PAC Flashcards

1
Q

EPD

A

A pneumonia é uma das principais causas de mortalidade infantil – especialmente em crianças abaixo de 5 anos em países em desenvolvimento.

A maioria das crianças apresenta de 4 – 6 infecções respiratórias agudas (IRAs) por ano.

Destas, 2 – 3% evoluem para pneumonia.

80% das mortes por IRA são decorrentes de pneumonia.

Cerca de 19% das mortes de menores de 5 anos

IDADE MAIS VULNERÁVEL :MENORES DE 5 ANOS

80 % DAS CRIANÇAS INTERNADAS COM PNEUMONIA SÃO MENORES DE 5 ANOS

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2
Q

OMS e sinais clínicos

A

Há muito tempo a OMS chama atenção para os sinais clínicos (na ausência de Rx) que permitem o diagnóstico e a instituição do tratamento em crianças com pneumonia aguda adquirida na comunidade de acordo com a faixa etária.

Em crianças com tosse + dificuldade respiratória, deve-se avaliar dispneia (avaliada através da tiragem intercostal) e deve ser contada a FR (taquipneia é um sinal que chama muita atenção para pneumonia).

Na suspeita clínica de pneumonia, a SBP recomenda que seja feita radiagrafia de tórax (duas incidências – PA e perfil).

Obs: Normalmente pedimos o Rx em PA, mas em algumas situações, como em acamados ou crianças que não sentam, o pedido deve ser feito como AP.

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3
Q

Pneumonia: def

A

Infecção das vias respiratórias inferiores, gerando processo inflamatório que compromete alvéolos, bronquíolos e espaço intersticial – com isso, gerando padrões diferentes de acordo com a área acometida.

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4
Q

Típica x Atípica

A

Pneumonia típica : Pneumonia na qual predominam sintomas respiratórios

Pneumococo, Haemophilus influenzae, Staphylococcus aureus, Gram negativos etc…

Pneumonia atípica : Pneumonia na qual os sintomas sistêmicos são mais importantes que os sintomas respiratórios

Mycoplasma pneumonia, Chlamydophila pneumoniae, Chlamydia trachomatis. Vírus (grande importância nas crianças pequenas).

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5
Q

Fatores de risco relacionados ao hospedeiro

A

►Idade inferior a um ano ( idade mais susceptível a falência respiratória e septicemia)

►Desnutrição grave

►Desmame precoce

►Prematuridade e/ou baixo peso ao nascimento

►História pregressa de internação

►História pregressa de pneumonia (devem ser investigados para saber a causa. A causa mais comum de pneumonia de repetição é a asma.)

►Doenças pulmonares pré-existentes (asma, fibrose cística)

►Refluxo gastroesofágico

►Doenças neurológicas (encefalopatia crônica)

►Imunodeficiências

►Doenças crônicas como cardiopatias, diabetes, nefropatias, hemoglobinopatias

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6
Q

Fatores de risco relacionados ao ambiente

A

►Más condições socioeconômicas com más condições de higiene, insuficiente cobertura vacinal, dificuldade de acesso a serviços de saúde

►Permanência em creches

►Tabagismo passivo

►Mãe adolescente ou analfabeta

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7
Q

ETLG

A

80%: vírus, bactérias e fungos.

O restante por protozoários, inalantes químicos, migração larvária, etc.

O grande problema é que em parte das doenças o patógeno não é identificado (40-60%).

Para tratar as pneumonias são seguidas tabelas de perfil etiológico para cada faixa etária.

