ECO - Revisão Flashcards

(60 cards)

1
Q

Nos mercados perfeitamente competitivos, o equilíbrio da firma é obtido quando o preço se iguala ao custo marginal, condição que garante lucro zero mesmo no curto prazo.

A

Errado

P = Cmarginal
Máximo lucro no mercado competitivo
Não garante o lucro zero
Lucro maior ou menor depende da comparação entre o preço e e o custo médio ou unitário
Preço > Cmédio = lucro
Preço < Cmédio = prejuízo
Preço = Cmédio = lucro zero
curto prazo = lucro pode ser maior ou menor
longo prazo = lucro zero - pode haver entrada ou saída de empresas

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2
Q

Retornos crescentes de escala são compatíveis com estruturas de mercado competitivas e muitas firmas operando no mercado.

A

Errado

Retornos crescentes de escala não são compatíveis com estruturas de mercados competitivos. Quanto mais elas produzem, menores são os custos médios de produção, condizentes com a formação de estruturas de monopólio, pelo poder de mercado, na medida em que poucas firmas se tornam mais eficientes.

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3
Q

Um monopolista que consegue cobrar um preço diferente de cada consumidor (discriminação de preços de primeiro grau) pode levar a uma situação eficiente no sentido de Pareto, com a inexistência de peso morto.

A

Certo

Consegue consumir todo o excedente do consumidor, consegue cobrar de cada consumidor o seu preço de reserva (preço máximo que o consumidor está disposto a pagar), consegue produzir uma quantidade de mercado equivalente ao que seria produzido na condição perfeita.

Pareto: maximizar o bem-estar total: excedente do consumidor + excedente do produtor, sem levar em consideração a distribuição.

Competição perfeita e monopólio com discriminação de preços = ótimo de pareto

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4
Q

A competição monopolística é uma estrutura de mercado caracterizada por lucro zero e nível de produção abaixo da escala eficiente, no longo prazo.

A

Certo

Receita marginal = Custo marginal
Quantidade que maximiza o lucro da firma - equilíbrio de curto prazo.
No longo prazo - a competição monopolística não tem barreiras à entrada. A entrada de novas firmas desloca a demanda até o limite em que o preço vai se igualar ao custo médio de produção. P = Cm

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5
Q

A teoria clássica de Smith e Ricardo defendia a especialização com base na dotação relativa dos fatores de produção capital e trabalho, que apresentariam rendimentos constantes.

A

Errado

Teoria clássica: Smith e Ricardo - horas de trabalho e não com base em dotação relativa de fatores.

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6
Q

Segundo o teorema de equalização dos preços dos fatores, havendo livre comércio dos bens finais, não é necessária a mobilidade internacional dos fatores de produção para que seus preços relativos se igualem entre os países

A

Certo

Teorema de equalização dos preços: derivado do modelo H-O, neoclássico.
Sem necessidade de migração de mão-de-obra com o livre comércio de bens.

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7
Q

O paradoxo de Leontief revelou que, ao contrário do esperado pela teoria, as exportações dos EUA eram mais intensivas em capital do que as suas importações.

A

Errado

Paradoxo de Leontief testou a tese de H-O: os países tendem a exportar os bens intensivos nos fatores de produção mais abundantes.
EUA: Eram mais intensivos em capital, devendo exportar produtos intensivos em capital e importar produtos intensivos em mão-de-obra.
Conclusão: os EUA deveriam exportar mão-de-obra e importar capital.

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8
Q

Segundo o teorema de Rybczynski, o aumento da dotação de um fator de produção levará à queda do preço relativo deste fator e consequente redução da produção do bem que usa intensivamente este fator.

A

Errado

Se o preço de um produto for fixo, o aumento na dotação de um dos fatores acarreta um crescimento mais que proporcional na produção do bem que usa esse fator mais intensivamente e uma queda absoluta da produção do outro bem.

