção de prótese articular, qual é a conduta obrigatória no tratamento da artrite séptica?
Remoção da prótese + antibioticoterapia contínua até esterilização local, antes de avaliar nova artroplastia.
148
Qual a conduta imediata diante de uma monoartrite aguda em paciente febril com derrame articular?
Realizar artrocentese com análise do líquido sinovial (citologia, Gram, cultura e cristais), antes de iniciar antibioticoterapia.
149
Qual é o exame fundamental para o diagnóstico de artrite séptica?
Artrocentese com análise do líquido sinovial (3Cs: citologia, cultura, cristais) + Gram.
150
Qual principal hipótese diagnóstica em paciente idoso, diabético, com febre, monoartrite de joelho e bloqueio articular?
Artrite séptica bacteriana (não gonocócica).
151
Quais condições clínicas aumentam o risco de artrite séptica após trauma articular leve?
Diabetes, etilismo, imunossupressão e idade avançada.
152
Febre alta (>38,5 °C), queda do estado geral e monoartrite aguda em paciente com gota conhecida sugerem o que?
Artrite séptica — gota não costuma cursar com febre alta e sintomas constitucionais.
153
Qual o tratamento empírico indicado para artrite séptica por cocóide Gram-positivo sensível?
Oxacilina 2 g EV 4/4h.
154
Qual a melhor escolha antibiótica empírica para paciente jovem com monoartrite aguda e suspeita de gonococo?
Ceftriaxona 1 g IM ou EV a cada 24h + Azitromicina 1 g VO dose única.
155
Qual o perfil clássico da artrite gonocócica disseminada (IGD)?
Paciente jovem, sexualmente ativo, com febre, tenossinovite, poliartrite migratória e dermatite.
156
Quais exames devem ser colhidos na suspeita de artrite gonocócica além do líquido sinovial?
Culturas de urina, orofaringe, reto, cérvice/uretra.
157
Qual principal agente etiológico de artrite séptica em adultos jovens sexualmente ativos?
Neisseria gonorrhoeae.
158
Qual agente etiológico mais comum da artrite séptica não gonocócica?
Staphylococcus aureus.
159
Em paciente com punção articular revelando 110.000 leucócitos/mm³ e 93% PMN, sem cristais, qual é o provável diagnóstico?
Artrite séptica bacteriana.
160
Qual a primeira conduta em paciente com suspeita de artrite séptica com líquido sinovial purulento?
Drenagem articular + antibioticoterapia empírica imediata.
161
Qual indicação de drenagem cirúrgica na artrite séptica?
Articulações de difícil acesso, persistência de derrame >7 dias, ou trauma com corpo estranho.
162
Quando considerar vancomicina como antibiótico empírico na artrite séptica?
Suspeita de MRSA, infecção comunitária grave, ou paciente imunossuprimido.
163
Como diferenciar artrite gotosa de artrite séptica pela clínica?
Gota: crises autolimitadas, sem febre alta ou sintomas sistêmicos; Séptica: febre >38 °C, toxemia, inflamação sistêmica.
164
Qual antibiótico deve ser evitado como monoterapia na artrite séptica?
Gentamicina — cobertura incompleta para S. aureus e Neisseria.
165
Qual exame complementar diferencia artrite por cristal de artrite séptica?
Análise do líquido sinovial com pesquisa de cristais + contagem celular e Gram.
166
A ausência de líquido purulento na punção articular exclui artrite séptica?
Não. O diagnóstico depende da análise laboratorial do líquido.
167
Em paciente com quadro compatível com gota, a presença de febre alta e bloqueio articular deve levantar suspeita de quê?
Artrite séptica concomitante — não é comum na gota.
168
Qual o tempo mínimo de antibioticoterapia parenteral em artrite séptica não gonocócica?
3 a 4 semanas.
169
Qual a duração do tratamento com ceftriaxona na artrite gonocócica?
7 a 10 dias; pode ser estendido para 14 dias se purulenta ou comorbidades.
170
Quando deve-se considerar iniciar oxacilina como empírico na artrite séptica?