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8
Q

ETLG por faixa etária

A

RN

Menores que 3 dias : Streptococcus grupo B ; Gram negativos (E.coli), Listeria sp. (pouco comum no nosso meio)

Neonatos : Staphylococcus aureus, Staphylococcus pyogenes, E.coli

1-3 meses

Vírus Sincicial Respiratório ,Chlamydia trachomatis, Ureaplasma Urealyticum

1m - 2a

Vírus, Streptococcus Pneumoniae, Haemophilus influenza tipo B e cepas não tipáveis, Staphylococcus aureus

2 - 5 anos

Vírus, Streptococcus Pneumoniae, Haemophilus influenza tipo B e cepas não tipáveis,Mycoplasma pneumoniae, Chlamydia Pneumoniae, Staphyloccus aureus

6 - 18 anos

Vírus ,Mycoplasma pneumoniae ,Chlamydia pneumoniae, Streptococcus Pneumoniae, Mycobacterium tuberculosis

OBS

Vírus responsáveis pela maioria das PAC ( 90% <1 ano e 50% escolares)

VSR, influenza, parainfluenza, adenovírus, rinovírus, metapneumovírus e bocavírus

Lembrar do Mycobacterium tuberculosis em todas as faixas

BR

  • Até 2 anos ; predomina etiologia viral (62%) e coinfecção vírus- bactéria de 20-30%
  • Após 2 anos; etiologia bacteriana é tão frequente quanto a viral
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9
Q

ETLG por faixa etária

RN

A

RN

Menores que 3 dias : Streptococcus grupo B ; Gram negativos (E.coli), Listeria sp. (pouco comum no nosso meio)

Neonatos : Staphylococcus aureus, Staphylococcus pyogenes, E.coli

1-3 meses

Vírus Sincicial Respiratório ,Chlamydia trachomatis, Ureaplasma Urealyticum

1m - 2a

Vírus, Streptococcus Pneumoniae, Haemophilus influenza tipo B e cepas não tipáveis, Staphylococcus aureus

2 - 5 anos

Vírus, Streptococcus Pneumoniae, Haemophilus influenza tipo B e cepas não tipáveis,Mycoplasma pneumoniae, Chlamydia Pneumoniae, Staphyloccus aureus

6 - 18 anos

Vírus ,Mycoplasma pneumoniae ,Chlamydia pneumoniae, Streptococcus Pneumoniae, Mycobacterium tuberculosis

OBS

Vírus responsáveis pela maioria das PAC ( 90% <1 ano e 50% escolares)

VSR, influenza, parainfluenza, adenovírus, rinovírus, metapneumovírus e bocavírus

Lembrar do Mycobacterium tuberculosis em todas as faixas

BR

  • Até 2 anos ; predomina etiologia viral (62%) e coinfecção vírus- bactéria de 20-30%
  • Após 2 anos; etiologia bacteriana é tão frequente quanto a viral
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10
Q

ETLG por faixa etária

1-3m

A

RN

Menores que 3 dias : Streptococcus grupo B ; Gram negativos (E.coli), Listeria sp. (pouco comum no nosso meio)

Neonatos : Staphylococcus aureus, Staphylococcus pyogenes, E.coli

1-3 meses

Vírus Sincicial Respiratório ,Chlamydia trachomatis, Ureaplasma Urealyticum

1m - 2a

Vírus, Streptococcus Pneumoniae, Haemophilus influenza tipo B e cepas não tipáveis, Staphylococcus aureus

2 - 5 anos

Vírus, Streptococcus Pneumoniae, Haemophilus influenza tipo B e cepas não tipáveis,Mycoplasma pneumoniae, Chlamydia Pneumoniae, Staphyloccus aureus

6 - 18 anos

Vírus ,Mycoplasma pneumoniae ,Chlamydia pneumoniae, Streptococcus Pneumoniae, Mycobacterium tuberculosis

OBS

Vírus responsáveis pela maioria das PAC ( 90% <1 ano e 50% escolares)

VSR, influenza, parainfluenza, adenovírus, rinovírus, metapneumovírus e bocavírus

Lembrar do Mycobacterium tuberculosis em todas as faixas

BR

  • Até 2 anos ; predomina etiologia viral (62%) e coinfecção vírus- bactéria de 20-30%
  • Após 2 anos; etiologia bacteriana é tão frequente quanto a viral
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11
Q

ETLG por faixa etária

1m-2a

A

RN

Menores que 3 dias : Streptococcus grupo B ; Gram negativos (E.coli), Listeria sp. (pouco comum no nosso meio)

