Complicações Agudas DM Flashcards

(63 cards)

1
Q

Fisiopatologia da cetoacidose diabética

A

Células beta não produzem insulina → redução da captação de glicose pelos tecidos periféricos → tecidos entendem que está faltando glicose → aumento da gliconeogênese (glicogenólise e lipólise) por aumento dos contrarreguladores (glucagon, cortisol, catecolaminas e GH)
Hiperglicemia → diurese osmótica → desidratação

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2
Q

Níveis dos triglicérides na cetoacidose diabética

A

ALTÍSSIMOS

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3
Q

Formação dos corpos cetônicos na cetoacidose diabética

A

Grande quantidade de ácidos graxos no fígado SEM INSULINA → corpos cetônicos → fonte alternativa de energia para o cérebro

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4
Q

Principais corpos cetônicos na CAD

A

Beta-hidroxibutirato (maior quantidade)
Ácido acetoacético
Acetona

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5
Q

Fisiopatologia do estado hiperglicêmico hiperosmolar (EHH)

A

Hiperglicemia → aumento dos hormônios contrarreguladores → gliconeogênese hepática
Déficit insulínico não é absoluto → supressão da formação de corpos cetônicos
Hiperglicemia → diurese osmótica → desidratação

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6
Q

Fatores relacionados ao EHH

A

DM2
Pacientes mais velhos
Pouco acesso a líquidos
Gatilho: INFECÇÕES, isquemia, intoxicações, inflamação, pancreatite

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7
Q

Fatores relacionados à CAD

A

DM1
Mais jovens
Má aderência
DM2 insulinopênico ou estresse metabólico
Gatilho: INFECÇÕES, isquemia, intoxicações, inflamação, pancreatite
Pode haver leucocitose sem infecção
Pode haver aumento de amilase e lipase sem pancreatite

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8
Q

Tríade da CAD

A

Glicemia ≥ 250
Cetonemia (≥ 3,0 mmol/L) ou cetonúria significativa (≥ 2+)
Acidose metabólica (pH ≤ 7,3 e/ou bicarbonato sérico < 18)

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9
Q

Tríade do EHH

A

Glicemia > 600
Hiperosmolaridade sérica (> 320 mOsm/kg)
Ausência de cetoacidose

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10
Q

CAD com glicemia normal

A

Gravidez
Glifozinas (inibidor de SGLT-2)
Inanição

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11
Q

Fórmula da osmolaridade sérica

A

Osmolaridade sérica = 2 x Na + glicemia/18

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12
Q

Sintomas relacionados à presença de cetoácidos

A
Hálito cetônico
Cefaleia
Náuseas e vômitos
Dor abdominal
Respiração de Kussmaul (rápida e profunda)
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13
Q

Manifestações clínicas da CAD e do EHH

A

Hiperglicemia → diurese osmótica → DESIDRATAÇÃO
Distúrbios eletrolíticos
EEH: sede + rebaixamento do nível de consciência
Poliúria, polidipsia e perda de peso

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14
Q

Avaliação laboratorial nas emergências hiperglicêmicas

A

K, P e Mg podem estar altos ou normais → na REALIDADE, estão BAIXOS

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15
Q

Sódio nas emergências hiperglicêmicas

A

CAD: normal, baixo ou elevado
EHH: hipernatremia (desidratação intensa)
CALCULAR SÓDIO CORRIGIDO

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16
Q

Fórmula do sódio corrigido

A

Sódio corrigido = sódio medido + 1,6 x (glicemia - 100 / 100)

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17
Q

Cetoacidose leve

A

pH arterial: 7,3 - 7,25
HCO3: 18 - 15
Estado mental: alerta

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18
Q

Cetoacidose moderada

A

pH arterial: 7,24 - 7,0
HCO3: < 15 - 10
Estado mental: sonolento

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19
Q

Cetoacidose grave

A
UM CRITÉRIO já classifica como grave
pH arterial: < 7,0
HCO3: < 10
Estado mental: estupor ou coma
EHH é SEMPRE grave
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20
Q

Manifestação eletrocardiográfica mais precoce devido baixa concentração intracelular de potássio que ocorre na CAD

A

Ondas T apiculadas

potássio sérico alto devido shift do potássio intra para extracelular

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21
Q

Fórmula para cálculo do ânion gap

A

AG = Na (medido) - (Cl + HCO3)

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22
Q

Ânion gap na CAD

A

Valores maiores que 12 (referência 8-12 mmol/L)

Cetoácidos: ânions não medidos na fórmula

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23
Q

Exame sumário de urina normal exclui CAD?

