Febre Amarela Flashcards

1
Q

Características da dç

A

doença infecciosa febril
aguda transmitida por vetores artrópodes

Gênero: Flavivirus
Família Flaviviridae

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2
Q

Epidemiologia

A

Introdução da vacina contra a febre amarela no País em 1937, o intenso combate ao vetor e a imunização em massa na década seguinte levaram à eliminação da doença nas áreas urbanas no Brasil.

O registro dos últimos casos da febre amarela urbana no País ocorreu na cidade de Sena Madureira (AC), em 1942.

A partir dessa data, a febre amarela urbana (transmitida por Aedes aegypti) não foi mais registrada e o ciclo de transmissão silvestre passou a predominar com registros de epidemias.

Atualmente a febre amarela silvestre é endêmica no BR (região amazônica).

O vírus é mantido por transmissão entre primatas não humanos e mosquitos silvestres arbóreos, principalmente dos gêneros Haemagogus e Sabethes no BR e Aedes na Africa, situação denominada epizootia.

Uma pessoa com febre amarela silvestre pode ser fonte de surto da febre amarela urbana, transmitida principalmente pelo Aedes Aegypti.

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3
Q

Condições favoráveis para a transmissão

A
  1. elevadas temperatura e pluviosidade;
  2. alta densidade de vetores e hospedeiros primários;
  3. presença de indivíduos suscetíveis;
  4. baixas coberturas vacinais;
  5. eventualmente, novas linhagens do vírus
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4
Q

Evento Sentinela

A

Em momentos com as condições ideais para transmissão, um número maior de PNH adoece e morre chamando atenção da sociedade na forma de epizootia e define medidas de intensificação de vacinação nos moradores das regiões afetadas

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5
Q

Desafios nos grandes surtos

A
  1. oferecer assistência hospitalar de alta complexidade aos pacientes graves
  2. vacinar, em curto espaço de tempo, grande número
    de pessoas não vacinadas nos locais de ocorrência
    da doença e controlar assim a infecção, evitando
    a expansão para áreas urbanas, em áreas infestadas
    por mosquitos do gênero Aede sp e com baixa
    cobertura para a vacina febre amarela ou baixa
    homogeneidade de cobertura vacinal
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6
Q

Período de incubação

A

Média de 3-6 dias
Podendo ser de até 10-15

Pcts assintomáticos em até metade dos casos infectados

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7
Q

Período de transmissibilidade

A

24 a 48 horas antes ou até 3 a 5 dias após o início dos sintomas

O mosquito infectado transmite o vírus por 6 a 8 semanas

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8
Q

Quadro Clínico - LEVE/MODERADO

A

Sinais e sintomas

  1. Febre alta (súbita e contínua)
  2. Cefaleia intensa e duradoura
  3. Mialgia
  4. Náuseas
  5. Anorexia
  6. Icterícia ausente ou leve

** Sinal de Faget (bradicardia acompanhada de febre alta) pode ou não estar presente.

Sintomas duram cerca de 2-4 dias e são aliviados com o uso de sintomáticos, antitérmicos e analgésicos, e ocorrem em cerca de 20% a 30% dos casos.

Alterações Laboratoriais

  1. Plaquetopenia
  2. Elevação moderada de transaminases
  3. Bilirrubinas normais ou discretamente elevadas (predomínio de direta)
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9
Q

Quadro Clínico - GRAVE

A

Sinais e sintomas

  1. Todos os anteriores (cefaleia e mialgia em maior intensidade, acompanhadas de nauseas e vômitos frequentes)
  2. Icterícia intensa
  3. Manifestações hemorrágicas (epistaxe, hematêmese e metrorragia)
  4. Oligúria
  5. Diminuição de consciência

As formas graves e malignas acometem entre 15% a 60% das pessoas com sintomas que são notificadas durante epidemias, com evolução para óbito entre 20% e 50% dos casos

Alterações Laboratoriais

  1. Plaquetopenia intensa
  2. Elevação importante de transaminases
  3. Aumento de creatinina
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10
Q

Quadro Clínico - MALIGNA

A

Sinais e sintomas
1. Todos os sintomas clássicos da forma grave intensificados

período de remissão dos sintomas de 6 a 48 horas entre o 3º e 5º dias de doença, seguido de agravamento da icterícia, insuficiência renal e fenômenos hemorrágicos de grande monta.

