Asma Flashcards

1
Q

Definição

A

A asma é uma doença inflamatória crônica caracterizada por hiperresponsividade das vias aéreas inferiores à alérgenos diversos e por limitação ao fluxo aéreo (doença obstrutiva).

É reversível espontaneamente ou com tratamento.

O fato de ser uma inflamação crônica, a longo prazo, pode levar a lesões irreversíveis, daí a importância do tratamento.

Apesar de poder ser reversível espontaneamente, deve ser tratada por diversos fatores: evitar crises; risco de morte; evitar o remodelamento e lesões irreversíveis que podem ocorrer.

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2
Q

Clínica

A

Episódios recorrentes de sibilância, dispneia, dor no peito (criança pequena não relata esse sintoma) e tosse.

A tosse é o que mais é percebido na clínica e ocorre sobretudo a noite e de manhã ao acordar.

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3
Q

Fatores de risco, agravantes, desencadeantes

A

Fatores genéticos, infecções respiratórias, fumo passivo, epitélio e pêlo de animais, ácaros, baratas, mofo, emoções, exercício.

Esses dois últimos são muito característicos da asma.

Rinite alérgica e dermatite atópica geralmente são outros quadros alérgicos que coexistem com a asma.

O aparecimento de asma na idade escolar está ligado a predisposiçõa genética enquanto que aparecimento de sibilância em menores de 3 anos parece estar associado a interrelação de fatores ambientais e imaturidade do sistema imunológico

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4
Q

Fator de proteção

A

O aleitamento materno é um fator de proteção indireto

O aleitamento materno exclusivo por tempo prolongado foi associado ao efeito protetor contra o aparecimento de sibilância e asma além de outras manifestações alérgicas.

Esse efeito foi atribuído as qualidades imunomoduladoras do LM e também ao consequente retardo da exposição a alérgenos alimentares.

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5
Q

Epidemiologia

A

A cada 300 milhões de pessoas no mundo, 20 milhões são asmáticos.

É a doença crônica grave da infância mais comum, sendo a 4ª causa de hospitalização pelo SUS (3ª em crianças e adultos jovens).

A mortalidade por asma está aumentando (quem mais morre é o paciente com a asma moderada porque muitas vezes deixa de tratar) e tem alta taxa de morbidade.

Prevalência de asma entre escolares e adolescentes : aproximadamente 20% em ambas as faixas etárias.

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6
Q

Fisiopatologia

A

Ocorre inflamação e broncoconstrição.

Com a inflamaçãoedema da parede do brônquio, que, somado a bronconstrição e a produção de muco espesso, leva a diminuição da luz brônquica.

Assim, na expiração, com o estreitamento da passagem do ar,sibilância.

Comprometimento do transporte mucociliar de partículas de muco além da descamação do epitélio

Células que apresentam os antígenos, principalmente os linfócitos Th2, promovem a liberação de citocinas (especialmente IL4 e IL5) e que, então, darão início ao processo inflamatório e a manutenção dele.

Os linfócitos TH2 estimulam LB a produzir IgE (mediado por IL4), e criam memória para esses atgs.

O IgE estimula tanto mastócitos (prévia sensibilização) quanto eosinófilos

Os mastócitos levam a reação imediata (Hist/Leuc/PG) com broncoconstrição

Os eosinófilos levam a reações tardias e sustentam inflamação crônica

O paciente que já está sensibilizado, os processos inflamatórios ocorrem mais facilmente.

O paciente que já chega a um nível crônico de inflamação, promove remodelamento com obstrução irreversível, o que pode fazer com que ele
não perceba mais os sintomas. Essa situação é a mais preocupante na asma.

Alterações Inflamatórias

Lesões e alterações na integridade epitelial

Anormalidades no controle neural autonômico

Anormalidades no tônus da via aérea

Alterações na permeabilidade vascular

Hipersecreção de muco

Mudanças na função muco ciliar

Aumento da reatividade do músculo liso da via aérea

Dano e ruptura do epitélio ciliado

Depósito intersticial de colágeno na lâmina reticular da membrana basal

Alterações de Remodelamento

Hipertrofia e hiperplasia do músculo liso

Elevação no número de células caliciformes

Aumento das células submucosas

Alteração no depósito e degradação dos componentes da matriz extracelular

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7
Q

Como é feito Diagnóstico

A

Anamnese

Exame clínico

Sempre que possível: prova de função pulmonar (espirometria com prova broncodilatadora) e

Avaliação da alergia

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8
Q

Diagnóstico clínico

A

Dispneia, tosse crônica, sibilância, dor ou desconforto torácico que ocorrem principalmente à noite e nas primeiras horas da manhã.

