Epidemiologia das doenças periodontais

Question 1

Defina epidemiologia

Answer 1

Estudo de distribuição de uma dada patologia numa população, bem como os fatores que influenciam essa mesma distribuição

Question 2

Em que categorias podemos dividir a epidemiologia?

Answer 2

Em epidemiologia analítica e epidemiologia experimental

Question 3

Em que consiste a epidemiologia analítica?

Answer 3

Vai avaliar a consistência dos dados epidemiológicos com as hipóteses desenvolvidas

Question 4

Em que consiste a epidemiologia experimental?

Answer 4

Tem a ver com o estudo de determinadas medidas preventivas que fazem com que, em termos epidemiológicos, a prevalência de determinada patologia vá diminuir. Ou seja, providencia bases para desenvolver medidas preventivas e de saúde pública

Question 5

Quais os 3 objetivos da epidemiologia em periodontologia?

Answer 5

1. Obter informação sobre a prevalência das doenças periodontais em diferentes populações
2. Elucidar aspetos relativos à etiologia e determinantes dessas doenças (fatores de risco)
3. Disponibilizar informação relativa à eficácia das medidas preventivas

Question 6

Como vamos detetar se um determinado paciente é alvo de uma patologia periodontal?

Answer 6

É necessário fazer a avaliação dos tecidos periodontais

Question 7

A classificação de Loe é utilizada habitualmente em clínica?

Answer 7

Não, é habitualmente utilizada em situações de estudos mais pormenorizados de modo a aumentar o rigor das observações

Question 8

O que avalia o índice gengival de Loe?

Answer 8

Avalia a inflamação da porção marginal da gengiva

Question 9

Refira os estádios da classificação de inflamação segundo o índice gengival de Loe

Answer 9

0- Ausência de sinais de inflamação
1- Alteração da cor e textura da gengiva
2- Tendência para hemorragia após estímulo com sonda
3- Hemorragia espontânea

Question 10

Refira os estádios da classificação de placa bacteriana de acordo com silness e loe

Answer 10

0- Ausência de depósitos de placa
1- Deteção de placa percorrendo a sonda pela margem gengival
2- Placa visível
3- Placa abundante

Question 11

Em termos gengivais, que índice utilizamos na clínica?

Answer 11

O indice gengival simplificado, de ainamo e bay

Question 12

Refira os estádios da classificação de Ainamo e bay

Answer 12

0 - Ausência de hemorragia (avaliação até 10 segundos) após estímulo da margem gengival com a sonda periodontal

1 - Presença de hemorragia (avaliação até 10 segundos) após estímulo d marem gengival com a sonda periodontal

Question 13

O que vamos perceber ao calcular o indice gengival?

Answer 13

Vamos perceber se a margem da gengiva está inflamada ou não

Question 14

Porque razão é importante verificar a inflmação ao nível da margem gengival?

Answer 14

Porque se o paciente fizer o que o clínico recomenda em relação aos métodos de higiene oral, garantidamente a margem da gengiva irá desinflamar

Question 15

Porque razão é importante avaliar o indice gengival e não apenas o índice de placa?

Answer 15

Porque habitualmente quando o paciente vai ao consultório esmera-se na higiene oral. Por isso pode ser que nesse dia o índice de placa esteja baixo mas habitualmente isto não ocorra. Se não ocorrer o índice gengival vai-nos dar um valor ais alto que corresponde a uma melhor representação da realidade do paciente

Question 16

Em termos de placa, que índice utilizamos na clínica?

Answer 16

O índice de placa simplificado

Question 17

Refira os estádios da classificação do indice de placa simplificado de Ainamo e bay

Answer 17

0- Ausência de deteção de placa bacteriana insinuando a sonda periodontal ao nível da margem gengival

1- Deteção de placa bacteriana insinuando a sonda periodontal ao nível da margem gengival

Question 18

O índice de hemorragia à sondagem é feito em todos os dentes?

