Cirurgia Cardíaca - Circulação extracopórea Flashcards

1
Q

Como o sangue é drenado da veia cava durante a circulação extracorpórea?

A

Por ação de sifão causada pela gravidade. O sangue passa do reservatório de cardiotomia, através de uma bomba, um permutador de calor, um oxigenador e um filtro antes de retornar ao sistema arterial.

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2
Q

Quais são os dois tipos diferentes de bombas que são usadas para retornar o sangue para o sistema arterial durante a circulação extracorpórea? Qual deles resulta em menos trauma no sangue?

A

Os tipos são a bomba de roletes e a bomba centrífuga. A bomba de rolete funciona através da compressão da tubulação que contém o fluido entre um rolete e uma placa traseira curvada de metal, criando o fluxo. Em comparação, a bomba centrífuga produz menos trauma para sangue. A bomba centrífuga tem seu fluxo afetado pela resistencia da tubulação e pela RVS do paciente.

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3
Q

Como se impede que o sangue não entre no coração pela veia cava superior e inferior durante a circulação extracorpórea para cirurgia intracardíaca e de válvula mitral?

A

Colocando-se uma cânula de veia cava superior e inferior, bem como ligaduras colocadas proximalmente a essas cânulas. Todo o sangue que retorna do sistema venoso do paciente entra na máquina de circulação extracorpórea através da grandes cânulas.

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4
Q

Por que a aorta precisa ser pinçada distalmente a válvula e proximalmente a cânula de entrada do influxo arterial sistêmica durante a circulação extracorpórea?

A

Para permitir a parada cardioplégica. A solução cardioplégica é administrada através de um cateter colocado na aorta ascendente, proximal ao pinçamento aórtico.. A cardioplegia tabém pode ser administrada de forma retrógrada, atarvés de um catéter no seio coronário. Uma válvula aórtica incompetente em um coração parado, sem este pinçamento, permitiria que o sangue fluísse retrógrado da aorta para o coração, estirando o miocárdio e causando disfunção ventricular.

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5
Q

Por que o ventrículo esquerdo pode precisar de uma ventilação durante a circulação extracorpórea? Como isso pode ser obtido?

A

Pode ser necessária para prevenir a distenção prejudicial do ventrículo esquerdo em cirurgias em que o coração não é aberto. Há, pelo menos, três razoes pelas quais o ventrículo direito pode precisar ser ventilado durante a CEC. Primeiro, inconpentência da válvula aórtica pode levar fluxo retrógrado pro ventrículo. Segundo, pode haver alto grau de fluxo sanguíneo do seio coronário e da circulação brônquica que volta ao coração. Terceiro, O posicionamento cirurgico pode resultar em um fluxo sanguíneo reverso da aorta para o coração, ou do coração para as veias pulmonares. Por fim, a ventilação do ventrículo ou da artéria pulmonar pode ajudar a reduzir os risco de elevação das pressões da artéria pulmonar durante a CEC. A ventilação pode ser feita através da colocação de um cateter no ventrículo esquerdo, através de uma veia pulmonar ou átrio esquerdo ou pela incisão da artéria pulmonar. O método mais usado é a sucção na linha de cardioplegia anterógrada colocada na aorta ascendente proximal.

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6
Q

Como pode ser facilitada a drenagem das veias cava superior e inferior durante a circulação extracorpórea?

A

Pode ser facilitada pela elevação da mesa cirúrgica a um nível mais alto( criando uma distancia vertical maior entre a mesa e a máquina de CEC) ou adicionando pressão negativa ou sucção ao reservatório de cardiotomia.

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7
Q

De que depende o índice cardíaco necessário fornecido pela bomba sistêmica na máquina de circulação extracorpórea? Qual índice cardíaco aproximado costuma ser suficiente?

A

O índice cardíaco necessário que é fornecido ao paciente pela bomba de rolete na máquina de CEC depende da temperatura corporal e do consumo de oxigênio pelo paciente. Um índice de 2 a 2.4l/min/m2 geralmente é suficiente no paciente normotérmico ou ligeiramente hipotérmico. Fluxos com cerca de metade desses níveis já foram utilizados sem efeitos adversos.