Outros fatores também chamam atenção: sintomas episódicos, melhora espontânea ou com uso de broncodilatador ou anti inflamatório esteróides, variabilidade sazonal, história familiar de asma, exclusão de outros diagnósticos.

Sempre pensar em asma quando houver queixa de tosse crônica!

O grande problema para o diagnóstico é a criança que sibila de forma recorrente antes dos 5 anos de idade, porque existem outras causas que podem confundir (DRGE, alergia alimentar, corpo estranho, adenomegalia que comprima o pulmão, cardiomegalia).

50 a 80% das crianças asmáticas desenvolvem sintomas antes do quinto ano de vida.

Dentre esse grupo de crianças sibilantes menores que 5 anos, 65% são divididas em sibilantes transitórios (sibilam até os 3 anos e deixam de sibilar depois) e sibilantes transitórios não atópicos (crises de IRA obstrutiva desencadeada por vírus, geralmente melhoram na idade escolar).

Os outros 35% são sibilantes atópicos que são os verdadeiros asmáticos.

As manifestações mais sugestivas de asma em menores de 5 anos são:

  • Episódios frequentes de sibilância (mais de 1x por mês)
  • Tosse ou sibilos que ocorrem à noite ou cedo pela manhã (segue o ciclo da cortisona) provocados por riso, choro intenso ou exercício físico
  • Sem relação evidente com viroses respiratórias
  • Presença de atopia: especialmente rinite e dermatite atópica
  • História familiar de asma e atopia em parente de primeiro grau
  • Boa resposta clínica a B2 agonistas inalatórios, associados ou não a corticoides orais ou inalatórios
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9
Q

Diagnóstico funcional

A

Ø Espirometria: é feita com teste broncodilatador. Uma espirometria normal não descarta asma. Permite estabelecer o diagnóstico, determinar grau de obstrução e documentar as modificações decorrente de tratamento, mas tem limitação da idade (é feita geralmente em maiores de 5 anos)

Ø Pico de fluxo expiratório (Peak Flow): é mais utilizada para o acompanhamento, mas ainda assim não fornece tantos dados quanto a espirometria.

Ø Testes adicionais: testes de broncoprovocação com agentes broncoconstritores ou com exercícios. São muito pouco utilizados na pediatra.

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10
Q

Diagnóstico da alergia

A

Ø Provas in vivo: testes cutâneos por técnica de puntura

Ø Provas in vitro (dosagens de IgE específica): confirma e complementa os testes cutâneos

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11
Q

Classificação das crises

A

Divide a crise em leve a moderada, grave e muito grave e é válida para pacientes a partir de 5 anos de idade.

Até a crise grave, na impressão geral, o paciente está bem, só passa a ter alterações perceptíveis a partir do quadro de insuficiência respiratória com cianose, sudorese, exaustão.

No estado mental, a medida que vai piorando o quadro, o paciente tem agitação, mas quando atinge o estado muito grave ele pode ter também confusão e sonolência (pela hipoxemia).

A dispneia é ausente ou leve na crise leve a moderada, depois evolui com moderada e, por fim, torna-se intensa na crise muito grave.

Nos casos de crise mais graves, o paciente pode chegar a ter dificuldades em formar frases, apresentar retrações acentuadas de musculatura acessória, sibilos ausentes ou com MV diminuído, frequência respiratória aumentada, taquicardia (<140) ou bradicardia, PFE <30% do previsto, SatO2 ≤ 90%, PaO2 <60 e paCO2 ≥ 45.