Paciente com risco de S. aureus sensível, como idoso, com doença de base, com prótese ou trauma.
171
Em qual cenário clínico a artrite gonocócica deve ser imediatamente suspeitada?
Jovem, sexualmente ativo, com tenossinovite, artrite assimétrica e lesões cutâneas (dermatite).
172
O que define o uso de vancomicina empírica em vez de oxacilina na artrite séptica?
Suspeita de MRSA, falha a beta-lactâmico, imunossupressão grave ou exposição hospitalar.
173
Qual é a associação antibiótica padrão para tratar coinfecção gonocócica por Chlamydia trachomatis?
Ceftriaxona + Azitromicina.
174
Quando a punção articular pode ser feita em pacientes anticoagulados?
Se INR ≤ 3,5–4,5 e sem outras contraindicações clínicas.
175
Qual a apresentação típica do líquido sinovial na artrite séptica?
Turvo, purulento, baixa viscosidade, leucócitos > 50.000/mm³, PMN > 75%.
176
Por que a artrocentese deve ser feita antes da antibioticoterapia?
Porque o antibiótico pode negativar culturas e comprometer o diagnóstico etiológico.
177
Qual valor de contagem celular no líquido sinovial é altamente sugestivo de artrite séptica?
Leucócitos ≥ 50.000/mm³ com predomínio de polimorfonucleares (>75%).
178
Qual a conduta inicial obrigatória frente à suspeita de artrite séptica, mesmo antes da confirmação laboratorial?
Punção articular imediata e início empírico de antibioticoterapia EV + drenagem articular.
179
A dosagem de proteínas e lactato no líquido sinovial é critério diagnóstico relevante para artrite séptica?
Não. Diferentemente de outros líquidos cavitários, esses parâmetros não são utilizados no diagnóstico diferencial do líquido sinovial.
180
Em pacientes imunossuprimidos com monoartrite aguda e sinais sistêmicos, qual hipótese deve ser prioritária?
Artrite séptica bacteriana.
181
Qual a justificativa para iniciar antibiótico antes da cultura estar disponível em casos suspeitos de artrite séptica?
Reduzir o risco de destruição articular e sepse, já que é uma emergência médica com alta morbimortalidade.
182
Quais são os principais agentes causadores de artrites bacterianas crônicas?
Mycobacterium tuberculosis e Mycobacterium leprae (Hanseníase).
183
Qual é o padrão histopatológico típico das artrites bacterianas crônicas?
Processo inflamatório crônico com formação de granulomas na sinóvia.
184
Quais são as principais vias de disseminação dos agentes infecciosos nas artrites bacterianas crônicas?
Hematogênica, linfática ou por contiguidade.
185
O que diferencia clinicamente as artrites bacterianas crônicas das agudas?
Evolução insidiosa, lenta e progressiva, geralmente sem sinais sistêmicos exuberantes iniciais.
186
Qual é o padrão de evolução clínica nas artrites causadas por tuberculose e hanseníase?
Curso crônico e indolente, com destruição articular progressiva se não tratadas.
187
Qual é a importância diagnóstica da suspeita de artrite por Mycobacterium tuberculosis em paciente com dor articular crônica?
Deve ser considerada principalmente em populações vulneráveis, imunossuprimidos e em áreas endêmicas.
188
Qual o agente etiológico da tuberculose articular?
Mycobacterium tuberculosis, um bacilo álcool-ácido resistente, aeróbio estrito.
189
Qual a principal via de disseminação do Mycobacterium tuberculosis para as articulações?
Via hematogênica, a partir de um foco primário pulmonar, ganglionar ou visceral.
190
Qual a frequência de acometimento osteoarticular entre os casos de tuberculose?
Ocorre em 3% a 5% dos casos de tuberculose.
191
Qual a faixa etária mais acometida pela tuberculose articular em áreas endêmicas?
Crianças e adultos jovens.
192
Qual o padrão clínico característico da artrite tuberculosa?
Evolução insidiosa, com poucos sinais flogísticos e progressão lenta para dano articular.