Answer 18

Sim

Question 19

Em quantas localizações por dente é feito o índice de hemorragia à aondagem?

Answer 19

Em 6 por dente

Question 20

O que queremos avaliar com índice de hemorragia à sondagem?

Answer 20

Queremos avaliar o sangramento ou não do fundo do sulco ou da bolsa quando estamos a sondar e a determinar qual o descolamento da gengiva ao dente

Question 21

Uma bolsa de 4 a 5 mm não sangra à sondagem. O que significa? Avançamos para tratamento cirúrgico?

Answer 21

Significa que não há inflamação no fundo do sulco. Deste modo não avançamos para um procedimento cirúrgico

Question 22

Refira os estádios do índice de hemorragia à sondagem

Answer 22

0- Ausência de hemorragia num período de até 15 segundos após sondagem da bolsa/sulco

1- Presença de hemorragia num período de até 15 segundos após sondagem da bolsa/sulco

Question 23

Que conceito desenvolveu Ramfjord em 1959?

Answer 23

A doença periodontal não deve ser avaliada apenas tendo em conta a inflamação das gengivas e com a presença e dimensão das bolsas, mas sobretudo com o nível de inserção

Question 24

O que quantifica o índice de Ramfjord?

Answer 24

Vai quantificar se temos gengivite ou periodontite, sendo que a periodontite é verificada em relação à perda de inserção e não à profundidade das bolsas

Question 25

Refira os estádios do índice de Ramfjord

Answer 25

0-3: Saúde a gengivite

4-6: vários níveis de perda de inserção

Question 26

Como medimos a perda de inserção?

Answer 26

Medimos sempre medindo o sulco ou a bolsa e avaliando a posição da margem gengival

Question 27

Em que posição se considera que a margem gengival se encontra na posição correta?

Answer 27

Consideramos que se encontra corretamente posicionada quando ao nível da união amelocementária

Question 28

Tenho uma profundidade de sondagem de 6 mm desde a margem gengival. A margem gengival posiciona-se a 2 mm para apical da união amelo cementária. Qual a perda de inserção?

Answer 28

Somamos a profundidade de sondagem à recessão gengival, tendo assim 6 mm mais 2 mm

Question 29

Tenho uma profundidade de sondagem de 6 mm desde a margem gengival. A margem gengival posiciona-se a 3 mm para incisal da união amelo cementária. Qual a perda de inserção?

Answer 29

Subtraimos a profundidade de sondagem ao aumento gengival, tendo assim 6 mm menos 3 mm

Question 30

O que é o nível de inserção clínico?

Answer 30

Corresponde à distância desde a união amelocementária até ao fundo do sulco/bolsa

Question 31

Ao realizar uma radiografia óssea, de modo a avaliar a perda óssea, quais aspetos devemos ter em consideração?

Answer 31

1. Presença ou ausência de lâmina dura
2. Espaço do ligamento periodontal
3. Morfologia da crista óssea
4. Distância da união amelocementária até à porção mais coronal da crista óssea

Question 32

Na radiografia o que devemos observar ao nível do espaço do ligamento periodontal?

Answer 32

Devemos ver se este espaço está aumentado, o que pode indiciar a ocorrência de um trauma oclusal

Question 33

De que forma é avaliada o nível de perda óssea? Quais as suas categorias?

Answer 33

É avaliada através da distância da união amelocementária até à porção mais coronal da crista óssea. Se essa distância for 1,5 mm então tivemos alguma perda óssea

Question 34

Em saúde, qual a distância do osso à união amelo cementária?

Answer 34

1,5 mm

Question 35

Dentro de vários dentes com perda óssea como podemos categorizar e proceder à distinção dos mesmos?

Answer 35

A partir da percentagem de perda óssea

Question 36

Quais os estágios da percentagem de perda óssea?