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8
Q

Qual a vantagem dos baixos fluxos durante a CEC?

A

O sangue sofre menos trauma. Menos fluxo sanguíneo colateral não coronário também retorna ao coração, o que pode levar a uma melhor proteção miocárdica, pois há uma menor quantidade de sangue quente entrando no coração e neutralizando as soluções frias de preservação do miocárdio.

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9
Q

Quais são os dois tipos de oxigenadores usados para oxigenar o sangue que está retornando para o sistema arterial durante CEC?

A

O oxigenador de bolhas e o oxigenador de membrana, embora os oxigenadores de bolhas raramente sejam utilizados no presente.

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10
Q

Qual a vantagem e desvantagem de um oxigenador de bolhas?

A

A vantagem é a relativa simplicidade e menor custo. As desvantagens incluem o aumento de turbulência e de espuma que ele produz e a desnaturação de proteínas do sangue pelo contato direto com o gás.

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11
Q

Qual a vantagem de um oxigenador de membrana? Qual a desvantagem?

A

A vantagem inclui o trauma relativamente menor ao sangue do que oxigenador de bolhas. A desvantagem é o custo e a maior complexidade.

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12
Q

Como os níveis da PaO2 e CO2 são controlados durante a CEC?

A

A PaO2 é mantida pelo ajuste da concentração de oxigênio no oxigenador e os níveis de CO2 são mantidos entre 35 e 45 mmHg pelo controle do sweep( fluxo total de gases através do oxigenador)

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13
Q

Como o corpo do paciente pode ser aquecido ou resfriado durante a CEC?

A

Além dos métodos usuais de aquecimento, o corpo também pode ser aquecido ou arrefecido por meio do uso dos permutadores de calor que são incorporados ao circuito da CEC. Esses permutadores são capazes de aquecer ou arrefecer o sangue a medida que se desloca através do circuito extracorpóreo através de um sistema de fluxo em contracorrente.

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14
Q

Qual a temperatura ideal do paciente para CEC?

A

Não está claro. Os requisitos metabólicos reduzem 8% a cada grau reduzido. A CEC normotérmica está associada a um indice aumentado de AVC. Antes da parada circulatório, é comum usar 18ºC durante o pinçamento aórtico, usa-se 28ºC e antes do desmame da CEC o paciente é aquecido a 37ºC. A temperatura corporal é mantida entre 31 e 33ºC nos protocolos atuais.

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15
Q

Como a parde de sangue no intraoperatório é recirculada para o paciente durante a CEC?

A

O sangue aspirado retorna ao reservatório de cardiotomia. No reservatório, o sangue é filtrado, tem a espuma eliminada e retorna ao oxigandor. O sangue é então recirculado.

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16
Q

Qual é um dos problemas relacionados a sucção da cardiotomia utilizada durante a CEC?

A

Ela contribui de forma significativa para a hemólise e as partículas embólicas que ocorrem durante a CEC.

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17
Q

Como impedir a ocorrência de embolia sistêmica devido a detritos celulares durante a CEC?

A

Através de filtros que são incorporados ao reservatório de cardiotomia, a jusante após o oxigenador.

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18
Q

O que significa a realização de priming(preparação) no sistema da CEC? O que é utilizado?

A

Refere-se ao preenchimento da tubulação da CEC com líquido, as vezes sangue. O sistema de tubulação é lavado com dióxido de carbono antes da preparação para retirar o gás de baixa solubilidade( nitrogênio do ar). sistema é então preenchido com cristalóide e aditivos. Esse fluido é composto de uma substância osmoticamente ativa, um diurético osmótico, um antibiótico e suplemento de eletrólitos. Adiciona-se sangue se o paciente estiver precisando.

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19
Q

Qual o percentual de hematócrito é mantido durante a CEC? Por que é importante a hemodiluição durante a CEC?

