Infeções periodontais Flashcards

(72 cards)

1
Q

Explique o conceito do portador são na periodontite

A

Quando as bactérias existem há uma predisposição maior par aa doença mas existem pessoas que as possuem e não desenvolvem doença. É preciso haver outros fatores de suscetibilidade (como outros fatores de risco) para que essas mesmas bactérias tenham meios de progredir a ponto de agredir suficientemente os tecidos periodontais para que haja perda de inserção

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2
Q

Em saúde, qual placa (supragengival ou subgengival) apresenta maior quantidade de bactérias? Porquê?

A

A placa supragengival. Porque nível subgengival existem mecanismos de limpeza fisiológicos, como a libertação do fluido crevicular

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3
Q

Em doença, qual placa (supragengival ou subgengival) apresenta maior quantidade de bactérias? Porquê?

A

Quando existe doença a quantidade de bactérias subgengivais aproxima-se muito da quantidade supragengival, caso se deixe a placa bacteriana proliferar

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4
Q

A doença periodontal pode não se desenvolver já que a relação ecológica entre o hospedeiro e os microrganismos é, habitualmente, benigna. O que significa esta afirmação?

A

Significa que por vezes existem bactérias sem que a doença se desenvolva

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5
Q

Por vezes existem bactérias que predispões para a doença periodontal mas a mesma não se desenvolve. Porque pode isto acontecer?

A

Não existem quantidades suficientes da bactéria para que a doença se desenvolva ou porque o indivíduo é resistente, ou seja, tem uma suscetibilidade muito baixa e consegue conviver com as mesmas bactérias

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6
Q

O que distingue a doença periodontal de outras infeções, como por exemplo, a tuberculose?

A

Noutras infeções como a tuberculose basta haver contacto com o agente agressor. Na doença periodontal não basta apenas haver contacto com o agente agressor. O agente patogénico é necessário mas não suficiente para que ocorra doença

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7
Q

Como se chama um caso de infeção periodontal aguda?

A

Periodontite necrosante

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8
Q

Quais as características clínicas de uma periodontite necrosante?

A

As papilas gengivais encontram-se necrosadas e há hemorragia espontânea

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9
Q

Em que situações é comum observar casos de periodontite necrosante?

A

Em situações de depressão acentuada do sistema imunitário, como por exemplo na SIDA ou toma de corticóides crónicos

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10
Q

Qual o tratamento da periodontite necrosante?

A

Como corresponde a uma condição aguda, pode ser tratada com agentes antiséticos locais e antimicrobianos sistémicos

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11
Q

Existe uma relação direta entre a placa bacteriana/índice de placa com a patologia periodontal?

A

Sim

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12
Q

Quando podemos utilizar antibióticos para tratar doença periodontal?

A

Em situações agudas ou muito agressivas como a periodontite necrosante

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13
Q

O antibiótico pode ser usado em situações periodontais agudas. Este vai acalmar a condição ou tratá-la completamente? Porquê?

A

Vai apenas acalmar a situação. O antibiótico entra em circulação e vai chegar ao periodonto, tendo ação sobre as bactérias que invadiram os tecidos. Contudo, continua a estar lá o tártaro e o biofilme

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14
Q

Após aplicação de antibiótico numa situação periodontal aguda é alcançado uma estabilização da condição. Qual o tratamento que devo fazer de seguida?

A

Devemos desorganizar mecanicamente o biofilme, uma vez que o antibiótico apenas alcança os tecidos do periodonto e não o biofilme

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15
Q

A doença periodontal apresenta resposta imunológica?

A

Sim, indivíduos com periodontite têm níveis elevados de anticorpos séricos contra a agressão bacteriana a que o paciente está a ser sujeito

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16
Q

É possível colher amostras bacterianas da placa bacteriana? O que acontece quando estas são injetadas noutro tecido?