Answer 36

Estádio 1: Menos 15% de perda óssea
Estádio 2: 15 a 33% de perda óssea
Estádio 3: Mais de 33% de perda óssea

Question 37

Para que serve o índice CPITN?

Answer 37

Para facilitar o registo dos dados nos estudos

Question 38

Quais as regras do índice CPITN?

Answer 38

1. A dentição é dividida em sextantes
2. Um sextante apenas é incluído quando apresenta2 ou mais dentes sem indicação de extração
3. Se apenas 1 dente está presente num sextante, então inclui-se no sextante contíguo
4. Podem ser avaliados vários dentes ou apenas certos dentes pré-determinados
5. Apenas as medições mais severas do sextante são consideradas para o registo

Question 39

Refira os códigos do índice CPITN

Answer 39

Código 0 - sextante sem bolsas e sem inflamação
Código 1 - sextante sem bolsas, cálculo ou resturações debordantes, mas com hemorragia após sondagens
Código 2 - sextantes sem bolsas maiores que 3 ou 4 mm mas com cálculo ou fatores de retenção de placa
Código 3 - Existem bolsas com 4 e 5 mm
Código 4 - Sextante com bolsas de pelo menos 6mm

Question 40

O que permite obter a divisão em códigos do índice CPITN?

Answer 40

Permite saber o que precisa cada paciente em termos de terapia periodontal de modo a controlar a patologia

Question 41

Qual o tratamento de um sextante com código CPTIN de 0?

Answer 41

Estamos perante saúde gengival pelo que não é necessário tratamento específico

Question 42

Qual o tratamento de um sextante com código CPTIN de 1?

Answer 42

Necessidade melhorar a higiene oral

Question 43

Qual o tratamento de um sextante com código CPTIN de 2 e 3?

Answer 43

Necessidade de alisamento radicular, remoção de excessos de restaurações que potenciam acumulação de placa bacteriana e instruções de higiene oral

Question 44

Qual o tratamento de um sextante com código CPTIN de 4?

Answer 44

Já existem bolsas profundas, sendo necessário tratamento mais complexo, nomeadamente, tratamento cirúrgico

Question 45

Quais as diferentes classificações das doenças periodontais?

Answer 45

–> Saúde periodontal
–> Doenças gengivais
.–> Periodontite
–> Periodontite como manifestação de doenças sistémicas
–> Doenças periodontais necrosantes
–> Abcessos do periodonto
–> Malformações ou condições adquiridas ou do desenvolvimento

Question 46

Sem contar com a gengivite, dentro das várias classificações das doenças periodontais, qual corresponde à manifestação mais comum da doença?

Answer 46

Periodontite

Question 47

Qual a característica da periodontite que a faz destacar no contexto das doenças periodontais?

Answer 47

Corresponde à condição que é mais irreversível em relação à perda de inserção

Question 48

Em idades precoces é frequente existir perda óssea/periodontite?

Answer 48

Não, é muito pouco frequente

Question 49

Em idades precoces o nível de inflamação gengival é alto?

Answer 49

Sim, desde idades muito precoces a inflamação gengival é frequente

Question 50

Em que altura da vida se regista um aumento do nível de inflamação gengival? Porquê?

Answer 50

Durante a adolescência. Porque poderão existir uma variedade de manifestações hormonais associadas a um controlo de placa não muito eficaz

Question 51

Como evolui o nível de periodontite com a idade?

Answer 51

Com o aumentar da idade o nível de periodontite tende a ser mais prevalente

Question 52

O que se concluiu com o estudo de Loe e col de 1986?

Answer 52

Conclui-se que a doença periodontal não acontecia em todos os pacientes da mesma maneira e não bastava existir tártaro e mau controlo de placa placa para que existisse perda de inserção

Question 53

Como foi conduzido o estudo de Loe e col de 1986?

