Introdução à reumato pt.2 Flashcards

(110 cards)

1
Q

O que é artrite?

A

Processo inflamatório intra-articular com dor, edema, calor local e, eventualmente, rubor.

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2
Q

O que é artralgia?

A

Dor articular isolada, sem sinais inflamatórios; inespecífica.

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3
Q

O que é periartrite?

A

Inflamação de estruturas ao redor da articulação, como bursas e tendões.

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4
Q

Qual o tipo de dor mais associado à periartrite?

A

Dor localizada, relacionada a movimentos ativos específicos, podendo ter edema discreto.

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5
Q

Na artrite, qual sinal é obrigatoriamente presente para o diagnóstico?

A

Nenhum isolado é obrigatório, mas o conjunto: dor, calor, edema e eventualmente rubor definem o quadro.

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6
Q

A presença de derrame articular define obrigatoriamente artrite?

A

Não. Derrame pode ocorrer por outras causas, como trauma ou coagulopatias (ex: hemartrose).

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7
Q

Dor articular à movimentação ativa sugere artrite?

A

Não obrigatoriamente. Pode indicar periartrite ou outros acometimentos periarticulares.

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8
Q

Hiperemia da pele sobre a articulação indica artrite?

A

Pode ocorrer em artrite, mas também em outras condições dermatológicas ou infecciosas.

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9
Q

Paciente jovem com dor bilateral em cotovelos que melhora com a atividade física. Qual o diagnóstico sindrômico mais provável?

A

Periartrite (ex: epicondilite).

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10
Q

Qual é a principal característica da dor inflamatória articular?

A

Melhora com o uso da articulação (“aquecimento”), piora com repouso, pode estar associada à rigidez matinal prolongada.

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11
Q

A osteoartrite apresenta dor inflamatória?

A

Não. A dor é mecânica (piora com o uso e melhora com repouso), com rigidez matinal curta (<30 minutos).

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12
Q

Qual a primeira pergunta a se fazer diante de uma queixa articular?

A

Verificar se trata-se de artralgia (dor sem inflamação) ou artrite (dor com sinais flogísticos como edema, calor, rubor).

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13
Q

Diante de uma monoartrite aguda, quais principais diagnósticos considerar?

A

Artrite microcristalina (gota, condrocalcinose), artrite séptica, trauma.

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14
Q

Quais doenças são mais associadas a um quadro oligoarticular agudo (2 a 4 articulações)?

A

Espondiloartrites, febre reumática, artrite gonocócica.

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15
Q

O que pensar diante de poliartrite crônica com rigidez matinal > 60 min?

A

Artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico, doenças autoimunes do tecido conjuntivo.

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16
Q

O que indica um padrão migratório de artrite?

A

Febre reumática e artrite gonocócica (fase inicial).

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17
Q

O que indica um padrão aditivo de artrite?

A

Artrite reumatoide (clássico), lúpus e outras colagenoses.

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18
Q

Quais diagnósticos considerar em artrite de predomínio axial (coluna, sacroilíacas)?

A

Espondiloartrites (espondilite anquilosante, artrite psoriásica), osteoartrite axial, DISH.

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19
Q

Que doenças devem ser lembradas diante de artrite periférica simétrica?

A

Artrite reumatoide, lúpus, síndrome de Sjögren.

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20
Q

Artrite periférica assimétrica é sugestiva de quais grupos?

A

Espondiloartrites, artrite reativa, gota, artrite infecciosa.

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21
Q

Quando a dor articular é considerada de ritmo inflamatório?

A

Quando piora com o repouso e melhora com o movimento, geralmente associada a rigidez matinal prolongada.

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22
Q

Quando a dor articular é considerada de ritmo mecânico?

A

Quando piora com o uso/movimento e melhora com repouso, com rigidez matinal ausente ou <30 minutos.

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23
Q

A presença de sintomas constitucionais (febre, astenia, emagrecimento) sugere o que?