Neonatos : Staphylococcus aureus, Staphylococcus pyogenes, E.coli

1-3 meses

Vírus Sincicial Respiratório ,Chlamydia trachomatis, Ureaplasma Urealyticum

1m - 2a

Vírus, Streptococcus Pneumoniae, Haemophilus influenza tipo B e cepas não tipáveis, Staphylococcus aureus

2 - 5 anos

Vírus, Streptococcus Pneumoniae, Haemophilus influenza tipo B e cepas não tipáveis,Mycoplasma pneumoniae, Chlamydia Pneumoniae, Staphyloccus aureus

6 - 18 anos

Vírus ,Mycoplasma pneumoniae ,Chlamydia pneumoniae, Streptococcus Pneumoniae, Mycobacterium tuberculosis

OBS

Vírus responsáveis pela maioria das PAC ( 90% <1 ano e 50% escolares)

VSR, influenza, parainfluenza, adenovírus, rinovírus, metapneumovírus e bocavírus

Lembrar do Mycobacterium tuberculosis em todas as faixas

BR

  • Até 2 anos ; predomina etiologia viral (62%) e coinfecção vírus- bactéria de 20-30%
  • Após 2 anos; etiologia bacteriana é tão frequente quanto a viral
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12
Q

ETLG por faixa etária

2-5a

A

RN

Menores que 3 dias : Streptococcus grupo B ; Gram negativos (E.coli), Listeria sp. (pouco comum no nosso meio)

Neonatos : Staphylococcus aureus, Staphylococcus pyogenes, E.coli

1-3 meses

Vírus Sincicial Respiratório ,Chlamydia trachomatis, Ureaplasma Urealyticum

1m - 2a

Vírus, Streptococcus Pneumoniae, Haemophilus influenza tipo B e cepas não tipáveis, Staphylococcus aureus

2 - 5 anos

Vírus, Streptococcus Pneumoniae, Haemophilus influenza tipo B e cepas não tipáveis,Mycoplasma pneumoniae, Chlamydia Pneumoniae, Staphyloccus aureus

6 - 18 anos

Vírus ,Mycoplasma pneumoniae ,Chlamydia pneumoniae, Streptococcus Pneumoniae, Mycobacterium tuberculosis

OBS

Vírus responsáveis pela maioria das PAC ( 90% <1 ano e 50% escolares)

VSR, influenza, parainfluenza, adenovírus, rinovírus, metapneumovírus e bocavírus

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BR

  • Até 2 anos ; predomina etiologia viral (62%) e coinfecção vírus- bactéria de 20-30%
  • Após 2 anos; etiologia bacteriana é tão frequente quanto a viral
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13
Q

ETLG por faixa etária

6-18a

A

RN

Menores que 3 dias : Streptococcus grupo B ; Gram negativos (E.coli), Listeria sp. (pouco comum no nosso meio)

Neonatos : Staphylococcus aureus, Staphylococcus pyogenes, E.coli

1-3 meses

Vírus Sincicial Respiratório ,Chlamydia trachomatis, Ureaplasma Urealyticum

1m - 2a

Vírus, Streptococcus Pneumoniae, Haemophilus influenza tipo B e cepas não tipáveis, Staphylococcus aureus

2 - 5 anos

Vírus, Streptococcus Pneumoniae, Haemophilus influenza tipo B e cepas não tipáveis,Mycoplasma pneumoniae, Chlamydia Pneumoniae, Staphyloccus aureus

6 - 18 anos

Vírus ,Mycoplasma pneumoniae ,Chlamydia pneumoniae, Streptococcus Pneumoniae, Mycobacterium tuberculosis

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VSR, influenza, parainfluenza, adenovírus, rinovírus, metapneumovírus e bocavírus

Lembrar do Mycobacterium tuberculosis em todas as faixas

BR

  • Até 2 anos ; predomina etiologia viral (62%) e coinfecção vírus- bactéria de 20-30%
  • Após 2 anos; etiologia bacteriana é tão frequente quanto a viral
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14
Q

ETLG por faixa etária

OBS e BR

A

RN

Menores que 3 dias : Streptococcus grupo B ; Gram negativos (E.coli), Listeria sp. (pouco comum no nosso meio)

