Cirurgia 04 - Síndromes Álgicas Abdominais Flashcards

(72 cards)

1
Q

Dor no abdome superior que irradia para o dorso, com vômitos importantes:

A

Pancreatite aguda!

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2
Q

Dor contínua > 6 horas no hipocôndrio direito, irradiação escapular, após alimentação gordurosa:

A

Colecistite aguda!

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3
Q

Dor abdominal súbita, difusa, grande intensidade com defesa e rebote:

A

Ruptura e peritonite!

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4
Q

Dor subesternal, em queimação, que melhora com alimentação ou antiácidos:

A

Úlcera duodenal!

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5
Q

Dor súbita, mesogástrica + massa pulsátil + hipotensão:

A

Ruptura de aneurisma de aorta abdominal!

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6
Q

Dor periumbilical que localiza na FID:

A

Apendicite aguda!

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7
Q

Dor abdominal no HCD, febre com calafrios e icterícia:

A

Colangite infecciosa!

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8
Q

Dor abdominal difusa desproporcional ao exame físico + acidose metabólica + FA:

A

Isquemia mesentérica aguda!

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9
Q

Dor periumbilical que localiza na FIE:

A

Diverticulite aguda!

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10
Q

Dor abdominal difusa + distensão + hipoperistaltismo:

A

Obstrução (fase tardia) OU Íleo Paralítico!

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11
Q

Dor abdominal difusa + distensão + hiperperistaltismo:

A

Porfiria intermitente aguda (PIA) OU Obstrução intestinal (fase inicial)!

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12
Q

Dor abdominal que piora com a contração do abdome:

A

Dor da parede abdominal!

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13
Q

Dor abdominal + disúria + punho-percussão positiva:

A

ITU, nefrolitíase!

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14
Q

Desidratação + acidose + hiperglicemia + abdome agudo:

A

CETOACIDOSE DIABÉTICA!

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15
Q

Dor abdominal + doença aterosclerótica difusa + emagrecimento por “medo de comer”:

A

Isquemia mesentérica crônica!

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16
Q

Dor abdominal em queimação/coçando/neuropática + distribuição em dermátomos:

A

Herpes-zóster!

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17
Q

Indicações cirúrgicas no abdome agudo (4 indicações):

A
  1. Doença com tratamento cirúrgico (ex. apendicite)
  2. Peritonite
  3. Obstrução total
  4. Isquemia
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18
Q

Local mais comum de ocorrência da doença diverticular dos cólons.

A

Sigmoide (lado esquerdo).

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19
Q

Classificação de Hinchey.

A

Hinchey I: abscesso pericólico.
Hinchey II: abscesso pélvico ou a distância.
Hinchey III: peritonite purulenta.
Hinchey IV: peritonite fecal.

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20
Q

Como se dá o diagnóstico de diverticulite aguda?

A

Diagnóstico clínico (História + exame físico).

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21
Q

Qual exame padrão ouro para diagnosticar diverticulite aguda e quais não devem ser feitos?

A

TC (padrão-ouro). Evitar colonoscopia e clíster opaco.

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22
Q

Tratamento da diverticulite aguda não complicada (Hinchey I).

A

Abscesso < 4 cm (não complicada):

  • Sintomas mínimos: ATB VO + dieta líquida.
  • Sintomas exuberantes: ATB IV + dieta zero.
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23
Q

Tratamento da diverticulite aguda complicada Hinchey II.

A

Abscesso > 4 cm: ATB IV + drenagem percutânea guiada por USG ou TC + colonoscopia após 4-6 semanas + cirurgia eletiva após 6-8 semanas (técnica cirúrgica: sigmoidectomia + anastomose primária).

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24
Q

Tratamento da diverticulite aguda complicada Hinchey III e IV.

A

Sigmoidectomia a Hartmann (Hinchey III pode fazer lavagem laparoscópica).