A

NÃO

Beta-hidroxibutirato, principal cetoânion, não é detectado na urina

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24
Q

3 pilares do tratamento das emergências hiperglicêmicas

A

V. volume (hidratação)
I. insulina
P. potássio

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25
Primeira conduta na suspeita de emergências hiperglicêmicas
HIDRATAÇÃO
26
Hidratação nas emergências hiperglicêmicas
SF 0,9% 10-20 ml/kg em 1 hora
27
Após 1 hora de hidratação nas emergências hiperglicêmicas
Continua desidratado: SF 1 L/h Choque cardiogênico/edema agudo de pulmão: monitorização hemodinâmica Euvolêmico: AGORA AVALIA SÓDIO
28
Avaliação do sódio após estabilização hemodinâmica nas emergências hiperglicêmicas
Sódio corrigido ≥ 135: NaCl 0,45% 250-500 ml/h | Sódio corrigido < 135: NaCl 0,9% 250-500 ml/h
29
Por que devemos evitar o SF 0,9% quando o sódio está maior que 135 mEq/L na CAD?
Pelo risco de acidose hiperclorêmica
30
Primeiro cuidado antes de iniciar insulina nas emergências hiperglicêmicas
DOSAR POTÁSSIO
31
Potássio no tratamento das emergências hiperglicêmicas
K > 5,2: liberado para fazer insulina K 3,3 - 5,2: 20-30 mEq potássio/L no soro de manutenção, só depois fazer insulina K < 3,3: parar/não iniciar insulina, repor 10-20 mEq/kg/h de potássio
32
Esquema de insulina no tratamento das emergências hiperglicêmicas
INICIAR INSULINA Insulina Regular 0,14 UI/kg/h ou 0,1 UI/kg bolus + 0,1 UI/kg/h
33
Objetivo da insulina no tratamento das emergências hiperglicêmicas
Queda da glicemia entre 50-70 mg/dl/h
34
Alvo do tratamento das emergências hiperglicêmicas
CAD: 200 mg/dl EHH: 300 mg/dl
35
Conduta após atingir alvo do tratamento das emergências hiperglicêmicas
Insulina Regular 0,02-0,05 UI/kg/h + SG5% na infusão
36
Cuidados durante o tratamento das emergências hiperglicêmicas
Monitorização de glicemia capilar 1/1h Controle de K + gasometria venosa a cada 2-4 horas Na, Cl e ânion gap a cada 6 horas Ureia, Cr, Mg e fósforo a cada 12 horas Heparina para profilaxia de TEV durante a internação
37
Conduta de exceção na CAD leve
Análogos rápidos de insulina (Lispro e Aspart) SC Inicial: 0,2-0,3 UI/kg Manutenção: 0,1-0,2 UI/kg a cada 1 a 2 horas Monitorização e reposição de eletrólitos seguem o mesmo protocolo
38
Reposição de bicarbonato no tratamento das emergências hiperglicêmicas
APENAS se pH < 6,9 100 mmol HCO3 em 400 ml de água destilada + 20 mEq de potássio em 2 horas Até pH > 7,0
39
Reposição de fósforo no tratamento das emergências hiperglicêmicas
APENAS se PO4 < 1 mg/dl | 20-30 mEq/L de fosfato de potássio podem ser adicionados aos fluidos infundidos
40
Resolução da CAD
Glicemia < 200 + 2 dos seguintes critérios: Ânion gap < 12 Bicarbonato > 15 pH > 7,3
41
Resolução do EHH
Glicemia < 300 Osmolaridade < 315 Recuperação de nível de consciência
42
Cuidados antes de desligar a bomba de infusão após resolução das emergências hiperglicêmicas
Iniciar insulina SC Empírica: 0,1-0,2 UI/kg de insulina regular SC Manter bomba por 30-60 minutos Liberar dieta oral
43
Complicações relacionadas à doença nas emergências hiperglicêmicas