Neonatos : Staphylococcus aureus, Staphylococcus pyogenes, E.coli

1-3 meses

Vírus Sincicial Respiratório ,Chlamydia trachomatis, Ureaplasma Urealyticum

1m - 2a

Vírus, Streptococcus Pneumoniae, Haemophilus influenza tipo B e cepas não tipáveis, Staphylococcus aureus

2 - 5 anos

Vírus, Streptococcus Pneumoniae, Haemophilus influenza tipo B e cepas não tipáveis,Mycoplasma pneumoniae, Chlamydia Pneumoniae, Staphyloccus aureus

6 - 18 anos

Vírus ,Mycoplasma pneumoniae ,Chlamydia pneumoniae, Streptococcus Pneumoniae, Mycobacterium tuberculosis

OBS

Vírus responsáveis pela maioria das PAC ( 90% <1 ano e 50% escolares)

VSR, influenza, parainfluenza, adenovírus, rinovírus, metapneumovírus e bocavírus

Lembrar do Mycobacterium tuberculosis em todas as faixas

BR

  • Até 2 anos ; predomina etiologia viral (62%) e coinfecção vírus- bactéria de 20-30%
  • Após 2 anos; etiologia bacteriana é tão frequente quanto a viral
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15
Q

Em todas as faixas etárias acima de 1 mês a bactéria mais comum é…

A

pneumococo.

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16
Q

Pneumonia Afebril

A

Entre 1 e 3 meses existem agentes que levam às chamadas pneumonias afebris (vírus sincicial respiratório, Chlamydia trachomatis e Ureaplasma urealyticum).

São bactérias atípicas.

Entre esses, o mais comum é a Chlamydia trachomatis, apresenta história muito clássica, a transmissão é pela via vaginal, então a mãe normalmente relata que a criança nasceu de parto vaginal, além disso, a criança fez uma conjuntivite relacionada à clamídia nos primeiros dias de vida, em seguida, por volta dessa faixa etária (1 – 3 meses), ela começa a tossir sem parar, fazendo um quadro muito semelhante com a coqueluche.

17
Q

DG

A

Segundo a OMS, deve-se tentar fazer o diagnóstico clinicamente.

Pneumonia em crianças é definida somento com base em condições clínicas derivadas da inspeção, ausculta e principalmente da FR.

Porém, sempre que possível, associar radiografia de tórax (PA/AP e perfil).

Quando uma criança dá entrada com tosse + dificuldade resp, deve-se avaliar se ela tem TAQUIPNEIA

Em crianças < 5 anos, a taquipneia é o sinal isolado mais sensível (não é o mais específico!). Diversas outras patologias podem causar taquipneia, como a asma, bronquiolite, entre outras.

Níveis de Taquipnéia na infância

≤ 2m: FR ≥ 60 ipm

2m-11m: FR ≥ 50 ipm

1-5 anos: FR ≥ 40 ipm

Deve ser feita classificação de gravidade (OMS)

Diagnóstico de pneumonia fechado clinicamente: taquipneia + crepitações.

Hipóxia e esforço respiratório são associados a pneumonia

É importante lembrar que existem quadros que não são tão clássicos, comuns.

Sempre que houver uma criança com febre de etiologia desconhecida, tosse persistente (> 1 mês , mesmo que assintomática deve ser feito Rx) e dor torácica, devemos ter em mente a possibilidade do diagnóstico de pneumonia.

Também devem chamar atenção os seguintes achados ao exame físico:

x Palpação: aumento FTV (consolidação) e diminuído no derrame.

x Percussão (pouco valor): macicez (derrame pleural).

x Ausculta: crepitações, broncofonia, sopro tubário, diminuição do MV e ausculta assimétrica (direita/esquerda e anterior/posterior).

Lembrar

►Pode não vir acompanhada de febre (Pneumonia afebril : Chlamydia trachomatis e Ureaplasma urealyticum)

Estertores não são sinônimos de pneumonia principalmente se grosseiras

Dor abdominal pode ser o único sintoma (condensações de base)

►A ausculta está normal em 30 % dos casos

►Lembrar que a tosse pode não estar presente

Meningismo pode ocorrer em pneumonias de segmentos posteriores

Dor pleurítica e posição antálgica : derrame pleural

RADIOGRAFIA DE TÓRAX?