Alterações Laboratoriais

  1. Todos os anteriores
  2. Coagulação intravascular disseminada
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11
Q

Caso Suspeito

A

indivíduo com exposição em área afetada recentemente (em surto) ou em ambientes rurais e/ou silvestres destes, com até sete dias de quadro febril agudo (febre aferida ou relatada) acompanhado de dois ou mais dos seguintes
sinais e sintomas:
1. cefaleia (principalmente de localização supraorbital)
2. mialgia
3. lombalgia
4. mal-estar
5. calafrios
6. náuseas
7. icterícia e/ou manifestações hemorrágicas sendo residente ou procedente de área de risco para febre amarela, nos 15 dias anteriores, que não tenha comprovante de vacinação de febre amarela ou que tenha recebido a primeira dose há menos de 30 dias.

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12
Q

Diagnóstico Específico

A

detecção do vírus em amostras clínicas (sangue e/ou tecidos) ou de forma indireta pela detecção de anticorpos.

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13
Q

Sorologia

A

Sangue Total: Obtenção da
amostra por punção venosa ou intracardíaca (óbitos)

Quantidade:

  • Criança: 2-5 ml
  • Adulto: 10 ml

Nº de amostras: 1 ou 2

Período de coleta

  • 1ª Amostra: Após o 5º dias de início dos sintomas;
  • 2ª Amostra: 14-21 dias após a coleta da 1ª amostra.
  • Ou Amostra única: Após o 5º dias de início dos sintomas

Coleta: Frasco estéril de plástico ou vidro com tampa de rosca.

Armazenamento: -20°C ou Freezer

Transporte: Gelox ou Seco

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14
Q

Biologia Molecular (RT-PCR) - Sangue Total

A

amostra por punção venosa ou intracardíaca (óbitos)

Quantidade:

  • Criança: 2-5 ml
  • Adulto: 10 ml

Nº de amostras: 1

Período de Coleta: Até o 5º dia após início dos sintomas.

Coleta: Frasco estéril de plástico ou vidro com tampa de rosca.

Armazenamento e conservação: -70°C

Transporte: Nitrogênio Líquido

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15
Q
Biologia Molecular (RT-PCR) - Tecido
                    =
Isolamento Viral - Tecido
A

Fígado, rins, coração, baço, linfonodos. Obtenção da amostra por necropsia ou viscerotomia ou agulha de biópsia

Quantidade: Fragmento de 1 cm³

Nº de amostras:1 fragmento de cada víscera

Período de coleta: Logo após óbito, no máximo até 24 horas

Resto igual o de sangue

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16
Q

Isolamento Viral - Sangue Total

A

Obtenção da amostra por punção venosa ou intracardíaca (óbitos)

Quantidade:

  • Criança: 2-5 ml
  • Adulto: 10 ml

Nº de amostras: 1

Período de Coleta: Até o 5º dia após início dos sintomas

Coleta: Tubo estéril de plástico com tampa de rosca à vácuo.

Armazenamento e conservação: -70°C

Transporte:Nitrogênio Líquido

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17
Q

Histopatologia/Imuno-histoquímica

A

Fígado, rins, coração, baço, linfonodos. Obtenção da amostra por necropsia ou viscerotomia ou agulha de biópsia

Quantidade: Fragmento de 1 cm³

Nº de amostras:1 fragmento de cada víscera

Período de coleta: Logo após óbito, no máximo até 12 horas

Coleta: Frasco estéril de plástico ou vidro com tampa de rosca, com solução de Formalina a 10% Tamponada

Armazenamento, Conservação e Transporte: Temperatura Ambiente

Não coletar tecido para exame histopatológico de pacientes vivos, devido ao risco de sangramentos

