Conceitos em farmacodinâmica Flashcards

1
Q

Qual é a diferença de especificidade e seletividade quando se fala na ação de um medicamento ?

A

A seletividade do fármaco deriva da especificidade dele pelo:

-Receptor
-Acoplamento receptor-efetor

Quanto mais restrita for a distribuição do receptor no qual esse fármaco atua, mais seletivo o fármaco deve ser.

Quanto mais locais esse fármaco se ligar, menos seletivo ele é, e mais reações adversas ele causa.

Então, o grau de especificidade do fármaco pelo receptor/especificidade do acoplamento chave-fechadura = mais seletivo o fármaco

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2
Q

Por que os fármacos causam efeitos adversos?

A

Por que um fármaco não consegue atingir uma seletividade de 100%., atuando com total especificidade.

O fármaco tem como foco principal um certo receptor, mas também vai ter algum grau de afinidade por outros receptores, e quanto mais afinidade por outros ele tiver, se diz que o fármaco é menos seletivo.

A ligação do fármaco aos receptores que não são o seu alvo primário dá origem aos efeitos adversos.

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3
Q

O que define a potência de um fármaco?

A

A potência é definida pela afinidade do fármaco pelo seu receptor.

Quanto mais potente, maior o grau de afinidade que o fármaco tem pelo seu receptor-alvo.

Quanto mais potente o fármaco, menor é a dose necessária para que ele dê início a um efeito.

O efeito depende de o fármaco se associar ao receptor: se o fármaco tem grande afinidade pelo receptor, menos fármaco é necessário para atingir o efeito.

Potência é mensurada pelo EC50% -> concentraçào de fármaco necessária para que o fármaco produza 50% de sua resposta máxima (50% de Vm).

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4
Q

Omeprazol precisa de 20mg para gerar efeito, enquanto o Pantoprazol demanda 40mg para gerar efeito.

Qual deles é mais potente?

A

Omeprazol.

Por ter mais afinidade pelo seu receptor-alvo, o omeprazol demanda menor concentraçào para dar início a um efeito.

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5
Q

Qual é o conceito da eficácia de um fármaco?

A

A eficácia do fármaco é medida pelo efeito gerado por ele.

Omeprazol consegue reduzir a produção de HCl em 80% com 20mg, e o Pantoprazol reduz a produção de HCl em 95% com 40mg.

O omeprazol é mais potente, pois tem efeito com menor dosagem, mas o Pantoprazol é o mais eficaz, pois produz um efeito mais expressivo.

E máx= eficácia máxima do fármaco

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6
Q

Qual fármaco é mais potente?

A

O fármaco X, pois começa a ter um efeito antes do fármaco Y.

NB: o fármaco X começa a subir no gráfico antes do Y, então, sua dosagem para começar a ter efeito é menor que a do Y.

NB2: o fármaco X tem seu EC50% antes do EC50% do fármaco y, e isso é o definidor de que X é mais potente que Y

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7
Q

Qual fármaco é mais eficaz?

A

Ambos têm a mesma eficácia: independentemente da dosagem, eles conseguem atingir um efeito 100%, então eles são igualmente eficázes.

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8
Q

Qual fármaco é mais eficaz?

A

O fármaco X é mais eficaz que o Y, pois ele atinge um valor maior de efeito.

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9
Q

Qual efeito a droga agonista tem sobre o receptor?

A

A droga agonista age induzindo a resposta do receptor, eles “promovem eficácia” no receptor: faz com que ele gere mais efeito

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10
Q

Qual efeito a droga antagonista tem sobre o receptor?

A

O antagonista age bloqueando o receptor, ele não “tira efeito” desse receptor, apenas impede que o agonista/molécula endógena venha a promover efeito nesse receptor.

Portanto, ele tem eficácia nula, não promove aumento ou redução diretam no efeito obtido pelo receptor.

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11
Q

Agonista tem afinidade pelo receptor, enquanto antagonistas não têm afinidade pelo receptor.

Essa afirmação é correta?

A

Não.

O agonista e o antagonista se associam ao receptor, então ambos precisam ter afinidade por ele.

