CICLO MENSTRUAL, DISTOPIA E INCONTINÊNCIA‼️ Flashcards

1
Q

Quais são os tipos de regulação hormonal?

A

1) Autócrina: quando a substância secretada atua sobre a mesma célula
2) Parácrina: quando a substância secretada atua sobre as células vizinhas
3) Endócrina: quando a substância secretada é liberada na corrente sanguínea e afeta a função de outros tecidos
4) Exócrina: quando a substância secretada é liberada no meio externo

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2
Q

O que é menopausa? Quando ocorre? Como pode ser diagnosticada?

A

1) Última menstruação
2) Entre 45 e 55 anos
3) Após 12 meses consecutivos de amenorreia

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3
Q

O que é climatério?

A

Período em que há o declínio progressivo da atividade gonadal na mulher e consiste na transição entre o ciclo reprodutivo (menacme) e o não reprodutivo (senilidade)

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4
Q

Quais os hormônios secretados pela hipófise?

A

1) Adeno-hipófise (anterior): FSH, LH, GH, TSH, ACTH e prolactina
2) Neuro-hipófise (posterior): ocitocina e ADH

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5
Q

Quais os hormônios produzidos pelo hipotálamo?

A

1) GnRH (controla a secreção das gonadotrofinas)
2) CRF (controla secreção de ACTH)
3) GHRH (controla secreção de GH)
4) TRH (controla secreção de TSH)
5) Dopamina (inibe a síntese de prolactina); serotonina e melatonina; endorfinas

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6
Q

Como varia a secreção de GnRH no ciclo menstrual?

A

1) Fase folicular: pulsos frequentes e de pequena amplitude

2) Fase lútea: pulsos de grande amplitude e baixa frequência

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7
Q

Quais as ações do FSH?

A

1) Responsável pelo crescimento folicular
2) Aumenta o número de receptores de FSH e LH nas células da granulosa
3) Aumenta síntese e liberação de inibina

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8
Q

Quais as ações do LH?

A

1) Atua sobre as células da teca

2) Responsável direto pela ovulação

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9
Q

Quais as funções da prolactina?

A

1) Regula síntese de caseína
2) Regula síntese de alfalactalbumina
3) Relacionado à lactação
4) Inibida pela dopamina
5) Estimulada pelo TRH

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10
Q

Quais as funções da ocitocina e como ela é liberada?

A

1) Contração muscular uterina que ocorre durante o parto
2) Contração mioepitelial dos ductos lactíferos mamários, que ocorre durante o reflexo de ejeção do leite
3) É liberada pela estimulação mamária

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11
Q

Quais as funções dos ovários?

A

1) Produção de óvulos

2) Síntese de hormônios

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12
Q

Como funciona o sistema de dupla célula dos ovários?

A

1) Células da teca: sintetizam androgênios (testosterona e androstenediona) que são convertidos em estrogênios na camada granulosa. Sofrem estímulo do LH
2) Células da granulosa: transformam androgênios em estrogênios por ação da enzima aromatase. Sofrem estímulo do FSH.
3) FSH é inibido pelo estrogênio e pela inibina

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13
Q

Quais sãos as alças de retrocontrole na secreção de hormônios do ciclo menstrual?

A

1) Alça longa: ovário-hipotálamo
2) Alça curta: hipófise-hipotálamo
3) Alça ultracurta: hipotálamo, hipófise e ovário sobre as próprias secreções

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14
Q

Quais são os dois hormônios produzidos pelas células da granulosa que regulam a secreção de FSH?

A

1) Inibina: inibe secreção de FSH

2) Ativina: estimula secreção de FSH

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15
Q

Como se comportam FSH e LH no ciclo ovariano?

A

1) FSH: aumento progressivo na fase folicular inicial e mantido até o pico de estradiol; diminui na fase lútea
2) LH: níveis basais na fase folicular e pico no meio do ciclo; mantém concentração mais alta na fase lútea, estimulando o corpo lúteo e produzir progesterona

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16
Q

Como se comportam estradiol e progesterona no ciclo ovariano?

A

1) Estradiol: níveis séricos baixos na fase folicular inicial com rápida Elevação na fase folicular tardia até um pico no meio do ciclo que ocorre 24h antes do pico de LH. Depois há queda abrupta para haver pequena recuperação na fase lútea
2) Progesterona: níveis séricos baixos na fase folicular como aumento no dia do pico de LH; há elevação importante na fase lútea

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17
Q

Quais as 3 fases do ciclo ovariano e suas características?