Answer 53

Estudo epidemiológico no Sri Lanka que inclui 480 trabalhadores de chá sem cuidados alguns de higiene oral, com idades compreendidas entre os 14 e os 31 anos.
161 destes indivíduos voltaram 15 anos depois do inicio do estudo, conseguindo-se então comparar a evolução das situações, sem qualquer intervenção

Question 54

O que se percebeu com os resultados do estudo de Loe e col de 1986?

Answer 54

Com a mesma ausência de cuidados, nem em todos os indivíduos a doença progredia da mesma maneira

Question 55

Quais os resultados obtidos no estudo de Loe e col de 1986 em termos de percentagem da população?

Answer 55

8% da população –> apresentou progressão rápida da doença

11% –> não apresentou progressão da doença clinicamente diagnosticável (as gengivas estavam muito inflamadas, mas não havia perda de inserção notória)

81% –> Apresentou uma progressão moderada da doença

Question 56

Quais os resultados obtidos no estudo de Loe e col de 1986 em termos de mm de perda de inserção por grupo de população?

Answer 56

0,05 a 0,09 mm/ano no grupo sem progressão da doença (11%)

0,05 a 0,5 mm/ano no gripo de progressão moderada (81%)

0,1 a 1 mm/ano no grupo de progressão rápida (8%)

Question 57

Que conceito surgiu com o o estudo de Loe e col de 1986? Porquê?

Answer 57

O conceito da suscetibilidade. Surgiu como resposta ao facto de ter de existir qualquer coisa para além da placa bacteriana que justificasse a diferente rapidez de progressão da doença

Question 58

Qual a consequência final da doença periodontal?

Answer 58

A perda dentária

Question 59

Porque razão é dificil utilizar a perda dentária como meio de avaliação da doença periodontal?

Answer 59

1. Dentes já perdidos por doença periodontal não saõ contabilizados, por não se ter certeza se a causa foi mesmo essa
2. É mais provável ser avaliado neste tipo de estudos pessoas com uma boa higiene oral do que pessoas que têm a noção de ter a patologia (por vergonha)

Question 60

Qual a principal razão das perdas dentárias?

Answer 60

Cárie dentária

Question 61

Que percentagem de dentes perdidos é responsável a doença periodontal?

Answer 61

30 a 35%

Question 62

Em que situações a doença periodontal assume um papel mais importante na perda dentária?

Answer 62

Nas sociedades mais desenvolvidas, em que a esperança média de vida é superior e têm mais cuidados, uma vez que a patologia periodontal é mais óbvia com o aumento da idade

Question 63

Em que assenta a suscetibilidade individual?

Answer 63

Assenta em causas que potenciam que determinado paciente desenvolva a doença, ou seja, fatores de risco

Question 64

Qual a causa da doença periodontal?

Answer 64

É uma doença multi-fatorial

Question 65

Qual a dificuldade que surge tendo em conta a multifatoriedade da doença periodontal?

Answer 65

Vai haver uma dificuldade em estabelecer fatores necessário e/ou suficientes para desenvolver a patologia

Question 66

O que significa poder de associação?

Answer 66

Quanto mais forte a associação entre um fator de risco e a presença de doença, mais provável é a associação (se vários fumadores desenvolverem doença periodontal então há associação entre o fator de risco fumar e a doença periodontal)

Question 67

O que significa o efeito de dose-resposta?

Answer 67

Vamos observar se a frequência da doença aumenta com o aumento do tempo ou nível de exposição ao fator de risco (ex: será indiferente fumar-se 1 cigarro por dia e 3 maços por dia?; é mais provável haver doença num fumador de longa data do que num de curta data?)

Question 68

O que significa a consistência temporal?

Answer 68

é necessário determinar se um fator de risco antecedeu ao surgimento da doença (paciente fumava antes de existir doença periodontal)

Question 69

O que significa a consistência dos achados

?

Answer 69

Não basta 1 estudo mostrar que parece que existe essa associação. É necessário haver vários estudos com as mesmas observações sobre o fator de risco para que os dados sejam consistentes

Question 70

O que significa plausibilidade biológica?