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18
Q

Diagnóstico Diferencial - Leve e moderada

A
  1. dengue
  2. malária
  3. influenza
  4. mononucleose
    infecciosa

com outras causas crescidas a depender da epidemiologia local

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19
Q

Diagnóstico Diferencial - Grave e Maligna

A
  1. malária
  2. dengue grave
  3. chikungunya
  4. hepatites agudas
  5. leptospirose
  6. riquetsiose
  7. sepse
  8. febre tifoide
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20
Q

Avaliação Inicial

A

Anamnese, exame físico

Exames laboratoriais: hemograma, transaminases (TGO e TGP), bilirrubinas, ureia e creatinina, provas de coagulação, proteína urinária.

– Coleta de amostras para exames específicos e envio para laboratórios de referência.

Notificação: COMPULSÓRIA E IMEDIATA

21
Q

Acompanhamento Ambulatorial

A

–– Formas clínicas leves ou moderadas.
–– Paciente em regular estado geral, hidratado ou com desidratação leve, sem vômitos, sem história ou sinais de hemorragias, com nível de consciência normal.
–– Exames laboratoriais normais ou com alterações discretas no hemograma (leucopenia, plaquetopenia acima de 150.000, hemoconcentração <10% do valor de referência), transaminases menores que duas vezes o limite superior da normalidade e bilirrubina menor que 1,5 vezes o limite superior da normalidade, sem proteinúria, provas de coagulação normais.
–– Possibilidade de voltar rapidamente ao serviço de saúde se houver piora do quadro.
–– Presença de pessoas no domicílio que possam observar sinais de piora rapidamente.

22
Q

Conduta de acompanhamento ambulatorial

A

Sintomáticos para febre e dor e hidratação oral.

O paciente e os acompanhantes devem ser orientados a retornar ao serviço de saúde imediatamente se houver piora dos sintomas existentes, persistência de febre alta (>39ºC) por mais de quatro dias e/ou qualquer dos seguintes sinais: aparecimento de icterícia, hemorragias, vômitos, diminuição de diurese.

Caso não haja piora do quadro, não é necessário repetir os exames laboratoriais e uma consulta de retorno deve ser marcada em cinco a sete dias para reavaliação.

23
Q

Analgésicos

A

Dipirona comprimidos de 500 mg e de 1 até 4 vezes ao dia

Dipirona gotas - 20 a 40 gotas até 4 vezes ao dia

Paracetamol Comprimidos de 500 e 750 mg - 500 mg 4/4 ou 6/6 horas (máximo 8 cps/dia) ou 750 mg 6/6 ou 8/8 horas (máximo 5 cps/dia)

Paracetamol* gotas
200 mg/mL (1 mL = 15 gotas = 200 mg; 1 gota = 13 mg)
25 a 50 gotas 3 a 5 vezes ao dia (dose máxima 55
gotas até 5 vezes ao dia)

O uso de paracetamol deve ser evitado ao máximo devido à possibilidade de hepatoxicidade relacionada com doses acima de 4 g por dia. Aspirina, anti-inflamatórios não hormonais e corticosteroides são expressamente contraindicados em casos suspeitos de febre amarela

24
Q

Hidratação oral

A

Iniciar imediatamente após a identificação de caso suspeito de febre amarela se o quadro clínico for leve ou moderado, o paciente não estiver com náuseas ou vômitos e o nível de consciência for normal. Pode ser feita em casa ou na unidade de saúde.

60 mL/Kg/dia, podendo ser apenas com solução salina ou 1/3 inicial com solução salina e os 2/3 restantes com líquidos caseiros (água, sucos, chá etc.)

25
Q

Hidratação parenteral

A

Iniciar imediatamente após a identificação de caso suspeito de febre amarela se o paciente estiver com qualquer um dos seguintes sinais ou sintomas: taquicardia (frequência cardíaca > 100 batimentos por minuto), pulso fraco e filiforme, intervalo entre pressão arterial sistólica e diastólica <20 mmHg, taquipneia, oligúria (diurese <1,5 mL/Kg/hora), vômitos persistentes, diminuição do nível de consciência.