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12
Q

Crise de asma leve a moderada

A

Impressão geral: sem alterações

Estado mental: normal

Dispneia: leve ou ausente

Fala: fala frases completas

Musc ascessória: ausente ou leves retrações

Sibilos: ausente (com MV) ou localizado/difuso

FR: normal/aumentada

FC: até 110

PFE: >50%

SatO2: >95%

PaO2: normal

PaCO2: <40

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13
Q

Crise de asma grave

A

Impressão geral: sem alterações

Estado mental: normal ou agitado

Dispneia: moderada

Fala: frases incompletas

Musc ascessória: retração acentuada

Sibilos: localizados/difusos

FR: aumentada

FC: >110

PFE: 30-50%

SatO2: 91-95%

PaO2: Ao redor de 60

PaCO2: >45

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14
Q

Crises de asma muito grave (insufc respiratória)

A

Impressão geral: cianose, sudorese, exaustão

Estado mental: agitado, confuso, sonolência intensa

Dispneia: intensa

Fala: frases curtas ou monossilábico

Musc ascessória: retração intensa

Sibilos: ausentes sem MV

FR: aumentada

FC: > 140 ou bradicardia

PFE: <30%

SatO2: <= 90%

PaO2: <60

PaCO2: >= 45%

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15
Q

Classificação da Asma pelos níveis de controle

A

É mais importante que a classificação anterior, avalia sinais e sintomas do paciente nas últimas 4 semanas, mas também se aplica somente aos maiores de 5 anos.

Divide a asma em controlada, parcialmente controlada e não controlada.

Critérios

1) Sintomas diurnos mais de 2x por semana?
2) Alguma limitação de atividades?
3) Algum despertar noturno devido a asma?
4) Necessidade de medic de alívio mais de 2 x por semana

Controlada: escore 0

Parcialmente controlada: 1-2

Não Controlada: 3-4

Essa classificação faz cair a ideia de que um paciente sem crises é um paciente controlado. Por exemplo, uma pessoa que não tem crises mais que tem sintomas com exercício físico é, no mínimo, um asmático não controlado.

Se tiver uma crise no último mês o paciente é automaticamente um asmático não controlado.

Além disso, qualquer exacerbação é indicativa da necessidade de revisão do tratamento de manutenção, pois o paciente não está controlado.

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16
Q

MEDICAÇÕES PARA CRISE

A

Broncodilatadores B2 agonistas de curta duração

São usados principalmente por via inalatória e têm efeito de 4 a 6 horas.

São exemplos: Salbutamol (Aerolin), Fenoterol (Berotec), Terbutalina (Bricanyl)

Doses do salbutamol por via inalatória

  • Com aerossol dosimetrado 400-600 mcg repetir a cada 20 minutos no período de 1 hora

- Com nebulização : 0,07-0,15 mg/kg/dose – uma gota=0,25 mg (max 20gotas) de 20/20 min no período de 1 hora

Também há outras vias além da inalatória. A segunda opção é a via subcutânea, utilizada nos casos em que não é possível fazer por via inalatória. Nessa situação, é usada a terbutalina (Bricanyl) porque é mais B2 específica que a adrenalina.

A via venosa é usada mais em UTI ou na emergência em casos que não respondem a via inalatória.

Por fim, a via oral que raramente é usada porque sofre inativação do salbutamol VO no metabolismo de 1ª passagem.

Os efeitos colaterais incluem taquicardia e tremores (salbutamol < tenoferol), hipopotassemia (quando passa a usar o B2 direto) e raramente cefaleia, ansiedade, sedação, fadiga, náuseas e vômitos.

Broncodilatadores anticolinérgicos

Representados pelo Brometo de Ipatrópio (Atrovent) tem efeito broncodilatador mas de início mais demorado.

Por isso, é mais utilizado na associação com o B2 de curta nas crises graves para ter ação mais prolongada ou isolado nas reações graves ao B2 (paciente que usou B2 e fez arritmia).

a) <10 kg: 0,125 mcg (10 gotas) junto com B2 curta de 20 em 20 minutos por 1 hora

b) > 10kg: 0,250 mcg (20 gotas) junto com B2 curta de 20 em 20 minutos por 1 hora

Efeitos colaterais: boca seca, glaucoma e retenção urinária.

Corticosteróides sistêmicos

O uso oral ou IV tem efeito clínico equivalente, mas dar preferência para via oral.

Por via oral há opção da Prednisona (Meticorten, apenas comprimido) e da Prednisolona (Predsim, comprimido e xarope).