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12
Q

O que é um medicamento agonista total? Qual a característica de sua ação sobre o receptor?

A

O agonista total faz com que o receptor trabalhe em sua capacidade máxima.

Ele produz 100% de resposta do receptor = 100% de eficácia

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13
Q

O que é um agonista parcial?

A

É um medicamento que age estimulando a atividade do receptor, mas não estimula tanto quanto o agonista total: não estimula atividade máxima do receptor. <100% de eficácia

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14
Q

É possível que um agonista parcial possa vir a funcionar como antagonista?

A

Sim, o agonista parcial age como antagonista quando ele compete por receptor com o agonista total.

Nesse caso, o agonista parcial ocupa receptor e impede que a função do receptor seja mais estimulada.

Se aumentarmos a dose do agonista total, ele consegue tirar o agonista parcial do receptor e exercer sua função.

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15
Q

O que é um agonista inverso?

A

É um fármaco que se liga ao receptor, mas possui eficácia negativa!

Ele promove uma resposta contrária à do agonista endógeno.

Na prática, ele vai se ligar ao receptor e “tirar ele de cena”, é como se simplesmente houvesse menos receptor no organismo = menos receptor = menos efeito resultante final = menor eficácia total por conta do fármaco em relação a sem o fármaco.

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16
Q

Os agonistas têm mais afinidade pelos receptores ativados ou em repouso?

A

Os agonistas têm mais afinidade por receptores em sua forma ativa.

Eles se ligam aos receptores ativos e deixam eles ativados por tempo maior, como que impedem que, por equilíbrio dinâmico, esses receptores venham a se desativar espontaneamente.

17
Q

Os medicamentos agonistas inversos têm mais afinidade pelo receptor ativado ou em repouso?

A

Os agonistas inversos têm mais afinidade pelos receptores em repouso.

Eles vão se ligar ao receptor e “tirar ele de cena”, vai levar a diminuição da quantia geral de receptores em repouso, e isso faz com que o equilíbrio dinâmico tenha a tendência de “formar” mais receptores em repouso, e assim, mais receptores ativos são inativados.

18
Q

O antagonista altera a tendência doequilíbrio dinâmico?

A

Não.

O antagonista tem afinidade tanto pelo receptor ativo quanto pelo inativo, então ele reduz receptores dos dois lados, de modo a manter o equilíbrio dinâmico “na mesma” -> ele não tem eficácia, não muda a tendência do equilíbrio dinâmico.

19
Q

O que significa dizer que os receptores ativos e em repouso ficam em um equilíbrio dinâmico?

A

Significa que eles tendem a se converter de onde tem mais para onde tem menos no sentido de atingir/manter equilíbrio.

Se tem muito receptor em repouco, a flecha tende para formação de receptores ativos, e vice-versa.

Nesse caso, a atuação do agonista é no sentido de não deixar com que os receptores ativos sejam inativados, e ai o equilíbrio é quebrado, e tem-se aumento da quantia de receptores ativos.

E os agonistas inversos vão se ligar e inutilizar receptores em repouso, e aqui o equilíbrio dinâmico consegue atuar, então ele cria a tendência de converter receptores ativos em inativos, e assim reduz a quantia de receptores ativos

20
Q

Qual é o antagonista nesse gráfico?

A

a linha preta, que não confere nem tira eficácia.

vermelho = agonista inverso
verde = agonista total
azul = agonista parcial

21
Q

Quais são os possíveis tipos de interação medicamentosa?

A

Os medicamentos podem um amplificar o efeito do outro = sinergismo.

Os medicamentos podem um reduzir o efeito do outro = antagonismo

22
Q

O que é/como ocorre uma interaçào medicamentosa por sinergismo?

A

É quando os fármacos potencializam um o efeito do outro.

Não necessariamente esses fármacos atuam sobre o mesmo alvo, por exemplo:

-Tomar AINES com anticoagulante: ambos os medicmanetos atuam na cascata de coagulação, em diferentes pontos dela, mas a soma dos efeitos destes dois juntos vai conduzir a uma anticoagulação muito amplificada = sinergismo ruim

-Tomar codeína com paracetamol: ambos atuam na via da dor, em pontos bem diferentes dela, mas a soma dos efeitos deles vai conduzir a uma ampla redução na dor do paciente = sinergismo bom

23
Q

O que é/ como ocorre uma interação medicamentosa por antagonismo?