A

Sim. Irão causar uma reação inflamatória. Ou seja, quando inoculado num tecido à distância tem de causar a mesma reação que causa no tecido de origem

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17
Q

Dentro de um determinado biofilme existem bactérias mais agressivas que outras. Indique duas bactérias que se destacam pela agressividade

A

Porphyromonas gingivalis e Tannerella forsythia

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18
Q

O que é preciso para que uma bactéria ser considerada patológica?

A

Têm de ter a capacidade de colonizar a área subgengival e de produzir dano celular

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19
Q

O que é preciso para que uma bactéria consiga colonizar a área subgengival, sendo assim considerada como uma bactéria patológica? Qual o outro requisito para que uma bactéria seja considerada patológica?

A

Têm de conseguir:

  1. Aderir às superfícies disponíveis (ou a outras bactérias já aderidas)
  2. Multiplicar-se
  3. Competir com outras espécies
  4. Defender-se dos mecanismos de defesa do hospedeiro

Ser capaz de produzir dano tecidular

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20
Q

De que formas uma bactéria patológica pode provocar danos tecidulares?

A

Quando penetram no tecido e começam a degradá-lo (forma direta) ou quando produzem produtos metabólicos ou fatores de virulência que vão alterar as células epiteliais, rompendo a barreira epitelial e permite que haja migração de vários tipos celulares para dentro do periodonto

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21
Q

Quais os critério de Koch na avaliação de causa de patologia por determinado organismo?

A

Para determinado organismo ser causador de uma determinada doença tem de:

  1. Tem de estar sempre presente em todos os indivíduos que têm a doença
  2. O agente não pode estar presente noutras formas de doença ou em saúde
  3. Depois de isolado e realizada a cultura, o agente deve provocar a doença em animais de experimentação
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22
Q

Atualmente os princípios de Koch são válidos?

A

Não

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23
Q

Quais os critérios de Sokransky na avaliação de causa de patologia por determinado organismo?

A

Critério de associação, critério de eliminação e critério da resposta do hospedeiro, critério de fatores de virulência, critério de estudos em animais e critério de análise de risco

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24
Q

Explique o critério de associação de Sokransky

A

O agente deve encontrar-se com mais frequência e em maior quantidade em casos de doença

