Bócio, Nódulos e CA de Tireoide Flashcards

(62 cards)

1
Q

Definição de bócio

A

Qualquer aumento de tamanho da tireoide

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2
Q

Volume tireoidiano normal

A

6 a 12 ml na mulher

Pode chegar a 20 ml no homem

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3
Q

Bócio atóxico

A

Produção do hormônio tireoidiano está normal ou reduzida

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4
Q

Bócio grau 0

A

Ausência de tecido tireoidiano palpável
Ou
Menor que a falange distal do polegar do examinador

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Q

Bócio grau Ia

A

Tireoide palpável + lobos maiores que falange distal do polegar do examinador

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6
Q

Bócio grau Ib

A

Tireoide visível à deglutição

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7
Q

Bócio grau II

A

Tireoide visível com pescoço em posição normal

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8
Q

Bócio grau III

A

Tireoide visível à distância

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9
Q

Fisiopatologia do bócio atóxico

A

Decorrente de fatores estimulantes da tireoide:
Aumento do TSH
Anticorpo anti-TSH estimulante
HCG (mola hidatiforme)

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10
Q

Ação do TSH na tireoide

A

Hipertrofia e hiperplasia do parênquima tireoidiano

Aumento da vascularização

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11
Q

Quadro clínico do bócio

A

Maioria assintomático
Dor/desconforto
Dispneia
Disfagia

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12
Q

Quadros clínicos mais graves do bócio

A

Paralisia da corda vocal
Paralisia do nervo frênico
Síndrome de Horner
Síndrome da veia cava superior

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13
Q

Tríade da síndrome de Horner

A

Ptose palpebral
Miose
Anidrose unilateral

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14
Q

Sinal de Pemberton

A

Congestão e pletora facial após elevação dos braços acima da cabeça

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15
Q

Causa mais frequente de bócio no mundo

A

Bócio endêmico

Secundária à deficiência de iodo

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16
Q

Causa mais frequente de bócio no Brasil

A

Hipotireoidismo

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17
Q

Diagnóstico de bócio

A

CLÍNICO

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18
Q

Exames complementares na avaliação de bócio atóxico

A

USG: mais sensível
Cintilo: dúvida entre tóxico e atóxico
TC ou RM: bócio mergulhante

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19
Q

Cuidado ao realizar TC em paciente com bócio

A

Excluir bócio tóxico antes de dar contraste ao paciente, devido ao fenômeno de Jod-Basedow

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20
Q

Tratamento medicamentoso do bócio

A

Supressão de TSH com LT4 (dose alta)
Muitos efeitos colaterais
Uso crônico
Não é mais utilizado

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21
Q

Tratamento do bócio endêmico

A

Reposição de iodo

Avaliar iodúria de 24 horas

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22
Q

Tratamento do bócio com radioablação (iodo-131)

A

Quantidade alta de radiação
Alto índice de recidiva
Útil em idosos
Não fazer em bócios mergulhantes com sintomas compressivos (primeiros dias de terapia causam informação, podendo piorar os sintomas)

