Estrepto Flashcards
(48 cards)
Os patógenos
Streptococcus são cocos gram+ que crescem em cadeias.
Os patógenos - Classificação
Reação hemolítica no ágar-sangue
- β - hemolise completa
- α - hemolise incompleta
- γ - nenhuma hemolise
Reatividade sorológica dos antígenos polissacarídeos da parede celular:
- Estrep hemolíticos podem ser classificados Lancefield A, B,C F, G e I e podem ser formadores de colônia grande ou pequena (<0,5 mm de diâmetro).
- β-hemolíticos do grupo A e B são os principais patogênicos.
Streptococcus pyogenes (grupo A)
Contem Lancefield A.
É a causa principalmente de INFECÇÕES DO TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR e da PELE;
Responsável por uma Síndrome semelhante ao choque tóxico, fascite necrosante e sequelas não supurativas como a febre reumática e GNPE.
Os humanos são o hospedeiro natural e não há nenhum reservatório animal ou ambiental. A garganta e a pele são os principais reservatórios para GAS.
Transmitido principalmente de pessoa para pessoa por contato ou por gotículas
Fator de virulencia do Streptococcus pyogenes (grupo A)
O principal fator de virulência é a proteina M. Certas manifestações estão comumente associadas a tipos M específicos, tais como M1 e M3, que estão associados às manifestações invasivas graves, como choque tóxico e fascite necrosante.
Epidemiologia
Todas infecções por estrep do grupo A tem maior incidência em crianças com menos de 10 anos.
Prevalência de pcts assintomaticos tb é mais elevada (15 a 20%) em kids do que em adultos.
Condições como: aglomeração em climas temperados durante os meses de inverno tb são associados com faringite em kids escolares e recrutas militares
Em muitas regiões temperadas do mundo, a incidencia de faringite atinge pico no inverno.
Impetigo, menos comum, atinge pico durante os meses de verão.
Faringite - ag etiologico
Principal causa: Strep do grupo A, sendo o unico agente que requer diagnóstico e tto etiológico.
OMS estima aproximadamente meio milhão de casos de febre reumática aguda em todo mundo anualmente.
Faringite - Manifestações clínicas
Fortemente sugerida por:
- FEBRE
- EXSUDATO TONSILAR
- LINFONODOS CERVICAIS ANTERIORES DILATADOS e MACIOS
- AUSÊNCIA DE TOSSE.
Faringite - Diagnóstico e tto
O tto antimicrobiano pode ser adiado por vários dias e ainda alcançar o objetivo de prevenir a febre reumática e a disseminação da dç.
Cultura da garganta é metodo diagnóstico
A quantificação de GAS da cultura da garganta não pode ser usada para diferenciar o portador da infecção.
TTO é indicado para pct com faringite que apresentar teste rápido de antigeno positivo
Otite média e Rinossinusite
GAS em 2% a 5% das culturas do ouvido médio de kids com OMA.
Estrep do grupo A é o QUARTO patógeno mais predominante que causa OMA pediatrica, depois do Strep pneumoniae, H. influenzae e Moraxella catarrhalis.
OMA por strep do grupo A está associado a risco aumetado de MASTOIDITE. Embora o risco seja pequeno (<1%) é muito maior que o da devido os outros agentes.
GAS é o agente etiológico da rinossinusite bacteriana aguda em 2% a 7% dos casos
Pneumonia
10% dos pcts com GAS invasiva apresentam pneumonia
é uma dç grave de inicio repentino, frequentemente associada a complicações locais e sistêmicas, em especial, empiema (19%), choque tóxico (32%) e morte (38%).
Escarlatina
é uma erupção eritematosa difusa que ocorre em associação com faringite mais comumente em kids de 5 a 15 anos.
O desenvolvimento da erupção requer exposição anterior a S. pyogenes e ocorre em consequência de reatividade da pele do tipo retardado a exotoxina pirogênica (eritrogênica, normalmente dos tipos A, B e C)
Escarlatina - Manifestações clínicas
Eritema difuso que clareia com compressão, com numerosas elevações papulares (1 a 2mm), dando aparência de lixa. Começa pela cabeça e pescoço e é acompanhada por palidez perioral e lingua na cor vermelha como um morango.
A erupção se expande de forma rápida e cobre o tronco, depois as extremidades e finalmente descama; as palmas das mãos e solas dos pés são normalmente poupadas
Erupção mais marcada nas pregas cutâneas das areas inguinais, axilar, antecubital e abdominal e ao redor dos pontos de pressão.
Linhas de Pastia: erupção de carater linear petequial nas fossas antecubitais e pregas auxiliares.
Erisipela
É uma infecção dérmica ou hipodérmica, aguda, não necrosante que é causada principalemente por streptococcus.
Adultos na 6ª ou 7ª decada e localiza-se nos MMII em mais de 80%;
Há predominancia nas mulheres exceto em pcts jovens
Fatores de risco: ruptura da barreira cutânea, linfedema, edema crônico ou cirurgias locais.