A

Doença inflamatória sistêmica (ex: LES, AR). Se febre aguda intensa → considerar artrite infecciosa.

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24
Q

Um paciente jovem do sexo masculino com lombalgia inflamatória crônica deve levantar suspeita para qual grupo de doenças?

A

Espondiloartrites, especialmente espondilite anquilosante.

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25
Uma mulher jovem com poliartrite simétrica, rash cutâneo e sintomas constitucionais deve levantar suspeita de quê?
Lúpus eritematoso sistêmico.
26
Um idoso com dor em grandes articulações, rigidez <30 minutos e ausência de sintomas sistêmicos provavelmente tem?
Osteoartrite.
27
Qual o perfil epidemiológico clássico da artrite reumatoide?
Mulheres adultas, geralmente de meia-idade. Isso se deve à maior prevalência de doenças autoimunes em mulheres, e a AR costuma iniciar entre os 30 e 50 anos, com curso crônico e simétrico.
28
Em qual população o lúpus eritematoso sistêmico (LES) é mais prevalente?
Mulheres jovens em idade fértil. Acredita-se que os hormônios sexuais femininos estejam relacionados à patogênese, sendo comum o início entre 15 e 45 anos.
29
Quem são os pacientes típicos com espondiloartrites como espondilite anquilosante?
Homens jovens, geralmente abaixo dos 40 anos. Apresentam dor lombar inflamatória, com forte associação ao HLA-B27.
30
Qual o grupo mais acometido por osteoartrite?
Mulheres após a menopausa. A perda de proteção hormonal e o desgaste articular ao longo da vida contribuem para a degeneração das articulações.
31
Qual o perfil clássico de pacientes com gota?
Homens a partir dos 30 anos. A gota é rara em mulheres pré-menopáusicas e está fortemente associada ao consumo de álcool, carne vermelha e síndrome metabólica.
32
Em quem devemos suspeitar de febre reumática?
Crianças e adolescentes, especialmente com antecedente de infecção de orofaringe por estreptococo beta-hemolítico do grupo A.
33
Qual o perfil epidemiológico clássico da fibromialgia?
Mulheres adultas, em especial entre os 30 e 50 anos, com dor musculoesquelética difusa, fadiga e distúrbios do sono.
34
Qual faixa etária é típica da polimialgia reumática?
Mulheres acima dos 50 anos, com dor e rigidez em cinturas escapular e pélvica, associadas a resposta inflamatória (PCR elevada).
35
Em que contexto clínico devemos pensar em artrite gonocócica?
Adultos jovens, sexualmente ativos, com quadro de artrite migratória ou monoartrite, muitas vezes com tenossinovite e lesões cutâneas.
36
Quais manifestações extra-articulares ajudam a identificar LES?
Rash malar, fotossensibilidade, alopecia, úlceras orais, serosites (pleurite, pericardite) e glomerulonefrite são características do envolvimento multissistêmico do LES.
37
Quais são os achados extra-articulares clássicos da artrite reumatoide?
Nódulos reumatoides subcutâneos, serosites, doença pulmonar intersticial e ceratoconjuntivite seca (se há síndrome de Sjögren associada). Mostram que a AR é sistêmica, não restrita às articulações.
38
Como reconhecer uma espondiloartrite pelo envolvimento extra-articular?
Presença de uveíte anterior aguda, conjuntivite, lesões cutâneas (como psoríase ou ceratodermia blenorrágica), e balanite circinada em artrite reativa.
39
O que sugere vasculite sistêmica?
Púrpura palpável, mononeurite múltipla (neuropatia periférica assimétrica), lesão renal (glomerulonefrite). Vasculites são condições que afetam a parede dos vasos, podendo acometer múltiplos órgãos.
40
Quais manifestações sistêmicas indicam esclerose sistêmica?