A

1) Folicular: do 1o dia de menstruação até o dia do pico de LH
2) Ovulatória: inclui 3 fenômenos => recomeço da meiose I, pequeno aumento da produção de progesterona e rotura folicular
3) Lútea: vai do período de ovulação até o aparecimento da menstruação

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18
Q

Quais as fases do ciclo uterino?

A

1) Menstrual
2) Proliferativa
3) Secretora

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19
Q

Quais os estágios do folículo destinado à ovulação?

A

1) Primordial
2) Primário
3) Pré antral
4) Antral
5) Pré ovulatória

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20
Q

Quem determina a duração do ciclo menstrual?

A

Fase folicular

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21
Q

Quem secreta o hormônio antimülleriano?

A

Células da granulosa de folículos primários e secundários

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22
Q

Quais as características do folículo pré antral?

A

1) Possui zona pelúcia (matriz glicoproteica)
2) Possui corona radiata
3) Aromatase da zona granulosa começa a agir nessa fase sob estímulo do FSH

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23
Q

O que permite que o folículo selecionado se desenvolva mesmo com níveis decrescentes de FSH no plasma devido à ação inibitória do estrogênio?

A

1) Ele possui maior número de receptores de FSH

2) Há maior ação local do FSH devido à maior concentração intrafolicular de estrogênio

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24
Q

Quanto tempo é necessário para que um folículo primário atinja o crescimento até o folículo pré ovulatório?

A

85 dias

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25
Q

O que é necessário para que ocorra a ovulação em relação aos hormônios?

A

Pico de LH, que é estimulado pelo pico de estradiol

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26
Q

Quando ocorre a ovulação em relação ao LH?

A

32-36 hrs após o início da elevação de seus níveis e cerca de 10-12 hrs após o seu pico máximo

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27
Q

Por quanto tempo se mantém o pico de LH?

A

48-50 horas

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28
Q

Quais as características da fase lútea?

A

1) Duração fixa de 14 dias
2) Aumento dos níveis de progesterona de forma aguda
3) Pico máximo de progesterona 8 dias após a ovulação
4) Se houver gestação, o HCG mantém o corpo lúteo
5) Regressão do corpo lúteo leva a uma queda dos níveis circulantes de estradiol, progesterona e inibina A
6) Elevação de FSH no final da fase lútea para novo recrutamento folicular

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29
Q

Quais são as 3 camadas do endométrio?

A

1) Profunda ou basal: inclui fundos de saco glandulares
2) Média ou esponjosa: ocupa a maior parte do endométrio e reage intensamente aos estímulos hormonais
3) Superficial ou compacta: inclui região do colo das glândulas e epitélio superficial

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30
Q

Como pode ser dividido o endométrio de forma morfofuncional?

A

1) Camada funcional: 2/3 superiores; parte que se prepara para implantação do embrião (composta pelas camadas esponjosa e compacta)
2) Camada basal: 1/3 inferior; sofre pouca variação ao longo do ciclo menstrual e é responsável pela regeneração do endométrio após a menstruação

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31
Q

Quais são as fases do ciclo uterino?

A

1) Endométrio menstrual
2) Endométrio proliferativo
3) Endométrio secretor

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32
Q

Quais as características do endométrio menstrual?

A

1) Infiltração leucocitária

2) Reação decidual do estroma

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33
Q

Como se caracteriza o endométrio proliferativo?

A

1) Glândulas endometriais tornam-se alongadas e tortuosas
2) Estroma torna-se denso
3) Aumento de células ciliadas e microvilosas

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34
Q

Quais as características do endométrio secretor?

A

1) Glândulas endometriais em processo progressivo de dilatação tornando-se cada vez mais tortuosas
2) Estroma edemaciado
3) Vasos sanguíneos espiralados

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35
Q

O que ocorre com o muco cervical sob efeito do estrogênio e da progesterona?

A

1) Estrogênio: torna-se mais fluido e elástico; forma cristais em folha de samambaia
2) Progesterona: torna-se espesso, turvo e perde a distensibilidade

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36
Q

Quais os efeitos do estrogênio e da progesterona sobre a vagina?