193
A presença de tuberculose pulmonar ativa é necessária para o diagnóstico de tuberculose articular?
Não. Menos de 50% dos casos têm tuberculose pulmonar ativa.
194
Quais são as principais características histopatológicas da sinovite tuberculosa?
Presença de granulomas caseosos, ausência de colagenase e destruição articular lenta.
195
Qual a coloração utilizada para identificação do Mycobacterium tuberculosis em amostras clínicas?
Ziehl-Neelsen, que revela bacilos álcool-ácido resistentes com coloração avermelhada.
196
Qual a relevância clínica da ausência de sinais sistêmicos clássicos como febre e perda de peso na artrite tuberculosa?
Isso torna o diagnóstico desafiador, sendo necessário alto grau de suspeição com base na epidemiologia e na clínica insidiosa.
197
Quais são os principais fatores de risco para tuberculose articular?
• Imunossupressão (HIV/AIDS) • Uso de drogas imunobiológicas • Desnutrição • Situação de rua • Presidiários • Contato com caso bacilífero • Áreas de alta endemicidade
198
Qual o agente etiológico da tuberculose articular?
Mycobacterium tuberculosis, bacilo álcool-ácido resistente (BAAR), aeróbio estrito.
199
Qual a principal via de disseminação do bacilo para a articulação?
Hematogênica, a partir de foco primário pulmonar, ganglionar ou visceral.
200
Em que porcentagem dos casos de tuberculose ocorre acometimento osteoarticular?
De 3% a 5%.
201
Qual é o principal fator de risco em áreas não endêmicas para TB articular?
Idosos, moradores de rua, presidiários e alcoólatras.
202
Cite condições de imunossupressão que aumentam o risco de TB articular.
HIV, diabetes mellitus, alcoolismo, DRC, cirrose hepática, uso de imunossupressores.
203
Quais fatores locais aumentam o risco de TB articular?
Trauma cirúrgico, uso de drogas EV, doença articular prévia, próteses articulares.
204
Qual é o início típico da artrite tuberculosa?
Insidioso, monoarticular e indolente.
205
Quais articulações são mais acometidas na forma periférica da TB articular?
Quadril, joelho e cotovelo.
206
O que sugere acometimento de múltiplos sítios articulares em TB?
Imunossupressão, especialmente HIV.
207
Qual é a forma osteoarticular mais comum da TB?
Mal de Pott (tuberculose vertebral), em até 50% dos casos osteoarticulares.
208
Quais regiões da coluna são mais afetadas na tuberculose vertebral?
Região toracolombar.
209
Qual a fisiopatologia do mal de Pott?
Osteomielite + artrite envolvendo múltiplos corpos vertebrais contíguos e discos intervertebrais, poupando elementos posteriores.
210
Quais sintomas são típicos do mal de Pott?
Dor local, rigidez, espasmo muscular, cifose/gibosidade, paraparesia ou paraplegia.
211
Qual é a característica clínica da artrite tuberculosa periférica?
Monoartrite crônica, insidiosa, indolor, em articulações grandes ou médias.
212
Quais sinais clínicos são comuns na artrite tuberculosa do quadril?
Dor em virilha, coxa ou joelho, com limitação de movimento e atrofia do glúteo.
213
Quais sinais clínicos são comuns na artrite tuberculosa do joelho?
Edema, claudicação, limitação articular e sinovite.
214
O que é a Doença de Poncet?
Artrite reacional simétrica associada à TB pulmonar/extrapulmonar, sem infecção intra-articular.
215
Quais achados clínicos definem a Doença de Poncet?
Poliartrite simétrica, febre e eritema nodoso, em adolescentes e adultos jovens.
216
O que caracteriza a osteomielite tuberculosa?
Início insidioso, edema fusiforme doloroso, mais comum em fêmur e tíbia.
217
Qual a principal via de disseminação na osteomielite tuberculosa?
Hematogênica.
218
Qual a celularidade esperada no líquido sinovial da TB articular?
Entre 10.000 e 20.000 células/mm³, padrão inflamatório.
219
Quais alterações laboratoriais podem ser vistas no líquido sinovial da TB articular?