``` Desidratação Distúrbios eletrolíticos Hiperlipidemia Pancreatite Infecções (mucormicose) Fenômenos tromboembólicos ```
44
Complicações relacionadas ao tratamento nas emergências hiperglicêmicas
Hipoglicemia Acidose hiperclorêmica Edema cerebral Edema pulmonar
45
Manifestações clínicas mais precoces do edema cerebral (antes da TC)
``` Cefaleia Alteração do nível de consciência Bradicardia Aumento da PA Incontinência urinária ```
46
Tratamento do edema cerebral
Manitol | NaCl 3%
47
Definição de hiperglicemia hospitalar
Glicemia > 140 mg/dl
48
Identificação de paciente com hiperglicemia hospitalar
TODOS os pacientes internados devem fazer glicemia capilar na admissão
49
Controle glicêmico em pacientes estáveis clinicamente, mas que desenvolveram hiperglicemia hospitalar
Insulinoterapia Protocolo de hipoglicemia Suspensão de fármacos antidiabéticos, exceto insulina Monitorização da glicemia
50
Protocolo de hipoglicemia
Correção VO 15g de carboidrato ou 15-20g de glicose EV
51
Monitorização glicêmica intra-hospitalar segundo dieta
Dieta oral: pré-prandial e às 22h | Jejum/enteral/parenteral: 4/4 ou 6/6h
52
Alvos glicêmicos do tratamento de hiperglicemia hospitalar em pacientes não críticos
Glicemia pré-prandial < 140 Glicemia em qualquer outro momento: < 180 Evitar hipoglicemia
53
Controle glicêmico de pacientes críticos
APENAS se glicemia persistentemente ≥ 180 Insulina em bomba de infusão EV Suspender medicamentos antidiabéticos, exceto insulina
54
Alvo glicêmico de pacientes críticos
140 a 180 mg/dl
55
Definição de hipoglicemia
Glicemia < 45 mg/dl (critério absoluto) ou Tríade de Whipple
56
Tríade de Whipple
Critérios de hipoglicemia: Sinais e sintomas consistentes com hipoglicemia Glicemia < 55 Resolução dos sintomas após correção da glicemia
57
Classificação das hipoglicemias
Grau I: 70-55 Grau II: < 54 Grau III: alteração mental com necessidade de ajuda de terceiros
58
Primeiros sintomas na hipoglicemia
Autonômicos de origem adrenérgica (taquicardia, tremores, ansiedade) e colinérgica (sudorese, sensação de fome, parestesias)
59
Sintomas neuroglicopênicos na hipoglicemia
``` Alterações comportamentais Fadiga Confusão mental Convulsão Coma Morte ```
60
Tratamento dos primeiros sintomas da hipoglicemia
REGRAS DOS 15 Ingerir 15g de carboidratos simples Aguardar 15 minutos Repetir o procedimento se o alvo glicêmico não for atingido
61
Tratamento da hipoglicemia se paciente confuso ou comatoso, ou internado com recomendação de jejum
30-40 ml de glicose 50% EV Glicemia capilar após 5 minutos Acesso venoso imediato indisponível: 1 ampola de glucagon IM ou SC
62
Principais etiologias das hipoglicemias não relacionadas ao DM: hipoinsulinêmicas
``` Falência hepática/renal Deficiência hormonal (GH, cortisol, TSH) Álcool Doença grave (sepse) Inanição (neoplasias) ```
63
Principais etiologias das hipoglicemias não relacionadas ao DM: hiperinsulinêmicas
Hipoglicemias de jejum: Insulinoma, hipoglicemia autoimune, anticorpo anti-insulina, anticorpo antirreceptor de insulina, factícia, tumor produtor de IGF-2 Hipoglicemias pós-prandiais: Hipoglicemia hiperinsulinêmica pancreatogênica não insulinoma (NIPHS), pós-cirurgia gástrica