A

É quando os medicamentos diminuem um a função do outro.

Não necessariamente tem o mesmo alvo, mas como resultado final, um vai tá atrapalhando a atuação do outro, conduzindo a menos efeito.

A interação por antagonismo pode ocorrer durante as fases da farmacocinética ou então nas fases da farmacodinâmica.

24
Q

O que é uma interaçào medicamentosa por antagonismo farmacocinético?

A

Quando tomar dois fármacos faz com que eles tenham, ao fim, menos efeito, pois um atrapalha o outro, e isso se dá durante alguma das fases da farmacocinética.

Uma droga pode atrapalhar a outra em: ser absorvida, distribuída, metabolizada ou excretada, e isso vai reduzir o efeito final desses fármacos por reduzir a quantia de droga chegando no sítio de ação.

Isso ocorre, por exemplo, quando se toma warfarina com fenobarbitol: o fenobarbitol faz com que a warfarina seja metabolizada muito mais rapidamente pelo fígado, sendo eliminada mais rápido e tendo menos efeito

25
Q

O que é uma interação medicamentosa por antagonismo farmacodinâmico?

A

É quando ingerir dois fármacos faz com que o mecanismo de ação deles no sítio alvo seja alterado, fazendo comque eles tenham menor efeito.

Esse tipo de interaçào pode se dar por via competitiva ou não competitiva.

26
Q

Como ocorre a interação por antagonismo farmacodinâmico competitivo?

A

Nesse caso, os fármacos competem pelo mesmo sítio de ação no mesmo receptor no mesmo local de ação.

Um vai necessariamente fazer com que o outro tenha menos efeito.

Antagonismo competitivo só ocorre qunado se administra um agonista com um antagonista do receptor.

Isso ocorre, por exemplo, quando se toma salbutamol com propranolol: um é agonista beta-adrenérgico e o outro é antagonista beta-adrenérgico. -> Apesar de se ligarem em variações distintas do receptor (beta-1 e beta-2), a seletividade não é tão alta assim, então um acaba indo atuar no do outro = menor efeito de ambos.

Nesse caso, como no caso da mikaelis-mentis kinetics para fármacos competitivos, aumentar a concentração de um deles vai fazer com que o outro fique suprimido, e se estabeleça o fármaco com alta concentração.

27
Q

Como ocorre a interação por antagonismo farmacodinâmico não-competitivo?

A

Nesse caso, os fármacos não vão competir pelo mesmo sítio de ação no receptor, nesse caso o antagonista está impedindo algum ponto da cascata de eventos que está sendo estimulada pelo agonista.

Eles atuam em pontos diferentes, mas de uma mesma cascata de eventos, e se um está bloqueando uma fase subsequente dessa cascata, não adianta o outro estimular que a cascata ocorra: o efeito final vai ser bem reduzido.

Nesse caso, como na mikaelis-mentis-kinetics para fármacos não-competitivos, nãoa dianta aumentar a concentração de um deles, a Vm estará necessariamente reduzida

Isso ocorre, por exemplo: tomar verapamil, que bloqueia canal de cálcio enquanto se está tomando noradrenalina: a noradrenalina estimula reações que culminam na necessidade de abertura de canal de cálcio, e se o verapamil está bloqueando essa abertura, a noradrenalina não terá seu efeito.

28
Q

O que é o antagonismo alostérico ? Ele é competitivo ou não competitivo ?

A

Esse é o típico caso demonstrado pelo Mikaelis-Mentis-Kinetics para inibidor enzimático não competitivo.

Nesse caso, o antagonista e o agonista têm afinidade pelo mesmo receptor, mas por sítios diferentes deste. E nocaso, um antagonista do receptor se liga no sítio determinado do receptor e modifica o sítio ativo para o agonista, e nesse caso, o agonista perde afinidade pelo receptor = menos efeito do agonista = antagonismo farmacocinético não competitivo.