A

A hemodiluição do hematócrito do paciente a um percentual de 20 a 30% é importante para diminuir viscosidade do sangue. Esta redução é importante para facilitar a circulação no pequenos vasos durante a hipotermia.

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20
Q

Por que é importante remover todo o ar de circulação dentro do sistema da CEC antes?

A

Para evitar o bombeamento de ar para o sistema arterial.

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21
Q

Por que a anticoagulação por heparinaé necessária durante a CEC? Qual a dose de heparina geralmente usada? Como é confirmada sua adequação?

A

É obrigatória antes da CEC para prevenir a morte do paciente pela coagulação do sangue tanto no próprio paciente quanto na máquina. A dose é de 300 a 400UI/kg. A avaliação geralmente é feita pelo tempo de coagulação, que deve permanecer superior a 450 segundos ao longo do procedimento. A avaliação deve swer periódica durante procedimento ajustando a heparina quando necessário. Após a cirurgia pode-se fazer a reversão com protamina. Tempo deve retornar a valores iniciais, geralmente entra 90 e 120s.

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22
Q

Quais são as explicações para a baixa pressão arterial média frequentemente observada nesses pacientes?

A

Acredita-se que se deve a vasodilatação periférica causada pela baixa viscosidade, redução da temperatura e baixo teor de oxigênio da solução de priming.

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23
Q

Qual o valor de pressão arterial média é considerado aceitável nesses pacientes com CEC?

A

Assunto controverso. A maioria das instituição preferem pressões de aproximadamente 60mmHg e que se administre fenilefrina caso necessite aumento. Alguns usam uma referência de 40 a 60mmHg quando frio e 60 a 80mmHg quando quente. Essas faixas são ainda mais baixas em crianças e lactentes.

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24
Q

Por que a pressão arterial aumenta lentamente de forma espontânea durante a CEC?

A

Como resultado da vasoconstrição. Ocorre em resposta a ativação do sistema nervoso simpático ou do sistema renina-angiotensina. Tembém pode ser indicação de perfusão inadequada de alguns tecidos.

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25
Q

Quais são os perigos da hipertensão durante CEC? Como tratar?

A

Os riscos incluem dissecção de aorta, hemorragia intracerebral e aumento da circulação coronária e brônquica, levando ao aumento do retorno do sangue quente ao coração durante um periodo de cardioplegia fria. A hipertensão nessas situações pode ser tratada pela redução da RVS com nitrato ou anestésicos voláteis.

26
Q

Quais são alguns métodos para avaliação a adequação da perfusão tecidual durante a CEC?

A

Pode-se usar o débito renal como guia para perfusão renal. Um débito renal de 1 m/kg/h é considerado sufuciente. Em segundo lugar, o equilíbrio ácido-base do ácido do paciente pode ser monitorado. Em terceiro lugar, a tensão venosa mista de oxigênio pode ser monitorada quanto a evidências de extração excessiva de oxigênio. Uma PO2 venosa mista menor que 40mmHg geralmente é considerada evidência de perfusão tecidual inadequada. Por fim, a temperatura nasofaríngea pode ser comparada com a temperatura centra(bexiga ou reto), quanto maior discrepância, maior indicação de perfusão cerebral inadequada.

27
Q

Por que a diurese é induzida durante a CEC?

A

Pela inclusão de manitol na solução de priming, pela hipotermia, que interfere na absorção tubular renal e por glomérulos renais bem perfundidos com sangue em baixa pressão oncótica devido a hemodiluição. Por esta razão, durante a circulação extracorpórea a diurese minimanete aceitávelé de 1ml/kg/h. O produção de urina é importante para excreção do potássio administrado na solução de cardioplegia

28
Q

Qual pode ser a causa da elevação da pressão venosa central, com ou sem edema facial, durante a circulação extracorpórea? Como isso pode ser confirmado?

A

As causas incluem fluxo da cânula aórtica para artéria carótida, obstrução da cânula de veia cava superior e obstrução da drenagem venosa da veia jugular por uma cânula, pela posição da cabeça ou compressão do pescoço. O retorno venoso inadequado do paciente para máquina pode ser uma indicação disso..