Espessamento cutâneo (esclerodermia), fenômeno de Raynaud, disfagia por acalasia esofágica e fibrose pulmonar. A pele e o trato gastrointestinal são comumente afetados.
41
Quais achados cutâneo-musculares indicam dermatomiosite?
Fraqueza muscular proximal simétrica, pápulas de Gottron (lesões em dorso das mãos), rash heliotrópico (em pálpebras). São manifestações clássicas da inflamação muscular com envolvimento dermatológico.
42
Que manifestações extracardinais são típicas da febre reumática?
Febre, cardite (que pode ser grave), coreia de Sydenham e artrite migratória. Comum após faringoamigdalite estreptocócica.
43
Quais achados são típicos da síndrome de Sjögren?
Xerostomia (boca seca), xeroftalmia (olhos secos), podendo haver também parotidite e fadiga. É uma síndrome de hipofunção glandular autoimune.
44
Por que o fator reumatoide (FR) deve ser solicitado na investigação de poliartrite em mulher jovem?
Porque pode indicar artrite reumatoide, que é uma das principais causas de poliartrite simétrica em mulheres adultas.
45
Qual a importância do fator antinuclear (FAN) em uma paciente com poliartrite periférica?
Altamente relevante, pois pode sugerir lúpus eritematoso sistêmico, presente em até 99% dos casos de LES, mesmo que não seja específico.
46
Por que VHS e PCR são úteis na investigação de poliartrite crônica?
São reagentes de fase aguda que indicam inflamação sistêmica e ajudam a reforçar hipóteses como AR ou LES.
47
Em que pacientes a dosagem de ácido úrico é indicada na Reumatologia?
Homens acima de 30 anos ou mulheres pós-menopausa com mono/oligoartrite de início súbito, suspeita de gota.
48
Qual o diagnóstico mais provável em uma mulher de 32 anos com poliartrite periférica há 2 meses?
Artrite reumatoide ou lúpus eritematoso sistêmico são as principais hipóteses, dado o perfil epidemiológico e padrão de acometimento.
49
Qual é o padrão clássico de acometimento articular na artrite reumatoide (AR)?
Poliartrite simétrica, acometendo principalmente articulações metacarpofalangeanas (MTC), punhos e interfalangianas proximais (IFP), poupando as interfalangianas distais (IFD).
50
Na gota, qual é o padrão articular mais comum?
Monoartrite ou oligoartrite assimétrica, frequentemente envolvendo membros inferiores — podagra (1ª MTF), tornozelo, joelho. Clássico: início súbito, dor intensa, homem >30 anos.
51
Como se manifesta o padrão articular nas espondiloartrites periféricas?
Como se manifesta o padrão articular nas espondiloartrites periféricas?
52
Qual o padrão clínico típico da doença por deposição de pirofosfato de cálcio (CPPD/pseudogota)?
Episódios recorrentes de monoartrite, clinicamente semelhantes à gota, acometendo com frequência o joelho, especialmente em idosos.
53
Qual é a principal emergência clínica que deve ser sempre considerada inicialmente em casos de monoartrite aguda?
Artrite séptica – deve ser descartada antes de considerar outras causas, dada sua alta morbimortalidade e risco de destruição articular.
54
Qual é o agente etiológico mais comum na artrite séptica bacteriana em todas as idades?
Staphylococcus aureus – altamente agressivo e destrutivo.
55
Quais são os sinais clínicos que sugerem artrite séptica?
Febre, queda do estado geral, dor articular intensa, limitação de movimento, edema, calor local e possível quadro séptico.
56
Quais são os achados laboratoriais típicos da artrite séptica?
Leucocitose, VHS e PCR muito elevadas, líquido sinovial com predomínio de neutrófilos (> 50.000 células/mm³) e cultura positiva.
57
Qual é a conduta inicial na suspeita de artrite séptica?
Drenagem articular (aspiração) + antibioticoterapia IV empírica imediata (no Brasil, frequentemente com Oxacilina).
58