Intertrigo entre os dedos é a principal porta de entrada
é menos causada por strep dos grupo B, C ou G e raramente por stafilo;
A recorrencia é a principal complicação da erisipela, ocorre 20%
Reduzir as recorrências: tto de fatores predisponentes como intertrigo ou ferida entre os dedos.
Se ocorrer infecções frequentes apesar de medidas, a antibioticoterapia pode ser justificada
Erisipela - Manifestações clínicas
Placa eritematosa brilhante demarcada associada a dor, inchaço e febre;
A formação de bolhas é considerada uma complicação local da dç relativamente grave, mas frequente.
Celulite
Infecção cutânea difusa e disseminada.
As duas tem inicio subito, geralmente com febre alta e tendencia a recorrencia.
GAS tem sido considerado o principal agente da celulite, embora os strep do grupo B, C e G e o S. aureus possam ser causa
Extremidades inferiores. Linfedema e ruptura da barreira cutanea serve de local de entrada, são fatores de risco;
20-30% apresentam recidiva durante acompanhamento de 3 anos.
Hemoculturas para beta em menos de 5% dos casos
Celulite - Manifestações clínicas
Linfadenopatia regional associada e estrias linfáticas são variáveis e as complicações locais (abscessos, necrose) são mais frequentes do que na erisipelas.
Petequias e equimoses com bolhas frequentes podem se desenvolver na pele inflamada, resultando em celulite hemorrágica.
Infecção de pele mais profunda que a eri
Doença invasiva do Grupo Streptococcus A
Isolamento de GAS a partir de local esteril
GAS produz superantígenos
A dç invasiva por GAS inclui sindrome de choque tóxico e fasceíte necrotizante
S. anginosus desempenha papel significativo como reservatorio de genes de resistencia antimicrobiana, transferindo para organismo mais patogênicos como S. pneumoniae e S. pyogenes. Ambas são associadas a alta morbidade e mortalidade
Síndrome do Choque Tóxico
60% dos pcts por strepto tem hemocultura positiva
Foco de infecção tende a ser superficial, uma complicação de feridas cirurgicas ou queimaduras ou um corpo estranho
Pode originar-se de um foco desconhecido ou infecção profunda do tecido mole
As taxas de mortalidade é maior por strepto que com estafilo, relatado em até 80% quando associado com miosite
Síndrome do Choque Tóxico - Manifestações Clínicas
Hipotensão acompanhada por falência multipla de orgãos, indicada por 2 dos seguintes sinais:
- Insuficiência renal;
- Coagulopatia
- Envolvimento hepático
- Sd. do desconforto respiratório agudo
- Exantema generalizado
- Necrose de partes moles
Impetigo
É uma infecção altamente contagiosa da epiderme superficial que afeta com mais frequencia kids de 2 a 5 anos, embora possa ocorrer em qualquer idade
Bolhoso ou não bolhoso (mais comum)
Geralmente cura sem cicatriz, mesmo sem tto
S. aureus é o principal agente, especialmente do bolhoso.
GAS causa pouco e é mais frequente na forma não bolhosa;
Diagn clinico que pode ser confirmado por gram e cultura que pode ser util para identificar pcts com cepas de GAS nefrogênicas durante surtos de GNPE
Transmitido por contado direto. os pcts podem transmitir para eles mesmos ou para outros ao coçar uma area infectada.
Mupirocina e acido fusidico são igualmente ou mais eficazes que os atb orais para pessoas com dç limitada.
Fasceíte Necrotizante
Infecção do tec subcutâneo e da fascia que resulta em necrose com relativa preservação do musculo subjacente
Histopatologia: necrose de fascia superficial e infiltrados polimorfonucleares, bem como edema de derme reticular, gordura subcutânea e fáscia superficial.
GAS secretam proteases que pertubam o tec. do hospedeiro e exotoxinas que podem causar lesão total ou manifestações sistêmicas como resultado de uma resposta inflamatória excessiva e inapropriada, levando a uma infecção com risco de vida.
Fasceíte Necrotizante - Manifestações clínicas
Achados clínicos atípicos
Unica característica que pode alertar é a dor desproporcional em relação àquela esperada no exame, mesmo para pcts que relatam trauma anterior na área.
Mais da metade dos pcts relatam uma lesão ou ferimento prévio no local da infecção.
Em adultos a maioria dos casos ocorre em pessoas com pelo menos uma dç subjacente crônica
Em kids, a dç subjacente mais frequente é uma infecção por varicela-zoster
O local primário de infecção é a extremidade inferior, depois superior, tronco e virilha ou períneo.
Manifestações clínicas das infecções graves por GAS
Febre
Erupção cutânea
Vazamento capilar e subsequente hipotensão
Fasceíte Necrotizante - TTO
Debridamento cirúrgico precoce
Imunoglobulina intravenosa pode ser adjuvante. Tem efeito antiinflamatorio geral