29
Q

Qual pode ser a causa da distensão abdominal durante CEC?

A

As causas podem ser: obstrução de cânula de veia cava inferior, hemorragia intrabdominal ou ascite, ou distensão gastroinstestinal por gás ou fluido.

30
Q

Quais são algumas das complicações da CEC?

A

Dissecção de aorta, dissecção de artéria carótida, ar na tubulação de entrada da aorta, coagulação no circuito de circulação e embolia gasosa sistêmica, aterosclerótica ou por coágulo.

31
Q

Como a ventilação dos pulmões deve ser manejada durante a CEC?

A

A ventilação dos pulmões não é necessária durante a CEC. Os pulmões podem ser ventilados durante a CEC parcial ou quando houver fluxo sanguíneo pulmonar significativo. A evidência de fluxo pulmonar é vista como fluxo pulsátil da artéria pulmonar pelo cateter de artéria pulmonar.

32
Q

Qual o objetivo da preservação do miocárdio durante a CEC?

A

Minimização dos efeitos da isquemia no coração.

33
Q

Qual são alguns dos métodos pelos quais a preservação do miocárdio pode ser alcançada durante a CEC?

A

O resfriamento do coração pode ser obtido através da CEC hipotérmica, pela colocação direta de gelo no epicárdio, através da irrigação pericárdica com flúido gelado e pela infusão intracoronariana de solução de cardioplegia a 200ml/min. A parada miocárdica é conseguida através da infusão fria contendo potássio tanto de forma anterógrada através de cânula na raiz da aorta como retrógrado através do seio coronário.

34
Q

Qual o consumo de oxigênio de um coração que se contrai normalmente a 30ºC? E de um coração em fibrilação a 22ºC? Qual o consumo de um coração eletromecanicamente silencioso a 22ºC?

A

O consumo de um coração contraindo normalmente a 30ºC é de 10ml/100g de músculo cardíaco em um minuto. De um coração em fibrilação atrial a 22ºC é de 2ml/100g/min e de um coração eletromecanicamente silencioso na mesma temperatura é de de aproximadamente 0.3ml/100g/min.

35
Q

Como a solução de cardioplegia exerce sua função de preservação do miocárdio?

A

O potássio causa a cessação de atividade elétrica e mecânica, bloqueando a fase inicial da despolarização do miocárdio. O solução fria produz hipotermia seletiva do musculo cardíaco. A solução pode conter muitos aditivos( sangue, insulina, glicose, aspartato, glutamato, cálcio magnésio, nitroglicerina) a critério do cirurgião, mas nenhum desses aditivos forneceu qualquer benefício comprovado em relação a cardioplegia fria com período curto de pinçamento.

36
Q

Como é confirmada a colocação correta do cateter de cardioplegia?

A

Na cardioplegia retrógrada , pode ser confirmada através do monitoramento das pressões no seio coronário na ponta distal do cateter. O objetivo é uma pressão distal entre 40mmHg e 60mmHg. Se a pressão for igual a venosa central, o mais rovável é que esteja no átrio direito. Se for muito alta, o mais provável é que esteja em uma parede vascular. Outras opções de confirmação são pelo tato do cirurgião ou pelo ETE.

37
Q

Como se mede a eficácia da cardioplegia fria?

A

Colocando-se uma sonda de temperatura no ventrículo esquerdo. A ausência de qualquer atividade elétrica também é uma boa indicação de que o músculo cardíaco está quiescente.

38
Q

Quais são os dois potenciais efeitos negativos da hipercalemia intracardíaca da cardioplegia fria após a CEC? Como podem ser tratados?

A

Diminuição da contratilidade miocárdica e aumento da incidência de bloqueio cardíaco atrioventricular ao sair da CEC. Podem ser tratados com cálcio e, se necessário, insulina, com ou sem glicose. O bloqueio pode ser tratado com um marca-passo artificial, geralmente temporário, porque o bloqueio costuma durar só 1 a 2 horas após fim da CEC.