Glicose baixa, proteínas elevadas, predomínio de PMN.
220
Qual o exame com maior sensibilidade para diagnóstico de TB articular?
Biópsia sinovial com histologia (granulomas caseosos) e cultura.
221
Qual a positividade da baciloscopia no líquido sinovial na TB articular?
Cerca de 20% a 40%.
222
Qual a positividade da cultura do líquido sinovial na TB articular?
Até 90%.
223
Qual o exame de imagem mais sensível e específico para TB osteoarticular?
Ressonância magnética.
224
Quais achados podem ser observados na RM de TB vertebral?
Destruição de corpo vertebral, colapso, abscesso frio, envolvimento de disco.
225
O teste tuberculínico e PCR têm valor diagnóstico definitivo na TB articular?
Não. São inespecíficos e apenas auxiliam na suspeita.
226
Quais os principais diagnósticos diferenciais da artrite tuberculosa?
Hanseníase, Fungos, Doença de Lyme, Doença de Whipple, Sífilis terciária.
227
Qual é o esquema de tratamento da tuberculose osteoarticular?
O tratamento é o mesmo da TB pulmonar: Fase intensiva (2 meses): Rifampicina (R), Isoniazida (H), Pirazinamida (Z), Etambutol (E). Fase de manutenção (4 meses): Rifampicina (R) + Isoniazida (H).
228
Qual a duração total do tratamento da tuberculose osteoarticular segundo o Ministério da Saúde?
6 meses (RHZE por 2 meses + RH por 4 meses). Algumas fontes podem recomendar até 9 meses em casos específicos.
229
Por que, no passado, indicava-se tratamento prolongado na tuberculose osteoarticular?
Por receio de que houvesse baixa penetração dos fármacos nos tecidos ósseos, o que levou a tratamentos de 12 a 18 meses; hoje, sabe-se que 6 a 9 meses são suficientes na maioria dos casos.
230
Qual a dose habitual da rifampicina no esquema RIPE (RHZE) para adultos?
10 mg/kg/dia (máximo: 600 mg/dia).
231
Qual a dose habitual da isoniazida no esquema RHZE?
5 mg/kg/dia (máximo: 300 mg/dia).
232
Qual a dose habitual da pirazinamida no esquema RHZE?
25 mg/kg/dia (máximo: 2 g/dia).
233
Qual a dose habitual do etambutol no esquema RHZE?
15 mg/kg/dia (máximo: 1,6 g/dia).
234
Quais exames devem ser realizados antes e durante o uso de etambutol?
Avaliação da acuidade visual e campo visual, devido ao risco de neurite óptica.
235
Quais são os efeitos colaterais mais importantes da isoniazida?
Hepatotoxicidade e neuropatia periférica, especialmente em alcoólatras, desnutridos ou diabéticos (profilaxia com piridoxina 25–50 mg/dia).
236
Qual é o sítio esquelético mais acometido pela tuberculose?
Coluna vertebral, representando até 50% dos casos osteoarticulares.
237
Como se denomina o acometimento vertebral pela TB?
Mal de Pott.
238
Qual segmento da coluna é mais frequentemente acometido no mal de Pott?
A transição toracolombar.
239
Qual o principal achado clínico do mal de Pott?
Dor toracolombar crônica, espasmo muscular, rigidez, e possível gibosidade/cifose; sinais sistêmicos em até 30%.
240
Qual a complicação neurológica mais temida do mal de Pott?
Paraparesia ou paraplegia, por compressão medular secundária.
241
Qual o agente etiológico da hanseníase?
Mycobacterium leprae, bacilo intracelular obrigatório com tropismo por pele e nervos periféricos.
242
Qual é a manifestação reumatológica mais comum da hanseníase?
Artrite hansênica reacional do tipo II (eritema nodoso hansênico – ENH), com poliartrite aguda e simétrica.
243
Quais são os principais mecanismos de comprometimento articular na hanseníase?
1. Artrite reacional (tipo I ou II) 2. Infiltração direta da sinóvia 3. Neuropatia periférica sensitiva levando à artropatia de Charcot.