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9
Q

Um país com inflação mais elevada do que seus parceiros comerciais e regime de câmbio fixo tende a apresentar redução na competitividade das suas exportações.

A

Certo

Inflação mais alta do que nos EUA: os preços no Brasil, em dólar ficarão mais caros, uma vez que o preço do real em dólar é constante e os preços em real estão aumentando. Sempre que a inflação de um país for maior que a de seus parceiros comerciais, em regime de câmbio fixo, isso vai levar a uma perda da competitividade de suas exportações.

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10
Q

Se for válida a paridade coberta de juros, ao sofrer um súbito aumento do seu risco, um país precisará elevar sua taxa de juros se quiser manter a taxa de câmbio estável.

A

Certo

Determinação da taxa de câmbio no curto prazo:
Paridade coberta de juros
i>i* + Ê + PR = entrada de capitais = apreciação

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11
Q

A depreciação cambial torna os bens exportados pelo país mais baratos no exterior, favorecendo as exportações e auxiliando no combate à inflação doméstica.

A

Errado

Depreciação cambial favorece as exportações
Apreciação cambial - combate a inflação - favorece as importações, porque torna os itens importados mais baratos na competição com os domésticos.
Ex: plano real

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12
Q

Segundo a condição de Marshall-Lerner, para que uma desvalorização cambial leve a um aumento do saldo das exportações líquidas, a soma das elasticidades (em módulo) das exportações e importações à taxa de câmbio deve ser maior que 1.

A

Certo

Curto prazo - Curva J - a quantidade exportada não vai aumentar rapidamente então a desvalorização cambial não impacta no volume de exportações nem na quantidade importada, apenas impacta no preço, encarecendo os importados, a quantidade exportada continua a mesma de maneira a ter um déficit comercial no curto prazo. Com o tempo, a quantidade exportada vai aumentando e a importada vai diminuindo, desde que as elasticidades sejam elásticas.
No curto prazo: as exportações líquidas tendem a cair, porque o preço das importações aumenta mais rapidamente que a quantidade exportada que não consegue compensar.

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13
Q

Num regime de câmbio flexível e perfeita mobilidade de capitais, a política fiscal será ineficaz em expandir a demanda agregada, devido à apreciação cambial.

A

Certo

Perfeita mobilidade de capitais
Câmbio flexível
Política fiscal expansionista - ineficaz
BP horizontal
Déficits gêmeos: fiscal e comercial
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14
Q

Num regime de câmbio fixo e sem mobilidade de capital, a política fiscal expansionista levará a um superávit comercial e terá máxima eficácia em expandir o produto.

A

Errado

Imobilidade de capital
Cambio fixo
Política fiscal expansionista - ineficaz
BP vertical e inelástica à taxa de juros
BC - vender reservas internacionais que vai deslocar a LM para esquerda e para cima - contraindo a oferta monetária - a taxa de juros aumenta e a renda volta para o ponto original.
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15
Q

Numa economia aberta ao comércio porém sem mobilidade de capital, uma política monetária expansionista será menos eficaz em expandir o produto do que numa economia fechada.

A

Errado

Imobilidade de capital
Cambio flexível - economia aberta
Política monetária expansionista - eficaz - eficácia ampliada pois, além de elevar a demanda interna, a redução de juros desvaloriza o câmbio e eleva o saldo comercial (demanda externa).
BP - vertical - o aumento do saldo comercial com a depreciação cambial vai deslocar a BP para direita.

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16
Q

Com perfeita mobilidade de capital, países com regimes cambiais flexíveis tendem a ter menores perdas, em termos de produto e emprego, do que países com regimes de câmbio fixo, ao serem acometidos por fugas de capital.

A

Certo

Perfeita mobilidade de capital - BP horizontal
Câmbio flexível - em fuga de capitais, a moeda deprecia e estimula as exportações - IS para direita e para cima - aumento da renda.
Câmbio fixo - BC aumenta os juros, contraindo a oferta monetária (redução da produção e do emprego), para evitar a saída de capital - LM para esquerda e para cima.
Fuga de capitais quando o câmbio é fixo: provoca recessão, pois o BC é obrigado a vender reservas para evitar a depreciação do câmbio, contraindo a oferta monetária. Ex. Padrão-Ouro.