Na dúvida diagnóstica

Pneumonia com hipoxemia, desconforto respiratório entre outros sinais de gravidade

Falha terapêutica (48-72 hs) ou piora progressiva(complicações?)

Paciente hospitalizado

18
Q

Avaliação da gravidade (OMS)

A

x Diagnóstico de pneumonia fechado clinicamente: taquipneia + crepitações.

x Pneumonia grave: taquipneia em menores de 2 meses + tiragem intercostal.

Lembrar que em < 2/ 3 meses a pneumonia é sempre grave (tratamento hospitalar.

x Pneumonia muito grave: cianose central + dificuldade respiratória grave + incapacidade de beber.

Obs: outros sinais de gravidade incluem: sinais de hipoxemia que precedem a cianose como sudorese, palidez, alternância entre agitação e sonolência, gemência, apneia. É importante avaliar a medida periférica da saturação de oxigênio (dar oxigênio se saturação < 95%).

A retração IC já é um sinal de gravidade e é mais vista em menores de 2 anos.

O BAN pode ser visto e o estridor expiratório que indica fechamento das cordas vocais na tentativa de manter positiva a Pressão exp final ( sinal de maior gravidade)

Pneumonia grave ou muito grave tem que internar

19
Q

Pneumonia Típica x Atípica: QC

  • ínicio
  • milagia, fotofobia e cefaleia
  • calafrios
  • febre
  • RX
  • leucometria
  • tosse
  • toxemia
  • dor pleural
  • Ausculta
A
20
Q

Pneumonia estafilocócica:

A

Sempre mais grave.

Normalmente são crianças abaixo de 5 anos e geralmente apresentam evolução grave: febre alta, toxemia

►início mais abrupto e apresenta-se com maior gravidade desde o início (toxemia, febre alta , evolução rápida para taquidispnéia)

  • sempre considerar em <1 ano com lesões cutâneas associadas
21
Q

Pneumonia por Haemophilus Influenza :

A

► Início semelhante ao da pneumocóccica mas com evolução mais lenta, podendo se apresentar com maior gravidade.

22
Q

Pneumonia afebril do lactente

A

(Chlamydia trachomatis, Ureaplasma urealyticum, Pneumocistis jiroveci, Citomegalovirus, Vírus sincicial respiratório)

3 semanas a 3 meses de idade,

filho de mãe infectada,

Chlamydia trachomatis , principal agente.

Pródromos de conjuntivite e tosse seca que evolui para tosse irritativa

Dispnéia/ Crepitações à ausculta pulmonar

23
Q

Padrões RX

A

►A radiografia não define etiologia

►Pode ser empregada para auxilio no diagnóstico de pneumonia em crianças (em associação com os dados clínicos)

►Permite definir : extensão do processo inflamatório e ocorrência de complicações

Principais padrões radiológicos

- Pneumonias lobar ou segmentar : acometem lobo(s) ou segmento(s); geralmente por pneumococo ou outras bacterias, mais frequentes em crianças maiores

- Broncopneumonia : lesões não respeitam a segmentação pulmonar, podem ser únicas ou múltiplas, de limites irregulares, confluentes ou dispersas/ Causada por estafilococo e outras bacterias

- Pneumonias intersticial : aumento na trama broncovascular, espessamentos peribrônquicos e hiperinsuflação. As vezes : atelectasias/ Geralmente causadas por vírus ou Mycoplasma

Padrão viralxbacteriano

►O Mycoplasma pneumoniae determina alterações radiológicas mistas (“padrão” viral ou bacteriano, ou ambos)

►As consolidações são mais frequentes em escolares e adolescentes; infiltrados intersticiais e espessamento hilar mais frequentes em pré-escolares.