244
Quais são os dois tipos de reação hansênica associadas à artrite?
• Tipo I (Reação reversa – RR): exacerbação da imunidade celular • Tipo II (Eritema nodoso hansênico – ENH): imunocomplexos com resposta inflamatória sistêmica.
245
Características da artrite hansênica da reação tipo I:
Início agudo ou subagudo, poliarticular, simétrica, acometendo MCF, IFP e punhos, sem manifestações sistêmicas.
246
Características da artrite hansênica da reação tipo II (ENH):
• Mais comum • Início súbito • Poliartrite de grandes e pequenas articulações • Associada à febre, dor intensa, sintomas constitucionais e lesões cutâneas.
247
Como diferenciar manifestações articulares associadas a quadros reacionais daquelas não associadas?
• Quadros reacionais: mais comuns, agudos, simétricos, poliarticulares, sem sequelas • Não reacionais: insidiosos, crônicos, com deformidades, padrão reumatoide.
248
Qual a apresentação mais comum da artrite hansênica não reacional?
Poliartrite simétrica crônica de pequenas e grandes articulações com surtos e remissões, mimetizando artrite reumatoide.
249
Qual manifestação articular da hanseníase pode causar deformidades crônicas semelhantes à artrite reumatoide?
A artrite hansênica não reacional, de padrão crônico e simétrico.
250
Quais síndromes reumáticas podem ser causadas pela hanseníase?
• Poliartrite com ENH • Artrite reumatoide-símile • Monoartrite aguda • Mão edematosa com tenossinovite • Artropatia de Charcot • Vasculite cutânea • Artrite séptica/osteomielite
251
Em qual forma clínica a tenossinovite com parestesia e espessamento neural é altamente sugestiva de hanseníase?
Nas formas não reacionais com envolvimento neurológico associado.
252
Quais são os principais locais acometidos na artropatia de Charcot por hanseníase?
Joelhos e tornozelos, por perda da propriocepção e sensibilidade articular.
253
Em qual polo clínico da hanseníase a artrite não reacional ocorre com mais frequência?
Polo virchowiano (VV), forma multibacilar da doença.
254
Qual o achado laboratorial comum, porém inespecífico, nas artrites hansênicas?
Elevação de PCR e VHS, sem especificidade diagnóstica.
255
Quais autoanticorpos podem ser falsamente positivos na hanseníase?
Fator reumatoide, FAN, anti-DNA nativo, ANCA, anticardiolipina e beta-2-glicoproteína I.
256
Qual a importância clínica dos autoanticorpos positivos na hanseníase?
Podem confundir com doenças autoimunes, como lúpus e artrite reumatoide.
257
Qual o padrão do líquido sinovial na artrite hansênica?
Pode ser inflamatório com predomínio de polimorfonucleares (10.000-20.000 células/mm³) ou não inflamatório com células linfo-histiocitárias.
258
É possível identificar Mycobacterium leprae no líquido sinovial?
Sim, embora raro, é possível isolar o bacilo diretamente do líquido sinovial.
259
Quais achados radiológicos são esperados na artrite hansênica?
Achados inespecíficos, como periostite, osteíte e osteomielite.
260
Qual o exame confirmatório da artrite hansênica?
Demonstração direta do bacilo Mycobacterium leprae, por métodos histopatológicos ou baciloscopia.
261
Como é feito o tratamento da artrite hansênica reacional?
Baixas doses de glicocorticoides (ex: prednisona 10–20 mg/dia) e AINEs como tratamento sintomático.
262
A artrite hansênica não reacional responde bem aos mesmos medicamentos que a reacional?
Pode ter resposta menos efetiva e apresentar padrão deformante, exigindo controle rigoroso da hanseníase de base.
263
Qual o país está entre os três com maior incidência de hanseníase no mundo, segundo a OMS?
Brasil, junto com Índia e Indonésia.
264
Quais são as principais manifestações clínicas da reação hansênica tipo I?
Artrite aguda ou subaguda, simétrica e poliarticular, geralmente sem manifestações sistêmicas.