A

1) Estrogênio: células eosinófilos isoladas, sem leucócitos

2) Progesterona: células basófilas dispostas em grupos e com grande número de leucócitos

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37
Q

Quais os efeitos do estrogênio e da progesterona sobre as mamas?

A

1) Estrogênio: rápido desenvolvimento do tecido epitelial (grande número de mitoses)
2) Progesterona: dilatação dos ductos mamários e diferenciação das células epiteliais alveolares em células secretoras (acinares)

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38
Q

Qual costuma ser o padrão normal de duração do ciclo menstrual? E a duração do período menstrual?

A

1) 21-35 dias

2) 2 a 8 dias

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39
Q

Quando ocorre a seleção folicular do folículo dominante?

A

5o dia do ciclo

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40
Q

Qual a definição de cistocele? E retocele?

A

1) Cistocele: deslocamento inferior da bexiga

2) Retocele: profusão do reto pela parede vaginal posterior

41
Q

Quais são os ossos que compõem a pelve óssea?

A

1) Púbis
2) Ílio
3) Ísquio
4) Sacro

42
Q

Quais órgãos compõem o assoalho pélvico?

A

1) Bexiga
2) Uretra
3) Vagina
4) Útero
5) Reto
6) Ânus

43
Q

Qual a divisão da fáscia endopélvica?

A

1) Fáscia pubocervical

2) Fáscia retovaginal

44
Q

Quais são as estruturas de suspensão do assoalho pélvico?

A

1) Feixes anteriores: ligamentos pubovesicuterinos
2) Feixes laterais: ligamentos cardinais/de Mackenrodt/paramétrios laterais (fixam o colo uterino e a porção proximal da vagina junto à pelve óssea)
3) Feixes posteriores: ligamentos uterossacros (determinam o eixo vaginal)

45
Q

O que origina o anel paracervical e qual sua função?

A

1) Fusão dos ligamentos cardinais e uterossacros

2) Responsável pela suspensão do ápice da vagina e do útero

46
Q

Qual o nível I de Delancey e quais as consequências das lesões nesse nível?

A

1) Suspensão apical (ligamentos uterossacros e cardinais)

2) Lesões fasciais associam-se aos prolapsos uterino e de cúpula vaginal e às enteroceles

47
Q

Qual o nível II de Delancey e quais as consequências das lesões nesse nível?

A

1) Fixação lateral (vagina média, localizada entre espinhas isquiáticas e a topografia da transição vesicouretral
2) Cistoceles e retoceles

48
Q

Qual o nível III de Delancey e quais as consequências das lesões nesse nível?

A

1) Fusão (fixação da vagina distal)

2) Lesões associam-se à hipermobilidade uretral, incontinência urinária, hipermobilidade perineal e rotura perineal

49
Q

Quais são as estruturas de sustentação dos órgãos pélvicos?

A

1) Diafragma pélvico: músculo levantador do ânus (mais importante), músculo coccígeo
2) Diafragma urogenital: músculo transverso profundo do períneo e esfíncter uretral externo
3) Fáscia endopélvica

50
Q

Quais são as porções que formam o músculo levantador do ânus?

A

1) Íliococcígeo
2) Pubococcígeo
3) Puborretal

51
Q

Que músculos compõem o diafragma urogenital?

A

1) Músculo transverso profundo do períneo
2) Esfíncter anal
3) Esfíncter uretral externo

52
Q

Quais músculos são incisados numa Episiotomia mediolateral?

A

1) Bulbocavernoso

2) Transverso superficial do períneo

53
Q

Qual a etiologia dos prolapsos genitais?

A

1) Multiparidade (principal)
2) Menacme: alongamento dos ligamentos cardinais e uterossacros
3) Pós menopausa: hipoplasia ou atrofia generalizada do tecido conjuntivo muscular

54
Q

Como deve ser o exame neurológico numa paciente com queixa de prolapso genital?

A

1) Sensibilidade dos pequenos e grandes lábios: L1-L2
2) Parte lateral e sola dos pés: S1
3) Reflexos cutâneos sacrais (bulbocavernoso e anal): S2-S4

55
Q

Como podem ser classificados os prolapsos em relação ao introito vaginal?