►A RADIOGRAFIA NÃO DEFINE ETIOLOGIA

►NÃO EXISTE INDICAÇÃO DE RADIOGRAFIA PARA CONTROLE DE CURA (exceto na piora clínica)

24
Q

RX: bac x vir

A
25
Q

Apesar de, na maioria das vezes, não conseguirmos fechar o diagnóstico etiológico, mesmo assim são feitas tentativas para tal, através de:

A

►Hemograma completo (internação)

  • leucocitose acima de 15000 com predomínio de polimorfonucleares sugere infecção bacteriana
  • Eosinofilia na pneumonia afebril sugere Chlamydia trachomatis

PCR (≥40 na etiologia bacteriana ): geralmente entre 20 e 60 para pneumonias virais e entre 40 e 120 para pneumonias bacterianas então existem valores de superposição que podem confundir ( não deve ser usado de rotina)

Líquido pleural : analíse completa (pH , bioquimica, citologia , gram , culturas e pesquisa de antígenos)

Dosagem de crioaglutininas (elevadas em 50% dos casos de pneumonia por Mycoplasma pneumoniae).

Sorologias específicas para Chlamydia ou Mycoplasma pneumoniae

Hemocultura : solicitar de rotina na internação

Testes diagnósticos rápidos para Influenza e VSR: imunodetecção de proteínas virais em secreções da nasofaringe.

Tomografia de tórax : Derrame pleural , abcessos , cavitações, aspiração de CE

Punção pulmonar (não usar de rotina) ou LBA

Pesquisa de Ags em outros materiais (VAS, escarro , sangue, aspirado pulmonar , urina)

26
Q

TRATAMENTO AMBULATORIAL EMPÍRICO

A

Quando o paciente tem condições de ir para casa (não está com dispneia grave e não é um paciente de 2 meses): deve fazer hidratação oral, antitérmicos e analgésicos + antibióticos.

x 2 meses – 5 anos: amoxicilina ou penicilina procaína.

x 6 – 18 anos: amoxicilina ou penicilina procaína ou macrolídeo.

x Atípica: azitromicina

Deve ser feita reavaliação em 48 horas (obrigatório).

2ª opção

2 m-5 a: Amoxicilina+ clavulanato

>5: Associar macrolídeo

No caso dos maiores de 6 anos devido a aumento de incidência de Mycoplasma e Chlamydia pneumoniae nessa idade , pode se optar por macrolídeo

Amox: 50-90mg/kg/dia 8/8 ou 12/12horas

Azi: 10 mg/kg /dia 10 dia(D1); 5mg/kg/dia 2-50 dias(D2-5)

SE DIFICULDADE PARA ACEITAR VO : PROCAINA

SE SUSPEITA DE S.AUREUS (PORTA DE ENTRADA ) : internar

27
Q

Indicações de internação

A

►Menores de 6 m , principalmente de 2 m

Sinais clínicos de gravidade

  • Dificuldade respiratória importante irregularidade respiratória , apnéia
  • Cianose , hipoxemia
  • Dificuldade para se alimentar, vômitos , desidratação
  • Alterações do sensório ( irritabilidade, confusão)
  • Instabilidade hemodinâmica

Sinais radiológicos de gravidade

-Derrame pleural , abcesso, pneumatocele, Pneumotórax, Pneumonia extensa

Condições associadas

-Cardiopatia, pneumopatia crônica, doença falcêmica , desnutrido grave

Situação social seriamente comprometida

Insucesso do tratamento ambulatorial

28
Q

Indicações de internação em UTI

A

►SpO2 < 92% com fração inspirada de oxigênio > 60%

►Hipotensão arterial

►Evidência clínica de grave falência respiratória e exaustão

►Apnéia recorrente ou respiração irregular

Subentende-se que, se o paciente chega ao serviço de saúde com pelo menos um desses sinais ou sintomas, ele deva ser encaminhado para uma unidade de terapia intensiva. A transferência para a unidade de terapia intensivadeve ocorrer na presença de hipoxemia não responsiva, na presença de instabilidade hemodinâmica e na falência respiratória. Todos os pacientes internados em unidade de terapia intensiva devem ser submetidos a pesquisa do agente etiológico

29
Q

Conduta no hospital

A

OXIGENOTERAPIA : estimular o uso de oxímetro / O2 está indicado :

  • Tiragem subcostal grave
  • Taquipnéia de acordo com a faixa etária.
  • Gemência respiratória.
  • Cianose central
  • Incapacidade de deglutição pela dificuldade
  • respiratória
  • Saturação periférica de oxigênio menor que 92%

A agitação pode ser o primeiro sinal de hipoxemia em crianças, antes mesmo da cianose. Administrar O2 da forma mais confortável para a criança

►ADMINISTRAÇÃO DE LÍQUIDOS

de preferência via oral, se necessário via venosa : cautela devido a possibilidade de sobrecarga hídrica .

