Complicações Crônicas DM Flashcards

(100 cards)

1
Q

Fisiopatologia das lesões microvasculares

A

Hiperglicemia danifica alguns subtipos celulares que são incapazes de regular a entrada de glicose no meio intracelular (permitem entrada passiva de glicose)

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2
Q

Células que permitem entrada passiva de glicose

A

Endotélio da retina
Endotélio dos glomérulos renais
Vasa nervorum

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3
Q

Alterações no endotélio devido aumento da glicemia

A

Estreitamento da luz dos vasos
Redução do fluxo sanguíneo
Apoptose celular

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4
Q

Principal causa de insuficiência renal crônica dialítica

A

Nefropatia diabética

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5
Q

Principal causa de cegueira adquirida

A

Retinopatia diabética

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6
Q

Principais causas de amputação não traumática

A

Neuropatia diabética

Complicações vasculares em MMII

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7
Q

Mecanismos de lesão endotelial

A

Produção de AGE (produtos finais de glicosilação avançada)
Ligação do AGE ao colágeno dos vasos → lesão endotelial → microtrombos → obstrução microvascular
Isquemia → estresse oxidativo → inflamação e mais isquemia
Aumento de cortisol
Polimorfismos
Aterosclerose

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8
Q

Rastreamento das lesões microvasculares

A

ANUAL
TODOS os DM2 ao diagnóstico
DM1 após 5 anos de doença ou gravidez/puberdade

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9
Q

Fatores de risco para lesões macrovasculares

A
Hiperglicemia
Resistência à insulina
Hipertensão
Dislipidemia
Tabagismo
Álcool
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10
Q

Lesões macrovasculares

A

Doença arterial obstrutiva periférica
IAM
AVC

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11
Q

Efeito da hiperglicemia na patogênese das lesões macrovasculares

A

Ativa diretamente formação de citocinas pró-inflamatórias e moléculas de adesão
Aumenta atividade plaquetária → estado pró-coagulante

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12
Q

Causa da hiperfiltração glomerular

A

Mais glicose no glomérulo → osmoticamente ativa → leva água junto → aumento da pressão glomerular → aumento da filtração → rim pode aumentar de tamanho

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13
Q

Lesões histológicas renais

A

MAIS COMUM: glomeruloesclerose difusa + expansão mesangial

MAIS ESPECÍFICA: focal com hialinose arteriolar e fibrose tubulointersticial (Kimmestiel-Wilson)

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14
Q

Sequência de achado da doença renal do DM

A
Hiperfiltração
Normoalbuminúria (A1 < 30 mg/g Cr)
Microalbuminúria  (A2 30-300 mg/g Cr): IMPACTO CLÍNICO
Macroalbuminúria (A3 > 300 mg/g Cr)
Insuficiência renal crônica
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15
Q

Classificação DRC G1

A

TFGe ≥ 90

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16
Q

Classificação DRC G2

A

TFGe 89-60

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17
Q

Classificação DRC G3a

A

TFGe 59-45

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18
Q

Classificação DRC G3b

A

TFGe 44-30

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19
Q

Classificação DRC G4

A

TFGe 29-15

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20
Q

Classificação DRC G5

A

TFGe < 15

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21
Q

Rastreamento da nefropatia diabética

A
ANUAL
Creatinina sérica (cálculo do clearance)
E
Albuminúria e creatinúria na urina isolada (relação albumina:creatinina)
REPETIR OS TESTES
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22
Q

Tratamento da doença renal diabética

A
Controle glicêmico
Inibidores de SGLT2
Controle da PA (bloqueio farmacológico do SRAA com IECA ou BRA)
Tratamento de dislipidemia
Agonista de GLP1
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23
Q