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23
Q

Tratamento cirúrgico do bócio

A

Tireoidectomia subtotal

Avaliar comprometimento prévio de laringe e abordagem torácica

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24
Q

Indicação de tireoidectomia subtotal em bócios

A
Bócios grandes (> 150 g)
Componente subesternal
Suspeita de malignidade
Sintomas compressivos
Refratariedade aos outros tratamentos
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25
Indicação relativa de tireoidectomia subtotal em bócios
Comprometimento estético
26
Fatores de maior risco de malignidade de nódulo de tireoide
``` Sexo masculino Extremos de idade (< 20 anos ou > 70) Nódulo achado incidentalmente no PET-FDG Crescimento rápido da massa cervical Sintomas compressivos Irradiação de cabeça e pescoço na infância Diagnóstico prévio de CA de tireoide (tireoidectomia parcial) HF de CA de tireoide (primeiro grau) Síndromes de CA de tireoide ```
27
Descrição do nódulo no exame físico
``` Tamanho Regularidade Consistência Mobilidade Aderência aos planos profundos Linfadenopatia ```
28
Exame físico do nódulo com maior risco de malignidade
Nódulos endurecidos Aderido a planos profundos Pouco móveis Presença de linfonodomegalia cervical
29
Exames complementares no nódulo de tireoide
TSH baixo > cintilografia > nódulo hipercaptante (doença de Plummer) ou hipocaptante (USG+PAAF) TSH alto ou normal > USG+PAAF (se TSH alto, dosar antiTPO)
30
Característica de maior risco de malignidade de um nódulo
Microcalcificações | Calcificação em casca de ovo é de baixo risco
31
Exame padrão-ouro para excluir carcinoma de tireoide
Punção aspirativa com agulha fina (PAAF)
32
Classificação de Bethesda
I: inconclusivo II: benigno III: atipia/lesão folicular indeterminada IV: suspeita de neoplasia folicular ou de células de Hurthle V: suspeita de carcinoma VI: maligno
33
Seguimento do paciente com nódulo
Não realizou PAAF: Nódulo pouco suspeito > USG após 12 meses Nódulos com maior suspeição > USG em 6 meses Realizou PAAF: Nódulo pouco suspeito > USG após 12 a 24 meses Nódulos com maior suspeição > USG com 12 meses
34
Epidemiologia do CA de tireoide
Maior incidência nos últimos anos, sem aumento da mortalidade Maior parte são carcinomas diferenciados com bom prognóstico Mulheres 20-55 anos
35
Tipos histológicos de CA de tireoide
``` Carcinomas diferenciados da tireoide (90-95%): - papilífero (85%) - folicular (10%) - oncocítico/células de Hurthle (5%) Medular (5%) Anaplásico (1%) Outros (1%) ```
36
Epidemiologia do carcinoma papilífero
``` Tipo histológico mais comum Crianças e adultos Jovens (3ª-4ª décadas) Baixa malignidade Crescimento lento ```
37
Patologia do carcinoma papilífero
Arranjo das células foliculares tumorais em papilas Aumento do tamanho nuclear Invaginação do citoplasma para o núcleo Corpos Psamomatosos e núcleos clivados com aparência de "olhos da órfã Annie"
38
Variantes do carcinoma papilífero de melhor prognóstico
Variante clássica | Variante folicular
39
Variantes do carcinoma papilífero de pior prognóstico
``` Variante colunar Variante de células altas Variante esclerosante difusa Variante sólida Variante insular Variante trabecular ```
40
Principais sítios de metástase à distância do carcinoma papilífero
Pulmões (principal) Ossos Papilífero = Pulmão
41
Epidemiologia do carcinoma folicular
``` Segundo tipo mais comum Mulheres > 50 anos Locais com deficiência de iodo Maiores que o papilífero ```
42
Metástases à distância do carcinoma folicular
Mais comuns que o papilífero | Principais sítios: pulmão e osso
43
Tratamento dos carcinomas diferenciados (papilífero e folicular)
Tireoidectomia total (maioria dos casos) ou parcial (lobectomia+istimectomia)
44
Indicação de tireoidectomia parcial nos carcinomas diferenciados
Idade > 45 anos + microcarcinoma papilífero (TU < 1 cm) T1aN0 unifocal Idade < 45 anos + T1 ou T2 (4 cm) + baixo risco + sem invasão extra-tireoidiana + sem metástases
45
Complicações pós-cirúrgicas
Hemorragia Lesão do nervo laríngeo recorrente (unilateral - rouquidão; bilateral - insuficiência respiratória aguda) Lesão do nervo laríngeo superior (não eleva o tom de voz) Hipotireoidismo Hipocalcemia
46
Indicação de terapia ablativa no seguimento de carcinomas diferenciados
Tireoidectomia total com ressecção tumoral incompleta ou alto/intermediário risco de recidiva ou abordagem da doença recorrente
47
Efeitos adversos da terapia ablativa
Alterações transitórias da função gonadal Sialodenite aguda Xerostomia e xeroftalmia Maior risco de segundo CA (TGI, bexiga)
48
Parâmetros de controle após tireoidectomia total
Tireoglobulina deve permanecer indetectável | Após 6-12 meses: tireoglobulina+USG cervical
49
Carcinoma de células de Hurthle
Variedade menos diferenciada do folicular Não capta iodo Radioablação pouco eficaz Pior prognóstico Tto: tireoidectomia total + linfadenectomia
50
Epidemiologia do carcinoma anaplásico
``` Muito raro Catastrófico 50-60 anos Mulheres Antecedente de bócio Mutação no gene p53 ```
51
Clínica do carcinoma anaplásico
Massa cervical de crescimento rápido | Sintomas compressivos: dor cervical, rouquidão, disfagia e dispneia
52
Tratamento do carcinoma anaplásico
Paliativo | Sobrevida de 3-7 meses
53
Linfoma de tireoide
``` Raro Originário de células B Linfoma não Hodgkin de grandes células Resposta terapêutica boa Primeira opção de terapia: imunoquimioterapia ```
54
Carcinoma medular
Derivam das células C parafoliculares Tumor neuroendócrino Esporádica (75%) Familiar (25%)
55
Genética do carcinoma medular
Familiar: mutação germinativa no proto-oncogene RET | Esporádica: mutação somática no RET
56
Carcinoma medular familiar
Agressivo Multicêntrico Bilateral Pacientes mais jovens
57
Apresentação do carcinoma medular familiar
Neoplasia endócrina múltipla (NEM) tipo 2A (síndrome de Sipple) Neoplasia endócrina múltipla (NEM) tipo 2B
58
NEM2A
Mais comum | Tríade: carcinoma medular, feocromocitoma e hiperparatireoidismo primário
59
NEM2B
Carcinoma medular, feocromocitoma e hábito marfanoide
60
Tratamento do carcinoma medular
Tireoidectomia total com esvaziamento linfonodal
61
Seguimento pós-operatório do carcinoma medular
USG de pescoço + níveis séricos de calcitonina e CEA duas vezes ao ano, por 2 anos, depois anualmente se estáveis
62
Abordagem profilática da neoplasia endócrina múltipla
NEM2A: tireoidectomia profilática antes dos 5 anos de idade NEM2B: tireoidectomia profilática antes do primeiro ano de idade