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17
Q

O resultado primário do setor público, por não incluir o pagamento de juros sobre a dívida pública, não reflete o crescimento do estoque da dívida, o que é feito pelo conceito de resultado nominal.

A

Certo

Resultado primário - todas receitas do governo menos os seus gastos sem os juros
Resultado nominal - inclui os juros.

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18
Q

As operações compromissadas do Banco Central entram no estoque da Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG), bem como as dívidas das empresas estatais, como Petrobrás e Eletrobrás.

A

Errado

Na DBGG, não entram as empresas estatais.
Mesmo o conceito de DLSP inclui as estatais, sem incluir as não-financeiras, mas não a Petrobrás e Eletrobrás.

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19
Q

O resultado fiscal acima da linha, calculado pelo Tesouro Nacional por meio do saldo de receitas e despesas, não reflete adequadamente a evolução do endividamento do governo, melhor captado pelo resultado abaixo da linha, calculado pelo Banco Central, que calcula o resultado pela variação do estoque da dívida pública.

A
Certo
   R
-       Tesouro Nacional
   D
 -----
 Res   Banco Central

BC - quanto variou a dívida

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20
Q

O conceito de equivalência ricardiana implica que os agentes levem em conta os impactos futuros de políticas fiscais expansionistas, levando ao aumento da poupança no presente e reduzindo o impacto esperado pela teoria keynesiana.

A

Certo

Crítica ao multiplicador keynesiano: Equivalência Ricardiana ou Barro-Ricardiana
• A argumentação em que se baseia a teoria é a seguinte: o governo pode financiar seus gastos por meio de impostos cobrados dos atuais contribuintes ou pela emissão de dívida pública.
• No entanto, se for escolhida a segunda opção, mais cedo ou mais tarde teriam que ser pagas as dívidas, aumentando os impostos no futuro. A escolha é entre pagar impostos hoje, ou pagar impostos no futuro.
• os consumidores, que também são contribuintes, antecipando o aumento futuro dos impostos, vão reagir ao aumento de gastos do governo aumentando a sua poupança, adquirindo os títulos da dívida
pública emitidos pelo governo.
• Neste caso, para um determinado valor da despesa pública, a substituição de impostos por dívida não teria qualquer efeito na demanda agregada nem na taxa de juros.
• Como a poupança privada aumenta no mesmo montante que o déficit do governo, a taxa de juros mantém-se inalterada.
• O déficit não provoca qualquer redução do ritmo de acumulação do estoque de capital, nem deterioração das contas externas. A dívida pública não afeta a riqueza do setor privado.
• Então, em termos de efeitos na economia, o financiamento da despesa pública por dívida pública é equivalente ao financiamento por impostos.

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21
Q

Se um consumidor que consome 2 bens normais está em equilíbrio, e estes bens são complementares perfeitos, pode-se dizer que um aumento do preço de um dos bens levará o consumidor a reduzir o consumo deste bem e elevar a quantidade consumida do outro bem.

A

Errado

Bens complementares perfeitos - o aumento do preço de um bem reduz o consumo dos dois bens.

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22
Q

A curva de Engel para bens de Giffen tem inclinação positiva, contrariando a lei da demanda.

A

Errado

Curvas de Engel: relação entre a renda e a quantidade demandada de determinado bem.

Bens normais: positivamente inclinada
De necessidade - o consumo aumenta em taxas cada vez menores como aumento da renda com o aumento da renda - côncava.
De luxo - o consumo aumenta mais que proporcionalmente à renda - convexa.