Answer 70

Vamos verificar que a associação entre o fator de risco e a doença faz sentido (faz sentido pensar que o tabaco seja danoso às gengivas)

Question 71

O que significa especificidade da associação?

Answer 71

Quando se elimina todos os fatores de confusão, através de fatores de exclusão muito rígidos, que façam garantir que aqueles pacientes que estão a ser avaliados têm apenas o hábito de tabagismo presente (não têm outros fatores de risco como ser diabético ou outros fatores que também possam pesar no diagnóstico de doença periodontal)

Question 72

Quais são os 2 fatores de risco comprovados para a doença periodontal?

Answer 72

Tabaco e diabetes não controlada

Question 73

Que fatores são necessários para estabelecer uma relação causal entre doença e fator de risco?

Answer 73

1. Poder de associação
2. Efeito dose-resposta
3. Consistência temporal
4. Plausibilidade biológica
5. Especificidade da associação

Question 74

Qual a diferença entre um indicador de risco e um fator de risco?

Answer 74

Os fatores de risco são comprovados através de estudos longitudinais (avaliamos ao longo do tempo, tendo em conta se o fator surgiu antes ou depois do aparecimento da doença)

Os indicadores de risco observam-se em estudos transversais, no momento da observação (exemplo no momento observa-se que há mais pessoas que fumam e têm a doença periodontal do que as que não fumam)

A associação parece existir em ambos os casos, mas a prova concreta dessa associação só é conseguida com estudos longitudinais, ou seja, nos fatores de risco

Question 75

O que entende por fatores de prognóstico ou preditores da doença?

Answer 75

Fatores relacionados com a progressão de uma doença previamente existente (se avaliarmos um paciente com poucos dentes e baixo nível de inserção, conseguimos ter uma ideia de como vai ser a progressão da doença)

Question 76

Qual a definição de fatores de risco?

Answer 76

Fatores cuja presença promovem o aparecimento da doença

Question 77

Em que podemos dividir os fatores de associação?

Answer 77

Em fatores modificáveis e os fatores não modificáveis

Question 78

Quais são os fatores de associação não modificáveis?

Answer 78

Idade
Sexo
Raça
Polimorfismo genético

Question 79

Quais são os fatores de associação modificáveis, adquiridos ou comportamentais?

Answer 79

Microbiota
Tabagismo
Diabetes Mellitus
Obesidade
Osteoperose/Osteopénia
Infeção por HIV
Fatores psicológicos

Question 80

Refira a idade como fator de associação não modificável

Answer 80

Foi considerada como um fator de risco durante muito tempo. Contudo, hoje em dia não a consideramos como fator de risco. O que acontece é que as pequenas lesões que vão acontecendo têm um efeito cumulativo , o que significa que à medida que os anos vão passando vai sendo mais óbvio que o paciente passou por algumas fases de instabilidade periodontal

Question 81

Refira o sexo como fator de associação não modificável

Answer 81

Durante muito tempo achou-se que os homens estavam mais associados à doença periodontal do que as mulheres. Hoje sabe-se que essa avaliação em alguns estudos tinha a ver com o facto de que antigamente havia mais homens fumadores e as mulheres procuravam mais frequentemente cuidados de saúde oral (principalmente por questões estéticas)

Question 82

Refira a raça como fator de associação não modificável

Answer 82

Antigamente estudos mostravam que a raça negra estava mais associada à doença periodontal porque os estudos eram feitos em África, em populações mais desfavorecidas, com menos poder económico e menos acessos a cuidados de saúde oral

Question 83

Refira os polimorfismos genéticos como fator de associação não modificável

Answer 83

Existe plausibilidade biológica que justifique os polimorfismos genéticos como fator de risco, uma vez que estudos já o verificaram (presença de polimorfismo para a interleucina 1 beta). Pacientes com interleucina 1 beta tem 2,7 vezes mais risco para o desenvolvido de doença periodontal não sendo fumadores, e têm 7x mais riscos sendo fumadores