265
Quais são as principais manifestações clínicas da reação hansênica tipo II (ENH)?
Início súbito, poliartrite simétrica, febre, dor intensa e lesões cutâneas.
266
Qual a manifestação óssea inespecífica típica associada à hanseníase avançada?
Artropatia de Charcot, por neuropatia periférica sensitiva.
267
A hanseníase pode mimetizar quais doenças reumatológicas?
Artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico e vasculites.
268
Como diferenciar hanseníase de artrite reumatoide em paciente com poliartrite simétrica e nódulo?
Avaliação do contexto epidemiológico, presença de lesões cutâneas, neuropatia periférica e confirmação do bacilo.
269
A hanseníase deve ser considerada em pacientes com sintomas reumatológicos em quais contextos?
História epidemiológica positiva, sintomas articulares simétricos crônicos, presença de lesões cutâneas e neuropatia.
270
Qual o padrão clínico clássico das artrites virais agudas?
Início súbito, poliartricular, simétrico, geralmente autolimitado, com duração inferior a 6 semanas.
271
Qual vírus está mais associado à cronificação da artrite viral, especialmente em mulheres > 45 anos?
Vírus Chikungunya.
272
Como é a artralgia causada pelo Parvovírus B19?
Poliartrite ou poliartralgia aguda, simétrica, com rigidez matinal, semelhante à AR, duração de até 2 semanas, acometendo principalmente mulheres adultas.
273
Qual vírus causa poliartrite simétrica, migratória, com exantema precedendo ou acompanhando os sintomas articulares?
Rubéola.
274
Como se apresenta a artrite pelo vírus da hepatite B?
Poli ou oligoartrite não erosiva, simétrica, de início súbito, com possível rash urticariforme; ocorre por imunocomplexos.
275
A artrite pelo vírus da hepatite C pode simular qual doença autoimune?
Artrite reumatoide, por ser poliarticular, simétrica, crônica, com anticorpos positivos e presença de crioglobulinemia.
276
Qual achado no exame do líquido sinovial é típico das artrites virais agudas?
Líquido sinovial não inflamatório, com predomínio de mononucleares.
277
Qual a principal manifestação articular aguda do HIV?
Artralgia transitória ou artrite oligoarticular assimétrica, além de mialgia intensa e possibilidade de artrite reativa.
278
Como a artrite pelo vírus da hepatite B é desencadeada?
Por formação de imunocomplexos depositados no tecido sinovial.
279
A infecção pelo Chikungunya pode evoluir com qual padrão de artrite?
Na fase crônica, pode causar artrite simétrica, persistente, com rigidez matinal, mimetizando AR, especialmente em mulheres > 45 anos.
280
Qual vírus tem artrite associada a erupção cutânea morbiliforme e febre alta, em quadro agudo de até 1 semana?
Chikungunya.
281
Como se apresenta a artrite pelo vírus da hepatite C?
Poliartrite ou oligoartrite crônica, simétrica, não erosiva, podendo estar associada a crioglobulinemia.
282
A artrite relacionada ao HIV pode ser confundida com qual outra doença inflamatória?
Espondiloartrite, especialmente artrite reativa, com entesite e padrão axial.
283
Quais vírus devem ser lembrados em artrite com rash associado?
Rubéola, Parvovírus B19, Chikungunya.
284
Como diferenciar artrite viral de artrite reumatoide na fase inicial?
A artrite viral é aguda e autolimitada (menos de 6 semanas), enquanto a AR é crônica, persistente e progressiva.
285
Qual vírus pode causar síndrome 'reumatoide-like', com fator reumatoide positivo?
Hepatite B.
286
Qual vírus causa poliartrite, febre e rash em mulheres jovens, podendo simular doenças autoimunes?
Parvovírus B19.
287
Qual a principal via de transmissão da artrite por rubéola em adultos?
Vacinação ou infecção viral natural; predomina em mulheres.
288
Qual a diferença entre artrite da chikungunya na fase aguda e crônica?