Bens inferiores:
negativamente inclinada
o consumo diminui com o aumento da renda

Bem de Giffen - DEMANDA positivamente inclinada
A curva de Engel do bem de Giffen é negativamente inclinada.
O efeito renda supera o efeito substituição levando a uma demanda positivamente inclinada.

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23
Q

Suponha um consumidor que consome 2 bens que são substitutos perfeitos. O bem 1 tem uma utilidade marginal de 1, e o bem 2 tem uma utilidade marginal de 2. Se o preço do bem 2 for maior que o dobro do preço do bem 1, o consumidor gastará toda sua renda no bem 1.

A

Certo

UMg1/P1=UMg2/P2
UMg1/UMg2=P1/P2

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24
Q

A equação de Slutsky mostra a decomposição do efeito preço total em efeito renda e efeito substituição. Para um bem inferior, os efeitos renda e substituição sempre terão sinais opostos.

A

Certo

Efeito preço total é o somatório do efeito renda e o efeito substituição.
Efeito substituição - quando aumenta o preço do bem a tendência é o consumidor comprar menos dele, porque o substituto vai ficar mais barato.
Efeito renda - o aumento do preço do bem faz com que a renda real do consumidor tenha caído, pode ser positivo ou negativo, se o bem for normal, o consumidor tende a comprar menos desse bem, já que o aumento do preço diminuiu a sua renda. Se o bem for interior a tendência é o consumidor comprar mais desse bem, porque quando a renda real do consumidor diminuiu, pelo aumento do preço, a tendência é o consumidor comprar mais desse bem.