10 mL/Kg na primeira hora e reavaliação intensiva de PA, FC e diurese. Avaliar necessidade de alterar o volume de acordo com esses parâmetros

26
Q

Hospitalização em enfermaria

A

recomendada para casos moderados e graves em que o paciente apresentar as seguintes condições:
–– Paciente em regular ou mau estado geral, desidratação moderada ou intensa e vômitos, sem hemorragias ativas, com nível de consciência normal.
–– Exames laboratoriais com alterações discretas ou moderadas no hemograma (leucopenia, plaquetopenia, hemoconcentração <20% do valor de referência), transaminases menores dez vezes o limite superior da normalidade e bilirrubina menor que cinco vezes o limite superior da normalidade, proteinúria + ou ++, provas de coagulação normais.

27
Q

Conduta na hospitalização em enfermaria

A

Deve-se prescrever sintomáticos para febre e dor, hidratação oral ou parenteral e iniciar controle de diurese usando recipientes adequados, graduados e de boca larga, calculando o volume a cada hora (diurese >1 mL/Kg/hora é adequada).

Não é necessário sondagem vesical, que deve ser evitada em pcts com manifestações hemorrágicas.

A avaliação dos parâmetros clínicos e de proteinúria deve ser repetida em pelo menos a cada 4 horas e os exames laboratoriais diariamente, ou a qualquer momento caso apareçam sinais de alerta para formas graves e malignas.

De acordo com a situação, pode ser necessário realizar outros exames, como dosagem de glicose e eletrólitos (para avaliar necessidade de correção de distúrbios agudos em casos de vômitos muito intensos e hemorragias), gasometria arterial (para avaliar e corrigir acidose).

28
Q

Coagulopatia na febre amarela

A

decorre da diminuição de produção de fatores de coagulação por comprometimento hepático, podendo estar associada a CIVD.

A avaliação deve incluir análise dos resultados das provas de coagulação, indicativas de maior gravidade se o tempo de coagulação for >20 minutos e o INR acima de 1,5 vezes o limite superior de normalidade.

Nesses casos, devem ser evitados procedimentos invasivos e o uso de heparina não é recomendado. Medidas de suporte incluem aplicação de vitamina K por três dias, proteção gástrica (ex.: omeprazol, cimetidina, ranitidina) e transfusão de concentrado de hemácias e/ou plasma fresco congelado.

A transfusão de concentrado de hemácias (10 a 15 ml/kg/dia) está indicada nos casos de queda acentuada de hematócrito, choque hipovolêmico refratário e/ou hemorragia intensa.

O plasma fresco congelado (10 ml/kg) deve ser usado na presença de coagulopatias e a transfusão de plaquetas é reservada para situações específicas como sangramento persistente não controlado com trombocitopenia e INR >1,5 vezes o limite superior de normalidade.

29
Q

Hospitalização em UTI

A

para pacientes que apresentarem qualquer alteração clínica ou laboratorial de formas graves e malignas a qualquer momento desde a avaliação inicial.

Cuidados implementados o mais brevemente possível como ventilação mecânica protetora, hemodiálise e suporte hematológico influenciam o desfecho dos casos, muito embora considerável proporção ainda vá ter desfecho fatal.

30
Q

Conduta na UTI

A
  1. manutenção da nutrição e prevenção de hipoglicemia;
  2. sondagem nasogástrica para evitar distensão gástrica e aspiração;
  3. uso de omeprazol e cimetidina para prevenção de hemorragia gástrica;
  4. ressuscitação hídrica e uso de drogas vasoativas;
  5. administração de oxigênio;
  6. correção de acidose metabólica;
  7. plasma fresco congelado no caso de hemorragias;
  8. diálise precoce, se instalada insuficiência renal.

Deve-se atentar para a possibilidade de infecção bacteriana concomitante, ponderando o início precoce de antibioticoterapia de largo espectro.