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25
Qual a fístula mais comum na diverticulite aguda?
Sigmoide-vesical.
26
Febre + dor abdominal + rash maculopapular + delirium + Sinal de Faget.
Febre tifóide.
27
Complicação mais comum da febre tifóide.
Hemorragia digestiva.
28
Como dar o diagnóstico da febre tifóide na primeira semana de doença? E na terceira a quarta semanas?
Primeira: Hemocultura. | Terceira-quarta: Coprocultura, sorologia, mielocultura.
29
Tratamento da febre tifóide.
Ceftriaxone, Ciprofloxacino, Cloranfenicol (pelo MS) ± Corticoide.
30
Quais as bactérias mais comumente isoladas nos quadros de apendicite aguda?
Bacteroides fragilis (anaeróbia) e E. coli (aeróbia).
31
A dor abdominal difusa na apendicite está relacionada a qual alteração no apêndice? E a dor localizada no FID?
Dor difusa: DISTENSÃO do apêndice (irritação do peritônio VISCERAL). Dor localizada: ISQUEMIA do apêndice (irritação do peritônio PARIETAL).
32
Qual costuma ser o primeiro sintoma da apendicite?
Anorexia.
33
Sinal de Blumberg e Sinal de Rovsing:
Blumberg: dor a descompressão brusca do ponto de McBurney. Rovsing: dor em FID com a compressão da FIE.
34
Sinal do obturador:
Dor em FID à flexão da coxa + rotação interna do quadril.
35
Sinal de Dunphy e Sinal de Lenander:
Sinal de Dunphy: dor em FID que piora ao tossir. | Sinal de Lenander: T retal > T axilar em pelo menos 1ºC.
36
Cite 3 diagnósticos diferenciais de apendicite aguda.
Apendagite epiploica, linfadenite mesentérica e diverticulite de Meckel.
37
Exames utilizados para diagnosticar apendicite em casos de probabilidade intermediária ou com > 48h.
Se homem, idosos ou mulheres comprovadamente não gestantes: TC. Se crianças, gestantes ou mulheres em idade fértil em que não se pode excluir gestação: USG ou RNM.
38
Qual o tratamento da apendicite aguda simples?
Antibioticoprofilaxia + apendicectomia.
39
Cite três vias de acesso para apendicectomia.
Laparoscópica, incisão de McBurney (QID oblíqua) e incisão de Davis-Rockey (QID transversa).
40
Qual a conduta na suspeita de apendicite aguda complicada?
Realizar exame de imagem. - Negativo: Antibioticoprofilaxia + apendicectomia. - Abscesso: Antibioticoterapia + drenagem + colonoscopia entre 4-6 semanas ± apendicectomia tardia. - Fleimão: Antibioticoterapia + colonoscopia entre 4-6 semanas ± apendicectomia tardia. - Peritonite difusa: medidas gerais + antibioticoterapia + cirurgia.
41
Qual a forma de isquemia intestinal mais comum?
Colite isquêmica.
42
Dor abdominal súbita e intensa desproporcional ao exame físico + acidose metabólica + sinal de Lenander "reverso".
Isquemia mesentérica aguda.
43
Dor abdominal que piora com alimentação + emagrecimento + sinais sistêmicos de aterosclerose.
Isquemia mesentérica crônica
44
Como explicar a acidose metabólica no paciente com isquemia mesentérica aguda?
Metabolismo anaeróbio secundário a necrose intestinal --> produção de ácido lático.
45
Qual exame mais utilizado e qual o padrão-ouro para diagnóstico de isquemia mesentérica aguda?
Mais utilizado: AngioTC. | Padrão-ouro: Angiografia mesentérica seletiva.
46
Tratamento da isquemia mesentérica aguda com obstrução do fluxo vascular (5 etapas):
1. Suporte 2. Antibioticoterapia 3. Heparinização 4. Laparotomia com embolectomia ou trombectomia 5. Papaverina pós-operatória.
47
Tratamento da isquemia mesentérica aguda sem obstrução do fluxo vascular (4 etapas):
1. Suporte 2. Antibioticoterapia 3. Heparinização 4. Papaverina intra-arterial.
48
Dor abdominal em cólica + diarreia mucossanguinolenta + febre + hipotensão.
Colite isquêmica.
49
Quais são as áreas mais propensas a isquemia na colite isquêmica?
Flexura esplênica e junção retossigmoide.
50
Dor abdominal + hiperatividade simpática (picos hipertensivos) + neuropatia periférica + crises convulsivas + distúrbios psiquiátricos.
Porfiria intermitente aguda.
51
Quais os precursores da porfirina se acumulam na Porfiria Intermitente Aguda?
ALA e PBG.
52
Diagnóstico da Porfiria Intermitente Aguda.
PBG urinário
53
Duas medidas possíveis para tratamento da Porfiria Intermitente Aguda.
1. Heme (Hematina ou Arginato de Heme): “feedback negativo”. 2. Carboidratos (SG 10%): A succinil-CoA também participa da via energética. Dando carboidratos ela trabalha menos.