Qual é a causa mais comum de monoartrite aguda na prática clínica?
Artrite microcristalina, especialmente a gota.
59
Qual é o perfil típico do paciente com crise aguda de gota?
Homem de meia-idade com hipertensão, obesidade, diabetes, consumo de álcool ou uso de diuréticos, apresentando dor súbita e intensa em articulação (geralmente 1ª MTF).
60
Mesmo em pacientes com diagnóstico prévio de gota, qual hipótese deve ser sempre excluída primeiro diante de monoartrite aguda?
Artrite séptica – a coexistência de gota e infecção articular não é rara.
61
Em que casos pensar em trauma como causa de monoartrite?
Quando houver história clara de trauma recente associada a achados de hemorragia articular (hemartrose), como em pacientes com coagulopatias ou uso de anticoagulantes.
62
Qual é o exame-chave para investigação diagnóstica de qualquer monoartrite aguda?
Punção do líquido sinovial – permite análise citológica, bioquímica, pesquisa de cristais e cultura.
63
Por que não se deve infiltrar corticoide em articulação com suspeita de artrite infecciosa?
Porque pode suprimir a resposta inflamatória local e agravar uma infecção não tratada, levando à destruição articular rápida.
64
Quais são os principais exames do líquido sinovial na investigação de monoartrite aguda?
Citologia (contagem de células + % de neutrófilos) Pesquisa de cristais (gota e CPPD) Gram e cultura (diagnóstico definitivo de artrite séptica)
65
Quais achados no líquido sinovial são típicos da artrite séptica?
Aparência turva/purulenta Leucócitos >50.000/mm³ Predomínio de polimorfonucleares >75% Cultura positiva (nem sempre) Glicose baixa
66
Qual o achado esperado no líquido sinovial em uma crise aguda de gota?
Contagem de leucócitos de 2.000 a 50.000/mm³ (inflamatório) Presença de cristais de urato monossódico com birrefringência negativa
67
Por que não devemos solicitar ácido úrico sérico em meio a uma crise de gota?
Porque pode estar normal em até 30% dos casos agudos, não sendo útil para diagnóstico naquele momento.
68
Quando está indicada drenagem cirúrgica na artrite séptica?
Em casos refratários à drenagem por punção ou em articulações profundas (ex: quadril).
69
Em um caso de monoartrite aguda com febre e derrame articular, qual alternativa representa a melhor conduta inicial?
Punção articular com análise do líquido sinovial (citologia, cristais, Gram e cultura).
70
Quais características do líquido sinovial apontam para um quadro traumático?
Xantocromia (degradação de hemoglobina) Celularidade baixa (< 2.000/mm³) Polimorfonucleares < 20% Glicose similar à sérica → Não inflamatório
71
Qual a armadilha comum em provas quando o paciente é homem de meia-idade com dor intensa em articulação?
Assumir gota sem análise do líquido sinovial – mesmo com perfil típico, a exclusão de artrite séptica sempre precede qualquer outro diagnóstico.
72
Por que radiografia simples não ajuda no diagnóstico imediato de monoartrite aguda?
Porque não avalia inflamação ou infecção articular aguda – útil apenas para excluir fratura ou alterações crônicas (ex: tofos, calcificações).
73
Como se comporta o líquido sinovial na pseudogota (CPPD)?
Aparência discretamente turva Leucócitos entre 2.000 e 50.000/mm³ Cristais de pirofosfato (birrefringência positiva) → Quadro inflamatório, e não não-inflamatório.
74
Um líquido sinovial com 1.400 leucócitos/mm³, 10% PMN e glicose normal aponta para:
Traumatismo articular – perfil não inflamatório + xantocromia indicam sangramento articular (hemartrose), compatível com trauma.
75
Quais são as principais causas de monoartrite crônica?