39
Q

Quais são as duas potenciais fontes de hipercalemia sistêmica durante a CEC? Como tratar caso persista após fim da CEC?

A

As duas potenciais fontes são a recirculação de solução de cardioplegia drenada para o sangue e diminuição da função renal. pode ser tratada com insulina e glicose, além de cálcio, por ultrafiltração no circuito de CEC ou pela administração de diuréticos como a furosemida.

40
Q

Porque anestésicos intravenosos suplementares podem ser administrados durante a CEC?

A

Embora haja diminuição da CAM durante a hipotermia, isso pode não ser suficiente para compensar a diluição súbita dos anestésicos quando o paciente é colocado em CEC. Por isso, a anestesia venosa suplementar pode ser necessária para garantir uma profundiade adequada. A infusão de dexmedetomidina foi associada a uma taxa menor de delirium.

41
Q

Por que é importante monitorizar os níveis de glicose durante a CEC? Quais são os alvos?

A

A anormalidades dos níveis de glicose podem ter efeitos prejudiciais. A hipoglicemia tem sido relacionada a um risco aumentado de lesão neurológica e a hiperglicemia a um risco aumentado de infecções e sequelas neurológicas. O nível almejado durante a CEC esta entre 120 e 180mg/dl.

42
Q

Por que os BNM suplementares podem ser administrados durante a CEC?

A

Existe uma diluição súbita dos nóveis de BNM quando é iniciada a CEC. O BNM suplementar deve ser iniciado logo antes do início da CEC para garantir que haja um nível adequado para evitar movimentação.

43
Q

A anestesia suplementar é rotineiramente necessária durante o reaquecimento após a conclusão da CEC?

A

Embora não seja rotineiramente necessário, o anestesista deve está ciente de que o paciente pode estar voltando a consciencia em um estado paralisado. Os inalatórios em baixas doses reduzem esse risco. Existem várias opções para anestesia após CEC, incluindo propofol, dexmedetomidina, opiáceos, benzodiazepínicos, agentes voláteis e uma combinação deles. Infusões contínuas que permitem sedação contínua na UTI geralmente são escolhidas.

44
Q

Que condições devem está presentes antes que seja descontinuada a CEC?

A

Normalização da RVS, estabilidade hemodinâmica, normotermia, eliminação de todo ar arterial, frequencia,, débito e ritmos adequados; equilíbrio ácido-base e eletrólitos normais; ventilações dos pulmões, hematócritos e estado volêmico adequado.

45
Q

Quando são removidas as cânulas da aorta e da veia cava após a CEC?

A

Depois que o coração puder manter um débito e uma PA adequada por vários minutos. Por uma questão de segurança, a capacidade de reestabelecer rapidamente a CEC deve ser mantido por um tempo após a interrupção. A administração de protamina pode causar hipotensão profunda por vasodilatação sistêmica. Nas reações graves, pode haver hipertensão pulmonar profunda e insuficiencia ventricular direita. Assim, a cânula arterial costuma ser retirada apenas após a adiministração bem sucedida de protamina.

46
Q

Quais são alguns dos problemas potenciais relacionados a hipotermia persistente após CEC?

A

Coagulopatia, hipertensão, taquicardia, estimulação do sistema nervoso simpático, tremores, acidose metabólica e dificuldade em desfibrilar o coração e manter ritmo cardíaco normal. Os efetios da hipotermia no coração persistente são particularmente evidentes abaixo de 34ºC. O reaquecimento do corpo pode ser alcançado mais facilmente após vasodialatção sistêmica através do uso de um vasodilatador., como nitroprussiato ou inalátório. Evita-se o reaquecimento rápido para prevenir embolia gasosa.

47
Q

Que precauções especiais devem ser tomadas antes da interrupção da CEC em pacientes que tiveram o coração esquerdo aberto? Como ocorre durante cirurgia de substituição valvar.

A

Eliminação de todo ar no coração. Isso pode ser realizado por meio de massagem cirúrgica no átrio e no ventrículo. Além disso, rotação da mesa de lada a lado junto com a ventilação em pressão positiva e a colocação da cabeça do paciente em um nível mais baixo que o coração também ajuda. Evitar a administração de oxido nitroso após CEC pode evitar o potencial aumento dos microêmbolos que podem ter ocorrido.