54
Cite 5 possíveis causas de pancreatite aguda.
1. Biliar 2. Álcool 3. Pós-CPRE 4. Drogas 5. Hipertrigliceridemia 6. Hipercalcemia 7. Trauma 8. Pâncreas divisum 9. Picada de escorpião (Tytius trinitatis)
55
Diagnóstico de pancreatite aguda de acordo com os critérios de Atlanta.
Dois dos três: - Clínica: dor abdominal em barra, náuseas, vômitos. - Laboratório: amilase e lipase > 3x normal. - Imagem: tomografia + USG (avaliar colelitíase).
56
Quem é mais específica para pancreatite aguda: lipase x amilase?
LIPASE! Lipase é mais específica que amilase. Não guardam relação com prognóstico. Se elevam juntas, e a amilase cai primeiro, 3-6 dias depois do início do quadro.
57
Qual o exame de imagem padrão-ouro para diagnóstico de pancreatite aguda?
TC de Abdome! A TC é o exame padrão-ouro. Idealmente deve ser solicitado para casos graves após 48-72h.
58
Classificação da gravidade da pancreatite aguda de acordo com os critérios de Atlanta 2012.
- Pancreatite aguda leve: ausência de disfunção orgânica e complicações locais ou sistêmicas. - Pancreatite aguda moderadamente grave: presença de complicações locais ou sistêmicas, ou disfunção orgânica transitória (< 48h). - Pancreatite aguda grave: presença de disfunção orgânica persistente (> 48h).
59
Critérios de Ranson na ADMISSÃO (pancreatite não biliar e biliar).
*LEGAL* (pancreatite não biliar / biliar). ``` L - Leucocitose > 16.000 (> 18.000) E - Enzimas: AST > 250 G - Glicose > 200 (> 220) A - Anos: Idade > 55 anos (> 70) L - LDH > 350 (> 400) ```
60
Critérios de Ranson APÓS 48h (pancreatite não biliar e biliar).
*FECHOU* (pancreatite não biliar / biliar). F - Fluido: Déficit fluidos estimado > 6L (> 4L) E - Excesso de base > 4mEq (> 5mEq) C - Cálcio < 8 mg/dl H - Hematócrito: queda do hematócrito > 10 O - Oxigênio: PaO2 < 60 mmHg* U - Ureia: Aumento do BUN > 5 mg/dL (> 2) *PaO2 não é avaliada na pancreatite de origem biliar!!
61
Os sinais de Cullen e Grey-Turner estão presentes em qual doença? Caracterize-os.
Pancreatite aguda (necrosante)! Sinal de Cullen: equimose periumbilical ('C'ullen - 'C'entral) Sinal de Grey-Turner: equimose em flancos.
62
Quais os critérios utilizados no score BISAP? A partir de quanto indica pancreatite grave?
``` *BISAP* B - BUN > 25 I - Impaired mental status S - SIRS A - Age > 60 P - Pleural efusion. ``` Pancreatite grave = BISAP maior ou igual a 3.
63
Tratamento da pancreatite aguda leve (4 itens):
1. Repouso 2. Hidratação + reposição de eletrólitos 3. Analgesia 4. Dieta zero (reintroduzir dieta VO tão logo não sejam necessários opióides para analgesia e paciente manifeste desejo de se alimentar).
64
Tratamento da pancreatite aguda grave (7 itens):
1. Repouso 2. UTI 3. Reanimação volêmica 4. Analgesia 5. Suporte nutricional enteral ou por NPT 6. Avaliar CPRE (se obstrução ou colangite) 7. Avaliar ATB profilático - Imipenem (necrose infectada).
65
Conduta na necrose pancreática.
- Estéril: conduta expectante. | - Infectada: punção, antibioticoterapia (Imipenem) e necrosectomia (postergar o máximo possível se paciente estável).
66
Conduta no pseudocisto pancreático.
- Sintomas mínimos, sem complicações: expectante. - Sintomático e/ou complicações (compressão de estruturas vizinhas, hemorragia, ruptura): abordagem endoscópica ou cirúrgica.
67
Qual melhor momento para realizar colecistectomia na pancreatite aguda de origem biliar?
- Se pancreatite leve: na mesma internação. | - Se grave: aguardar 6 semanas.
68
Qual exame mais sensível para diagnóstico da pancreatite crônica?
Teste da secretina.
69
Como tratar a insuficiência endócrina e exócrina na pancreatite crônica?
- Endócrina: insulinoterapia. | - Exócrina: reposição de enzimas pancreáticas + IBP.
70
Qual o procedimento cirúrgico para tratamento da pancreatite crônica refratária as medidas clínicas?
Pancreatojejunostomia latero-lateral + Y de Roux (Cirurgia de Puestow modificado ou Partington-Rochelle).
71
Qual a alteração laboratorial de maior especificidade para diagnóstico de pancreatite aguda biliar?
Elevação de TGP (ALT). "TG'P' com 'P' de pâncreas"
72
Complicação mais grave e temida da apendicite aguda?
Pileflebite (Trombose séptica de veia porta).