Infecções crônicas (especialmente tuberculose), fungos, micobactérias não tuberculosas, neoplasias sinoviais (ex: sinovioma), sinovite vilonodular pigmentada.
76
A artrite reumatoide é causa comum de monoartrite?
Não. AR se manifesta como poliartrite crônica e simétrica, poupando interfalangianas distais. Nunca assumir AR em caso isolado de monoartrite.
77
Qual a abordagem básica frente a uma monoartrite crônica?
Avaliação clínica detalhada, exclusão de infecção ativa, e punção articular com análise do líquido sinovial (citologia, Gram, cultura, pesquisa de BAAR e fungos).
78
Em que situação não se deve iniciar ou manter alopurinol em paciente com gota?
Durante uma crise aguda, pois o alopurinol pode desencadear ou agravar a crise.
79
Quais são as principais causas de monoartrite crônica?
Tuberculose articular Outras micobactérias atípicas Artrite fúngica Neoplasias sinoviais (ex: sinovioma) Sinovite vilonodular pigmentada
80
Qual é o exame fundamental para investigar monoartrite crônica?
Punção articular com cultura para BAAR, fungos e microrganismos comuns, além de anatomopatológico, se necessário.
81
Qual o padrão típico da tuberculose articular?
Monoartrite crônica insidiosa, com poucos sinais flogísticos, em articulações de carga (joelho, quadril), geralmente sem febre ou leucocitose.
82
Qual a principal causa de monoartrite crônica no Brasil?
Artrite tuberculosa – instalação insidiosa, pouca dor, inflamação crônica, mais comum em articulações de carga.
83
A neoplasia articular deve ser considerada diagnóstico de primeira linha frente à monoartrite?
Não. Neoplasias sinoviais são causas raras e só entram no diagnóstico diferencial após exclusão de causas infecciosas e inflamatórias comuns.
84
A artrite gonocócica é geralmente monoarticular?
Sim, mas pode iniciar como poliartralgia migratória, evoluindo para oligo ou monoartrite, frequentemente em joelhos, tornozelos ou punhos.
85
Como se comporta a gota em termos de padrão articular?
Gota aguda: classicamente monoartrite (ex: podagra) Gota crônica: pode evoluir para oligo/poliartrite com tofos
86
A osteoartrite pode ser monoarticular?
Sim, especialmente em fases iniciais, mas geralmente evolui para envolvimento poliarticular assimétrico, atingindo articulações periféricas e axiais.
87
Qual a variabilidade do padrão articular na artrite psoriásica?
Pode ser oligoartrite assimétrica, poliartrite simétrica tipo AR, ou formas mutilantes. Também pode envolver interfalangianas distais, característica útil para diferenciação.
88
Qual a principal etiologia a ser descartada frente a um quadro de poliartrite aguda em adultos?
Infecções virais ou bacterianas – principalmente hepatites B e C, parvovírus, chikungunya, HIV e artrite gonocócica.
89
Qual vírus frequentemente mimetiza artrite reumatoide em sua fase aguda?
Parvovírus B19, especialmente em mulheres jovens, com poliartrite simétrica das pequenas articulações.
90
Qual arbovirose se associa fortemente a poliartrite e poliartralgia?
Chikungunya – cursa com febre alta, rash, e poliartrite/destruição articular duradoura em até 40% dos casos.
91
Em pacientes com poliartrite aguda e sinais constitucionais, quais exames devem ser sempre solicitados?
Sorologias para hepatites B e C, HIV, parvovírus e arboviroses, além de PCR e VHS.
92
A febre reumática aguda é uma artrite infecciosa?
Não. É uma complicação imune não supurativa de faringoamigdalite estreptocócica, cursando com artrite migratória, febre e cardite.
93
Qual o principal diagnóstico diferencial de poliartrite crônica em adultos?
Artrite reumatoide (AR) – poliartrite simétrica, aditiva, poupando interfalangianas distais, com rigidez matinal prolongada.
94