31
Q

Sinais de Alerta - Clínicos

A
  1. Icterícia (pele ou escleras amareladas)
  2. Hemorragias
  3. Colúria – urina “cor de coca-cola”
  4. Oligúria – diminuição de volume urinário
  5. Vômitos constantes
  6. Diminuição do nível de consciência
  7. Dor abdominal intensa
32
Q

Sinais de Alerta - Laboratoriais

A
  1. Hematócrito em elevação (20% acima do valor basal prévio ou valor de referência)
  2. Transminases acima de 10 vezes o valor de referência (TGO é geralmente mais elevada que TGP, diferentemente da hepatite aguda)
  3. Creatinina elevada
  4. Coagulograma alterado (ex.: Tempo de
  5. Coagulação >20 min).
33
Q

Critérios de Alta

A

–– Após dez dias de doença, para pacientes sem febre nas últimas 24 horas, com aspectos clínicos melhorados e exames laboratoriais com índices decrescentes das transaminases e estabilização das plaquetas.
–– Após três dias sem febre independente do tempo de doença, com índices decrescentes das transaminases e estabilização das plaquetas. Orientar, caso os sintomas voltem, retornar ao posto de atendimento.

34
Q

Convalescença

A

até oito semanas, com recuperação gradual das atividades habituais.

Não há necessidade de vacinação no futuro

35
Q

Imunização

A

é a medida mais importante e eficaz para prevenção e controle da doença

É um imunobiológico seguro e altamente eficaz na proteção contra a doença, com imunogenicidade de 90% a 98% de proteção. Os anticorpos protetores aparecem entre o sétimo e o décimo dia após a aplicação da vacina, razão pela qual a imunização deve ocorrer dez dias antes de se ingressar em área de risco da doença.

36
Q

Esquema Vacinal

A

uma dose única a partir dos 9 meses de idade.

37
Q

Conservação da vacina

A

na instância central ou regional, deverá ser conservada a -20°C, em freezer ou câmara fria negativa;

na sala de vacinação, a conservação é feita em refrigerador, com temperatura variando entre 2°C e 8°C.

38
Q

Reconstituição da vacina

A

A vacina reconstituída deve ser mantida em temperatura de 2°C a 8°C, preferencialmente a 5°C. Mantidas essas condições, o prazo de validade após reconstituição é de 6 horas

39
Q

Via de adm

A

Subcutânea na dose de 0,5mL

40
Q

Indicação da vacina

A
  • Residentes ou viajantes para as áreas com recomendação de vacinação (todos os estados das regiões Norte e Centro-Oeste; Minas Gerais e Maranhão; alguns municípios dos estados do Piauí, Bahia, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). Os viajantes para essas áreas devem ser vacinados pelo menos 10 dias antes da viagem.
  • Pessoas que se deslocam para países endêmicos, conforme recomendações do Regulamento Sanitário Internacional (RSI).
41
Q

Vacinação simultânea

A

Em menores de 2 anos que não nunca foram vacinadas pra febre amarela, não adm simultaneamente com a vacina tríplica viral nem com a tetra.

Intervalo de pelo menos 30 dias entre as vacinas.

Se já tiver recebido as duas, pode-se adm sem intervalo.

42
Q

Maior risco de eventos adversos

A

√ Doenças agudas febris moderadas ou graves: recomenda-se adiar a vacinação até a resolução do quadro com o intuito de não se atribuir à vacina as manifestações da doença.

√ Primovacinação de pessoas com 60 anos e mais.

√ Doadores de sangue ou órgãos: pessoas vacinadas devem aguardar 4 semanas após para doar sangue e/ou órgãos.

√ Pessoas infectadas pelo HIV, assintomáticos e com imunossupressão moderada, de acordo com a contagem de células CD4.

√ Pessoas com doenças de etiologia potencialmente autoimune devem ser avaliados caso a caso tendo em vista a possibilidade de imunossupressão.

√ Pessoas com doenças hematológicas devem ser avaliados caso a caso.

√ Pacientes que tenham desencadeado doença neurológica de natureza desmielinizante (SGB, ADEM e esclerose múltipla) no período de seis semanas após a aplicação de dose anterior da VFA. Tal recomendação se baseia em dados de literatura para a vacina influenza.