►NUTRIÇÃO

  • sempre que possível via oral
  • quando necessário SNG , cuidado com tamanho de sonda e velocidade de administração
30
Q

Complicações e falha terapêutica

A

Criança permanece com febre ou clinicamente instável (ex: dispneia) após 48-72 horas de admissão com pneumonia.

Diante disso, 3 perguntas devem ser feitas:

  1. Pesquisar complicações (derrame?)
  2. Avaliar o se o diagnóstico e a conduta estão certos.
  3. Pneumonia atípica?

O derrame pleural é a complicação mais importante e a mais comum. Ocorre em 40% das pneumonias hospitalizadas e o principal agente é o Streptococcus pneumonie (64%).

O derrame pleural deve ser considerado nos casos de toxemia, < 1 ano e fatores de risco como lesões cutâneas infectadas.

RESISTÊNCIA MAIS COMUM NO NOSSO MEIO : INTERMEDIÁRIA – DOBRAR A DOSE DA PENICILINA

31
Q

Derrame Pleural

A

►Complicação mais freqüente ( ocorre em 40% das pneumonias ospitalizadas)

►Principal etiologia : Streptococcus pneumoniae (64%)

  • depois Staphylococcus Aureus (15%)
  • e Haemophilus Influenzae (7%)

Considerar S. Aureus nos casos com toxemia , menores de 1 ano, fatores de risco como lesões cutâneas infectadas.

  • Dessas 15 a 35% vão necessitar de drenagem
  • Spneumoniae é o agente mais encontrado em todas as faixas etarias e inclusive em lactentes
  • Apesar do aumento na resistência do pneumo a penicilina , não foi observada aumento nas complicações

►Clínica semelhante a da pneumonia não complicada exceto por presença de febre por período maior antes da admissão

MURMÚRIO VESICULAR DIMINUÍDO

MACICEZ A PERCUSSÃO

POSTURA ANTÁLGICA

►US TÓRAX : pode auxiliar na confirmação diagn, se existe loculações, definir volume e identificar melhor local para toracocentese ou drenagem

►TC excepcionalmente no derrame complicado

►TRATAR SEMPRE INTERNADO

►INDICADA TORACOCENTESE (DP ≥1 cm)

De acordo com os resultados, iremos classificar se o derrame é complicado ou não. No não complicado não precisamos de drenagem e no complicado deverá ser feito drenagem.

32
Q

OUTRAS COMPLICAÇÕES

A

►Pneumatocele : cavidade pulmonar cística , paredes finas, geralmente involução espontânea (semanas a mais de um ano)

►Abscesso pulmonar : área de cavitação do parênquima pulmonar resultante de necrose e supuração , paredes espessas e nível hidroáereo.

►Também : atelectasias , pneumotórax , pneumonia necrotisante , bronquiectasia , septicemia ou hemoptise

33
Q

Prevenção de pneumonias

A

►Medidas Gerais:

  • Realização adequada de Pré-natal
  • Aleitamento Materno exclusivo no primeiro semestre
  • Acompanhamento nutricional
  • Calendário Vacinal completo
  • Tratamento adequado das comorbidades
  • Uso criterioso de antimicrobianos
  • Avaliação criteriosa das creches
  • Combate ao tabagismo passivo

►IMUNOPROFILAXIA:

-Vacinas anti-pneumocócicas Conjugadas

10 valente (SUS) / 13 valente ( sorotipo 19 A)

  • Vacina contra pneumococo polissacarídica : pneumo 23
  • Vacina contra Influenza
  • Palivizumabe (prevenção infecção VSR)