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25
Segundo Celso Furtado, a introdução do trabalho assalariado e a consequente monetização da economia foi o fato econômico mais relevante na história brasileira no último quartel do século XIX.
Certo Leva à mudanças - necessidade de aumentar a oferta de moeda, efeitos multiplicadores na economia, aumento de renda, aumento da pressão ao desequilíbrio externo, aumento das importações.
26
A apreciação cambial observada a partir do início da primeira década republicana ocorreu a despeito do aumento significativo do preço do café no mercado internacional no decorrer dos anos 1890.
Errado Rui Barbosa, M da fazenda, política papelista, depreciação do câmbio. Moeda lastreada em dívida pública.
27
Entre as alternativas para contornar a vulnerabilidade externa, o Governo Federal tinha a possibilidade de intervir para sustentar ou elevar os preços do café, pois a produção nacional tinha grande peso no mercado internacional.
Certo Brasil quase monopolista na produção de café. Política de valorização do café para sustentar as exportações e a renda.
28
O funding loan (1898) previa que o Governo Brasileiro depositasse em três bancos estrangeiros instalados no Rio de Janeiro parte do valor dos títulos emitidos no acordo, e o papel-moeda correspondente ao valor dos depósitos seria publicamente incinerado.
Certo Joaquim Murtinho Para reverter a política papelista do Rui Barbosa - crise do encilhamento Política de mais austeridade
29
Ao longo de todo o governo, a política econômica de Dutra seguiu regras monetárias e cambiais conforme o receituário ortodoxo, as quais sofreriam uma guinada em direção à heterodoxia econômica com a ascensão de Vargas em 1951.
Errado Antes do Vargas, ajustes já a partir de 48/49.
30
A política econômica do primeiro ano do mandato de Vargas atingiu tanto seu objetivo de sanear as contas públicas quanto de estabilizar o câmbio, devido, sobretudo, à liberação dos US$ 300 milhões emprestados pelo Eximbank.
Errado A política economia não teve sucesso, nem em sanear as contas públicas nem estabilizar o câmbio. Apreciação cambial, Política liberalizante com relação às licenças de importação.
31
A crise cambial de 1952-1953 não esteve diretamente ligada ao desempenho da balança comercial, uma vez que tanto os termos de troca quanto o volume exportado evoluíram positivamente no biênio.
Errado A crise cambial de 1952 ➢ Câmbio fixo e sobrevalorizado, manutenção do regime de licenças para importação. • Porém: regime de licenças foi frouxo (liberalização) nos primeiros 7 meses (perspectivas favoráveis de divisas). • Liberalização levou a rápida elevação das importações, predominantemente de bens de capital (55%) e outros bens de produção (28%) – refletindo o viés industrializante do governo. • Queda de 20% das exportações em 1952. ➢ Elevado déficit comercial em 1952, esgotamento de reservas conversíveis, acúmulo de atrasados cambiais.
32
O Governo Dutra contou com o apoio de financiamento externo decorrente da Comissão Mista Brasil-Estados Unidos, o que contribuiu para certa folga temporária no balanço de pagamentos em seu período, o que não ocorreu após 1951 e, principalmente, após a substituição de Truman por Eisenhower na Presidência dos Estados Unidos.
Errado Comissão Mista Brasil-Estados Unidos • Ponto IV do discurso de posse de Truman (1949) • Criada em 1950, início dos trabalhos em julho/1951 • Financiamentos do Eximbank e do Banco Mundial • Negociações de Lafer e Neves da Fontoura (setembro/1951) • Montante de financiamento previsto: US$ 300 a 500 milhões
33
As medidas de isolamento social levaram a uma contração da oferta e da demanda de serviços pessoais, o que tende, ceteris paribus, a levar a uma retração da quantidade de equilíbrio dos serviços, porém não é possível determinar o efeito sobre o preço.
Certo | Depende da magnitude do deslocamento da oferta e da demanda, que a questão não diz.
34
As transferências de renda do governo às famílias, por meio do auxílio emergencial, deslocam a curva de demanda dos bens inferiores para cima e para direita, o que tende a elevar a inflação.
Errado Bens normais - aumenta a demanda - aumenta a inflação Bens inferiores - diminui a demanda - para a esquerda e para baixo.
35
Antes descartados, a queda da renda das famílias acabou levando ao aumento da demanda de ossos nos açougues. Isso significa que ossos podem ser considerados bens inferiores. Adicionalmente, como o preço dos ossos subiu, pode-se concluir que são bens de Giffen.