A

1) 1o grau: órgão prolapsado não alcança o introito vaginal
2) 2o grau: órgão prolapsado se exterioriza parcialmente pelo introito vaginal
3) 3o grau: órgão prolapsado se exterioriza totalmente pelo introito vaginal

56
Q

Quais são os pontos de referência do POP-Q?

A
Aa e Ba: parede anterior
C: cérvice ou cúpula
Gh: hiato genital
Pb: corpo perineal
CTV: comprimento total da vagina
Ap e Bp: parede posterior
D: fundo de saco de Douglas (não existe em caso de histerectomia)
57
Q

Qual é o ponto 0 do POP-Q?

A

Carúncula himenal (abaixo da carúncula é positivo; acima da carúncula é negativo)

58
Q

Qual é o estadiamento do prolapso genital segundo o POP-Q?

A

Estádio 0: ausência de prolapso (pontos Aa, Ap, Ba e Bp coincidem e estão a -3cm de pontuação)
Estádio 1: ponto de maior prolapso está acima da posição -1cm
Estádio 2: ponto de maior prolapso está entre as posições -1cm e +1cm
Estádio 3: ponto de maior prolapso está além da posição +1cm e no máximo 2cm a menos que o comprimento vaginal
Estádio 4: eversão completa; ponto máximo do prolapso está no mínimo no CVT -2cm

59
Q

Como são classificados os prolapsos de acordo com o compartimento genital?

A

1) Compartimento anterior: cistocele ou uretrocele
2) Compartimento apical: uterocele, enterocele ou prolapso da cúpula pós histerectomia
3) Compartimento posterior: retocele

60
Q

Quais os tipos de prolapso de parede vaginal anterior e como corrigi-los?

A

1) Defeito central ou de distensão: colporrafia anterior (Kelly-Kennedy)
2) Defeito lateral ou de deslocamento ou paravaginal (responsável por 80% dos casos de cistocele): reinserção da fáscia de suporte (pubovesical) no arco tendíneo da fáscia pélvica

61
Q

Como é o quadro clínico do prolapso vaginal anterior?

A

1) Sensação de peso ou desconforto na região da genitália externa
2) Alivia ao deitar-se e piora ao longo do dia, principalmente em ortostase
3) Sinal mais comum é a exteriorização de uma bola na vagina

62
Q

Como se faz o TTO do prolapso vaginal anterior?

A

1) Assintomáticas: não precisam de TTO
2) Sintomáticas mas com alto risco cirúrgico: pessários vaginais
3) Sintomáticas com bom risco cirúrgico: colporrafia anterior ou reinserção da fáscia pubovesicocervical ao arco tendíneo da fáscia endopélvica
4) Estudo urodinâmico sempre antes da cirurgia, mesmo em mulheres sem sintomas urinários

63
Q

Por defeito de quais estruturas ocorre o prolapso apical?

A

Paramétrios (ligamentos cardinais/laterais, posteriores/uterossacros, anteriores/pubovesicocervicais)

64
Q

Como diferenciar alongamento hipertrófico do colo de prolapso uterino?

A

Através da medida do comprimento cervical. Se o colo está em posição anômala com cervicometria aumentada, é colo hipertrófico. Se estiver em posição anômala com cervicometria normal, é prolapso uterino

65
Q

Como é feito o TTO do prolapso uterino estádios I e II? Quando é indicado?

A

1) Cirurgia de Manchester (amputação parcial do colo uterino e cervicofixação anterior dos ligamentos de Mackenrodt)
2) Indicada a pacientes com comorbidades que elevem o risco cirúrgico; que desejem fertilidade futura e pacientes com alongamento hipertrófico de colo

66
Q

Qual o TTO indicado no prolapso uterino III e IV?

A

1) Histerectomia vaginal e correção de lesões satélite

2) Cirurgia de Le Fort ou colpocleise em paciente muito idosas com risco cirúrgico proibitivo e sem vida sexual ativa

67
Q

O que é elitrocele e quando ela ocorre? Como é feito o TTO?

A

1) Prolapso de cúpula vaginal
2) Ocorre em mulheres histerectomizadas ou com outras cirurgias pélvicas
3) Fixação da cúpula vaginal ao promontório do sacro, na aponeurose do músculo reto abdominal ou ao ligamento sacroespinhoso e pela obliteração vaginal (colpocleise)

68
Q

Como se manifesta uma enterocele? Quando são mais comuns? Como é feito o TTO?