48
Q

Qual o risco potencial de ar permanecer no coração na conclusão da CEC?

A

Embolização do ar para a circulação arterial, especialmente coronárias e cerebral. A chance é maior durante a amanipulação do coração e alterações na anatomia, e dutrante o fechamento do externo. Embolia nas artérias coronarias pode causar uma insuficiencia cardíaca rápida, com necessidade de retorno a CEC. Embolia no cérebro pode se manifestar como incapacidade de despertar e estado de mal epiléptico. O tratamento com oxigênio hiperbárico pode eliminar embolias gasosas do SNC e melhorar os resultados.

49
Q

Para cada uma das situações a seguir complete o diagnótico e tratamento adequado.
1-Pressão arterial diminuida, atrial aumentada, DC diminuido
2- Pressão arterial diminuida, atrial dimiuido, DC diminuido.
3- Pressão arterial diminuida, atrial diminuida, DC aumentado
4- Pressão arterial aumentada, atrial aumentada, DC diminuido
5- Pressão arterial aumentada, atrial diminuida, DC aumentado

A

1-: Disfunção ventricular esquerda = inotrópicos, vasodilatadores e assistencia
2-Hipovolemia = administração de fluidos
3- Vasodilatação, baixa viscosidade do sangue = administração de eritrócitos
4- Vasoconstrição, disfunção ventricular esquerda = Vasodilatadores, inotrópicos
5- estado hiperdinâmico = anestésicos, antagonistas adrenérgicos.

50
Q

Por que o paciente pode ter disfunção do musculo papilar após saida da CEC? Como isso se manifestaria no traçado da pressão de oclusão da artéria pulmonar?

A

Pode ocorrer como resultado de um resfriamento inadequado do coração posterior durante CEC. O coração posterior é a região mais vulnerável do aquecimento inadvertido do coração pelo retorno do sangue da circulação coronária e brônquica. O comprometimento do musculo paiplar se manifestaria como uma regurgitação mitral, com aparecimento de ondas v no traçado da pressão de oclusão da artéria pulmonar. A regurgitação mitral aguda pode ser tratada com Trendeleburg reverso, para diminuir retorno venoso.

51
Q

Qual seria uma adição mecânica ao supote farmacológico em um paciente com débito cardíaco insuficiente após CEC? Como funciona? Que alterações fisiológicas poderiam interferir na sua eficácia?

A

Nessas situações, o balão intraórtico é a opção. É um balão de 25cm e encaixado em um cateter de plástico longo. A bomba do balão é avançada pela arteria femoral esquerda para a aorta, a bomba se infla e desinfla em sincronia com o ECG. A inflação do balão que ocorre durante a diástole aumenta a pressão diastólica e o gradiente de perfusão coronariana. A deflação ocorre logo antes da sístole e ajuda a diminuir a pré-carga e a pressão contra a qual o coração tem que bombear. A eficácia do balão é prejudicada por frequências cardíacas altas, arritmias e insuficiencia aórtica.

52
Q

Quando a protamina é administrada após a CEC? Por que?

A

deve ocorrer depois que o débito cardíaco e a PA sistêmica se manterem estáveis por vários minutos e a cânula de veia cava tiver sido retirada.É feito antes da retirada da cânula aórtica para permitir o retorno rápido a CEC em caso de reação a protamina. Em caso de necessidade de retorno a CEC, heparina adicional em doses de 300 a 400UI/kg pode ser necessária.

53
Q

Quais são possíveis efeitos colaterais da administração da protamina?

A

Incluem hipotensão por vasodilatação, depressão miocárdica, hipertensão pulmonar, liberação de histamina, e raramente, reação anafiláctica ou anafilactoide. Diabéticos que utilizam insulina NPH( que é feita com protamina) podem apresentar risco maior a reações. Esses efeitos exigem a titulação lenta e cuidadosa da sua administração após uma dose inicial de teste.