Errado Ossos bens inferiores Bens de Giffen - demanda que cresce com o preço - positivamente inclinada Para saber se é um de Giffen, ver apenas o efeito do preço isolado de alterações na renda ou de outras variáveis. Demanda se deslocando (aumento da renda); ao longo da demanda (preço subindo).
36
Se a atual política de preços da Petrobrás, que repassa os preços internacionais em dólar para o combustível negociado domesticamente, pode-se dizer que em um momento de forte desvalorização da moeda brasileira, o excedente dos consumidores de combustíveis vai aumentar com esta política, que também contribui para a redução da inflação.
Errado O consumidor pagando um preço maior - diminui excedente dos consumidores e aumenta o excedente dos produtores. Aumento dos preços dos combustíveis pressiona a inflação a subir.
37
A curva de oferta da firma competitiva, no curto prazo, se inicia a partir do ponto de mínimo da curva de custo total médio.
Errado Paralisação x Saída do mercado • Paralisação: decisão de curto prazo de não produzir nada durante um determinado intervalo de tempo devido às condições atuais do mercado. Continua pagando os custos fixos (prejuízo = custo fixo) • Saída: decisão de longo prazo de deixar o mercado No longo prazo = Ctm No curto prazo = Cvm
38
Uma firma monopolista, por ser formadora de preços e não uma mera tomadora, jamais incorrerá em lucro negativo.
Errado Monopólios naturais, por exemplo, saneamento, hidrelétrica. Pode acontecer de o ponto de máximo lucro, onde a receita marginal iguala o custo marginal, se dá em uma região em que o lucro seria negativo. Monopólio o preço sempre supera o custo marginal (mark up sobre o custo marginal) de produção, mas não necessariamente o preço será maior que o custo médio de produção (garantia de lucro).
39
Num mercado em que a concorrência entre as firmas ocorre pela diferenciação de produto, a taxa de mark up será maior quanto menos firmas houver neste mercado e quanto maior for o grau de diferenciação do produto
Certo Competição monopolística Taxa de mark up (o quanto o preço está acima do custo marginal) quanto menos firmas houver no mercado quando maior for o grau de diferenciação do produto. Maior poder de monopólio.
40
A condição de paralização de uma firma competitiva, no curto prazo, é quando o preço está entre o custo médio e o custo variável médio, pois nesta situação seu prejuízo, caso seguisse operando, seria maior que o custo fixo.
Errado Decisão de suspender as atividades em curto prazo • A empresa paralisa as atividades se a receita que obteria produzindo for menor do que seus custos variáveis de produção. • Paralisação se RT < CV ou se P < CVM. • A curva de oferta de curto prazo das empresas competitivas é a parcela da curva de custo marginal delas que está acima do custo variável médio.
41
``` Consumo das Famílias 800 Consumo do governo 200 Formação Bruta de Capital Fixo 250 Variação de estoques 50 Exportações de bens e serviços 150 Importações de Bens e serviços 100 Saldo da Conta Capital do Balanço de Pagamentos 5 Saldo da conta de renda primária -20 Saldo da conta de renda secundária 5 ``` O PIB desta economia foi de 1350 e a renda nacional disponível bruta foi de 1335.
Certo Pela ótica do dispêndio PIB = C + I + G + X - M = 800 + (250 + 50) + 200 + 150 - 100 = 1350 ``` I = Formação Bruta de Capital Fixo + Variação de Estoques RNB = PIB + RLRE = PIB + BR1 = 1350 - 20 = 1330 RNDB = RNB + TUC = 1330 + 5 = 1335 ``` Renda Líquida Recebida do Exterior (RLRE) = Balança de Rendas Primária = BR1 = -20 (Brasil enviou mais renda ao exterior do que recebeu) Transferências Unilaterais Correntes = Balança de Rendas Secundárias = 5 (Brasil recebeu mais transferências unilaterais do que enviou ao exterior).
42
``` Consumo das Famílias 800 Consumo do governo 200 Formação Bruta de Capital Fixo 250 Variação de estoques 50 Exportações de bens e serviços 150 Importações de Bens e serviços 100 Saldo da Conta Capital do Balanço de Pagamentos 5 Saldo da conta de renda primária -20 Saldo da conta de renda secundária 5 ``` O saldo em Transações correntes foi negativo em 35, indicando que a poupança foi inferior ao investimento.
Errado TC = BC + BS + BR (BR1 + BR2) = (150 - 100) - 20 + 5 = 35 A poupança foi superior ao investimento. BC (Exportações de bens e de serviços)
43