Outras complicações renais associadas ao DM

A

ITU
Pielonefrite enfisematosa
Acidose tubular tipo IV

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24
Q

Acidose tubular tipo IV

A

Hipoaldosteronismo hiporreninêmico:
Acidemia
Hipercalemia
Hipotensão

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25
Uso de IECA ou BRA na nefropatia diabética
Ação antiproteinúrica Ação renoprotetora Reduzem progressão para estágios mais avançados da DRC e mortalidade
26
Rastreamento da retinopatia diabética
``` ANUAL Oftalmoscopia (direta e indireta) OU Biomicroscopia da retina Ambas com midríase medicamentosa ```
27
Achados de fundo de olho na retinopatia diabética
``` Microaneurismas Exsudatos duros Hemorragia chama de vela Exsudatos algodonosos Veias em rosário/anormalidades vasculares intraretiniana ```
28
Retinopatia diabética não proliferativa (RDNP) leve
Microaneurismas
29
Retinopatia diabética não proliferativa (RDNP) moderada
Exsudatos duros
30
Retinopatia diabética não proliferativa (RDNP) grave
Hemorragia chama de vela Exsudatos algodonosos Veias em rosário/anormalidades vasculares intraretiniana
31
Retinopatia diabética proliferativa
GRAVE Formação de novos vasos frágeis: descolamento da retina Edema macular: exsudatos na mácula
32
Achados oftalmológicos não relacionados ao DM
Edema de papila Arteriolas em fio de cobre Aumento do brilho das artérias Pigmentação macular
33
Tratamento da retinopatia diabética proliferativa
Panfotocoagulação Vitrectomia cirúrgica Evitar exercícios de alta intensidade
34
Efeitos colaterais do tratamento da retinopatia diabética proliferativa
Escotomas Perda de visão periférica Redução do campo visual
35
Tratamento do edema macular
Fotocoagulação Anti-VEGF Corticoides Evitar exercícios de alta intensidade
36
Sinais e sintomas da neuropatia diabética
``` Anestesia do pé Queimação Formigamento Alodínia (dor através de estímulos não dolorosos) EXCLUIR CAUSAS SECUNDÁRIAS ```
37
Diagnóstico da neuropatia diabética
DIAGNÓSTICO CLÍNICO
38
Classificação da neuropatia diabética
Simétricas e generalizadas | Focais e multifocais (mais raros)
39
Achados da neuropatia diabética focal/multifocal
Paralisia terceiro par SEM midríase | Paralisia do nervo ulnar
40
Tipos de neuropatia diabética simétrica e generalizada
Sensorial aguda Sensorial motora-crônica (MAIS COMUM) Autonômica
41
Neuropatia sensitivo-motora crônica
"BOTAS E LUVAS" | Nervos são mais longos nas mãos e pés, mais fácil ocorrer lesão
42
Tipos de fibras nervosas
``` Fibras A (mielínicas): alfa, tipo B e delta Fibras C (amielínicas): SENSITIVO (calor, frio, tato e pressão) ```
43
Fibras grossas
Alfa e tipo B: propriocepção
44
Fibras finas
Delta: dor aguda | Fibras C: dor crônica, calor frio, tato e pressão
45
Fibras mais acometidas no DM
Fibras delta | Fibras C
46
Tratamento da dor na neuropatia sensitivo-motora crônica
Antidepressivos tricíclicos: amitriptilina e imipramina Anticonvulsivantes: pregabalina, gabapentina e carbamazepina IRSN: duloxetina e venlafaxina ISRS: paroxetina e citalopram Tópicos: capsaicina e clonidina Se refratariedade: opioides
47
Definição de neuropatia autonômica
Lesão no sistema nervoso simpático ou parassimpático
48
Lesão responsável pela neuropatia autonômica cardiovascular
Lesão de parassimpático (nervo vago)
49
Achados na neuropatia autonômica cardiovascular
Reduz variabilidade da FC Taquicardia em repouso (mais precoce) Hipotensão postural Isquemia miocárdica silenciosa
50
Fisiopatologia da retinopatia diabética
Lesões progressivas na microvasculatura da retina → maior permeabilidade vascular → exsudação retiniana → má perfusão → hipóxia → liberação local de fatores angiogênicos (IGF-1 e VEGF) → neovasos → perda visual/cegueira
51
Forma de neuropatia diabética mais comum
Polineuropatia sensitivo-motora simétrica distal
52
Tratamento da hipotensão postural na neuropatia autonômica CV
Fludrocortisona Octreotide Clonidina
53
Neuropatia autonômica CV x mortalidade CV
Neuropatia autonômica CV DOBRA a mortalidade CV
54
Achados na neuropatia autonômica gastrointestinal
Gastroparesia diabética (redução do esvaziamento gástrico) Constipação Diarreia
55
Diagnóstico da gastroparesia diabética
Cintilografia de esvaziamento gástrico
56
Tratamento da gastroparesia diabética
Dieta (pequenas e frequentes) | Pró-cinéticos
57
Tratamento da constipação na NA gastrointestinal
Fibras | Laxativos osmóticos
58
Tratamento da diarreia na NA gastrointestinal
Metronidazol Loperamida Codeína
59
Achados na neuropatia autonômica geniturinária
Bexiga neurogênica | Disfunção erétil
60
Tratamento da bexiga neurogênica na NA geniturinária
Esvaziamento vesical ATB terapêutica e profilática se indicado Betanecol
61