Na fase aguda é intensa, difusa e simétrica; na fase crônica pode mimetizar artrite reumatoide, com rigidez matinal e sinovite persistente.
289
Qual vírus pode causar poliartrite simétrica associada a eritema nodoso e síndrome febril?
Hepatite B ou Chikungunya, dependendo do contexto clínico.
290
Mulher de 28 anos, inicia há 5 dias quadro de febre, exantema morbiliforme e dor articular em punhos, IFP e MCF bilateral. Refere rigidez matinal intensa. Qual a hipótese mais provável?
Artrite viral por Parvovírus B19 (padrão semelhante à AR, febre e rash, curso autolimitado).
291
Paciente de 23 anos, vendedora de feira, com poliartrite simétrica de pequenas e grandes articulações há 7 dias, febre alta e rash maculopapular. Qual agente mais provável?
Vírus Chikungunya (artrite simétrica aguda, febre alta, rash; epidemiologia compatível).
292
Mulher de 47 anos, febre e dor intensa em punhos, tornozelos e joelhos há 10 dias. Exame físico mostra edema difuso e rigidez matinal. Mora em área com surto de arbovirose. Qual a provável etiologia e possível evolução?
Chikungunya; pode evoluir com artrite crônica, simétrica e deformante semelhante à AR.
293
Homem de 60 anos, diagnóstico recente de hepatite C, desenvolve poliartrite simétrica não erosiva. FR positivo. Qual hipótese?
Artrite viral associada à hepatite C, frequentemente com crioglobulinemia.
294
Paciente HIV+ com artrite assimétrica de membros inferiores e entesite de calcâneo. Qual a provável síndrome associada?
Artrite reativa associada ao HIV (forma axial e periférica, HLA-B27 associada).
295
Criança de 8 anos com febre baixa e artralgia simétrica de punhos e tornozelos. Apresenta exantema leve. Qual provável etiologia?
Parvovírus B19 (frequente em crianças, autolimitado, pode simular AR).
296
Mulher com rash morbiliforme, febre e artrite migratória de punhos, joelhos e tornozelos, 1 semana após contato com criança com rubéola. Qual o agente?
Vírus da rubéola.
297
Paciente com hepatite B, início súbito de dor e edema em joelhos, punhos e tornozelos. Rash urticariforme presente. Diagnóstico provável?
Artrite por imunocomplexos induzida pelo vírus da hepatite B.
298
Mulher de 30 anos com febre, mialgia e poliartralgia há 4 dias, sem sinais inflamatórios objetivos nas articulações. Líquido sinovial não inflamatório. Qual a explicação?
Artralgia viral (comum na fase aguda de infecção por vírus, como rubéola ou HIV).
299
Homem com HIV apresenta oligoartrite periférica, dor lombar e rigidez matinal. HLA-B27 positivo. Diagnóstico?
Espondiloartrite associada ao HIV.
300
Qual o padrão clínico clássico das artrites fúngicas?
Monoartrite crônica, indolente e insidiosa, com evolução arrastada e sinais inflamatórios sutis.
301
Quais os principais fatores de risco para artrite fúngica?
Imunossupressão, uso de drogas IV, trauma penetrante, procedimentos invasivos ou próteses articulares.
302
Qual a articulação mais comumente afetada nas artrites fúngicas?
Joelho, devido ao seu papel de sustentação e frequência de exposição a trauma e procedimentos.
303
Qual é o principal fungo causador de monoartrite crônica no Brasil?
Sporothrix schenckii (esporotricose).
304
Quadro clínico típico da artrite por Sporothrix schenckii?
Artrite monoarticular crônica, indolente, frequentemente em alcoólatras ou diabéticos, associada a lesões cutâneas e cordão linfático.
305
Como é a apresentação da artrite por Candida spp?
Monoartrite, geralmente em joelhos, relacionada a inoculação direta ou disseminação hematogênica, principalmente em imunossuprimidos.
306
Qual o padrão esperado do líquido sinovial em artrite fúngica?
10.000 a 60.000 células/mm³, com 70% de neutrófilos, glicose variável e culturas frequentemente negativas.