``` Consumo das Famílias 800 Consumo do governo 200 Formação Bruta de Capital Fixo 250 Variação de estoques 50 Exportações de bens e serviços 150 Importações de Bens e serviços 100 Saldo da Conta Capital do Balanço de Pagamentos 5 Saldo da conta de renda primária -20 Saldo da conta de renda secundária 5 ``` O valor da poupança bruta doméstica foi de 350.
Errado Poupança Bruta Doméstica = RNDB - C - G = 1335 - 800 - 200 = 335 Não usar o PIB para calcular a poupança.
44
``` Consumo das Famílias 800 Consumo do governo 200 Formação Bruta de Capital Fixo 250 Variação de estoques 50 Exportações de bens e serviços 150 Importações de Bens e serviços 100 Saldo da Conta Capital do Balanço de Pagamentos 5 Saldo da conta de renda primária -20 Saldo da conta de renda secundária 5 ``` O saldo da conta financeira foi positivo em 40, indicando que houve acumulação de ativos pelo país no exterior no ano em questão, ou seja, saída líquida de capital.
CF = TC + CK = 35 + 5 = 40 (acúmulo de ativos no exterior, ou seja saída líquida de capital) Na metodologia anterior = -40 Na nova metodologia do BPM6, saldo positivo na conta capital indica acúmulo de ativos no exterior por residentes, ou seja, saída de capital (o país importa poupança). Na ausência de erros e omissões: CF - CK - TC = 0 CF = TC + CK GIII = GII + GI
45
Considere que um país esteja com economia em recessão e que o governo deseja implementar uma política de estímulo à atividade econômica. Um aumento do déficit fiscal, num contexto de câmbio fixo e perfeita mobilidade de capitais, será eficaz para atingir este objetivo.
Certo Câmbio fixo Perfeita mobilidade de capitais BP horizontal Política fiscal expansionista = curva IS-IS', para direita e para cima = novo equilíbrio em B = aumento da taxa de juros = entrada de capital = apreciação do câmbio = câmbio fixo = BC compra dólares = LM para direita = Política monetária expansionista = novo equilíbrio no Ponto C = renda maior que a original. Máxima eficácia da política fiscal: há apenas o efeito multiplicador e não há efeito deslocamento (crowding out) pois a taxa de juros não sobe.
46
Na mesma situação acima, a política monetária seria também eficaz, ainda que em menor proporção.
``` Errado Política monetária expansionista Câmbio fixo Perfeita mobilidade de capitais BP horizontal LM se torna endógena Ineficaz BC perde reservas Trindade impossível ou trilema PM expansionista = diminui a taxa de juros = saída de capitais = depreciação do câmbio = câmbio fixo = BC vende dólares = LM se retrai ```
47
Se prevalece a versão da curva de Philips com expectativas adaptativas, um presidente que deseja se reeleger e fizesse uso de uma política fiscal expansionista, num regime de câmbio fixo e perfeita mobilidade de capitais, teria sucesso em expandir a produção e o emprego no ano da eleição. Porém, no longo prazo (no próximo governo) haverá mais inflação e o desemprego voltará à sua taxa natural.
Certo Como a inflação esperada desloca a curva de Phillips no curto prazo: • Quanto mais elevada a taxa de inflação esperada, maior o trade off entre inflação e desemprego no curto prazo. No ponto A, a inflação esperada e a inflação vigente são baixas, e o desemprego está em sua taxa natural. • Se o governo adotar uma política fiscal (ou monetária) expansionista, a economia se moverá do ponto A para o B no curto prazo. No ponto B, a inflação esperada ainda será baixa, mas a inflação vigente será alta. O desemprego estará abaixo de sua taxa natural. • No longo prazo, a inflação esperada aumentará e a economia se moverá para o ponto C. No ponto C, a inflação esperada e a inflação vigente serão, ambas, elevadas, e o desemprego retornará à sua taxa natural.
48
A desvalorização cambial pode expandir a demanda agregada de uma economia em recessão, sendo esta medida mais eficaz quando a crise afeta também os demais parceiros comerciais.
Errado Menos eficaz
49
Seja a taxa de juros brasileira i = 9,5% a.a.; a taxa de juros internacional i* = 1,5%; e o prêmio de risco-Brasil (risco de calote) igual a 5,0%. Se a paridade de juros coberta for válida, os investidores esperam que o real esteja mais depreciado daqui 1 ano (há expectativa de depreciação da moeda doméstica)
Certo ``` Determinação da taxa de câmbio no curto prazo Paridade de juros descoberta: i = i* Onde: i = taxa de juros doméstica i* = taxa de juros internacional Paridade de juros coberta: i = i* + Ê e + PR Onde: Ê e = expectativa de depreciação cambial (risco cambial) PR = prêmio de risco (risco de default ou calote) ``` 9,5 = 1,5 + Ê + 5 Expectativa de depreciação cambial de 3.