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25
Explique o critério de eliminação de Sokransky
A eliminação do patogénio deve-se associar à remissão da doença
26
Explique o critério de resposta no hospedeiro de Sokransky
A presença de um determino patogénio leva à produção de anticorpos específicos
27
Explique o critério de virulência de Sokransky
O agente deve possuir propriedades de colonização do hospedeiro, evasão das suas defesas e produção de dano celular
28
Explique o critério dos estudos em animais de Sokransky
Estudos em cães e macacos com doença periodontal permite paralelizar observações, ou seja, quando se transfere o agente para um modelo animal desenvolve-se a patologia
29
Explique o critério de análise de risco de Sokransky
Novas técnicas microbiológicas permitem analisar o risco de progressão da doença com a presença de determinados patogénios. Atualmente, emcasos de pacientes muito jovens já com uma grande destruição vamos avaliar os contituintes microbiológicos e eventualmente direcionar o tratamento
30
Quais é que são as bactérias que têm uma evidência forte (relativamente aos critérios de Sokransky) de patogenicidade?
Aggregatibacter actinomycetamcomitans (a.a) Porphyromona gingivalis Tannerella forsytthia
31
Quais é que são as bactérias que têm uma evidência moderada (relativamente aos critérios de Sokransky) de patogenicidade?
Prevotella intermedia Prevotella nigrescens Compylobacter rectus Eubacterium nodalum Fusobacterium nucleatum Treponema denticola Espiroquetas
32
Quais é que são as bactérias que têm uma evidência inicial (relativamente aos critérios de Sokransky) de patogenicidade?
Staphylococcus sp Pseudomonas sp Bacilos entéricos Eikenela corrodens Selenomonas sp
33
Qual o complexo vermelho de Sokransky?
B. forsythus P. gingivalis T. dentícola
34
Segundo Sokransky o sinergismo entre diferentes bactérias patogénicas aumenta mais a condição patogénica do que apenas a presença de uma bactéria patogénica. Esta afirmação é verdaderia ou falsa?
Verdadeira
35
O a.a. encontra-se em alguns dos complexos de cores de Sokransky? Porquê?
Não, porque não se conseguiu ainda associar a nenhum cluster de bactérias que comprove a sua ação sinérgica
36
Qual o subtipo de a.a. mais agressivo?
O subtipo beta
37
Quais as características do a.a.?
1. Coco-bacilo Gram - 2. Não móvel, pequeno e curto 3. Anaeróbio facultativo
38
Onde se encontram os nichos de a.a.?
1. Coloniza variados sítios na cavidade oral (placa bacteriana subgengival, mucosa oral) 2. Encontra-se mais frequentemente em localizações com profundidade de sondagem aumentada ou com focos de infeção ativos
39
Quais os fatores de virulência de a.a.?
1. cápsula (resistência aumentada) e fímbrias (adesão aumentada) 2. Leucotoxinas (agridem as nossas defesas - nomeadamente células B e células T) 3. Fatores imunosupressores 4. Colagenases
40
Quais as associações relacionadas com o a.a.?
1. Periodontite estádio 3 e 4 | 2. Periodontite refratária
41
O que é uma periodontite refratária?
(após tratamento as bactérias continuaram no local e a suscetibilidade do indivíduo manteve-se a pontos de permitir que a doença periodontal voltasse)
42
Quais as características da Porphyromonas gingivalis?
1. Bacilo Gram - 2. São não móveis e pequenos 3. São bactérias pigmentadas 4. Anaeróbio aerotolerante
43
Onde se encontram os nichos de Porphyromonas gingivalis?
1. Placa bacteriana subgengival | 2. Amígdalas, língua, mucosa oral
44
Quais os fatores de virulência da Porphyromonas gingivalis?
1. Fímbrias - Estrutura filmanetosa de superfície que permite adesão 2. Polissacárido capsular - favorece a adesão e inibe afagocitose 3. Enzimas - colagenases, hemolisisnas, fibrolisinas 4. Fatores tóxicos: endotoxina, epiteliotoxina, amoníaco, ácidos propiónico e butírico, inibidores do crescimento dos fibroblastos
45
Quais as associações relacionadas com a Porphyromonas gingivalis?
Periodontite estádio 3 e 4
46
Quais as características da Tannerella forsythia?
1. Bacilo Gram - 2. Não móvel, não pigmentado 3. Fermentativo Anaeróbio estrito
47
Onde se encontram os nichos de Tannerella forsythia?
1. Placa bacteriana sugengival | 2. Capacidade de penetração nos tecidos
48
Porque razão colheitas microbiológicas com a presença de Tannerella forsythia apoiam o tratamento com antibiótico?
Porque a Tannerella forsythia tem capacidade de penetração nos tecidos periodontais
49
Quais os fatores de virulência da Tannerella forsythia?
1. Fímbrias (Estrutura filmanetosa de superfície que permite adesão) 2. Enzimas - Sialidase, neurominidase 3. Invasão dos tecidos 4. Associação positiva com a P. gingivalis (ambas fazem parte do complexo vermelho de Sokransky)
50