307
Qual fungo causa artrite associada à síndrome de hipersensibilidade com febre e eritema nodoso?
Coccidioides spp.
308
Qual fungo pode causar artrite monoarticular ou poliarticular com lesões cutâneas e pneumonia associadas?
Blastomyces dermatitidis.
309
Quais os achados radiológicos típicos da artrite fúngica por Cryptococcus?
Edema de tecidos moles, derrame articular, lesões líticas em ossos adjacentes.
310
Quando suspeitar de artrite por Histoplasma?
Em pacientes com artrite mono ou poliarticular associada a doença disseminada ou síndrome de hipersensibilidade.
311
Qual fungo está mais relacionado à osteomielite hematogênica que se estende por contiguidade causando artrite?
Paracoccidioides brasiliensis.
312
Qual exame é o mais útil para confirmação etiológica da artrite fúngica?
Cultura específica com colorações especiais (Grocott-Gomori, PAS), ou PCR (amplificação de DNA fúngico).
313
Por que o diagnóstico de artrite fúngica costuma ser tardio?
Pela apresentação clínica insidiosa e inespecificidade dos exames complementares.
314
Qual achado de imagem pode sugerir etiologia fúngica em osteoartrite crônica?
Osteopenia periarticular, erosões ósseas, reação periostal, ausência de reparo ósseo.
315
Qual o agente etiológico da doença de Lyme?
Borrelia burgdorferi, uma espiroqueta transmitida pela picada de carrapato.
316
Qual a articulação mais comumente acometida na doença de Lyme?
Joelho.
317
Qual o padrão articular típico da doença de Lyme?
Artrite recidivante de grandes articulações, evoluindo para quadro poliarticular crônico.
318
Em quanto tempo após a infecção pela Borrelia burgdorferi costuma surgir o acometimento articular?
Após cerca de 6 meses da picada.
319
Qual o achado do líquido sinovial típico da artrite de Lyme?
Inflamatório, com predomínio de polimorfonucleares.
320
Qual a etiologia da Doença de Whipple?
Tropheryma whipplei, bacilo Gram-positivo.
321
Qual o perfil epidemiológico típico da Doença de Whipple?
Homens brancos de meia-idade, trabalhadores rurais ou de esgoto, imunossuprimidos.
322
Qual o padrão articular da Doença de Whipple?
Artralgia migratória ou oligo/poliartrite crônica, geralmente precedendo em anos a forma sistêmica.
323
A artrite da Doença de Whipple costuma apresentar deformidades articulares?
Não. Em geral, não há deformidade nem destruição articular.
324
Quais os sintomas articulares mais comuns na Doença de Whipple?
Artralgias migratórias de grandes articulações, sinovite crônica, oligoartrite ou poliartrite.
325
Qual o padrão clínico articular típico da artrite séptica não gonocócica?
Monoartrite aguda, com febre, bloqueio articular e S. aureus como principal agente.
326
Qual a tríade da artrite gonocócica disseminada?
Poliartralgia migratória, tenossinovite e dermatite.
327
Como se apresenta a artrite viral típica?
Poliartrite simétrica, aguda, autolimitada, geralmente com duração < 6 semanas.
328
Qual vírus está mais associado à cronicidade da artrite viral, especialmente em mulheres > 45 anos?
Chikungunya.
329
Quais causas infecciosas devem ser pensadas em casos de monoartrite crônica indolente?
Micobacterioses (TB, hanseníase), fungos, Doença de Whipple, Doença de Lyme.
330
Em qual fase da sífilis pode ocorrer acometimento articular?
Em diversas fases, com manifestações variáveis — mono, oligo ou poliartrite, aguda ou crônica.
331
Qual o padrão articular típico da artrite tuberculosa?
Monoartrite crônica insidiosa, geralmente em grandes articulações (joelho e quadril).
332
Qual característica laboratorial pode confundir a Doença de Whipple com doenças autoimunes?
Presença de anticorpos como FAN, FR, anti-DNA e ANCA.
333
A artrite da Doença de Lyme pode se confundir com qual doença autoimune?
Artrite reumatoide.