50
No mesmo exemplo acima, suponha que haja um regime de câmbio fixo que tenha elevada credibilidade, e que os agentes não esperam uma desvalorização cambial. Nesta situação, deve-se esperar um ingresso de capitais no país e aumento das reservas internacionais.
Certo Câmbio fixo 7,5 = 1,5 + 0 + 5 I>I* = ingresso de capitais, BC compra dolár (câmbio fixo), aumentando as reservas internacionais.
51
Em uma economia com taxa de câmbio fixa e livre mobilidade de capitais, caso surjam desconfianças dos agentes sobre a capacidade de o governo manter a paridade cambial, isto levará a uma fuga de capital e obrigará o governo a aumentar a taxa de juros.
Certo
52
Se a taxa de juros doméstica supera a taxa de juros externa acrescida do risco de calote e da expectativa de depreciação cambial, ocorrerá uma depreciação da moeda doméstica.
Errado I>I* apreciação da moeda doméstica
53
A despeito da inspiração ortodoxa de seus formuladores, o PAEG sugeria certa disposição em se conviver com alguma elevação dos preços, estipulando uma redução gradual, e não imediata, das taxas de inflação.
Certo Metas de inflação - ao redor de 10% ano ano.
54
As modificações na Lei de Remessa de Lucros e o aumento da abertura a capitais externos foram medidas que contribuíram para a atração de capital estrangeiro.
Certo Goulart - Lei de Remessa de Lucros
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A equipe econômica que assumiu os ministérios da Fazenda e do Planejamento após o golpe de 1964 partia de uma concepção econômica ortodoxa. Acerca do Plano de Ação Econômica do Governo, é possível afirmar que: A eliminação de subsídios, como às importações de trigo e petróleo, e o aumento nos preços de serviços de utilidade pública são medidas que, embora tenham contribuído para conter o déficit público, também concorreram, no curto prazo, para aumentar a inflação
Certo Eliminação de subsídios à importação de trigo e petróleo, correção das tarifas de utilidade pública - inflação corretiva (no curto prazo).
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PAEG teve na política salarial um dos principais componentes da estratégia de combate à inflação. Na prática, a nova regra de reajuste provocou a redução média do salário real.
Certo Os salários seriam aumentados de acordo com a meta de inflação, porém a inflação sempre ultrapassava, na prática, o salário médio caia.
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O Plano Cruzado foi bem sucedido, inicialmente, em reduzir a inflação, porém seu fracasso se deveu, entre outros fatores, à falta de medidas para conter a demanda agregada e ao conflito distributivo gerado pelo congelamento de preços, que geraram escassez de produtos variados.
Certo Sucesso inicial nos primeiros dois meses em conter a inflação pelo congelamento de preços, mas, como não teve medidas para conter a demanda agregada, pressionando os preços para cima. Conflito distributivo, preços defasados por congelados de preços, por decreto, não sincronizados, levando a retirada de produtos da prateleira (especulação de estoques e escassez)
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O Plano Bresser, instituído em junho de 1987, tinha em seu diagnóstico que a inflação era determinada não apenas pela inércia mas também pela demanda, e continha iniciativas de política econômica que apresentaram caráter híbrido, combinando elementos heterodoxos e ortodoxos no combate à inflação
Certo Teoria ordotoxa = contenção de demanda Teoria heterodoxa = inercia inflacionária = política de combate de preços (congelamento) Plano Real = moeda indexada (medida heterodoxa)
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O Plano Verão, ao contrário dos anteriores, como os planos Cruzado e Bresser, não adotou congelamento de preços, salários ou câmbio, utilizando apenas as políticas ortodoxas de contenção de demanda
Errado Também adotou congelamento de preços Feijão com Arroz (o único que não adotou congelamento de preço, utilizou apenas políticas ortodoxas)
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O Plano Collor adotou uma estratégia de combate à inflação pelo lado da oferta, via abertura econômica, visando aumentar a competição, sem adotar medidas de contenção pelo lado da demanda.
Errado Medidas para conter a demanda - congelamento do saldo das aplicações financeiras (confisco das poupanças), congelamento dos estoques de ativos das famílias, contração dos agregados monetários.