Quais as associações relacionadas com a Tannerella forsythia?
Periodontite de estádio 3 e 4
51
Como podemos chegar à conclusão de que bactérias existem em cada um dos casos?
1. Exame direto com o microscópio (chamado de campo escuro ou contraste de fase) 2. Culturas 3. Imunofluorescência 4. Teste Elisa 5. Sondas de DNA 6. PCR
52
O que permite avaliar o exame de campo escuro ou contraste de fase (exame direto com o microscópio)?
A quantidade de bactérias e os diferentes morfotipos
53
O que não permite avaliar o exame de campo escuro ou contraste de fase (exame direto com o microscópio)?
Não permite avaliar as diferenças entre espécies e não permite a seleção de antimicrobianos (porque não sabemos que espécies estão especificamente presentes)
54
Qual a grande vantagem das culturas como método de estudo microbiológico?
É o único método que permite avaliar a suscetibilidade para antibióticos
55
Como é feita a colheita a nível periodontal para as culturas?
Cureta Cones de papel Irrigação-aspiração Amostras cirúrgicas
56
Quais as condições fundamentais para o transporte da amostra para cultura?
1. Manter a viabilidade 2. Não favorecer o crescimento 3. Conservar em condições de anaerobiose (uma vez que maioria dos patogénios periodontais são anaeróbios)
57
Para que serve a dispersão e a diluição da cultura após o transporte?
Pretende-se romper os agregados bacterianos, reduzindo a amostra a uma quantidade significativa para colocar em cultura. A dispersão serve para separar as colónicas e a diluição para reduzir o número de bactérias
58
Para que serve a incubação da cultura?
A cultura tem de ser incubada, num meio com as características dos microrganismos que estamos a avaliar. No caso da patologia periodontal a incubação é feita num meio anaeróbio
59
Para a cultura com estudo microbiológico quais as etapas que precisam de existir?
1. Colheita 2. Transporte 3. Dispersão e diluição 4. Incubação 5. Seleção do meio de cultura 6. Identificação
60
Que meios se utilizam na periodontologia? Porquê?
Usam-se meios enriquecidos. Para permitir a multiplicação celular
61
Qual a fase final da cultura para estudo microbiológico? Para que serve?
A identificação. Vai servir para avaliar a morfologia da colónia, a tolerância ao oxigénio, uma caracterização bioquímica e outras observações microscópicas
62
Nas culturas microbiológicas, na fase de identificação, o que vai avaliar a caracterização bioquímica?
Características da colónia e suscetibilidades aos antibióticos
63
Como funciona o método da imunofluorescência?
1. A fluoresceína é acoplada aos anticorpos dos micorrganismos conhecidos por ligações covalentes 2. Os anticorpos ao reagirem com os antigénios específicos, formam o complexo ag-ac 3. O complexo ag-ac pode ser facilmente visualizado pela sua florescência quando excitado por luz
64
Como funciona o teste Elisa?
O anticorpo é ligado a uma superfície sólida, que tem afinidade para uma substância de interesse. Coloca-se a nossa amostra nesse sistema. Se os antigénios estiverem presentes na amostra haverá formação de complexos Ag-Ac. Posteriormente são adicionados Ac idênticos que transportam uma enzima, que se liam aos complexos Ag-Ac. A substância na qual a enzima atua é adicionada e a quantidade de produto é medida, por exemplo, pela alteração da cor
65
Como funcionam as sondas de DNA?
A molécula de DNA de um microrganismo específico é sintetizada artificialmente e marcada para a sua posterior deteção quando colocada juntamente com uma amostra de placa
66
O que é uma sonda de DNA?
É uma porção de DNA específica de uma bactéria que não existe em mais nenhuma outra
67
Como funciona o PCR?
Baseia-se na amplificação exponencial seletiva de uma quantidade reduzida de DNA de uma única célula. é importante quando temos uma amostra em quantidade insuficiente para realizar uma observação
68
Qual a sequência de eventos no PCR?
1. Desnaturação do DNA molde 2. Ligação dos primers conhecidos 3. Polimerização do DNA, com recurso à DNA polimerase
69
Quais as fases do tratamento periodontal?
1. Diagnóstico 2. Controlo da infeção 3. Manutenção
70
Quando é que faz sentido fazer uma avaliação microbiológica logo na fase de diagnóstico?
Quando temos um paciente cuja quantidade de placa bacteriana não justifica a destruição periodontal apresentada, pacientes com grande destruição mas é muito jovem, ou ausência de sentido na relação de avaliação clínica e agressividade da condição
71
Quando é que faz sentido fazer uma avaliação microbiológica na fase controlo da infeção?
Quando temos casos em que a análise microbiológica faz sentido logo na fase de diagnóstico
72
Quando é que faz sentido fazer uma avaliação microbiológica na fase manutenção?
Em situações de recidiva agressivas