A

1) Hérnia no fundo de Saco de Douglas
2) Mais comuns após histerectomias
3) Dissecção seguida de exérese do saco herniário redundante + colporrafia posterior + fixação da cúpula vaginal

69
Q

Como é feito o TTO do prolapso de parede posterior (retocele)?

A

Colporrafia posterior com plicara da fáscia retovaginal

70
Q

Quais os sinais e sintomas da retroversão uterina? Quando ocorre?

A

1) Lombalgia, desconforto abdominal, hipermenorragia, dismenorreia, complicações na gravidez, dispareunia
2) Pode ser congênita ou adquirida (consequente à Multiparidade, processos inflamatórios, endometriose, tumores pélvicos e afrouxamento dos tecidos pélvicos)

71
Q

Quando ocorre inversão uterina de forma aguda? Como corrigir?

A

1) Durante o trabalho de parto por manobras intempestivas e iatrogênicas durante o secundamento
2) Correção manual através da vagina (manobra de Taxe); se não resolver, laparotomia e correlação da inversão por técnica de Huntington

72
Q

Quais os principais fatores de risco para incontinência urinária?

A

1) Idade (principal)
2) Obesidade
3) ITU
4) Status hormonal (baixos níveis de estrogênio levam a sintomas urinários)
5) Paridade e vias de parto
6) Cirurgias prévias
7) Doenças sistêmicas
8) Doenças neurológicas

73
Q

Qual o principal método diagnóstico para incontinência urinária?

A

Urodinâmica

74
Q

Quais as causas de incontinência urinária?

A

1) Incontinência urinária de esforço: causa mais frequente
2) Bexiga hiperativa
3) Hiperatividade do detrusor
4) Incontinência urinária mista
5) Incontinência por transbordamento

75
Q

Por que a incontinência urinária é mais comum em mulheres?

A

1) Menor comprimento uretral

2) Maior chance de injúria musculofascial durante a gestação e parto

76
Q

Como é dividido o músculo detrusor da bexiga?

A

1) Camadas externa e interna têm disposição longitudinal

2) Camada intermediária tem disposição circular

77
Q

Como é feito o controle do enchimento e esvaziamento vesical?

A

1) Enchimento: sistema nervoso simpático (noradrenalina)

2) Esvaziamento: sistema nervoso parassimpático (acetilcolina)

78
Q

Como o sistema nervoso simpático atua no Enchimento vesical?

A

1) Receptores alfa adrenérgicos no colo vesical e na uretra com contração esfincteriana
2) Receptores beta adrenérgicos no músculo detrusor, gerando seu relaxamento

79
Q

Como ocorre a fase de Enchimento vesical e armazenamento urinário?

A

1) Início de Enchimento pela complacência vesical
2) Fechamento uretral mantido por mecanismos extrínseco e intrínseco
3) Inibição da resposta motora do detrusor
4) Sensação de Enchimento vesical é percebida pelo córtex
5) Contração voluntária do assoalho pélvico com o aumento do volume vesical

80
Q

Como ocorre a fase de esvaziamento vesical?

A

1) Relaxamento do assoalho pélvico e do músculo estriado uretral
2) Contração do detrusor
3) Manutenção da pressão constante durante a micção

81
Q

Qual o primeiro passo na avaliação diagnóstica da incontinência urinária?

A

1) Anamnese: idade; raça branca mais prevalente; doenças prévias (DPOC, DM, insuficiência vascular); obesidade; história obstétrica; afecções prévias do trato urinário; cirurgias prévias; queixa urinária; medicamentos
2) Exame físico: avalia prolapsos, meato uretral, condições da pele vulvar, avaliação funcional do assoalho pélvico

82
Q

Qual o segundo passo na avaliação diagnóstica da incontinência urinária?

A

1) EAS e urinocultura
2) Diário ou calendário miccional
3) Teste do absorvente
4) Estudo da mobilidade do colo vesical (cotonete, USG, RM)
5) Avaliação urodinâmica

83
Q

Como se divide o estudo urodinâmico?