Tratamento da disfunção erétil na NA geniturinária
Inibidores da fosfodiesterase tipo 5
62
Indicação do uso do índice tornozelo-braquial (ITB)
TODOS pacientes com DM > 50 anos ou DM < 50 anos + fator de risco CV adicional
63
Definição de pé diabético
Infecção, ulceração e/ou destruição dos tecidos profundos do pé
64
Causas de pé diabético
Alteração vascular Neuropatia autonômica Neuropatia sensitivo motora
65
Fisiopatologia do pé diabético
Alterações biomecânicas → calos e alteração de pontos de pressão plantar → traumas → úlceras
66
Tipos de ulcerações no pé diabético
Neuropática Isquêmica Neuroisquêmica
67
Úlcera neuropática
``` 60% dos casos Indolor Pulsos + Calosidades Pele seca Tecido granuloso Secretiva (gangrena úmida) ```
68
Úlcera isquêmica
``` 10% dos casos Dor Pulsos - Unhas atrofiadas Palidez Margem irregular Não exsudativas (gangrena seca) ```
69
Tratamento do pé diabético
Cuidados locais: limpeza e curativos ATB (cocos gram+): amoxi + clavulanato, 7-14 dias Graves (anaeróbios e gram-): vancomicina + meropenem, 14-28 dias Alívio da pressão: repouso
70
Antibioticoterapia no pé diabético
SISTÊMICO | Não usar ATB tópico
71
Patógeno mais associado às infecções do pé diabético
Cocos gram +
72
Rastreamento do pé diabético
``` Exame físico e neurológico + Avaliação vascular: pulsos (pedioso e tibial posterior) + ITB (> 50 anos) ```
73
Classificação de úlceras em pé diabético (Meggit Wagner) grau 0
Sinais de neuropatia e/ou isquemia | Sem ulceração (risco elevado)
74
Classificação de úlceras em pé diabético (Meggit Wagner) grau 1
Úlcera superficial
75
Classificação de úlceras em pé diabético (Meggit Wagner) grau 2
Úlcera profunda sem abscesso e osteomielite
76
Classificação de úlceras em pé diabético (Meggit Wagner) grau 3
Úlcera profunda com celulite, abscesso, possivelmente com focos de osteomielite e gangrena do subcutâneo
77
Classificação de úlceras em pé diabético (Meggit Wagner) grau 4
Gangrena úmida localizada em pododáctilo
78
Classificação de úlceras em pé diabético (Meggit Wagner) grau 5
Gangrena úmida em todo o pé
79
Diagnóstico de infecção em pé diabético
CLÍNICO
80
Principais sinais que indicam infecção em pé diabético
Secreção purulenta | Celulite adjacente
81
Base do tratamento nas infecções profundas do pé diabético
ATB de amplo espectro + Desbridamento cirúrgico
82
Falta de resposta no tto das infecções do pé diabético
Pensar em osteomielite Diagnóstico por RM ou probe inserido na úlcera (se chegar no osso) Realizar biópsia óssea para tratamento guiado ATB por pelo menos 8 semanas
83
Indicação de amputação no pé diabético
Graus 4 e 5 (gangrena) | Osteomielite grave e/ou refratária
84
Teste neurológico mais importante na avaliação do pé diabético
Monofilamento 10g
85
Testes neurológicos na avaliação do pé diabético
``` Monofilamento 10g Diapasão 128 Hz (sensibilidade vibratória) Avaliar sensibilidade térmica Reflexos (distal para proximal) Avaliar sensibilidade dolorosa ```
86
Medidas de prevenção do pé diabético
``` Inspeção diária pelo próprio paciente Não andar descalço Hidratação dos pés (exceto na região interdigital) Enxugar bem entre os dedos Calçados adequados Cortar unhas retas Usar meias brancas ```
87
Neuroartropatia de Charcot
Síndrome caracterizada por processo inflamatório descontrolado e persistente → afeta ossos, articulações e partes moles dos pés → osteólise e colapso da articulação do médio pé (pé em mata-borrão)
88
Sintoma mais precoce na neuroartropatia de Charcot
Calor local
89
Confirmação da neuroartropatia de Charcot
Radiografia simples ou RM do local suspeito
90
Tratamento da neuroartropatia de Charcot
Repouso Imobilização Retirada de carga
91
DM + 20-39 anos + LDL > 100 + outro fator de risco
Estatina de moderada intensidade: Sinva 20-40 mg Atorva 10-20 mg Rosuva 5-10 mg
92
DM + 20-39 anos + sem outro fator de risco
Sem tratamento
93
DM + > 40 anos + dislipidemia + sem outro fator de risco
Estatina de moderada intensidade
94
DM + > 40 anos + dislipidemia + outro fator de risco
Estatina de alta intensidade: Sinva 40 + EZT 10 mg Atova 40-80 mg Rosuva 20-40 mg
95
DM + doença cardiovascular (DAOP, IAM ou AVC)
``` Estatina de alta intensidade + AAS baixa dose + Ezetimibe ou iPCSK9 (se LDL ≥ 70) ```
96
Meta pressórica se DM + sem outro fator de risco
140 x 90 mmHg
97
Meta pressórica se DM + outro fator de risco
130 x 80 mmHg | Alto risco cardiovascular
98
Tto de HAS em pacientes com DM
IECA ou BRA Diurético tiazídico Bloqueador de canal de cálcio
99
Indicação de teste ergométrico
DM + > 40 anos | DM + > 30 anos + 1 marcador de risco
100
Marcadores de risco
DM2 > 10 anos DM1 > 15 anos Complicação crônica importante relacionado ao DM Fator de risco CV adicional (HAS, dislipidemia ou tabagismo)