A dose é de 1 a 2mg/kg/dia em 1 a 2 tomadas por 5-7 dias (período curto, não precisa de desmame).

Por via venosa pode ser feita Metilprednisolona ou Hidrocortisona, esta é a mais usada.

Metilprednisolona tem dose de 0,5-1 mg/kg/dose 6/6 ou 4/4 horas.

Já a hidrocortisona tem dose inicial de 4 - 8mg/kg/dose, depois mantem 20-40 mg/kg/dia 6/6h com máximo de 250mg/dose.

Oxigenoterapia

Deve ser feita sempre que a saturação for < 92%, entre 92-95% é desejável e não tem necessidade quando > 95%.

É realizada pela utilização de máscara com reservatório O2 7l/min

Outras drogas

Xantinas (aminofilina e teofilina): uso restrito em UTI em situação que não responderam a outras medicações. Atualmente é raramente utilizada.

Sulfato de magnésio: também em UTI quando o tratamento padrão não foi efetivo e há piora clínica. Mais utilizado do que as xantinas.

Avaliação do paciente: quadro importante! (Imagem do quadro melhor na última pagina)

17
Q

Avaliação e conduta da crise asmática

A
18
Q

Do q consiste o TTO preventivo e seus objetivos

A

Objetivos do tratamento e da prevenção:

a) Obtenção e manutenção do controle da doença
b) Controlar sintomas e permitir atividades normais
c) Prevenir limitação crônica ao fluxo aéreo
d) Manter função normal ou a melhor possível
e) Evitar crises, idas a emergência e hospitalizações
f) Reduzir a necessidade de broncodilatador e corticosteroides sistêmicos
g) Prevenir morte e complicações por asma

O tratamento preventivo é baseado em 3 pilares:

1) Educação do paciente e familiares (parceria médico-paciente): depende da adesão ao tratamento

2) Controle ambiental: estratégias como evitar o tabagismo, incluindo o passivo (familiares de asmáticos não devem fumar); evitar medicações, alimentos e aditivos que causem sintomas da asma; reduzir ou abolir a exposição ocupacional.

Existem outras medidas, mas que servem principalmente para rinite, como controle de ácaros, pelos de animais, baratas, mofo, poeira, poluição ambiental. O escore de asma aumenta em 14% se pai fumante, 38% se mãe fumante e 48% se pai e mãe fumantes.

3) Tratamento medicamentoso.

Isso é chamado de plano escrito de automanejo guiado, que seria o dar ao paciente todo o tratamento que deve ser feito nas crises, para evitar a necessidade de ida à emergência.

19
Q

MEDICAÇÕES PARA PREVENÇÃO

A

Corticosteróides inalatórios

São usados no tratamento de manutenção da asma persistente e apresentam menos efeitos colaterais do que os sistêmicos. Podem ser usados associados ao broncodilatador de longa duração (LABA).

Beclometasona (Clenil)*, Fluticasona (Filoxitide), Budesonida (Busonid) e Mometasona (Oximax).

Efeitos colaterais: a) Locais: candidíase oral, rouquidão, tosse e irritação da garganta b) Sistêmicos: diminuição da velocidade de crescimento, supressão do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (osteoporose, catarata, glaucoma, adelgaçamento da pele, equimoses, desaceleração do crescimento, miopatia aguda são raros e observados em doses médias a altas)

Os CI têm menor incidência de efeitos adversos do que os CS.

Há redução da velocidade de crescimento com o uso prolongado, mas a estatura final é atingida.

Deve orientar a lavar a boca após o uso de CI para diminuir a incidência de candidíase oral e diminuir absorção sistêmica e sempre usar espaçador.

Aempreusar espaçador
Tabela para orientar sobre dose baixa, média ou alta de corticoide

Broncodilatadores B2 de longa duração

Sameterol (Serevent) e Formoterol (Fluir, Foradil).

Têm efeito mais duradouro, de 12 horas. É usado em associação ao corticoide inalatório como uma forma de evitar o aumento de dose do corticoide.

O problema dessa classe é que não é seguro para menores de 4 anos.
Usar sempre associado ao corticoíde inalatório

Antagonistas de leucotrienos

Montelucaste (Singulair) e Zafirlucaste (Accolate).