A

1) Urofluxometria: mede o fluxo e o volume urinário em determinado intervalo de tempo
2) Cistometria: relação pressão/volume é registrada para avaliar atividade do detrusor; sensação, capacidade e complacência vesicais; pressões vesical, abdominal e detrusora
3) Estudo miccional
4) Perfil pressórico uretral
5) Eletromiografia: avalia integralidade da musculatura estriada periuretral e dos levantadores do ânus

84
Q

O que é a pressão de perda avaliada no estudo urodinâmico? O que seu valor indica?

A

1) Pressão intravesical que leva à perda de urina pela uretra ao esforço
2) < 60 cmH2O indica defeito esfincteriano intrínseco (ou incontinência urinária tipo III)
3) > 90 cmH2O indica hipermobilidade do colo vesical

85
Q

Para ser considerado um exame normal, o que não pode haver no estudo urodinâmico?

A

Não pode haver

1) Dor
2) Urgência
3) Incontinência
4) Contrações involuntárias do detrusor

86
Q

Qual a definição de incontinência urinária de esforço? Como se manifesta?

A

1) Quando a pressão vesical excede a pressão uretral na ausência de contração do músculo detrusor
2) Perda urinária aos esforços (tosse, espirro, exercício)

87
Q

Qual a principal teoria que explica a incontinência de esforço?

A

Hipermobilidade da uretra e do colo vesical

88
Q

Quais os principais fatores de risco para incontinência de esforço?

A

1) Via de parto
2) Aumento da paridade
3) Deficiência estrogênica
4) Traumatismos pélvicos
5) Cirurgias em torno do colo vesical
6) Cirurgias pélvicas radicais

89
Q

Quais as características da incontinência urinária de urgência?

A

1) Urgência
2) Urgeincontinência
3) Noctúria

90
Q

O que é a hiperatividade do detrusor e como pode ser classificada?

A

1) Condição urodinâmica determinada por contrações involuntárias do detrusor, desencadeada espontaneamente ou em resposta a estímulos durante o Enchimento vesical
2) Idiopática/instabilidade do detrusor (forma mais frequente)
3) Neurogênica/hiperreflexia do detrusor (contrações não inibidas do detrusor por lesão neurológica)

91
Q

Como se define uma contração não inibida do detrusor pela cistometria?

A

Aumento de pressão do detrusor e da pressão vesical sem que haja aumento da pressão abdominal

92
Q

Quais os principais diagnósticos diferenciais da incontinência urinária de urgência?

A

1) Infecção urinária
2) Litíase
3) Tumores vesicais

93
Q

Quais as características da incontinência por transbordamento?

A

1) Pressão intravesical excede a pressão uretral
2) Mais comum em pacientes com lesão neurológica
3) Falta de capacidade de contração da fibra muscular lisa do detrusor
4) TTO com suporte

94
Q

Como é feito o TTO Conservador da incontinência urinária de esforço?

A

1) Mudanças de hábitos de vida (perda de peso principalmente)
2) Exercícios perineais (Kegel)
3) Eletroestimulação
4) Cones vaginais
5) Pessários

95
Q

Como é feito o TTO farmacológico da incontinência urinária de esforço?

A

1) Duloxetina
2) Agonistas alfa adrenérgicos
3) Reposição estrogênica

96
Q

Como é feito o TTO cirúrgico da incontinência urinária de esforço?

A

1) Colporrafia anterior por via vaginal (cirurgia de Kelly Kennedy)
2) Suspensão por agulha transvaginal
3) Uretropexia retropúbica (colpossuspensão retropúbica de Burch)
4) Cirurgias de Sling

97
Q

Como é feito o TTO da bexiga hiperativa?

A

1) Medidas gerais: perda de peso, redução da ingesta hídrica, redução do uso de cafeína, suspensão do tabagismo, melhora da função intestinal
2) Anticolinérgicos (oxibutinina, tolterodina, agonistas beta 3 adrenérgicos)
3) Toxina botulínica
4) Técnicas comportamentais (retreinamento vesical, cinesioterapia, eletroestimulação)

98
Q

O que é síndrome da bexiga dolorosa?

A

Dor pélvica crônica com pelo menos outro sintomas urinário sem outra afecção como ITU, carcinoma ou cistite induzida por radiação

99
Q

O que podemos achar na cistoscopia de uma paciente com síndrome da bexiga dolorosa?

A

1) Úlceras de Hunner

2) Glomerulações