Contudo muitos de nós somos positivos para estes polimorfismos genéticos e não desenvolvemos doença periodontal, pelo que por si só, o polimorfismos não garante o desenvolvimento de doença periodontal

Question 84

Refira a microbiota como fator de associação modificável

Answer 84

Existem bactérias mais associadas à doença periodontal (actinobacillus actymociceticomians, Porphiromonas gingivalis e tannerela forsythia). Contudo, nem todos de nós, tendo as bactérias desenvolvemos a doença. Para além disso apenas conhecemos 50% do total de bactérias que existem na cavidade oral

Question 85

Refira o tabagismo como fator de associação modificável

Answer 85

Afeta a vascularização (faz vasoconstrição, o tecido fica menos vascularizado porque o total de vasos é menor)

Afeta a resposta humoral e imune

Afeta a sinalização celular

Altera a qualidade da microflora

Altera a homeostase tecidular

A cicatrização é sempre pior nos fumadores, pelo que o sucesso da terapia periodontal está sempre diminuída

Question 86

Porque razão a gengiva dos fumadores não costuma mostrar inflamação?

Answer 86

Porque o tabaco sendo vasoconstritor e provocando um menor número de vasos, vai deixar a gengiva menos vascularizada

Question 87

Refira a Diabetes Mellitus como fator de associação modificável

Answer 87

Um mau controlo glicémico vai estar associado com a prevalência e com a severidade de doença periodontal

Quanto mais cedo surge a diabetes maior é o risco do paciente desenvolver a doença periodontal

Question 88

Porque razão se diz que a relação entre diabetes e doença periodontal é bidirecional?

Answer 88

A relação entre a doença periodontal e a diabetes é bidirecional, ou seja, a diabetes potencia a doença periodontal e a uma periodontite mal tratada e instável também vai potenciar um mau controlo da diabetes.
Ambas as condições assentam em bases de inflamação. Se a doença periodontal bombardear para o sistema mediadores inflamatórios, esses mediadores vão agravar o estado da diabetes e a captação de insulina por parte das células

Question 89

Refira a obesidade como fator de associação modificável

Answer 89

A plausibilidade biológica desta associação tem a ver com o estado hiperinflamatório que um paciente obeso (sobretudo com imc acima dos 30%) apresenta.
Com um índice inflamatório mais alto faz sentido, do ponto de vista biológico, que a doença periodontal se instale mais frequentemente. No entanto esta associação é baseada em fatores transversais, pelo que é considerada apenas um indicador de risco

Question 90

Refira a osteoperose e a osteopenia como fator de associação modificável

Answer 90

Existe uma associação entre osteoperose e periodontite contudo não há transversalidade de estudos. Ou seja, houve um estude de Loe que mostrou uma associação mas muitos outros, bem desenhados, já não evidenciaram qualquer relação

Question 91

Refira a infeção por HIV e a osteopenia como fator de associação modificável

Answer 91

Durante muito tempo considerou-se como fator de risco. Contudo ser-se HIV positivo apenas, não é fator de risco para a doença periodontal. No entanto se estivermos perante SIDA, por deficiência na imunidade, já vamos ter um maior risco de doença periodontal. pacientes controlados têm exatamente o mesmo risco de desenvolver doença periodontal como um paciente que não é HIV positivo

Question 92

Refira os fatores psicológicos como fator de associação modificável

Answer 92

Em si não são fatores de risco. Contudo, muitas vezes associados a fatores psicológicos estão alterações comportamentais (ex: uma pessoa fumadora com muito stress pode ter tendência para fumar mais)~

Contudo existe plausibilidade biológica, ou seja, quando estamos mais stressados, há uma descarga de adrenalina muito maior que potencia a inflamação. Hoje em dia é considerado um indicador de risco e não um fator de risco