√ Gestantes e mulheres amamentando: a vacinação de gestantes e lactantes não é recomendada em áreas sem circulação viral. Nas áreas com confirmação de circulação viral (epizootias, casos humanos e ou vetores infectados com o vírus da febre amarela), as gestantes e lactantes devem ser vacinadas. Recomenda-se a suspensão do aleitamento materno por dez dias após a vacinação.

43
Q

Contraindicações da VFA

A

√Crianças menores de 6 meses de idade.

√Pessoas com história de eventos adversos
graves em doses anteriores.

√Pessoas com história de anafilaxia comprovada em doses anteriores ou relacionada a substâncias presentes na vacina (ovo de galinha e seus derivados, gelatina bovina ou a outras).

√Pacientes com imunossupressão grave de qualquer natureza:
–– Imunodeficiência devido a câncer ou imunodepressão terapêutica.
–– Pacientes infectados pelo HIV com imunossupressão grave, com a contagem de células CD4 < 200 células/mm3 ou menor de 15% do total de linfócitos para crianças menores de 13 anos.
–– Pacientes em tratamento com drogas imunossupressoras (corticosteroides, quimioterapia, radioterapia, imunomoduladores).

√Pacientes submetidos a transplante de órgãos.

√Pacientes com história pregressa de doenças do timo (miastenia gravis, timoma, casos de ausência de timo ou remoção cirúrgica).

√Pacientes portadores de lúpus eritematoso
sistêmico tendo em vista a possibilidade de imunossupressão.

√Gestantes. A administração deve ser analisada caso a caso na vigência de surtos.

44
Q

Eventos Adversos Graves

A
  • As reações de hipersensibilidade.
  • A doença viscerotrópica aguda associada à vacina febre amarela (DVA-VFA).
  • A doença neurológica aguda associada à vacina febre amarela (DNA-VFA).
  • Qualquer morte súbita inesperada ocorrendo até 30 dias após o término de campanhas de vacinação contra a febre amarela em que as circunstâncias e dados clínicos sugerem um evento adverso à vacina.
45
Q

Eventos Adversos - Manifestações Locais

A

Descrição:
- Dor, eritema e enduração por 1 a 2 dias

Tempo entre
vacinação e EAPV:
- 1-2 dias

Frequência:
- 2-4%

Conduta:
- Notificar abscessos, lesões extensas ou com limitação de
movimentos, e casos não graves muito
frequentes;

Observação:
- Não contraindica revacinação

46
Q

Eventos Adversos - Manifestações Sistêmicas Gerais

A

Descrição:
- Febre, mialgia e cefaleia leves, duração de 1 a 3 dias

Tempo entre
vacinação e EAPV:
- A partir do 3º dia.

Frequência:
- < 4% – menor em revacinados

Conduta:
- Analgésicos e antitérmicos

Observação:
- Não contraindica revacinação

47
Q

Eventos Adversos - Anafilaxia

A

Descrição:
- Hipotensão, choque,
manifestações respiratórias e cutâneas.

Tempo entre
vacinação e EAPV:
- Nos primeiros 30 minutos até 2 horas

Frequência
- 0,2: 100.000 doses administradas

Conduta:
- Notificar e investigar

Observação:
- Revacinação contraindicada

48
Q

Eventos Adversos - Dç Neurológica

A

Descrição:
- Febre, meningismo, convulsões, torpor

Tempo entre
vacinação e EAPV:
- 7-21 dias

Frequência
- 0,4 a 0,8 por 100.000 doses administradas

Conduta:
- Notificar e investigar também outras síndromes neurológicas
graves; diagnóstico
diferencial

Observação:
- Revacinação contraindicada

49
Q

Eventos Adversos - Dç Viscerotrópica aguda

A

Descrição:
- Hepatite, Insuficiência renal, Hemorragias

Tempo entre
vacinação e EAPV:
- Primeiros 10 dias

Frequência
- 0,4 por 100.000 doses administradas

Conduta:
- Cuidados intensivos, terapia dialítica precoce

Observação:
- Revacinação contraindicada