Têm efeito broncodilatador e antiinflamatório. Também é uma medicação que deve ser usada em associação com corticoide e é mais prescrita nos pacientes menores de 4 anos, pelo fato dos broncodilatadores B2 de longa não serem seguros nessa idade.

Outras drogas

Imunoterapia específica com alérgenos: administração de doses progressivamente maiores de alérgenos específicos em pacientes sensibilizados/ maior eficácia em crianças e adolescentes do que adultos/ Não indicada nos pacientes que respondem bem ao controle ambiental e tratamento farmacológico.

Vias : subcutânea e sublingual

Opções para asma de difícil controle

  • em > 12 anos : Omazulimabe (Anti IgE) :Ac monoclonal recombinante; Anti IL 5 E Anti IL5R
  • em maiores de 6 anos : tiotrópio ( anticolinérgico de longa duração)
20
Q

Mecanismos inalatórios

A

Nebulização, espaçador e spray (inalador pressurizado)

Nebulização

O grande problema da maioria dos nebulizadores é que não têm fluxo suficiente. Os novos nebulizadores já têm fluxo adequado, mas ainda são caros.

Espaçador

Muito importante, pois diminui o depósito em orofaringe e aumenta a quantidade que chega no pulmão.

O espaçador com máscara não necessita de coordenação motora da criança.

Em crianças pequenas deve ser usado com a criança acordada em pé ou sentada, segurar a máscara e fazer 1 jato a cada 30 segundos.

Se a criança já coopera, orientar a respirar fundo de 6-8 vezes.

Nas crianças maiores, a máscara já não é necessária.

TECNICA

Em bebês: aguardar 30 segundos com a máscara no rosto

Repetir para cada jato

Crianças que cooperam: respirar fundo 6-8 vezes profundamente

Repetir para cada jato

A partir de 4-5 anos: Espaçador sem máscara com bocal.

1) Expira
2) Coloca bocal na boca
3) Dispara um jato
4) Inspira e segura a respiração por 10 segundos

Repetir para cada jato

Checar a técnica inalatória a cada consulta

21
Q

Manejo da asma baseado no nível de controle para maiores de 5 anos

A

• Etapa 1: paciente que não precisa de medicação de prevenção. É o paciente controlado que só usa B2 de tiver crise

Etapa 2: dose baixa de CI ou antileucotrieno

• Etapa 3: Dose baixa de CI + LABA ou aumento da dose de corticoide

• Etapa 4: dose média a alta de CI + LABA ou dose média a alta de CI + LABA + antileucotrieno

• Etapa 5: paciente grave com corticoide oral ou tratamento com anti IgE

Quando começa o tratamento, inicia na etapa 2 ou 3.

Reavalia o paciente, se controlado em 3 meses, volta uma etapa.

Escolha da etapa inicial

ASMA CONTROLADA: ETP1

x Pacientes com sintomas ocasionais (tosse, sibilos ou dispnéia ≤ 2 vezes/semana)

x Sem sintomas intercríticos

x Com função pulmonar normal

ASMA PARCIALMENTE CONTROLADA OU NÃO CONTROLADA: 2 ou 3

x Pacientes com sintomas diurnos ≥ 3 vezes /semana

x Com sintomas intercríticos

x Com função pulmonar diminuída

Reduzindo o tratamento com o controle obtido

žRedução da dose ( 50%) a cada 3 meses com controle

žLembrar que a asma é uma doença de freqüentes variações portanto as reavaliações periódicas são indispensáveis

22
Q

Manejo da asma baseado no nível de controle para menores de 5 anos

A

• Etapa 1: paciente que não precisa de medicação de prevenção. É o paciente controlado que só usa B2 de tiver crise

• Etapa 2: dose baixa diária de CI ou antileucotrieno

• Etapa 3: dobrar a dose baixa de CI ou associa com antileucotrieno (pela não segurança do B2 de longa nessa faixa etária)

• Etapa 4: continuar medicação de controle e encaminhar para especialista para avaliação

23
Q

Vacinas

A

• Influenza: no calendário PNI para > 6 meses e disponível no CRIE para o asmático

• Pneumocóccicas: pneumo10 valente no PNI ou pneumo13 e pneumo23, não são disponíveis no CRIE para o asmático