Em crianças e adolescentes, qual é a principal causa de poliartrite crônica?
Artrite idiopática juvenil – padrão semelhante ao da AR em adultos, com variações clínicas conforme o subtipo.
95
Como diferenciar artrite psoriásica de AR em casos de poliartrite crônica simétrica?
Pela presença de acometimento de interfalangianas distais, dactilite (dedo em salsicha), história ou exame compatível com psoríase.
96
Quais colagenoses frequentemente cursam com poliartrite crônica?
Lúpus eritematoso sistêmico (LES) Síndrome de Sjögren Esclerose sistêmica (eventualmente) → Geralmente com outros achados sistêmicos e autoanticorpos positivos.
97
Qual é o papel da punção articular na poliartrite crônica?
Deve ser reservada para casos atípicos, refratários ao tratamento ou com dúvida diagnóstica, especialmente para excluir infecção subjacente.
98
Quais são os exames obrigatórios na investigação inicial de poliartrite crônica?
Hemograma, PCR, VHS FAN, fator reumatoide, anti-CCP Sorologias para hepatites B e C, HIV TSH, T4 livre Radiografias das articulações envolvidas
99
Quando está indicado solicitar HLA-B27?
Quando houver suspeita de espondiloartrites, principalmente em pacientes com oligoartrite periférica, lombalgia inflamatória ou uveíte recorrente.
100
Qual exame é mais específico para artrite reumatoide do que o fator reumatoide?
Anti-CCP (anticorpo antipeptídeo citrulinado cíclico) – alta especificidade (>95%) para AR.
101
O que significa padrão aditivo em poliartrite?
As articulações previamente acometidas permanecem inflamadas à medida que outras novas se somam ao quadro. Clássico da AR.
102
Qual é a principal doença não reumatológica que pode se manifestar como poliartrite?
Hipotireoidismo – pode causar artralgia, poliartrite e mialgia, com VHS elevada e alterações musculoesqueléticas inespecíficas.
103
Qual doença é prototípica de poliartrite crônica simétrica e aditiva, tanto em adultos quanto em crianças?
Adultos: Artrite reumatoide (AR) Crianças/adolescentes: Artrite idiopática juvenil (AIJ)
104
Como é o padrão articular da febre reumática aguda?
Poliartrite migratória e assimétrica, autolimitada, geralmente em grandes articulações, associada a infecção estreptocócica prévia.
105
A artrite psoriásica pode se apresentar com poliartrite simétrica semelhante à AR?
Sim, porém frequentemente com acometimento de interfalangianas distais, dactilite e curso oligoarticular assimétrico nas fases iniciais.
106
Como se manifesta a síndrome de Reiter (artrite reativa)?
Tipicamente como uma oligoartrite assimétrica de grandes articulações de membros inferiores, raramente como poliartrite.
107
Em paciente jovem com poliartrite de pequenas articulações das mãos há 1 semana, sem outros sintomas, qual hipótese infecciosa deve ser lembrada?
Hepatite B – vírus pode cursar com poliartrite aguda mimetizando AR, geralmente autolimitada.
108
O que diferencia a poliartrite viral da artrite inflamatória crônica (ex: AR, LES)?
Início súbito, curso autolimitado Associação com rash, sintomas constitucionais Sorologia positiva para vírus (ex: hepatite B, C, parvovírus) → Evita início precoce de imunossupressores.
109
Quais doenças reumatológicas crônicas são classicamente associadas à poliartrite?
Artrite reumatoide Lúpus eritematoso sistêmico Síndrome de Sjögren Artrite psoriásica (forma simétrica) Artrite idiopática juvenil
110
Qual doença não está classicamente associada à poliartrite, entre as reumatológicas citadas?
Artrite reativa – padrão típico é oligoartrite assimétrica de membros inferiores, podendo evoluir para envolvimento mais amplo, mas raramente com padrão poliartricular típico.