54
Q

Quais são algumas das medidas farmacológicas que podem ser tomadas para diminuir o sangramento após saida de CEC?

A

Administração de antifibrinolíticos e desmopressina. O sangue perdido ao longo do procedimento pode ser recuperado, lavado e retransfundido por meio do cell-saver.

55
Q

O que o perfusionista faz com o sangue que permanece no circuito de CEC após o fim?

A

São lavados, coletados e colocados em bolsas plásticas. Podem ser, então, administrados ao paciente.

56
Q

Por que pode haver um gradiente entra as pressões sanguíneas da aorta central e da artéria radial no período imediato pós-CEC? Por quanto tempo esse efeito dura?

A

O mecanismo exato é desconhecido, mas acredita-se que seja por vasoconstrição nas extremidades. Embora esse efeito seja, tipicamente, por apenas 60 minutos, um cateter pode ser colocado na artéria femoral se a discrepância for muito grande.

57
Q

Quais são alguns dos anestésicos intravenosos que podem ser usados para fornecer sedação após cirurgia cardíaca e na unidade de terapia intensiva antes da extubação? Qual destes pode reduzir o risco de delírio pós-operatório?

A

As infusões de propofol, de dexmedetomidina, de opioides e de benzodiazeínicos podem ser continuados após a CEC para fornecer sedação na UTI antes da extubação. A dexmedetomidina pode reduzir o delirio nesses pacientes.

58
Q

O que é cirurgia de revascularização do miocárdio(CRM) sem CEC?

A

É a CRM realizada na presença de um coração batendo de forma espontânea e normotermia. Foi desenvolvida para reduzir as sequelas do CEC, como AVC, encefalopatia global, insuficiencia renal e lesão pulmonar.

59
Q

Quais são alguns dos problemas da CRM sem CEC?

A

Primeiro, o movimento da artéria coronária pode dificultar a colocação de sutura. Os níveis adequados de tempo de coagulação ativada(TCA) ainda estão sendo discutidos. O fluxo sanguíneon para a artéria coranária alvo é interrompido, o que pode ocasionar isquemia, colapso hemodinâmico e PCR. A terapia antiarritmica profilática é necessária( lidocaína e magnésio ou amiodarona). Para estabilizar o coração para a cirurgia o enchimento ventricular pode ser prejudicado pelos afastadores. Dependendo da posição da artéria, pode ser necessária um tredelemburg íngreme. Devido estas questões a CEC deve estar protamente disponível. A CRM sem CEC está menos frequente devido resultado do estudo ROOBY que mostrou redução na patência do enxerto no grupo sem CEC.

60
Q

Qual é o papel do pré-condicionamento isquêmico na CRM sem CEC?

A

Pode reduzir a isquemia causada pelo tempo de 10 a 15 minutos necessários para anastomose da artéria coronária. O pré-condicionamento de 5 minutos é usado para otimizar a hemodinâmica e testar se o paciente tolerará a anastomose.

61
Q

Quais são algumas das semelhanças entre o manejo da anestesia para CRM com e sem CEC?

A

As semelhanças incluem a continuação de medicamentos pré-operatórios, medicação de sedação e indução, BNM e manejo de via aérea.

62
Q

Quais são as diferenças de manejo entre as anestesias para CRM com e sem CEC?

A

Na cirurgia sem CEC, há maior intolerância a taquicardia, hipotensão e hipertensão. Isquemia miocárdica, arritmias ventriculares e colapso hemodinâmico são complicações de desenvolvimento rápido que podem acontecer. Os agentes anestésicos que podem causar depressão miocárdica devem ser evitados. A terapia antiarritmica profilática é administrada. A estabilidade hemodinâmica durante a anastomose distal pode requerer manupulação cirurgica e retração do coração, posicionamento da mesa e administração de vasoconstritores e volume. Agonista beta-adrenérgicos devem ser evitados por aumentar FC. Na CRM sem CEC, a duração, requisitos ventilátórios e de sedação podem ser diminuídos.