Exame Clínico Geral Flashcards
(79 cards)
Em quantas partes dividimos o exame?
5 partes
Parte I do Exame Clínico Geral
Como começa a parte I?
Peça ao doente para dar alguns passos em linha recta e voltar para trás. Aprecie a facilidade, simetria e coordenação do movimento. Em caso de marcha antálgica, peça ao doente para localizar a dor — darlhe-á pistas para o exame que se segue.
Caso o inquérito coloque alguma hipótese de lesão neurológica dos membros inferiores ou de envolvimento da coluna lombar, peça ao doente para repetir a marcha em calcanhares e em bicos de pés. Isto permite apreciar a integridade das raízes de L5 e S1. Pode ainda solicitar ao doente que se agache e se levante sem apoio das mãos, avaliando assim a força muscular proximal, bem como a mobilidade das ancas e dos joelhos.
Parte I do Exame Clínico Geral
O que deve ser observado ao pedir ao doente para dar alguns passos em linha recta e voltar para trás?
Facilidade, simetria e coordenação do movimento
Parte I do Exame Clínico Geral
Qual é o objetivo de identificar a dor durante a marcha antálgica?
Dar pistas para o exame que se segue
Parte I do Exame Clínico Geral
O que deve ser solicitado ao doente se houver suspeita de lesão neurológica dos membros inferiores?
Repetir a marcha em calcanhares e em bicos de pés
Parte I do Exame Clínico Geral
O que a marcha em calcanhares e em bicos de pés avalia?
Integridade das raízes de L5 e S1
Parte I do Exame Clínico Geral
Qual é o exercício que pode ser solicitado para avaliar a força muscular proximal?
Agachar e levantar-se sem apoio das mãos
Parte I do Exame Clínico Geral
O que é avaliado ao pedir ao doente que se agache e se levante?
Força muscular proximal, mobilidade das ancas e dos joelhos
Parte I do Exame Clínico Geral
Como deve o doente estar posicionado antes de prosseguir para a 2ª fase da parte 1?
Em pé, com os pés alinhados na direcção dos ombros, de costas para o observador
Parte I do Exame Clínico Geral
O que deve ser perguntado ao doente antes de prosseguir para a 2ª fase da parte 1??
Se houver dor ou dificuldade em qualquer movimento
Parte I do Exame Clínico Geral
O que é avaliado na 2ª fase da parte 1? (8)
- Estática da coluna
- Equilíbrio dos ombros e da bacia
- Posição das ancas e dos joelhos
- Inspecção da pele visível
- Palpação da glândula tireóide
- Palpação das cadeias ganglionares
- Mobilidade da coluna cervical
- Mobilidade da coluna lombar
Parte I, fase 2
O que é avaliado na estática da coluna?
Existência de anormalidades das curvaturas fisiológicas no plano frontal e sagital
As curvaturas fisiológicas incluem a lordose e a cifose, que devem ser avaliadas quanto a desvios.
Parte I, fase 2
Como se verifica o equilíbrio dos ombros e da bacia?
Colocando os indicadores sobre os ombros e depois sobre as cristas iliacas
A báscula da bacia pode indicar dismetria dos membros inferiores, que é uma causa comum de escoliose e lombalgia.
Parte I, fase 2
Quais as posições que devem ser avaliadas nas ancas e joelhos?
Extensão completa, flexo, hiperextensão, desvio para fora (em varo) e para dentro (em valgo)
A avaliação da posição dos joelhos é importante para identificar problemas de alinhamento e função.
Parte I, fase 2
O que deve ser inspecionado durante o exame físico?
A pele visível, incluindo a do couro cabeludo
A inspecção da pele pode revelar condições dermatológicas ou sinais de doenças sistêmicas.
Parte I, fase 2
Quais as áreas que devem ser palpadas durante o exame?
Glândula tireóide, cadeias ganglionares submandibulares, submentonianas, cervicais anteriores e posteriores, supraclaviculares
A palpação dessas áreas é essencial para detectar linfadenopatia ou outras anomalias.
Parte I, fase 2
Como é avaliada a mobilidade da coluna cervical?
Solicitando ao doente que leve a orelha ao ombro e rode o queixo para os lados.
Colocando-nos agora numa posição lateral
ao doente, pedimos-lhe que toque com o queixo no peito, apreciando assim a flexio
da coluna, fazendo o movimento oposto de seguida.
A mobilidade cervical é importante para avaliar a função e a presença de dor ou rigidez.
Parte I, fase 2
O que o médico faz para avaliar a mobilidade da coluna lombar?
O médico coloca dois dedos sobre os processos espinhosos de L4 (imediatamente acima da linha que une as cristas ilfacas) e L2 e pede ao
doente que se incline para a frente, tentando levar os dedos ao chão sem dobrar os joelhos. O afastamento dos dedos indica o grau de flexão da coluna lombar.
De seguida, o doente deverá inclinar o tronco para trás, tanto quanto possível e para cada um dos lados. Tenha o cuidado de evitar que o doente flicta os joelhos durante estas manobras, para não confundir a sede do movimento.
Parte I, fase 2
O que indica o afastamento dos dedos durante a avaliação da coluna lombar?
O grau de flexão da coluna lombar
O movimento de inclinação do tronco para diante implica flexão da coluna lombar, mas tambêm da dorsal (limitada) e, sobretudo, das coxolemorais. A limitação de movimentos da coluna lombar pode ser mascarada por uma boa flexibilidade das ancas. A colocação dos dedos sobre a coluna lombar limita a apreciação à coluna.
Parte I, fase 2
Durante a avaliação da mobilidade da coluna lombar, o que deve ser evitado?
Que o doente faça flexão dos joelhos para não confundir a sede dos movimentos
Parte II do Exame Clínico Geral
Qual a posição do médico e do doente na Parte II do Exame Clínico Geral?
Nesta parte, o doente mantém a sua posição anatómica de repouso, em pé, e o médico observa-o de frente
Parte II do Exame Clínico Geral
Quais aspectos devem ser inspecionados pelo médico na Parte II do Exame Clínico Geral?
- Pele, com especial atenção às áreas expostas
- Coloração e hidratação das conjuntivas
- Mucosa oral e peças dentárias
- Mobilidade dos ombros e cotovelos
Parte II do Exame Clínico Geral
Por que é importante avaliar a mucosa oral e as peças dentárias?
A suspeita de doença do tecido conjuntivo ou de doença de Behçet justifica uma apreciação mais cuidadosa
Parte II do Exame Clínico Geral
Quais movimentos devem ser realizados pelo médico durante a avaliação da mobilidade do doente? 1º
Os braços partem da posicão de repouso, ao longo do tronco com as palmas das mãos voltadas para as coxas. Elevam-se os braços, em abdução, lateralmente ao tronco, mantendo os cotovelos em extensão, até aos 90° de abduçãdo do ombro.
As palmas das mãos são, então, rodadas para cima, enquanto o movimento do ombro prossegue em elevação até aos 180°, isto é, acima da cabeça. Os cotovelos são mantidos em extensão.
Chegados ao limite deste movimento, flectem-se os cotovelos para tocar com as palmas das mãos na regido dorsal, abaixo do pescogo, tão baixo quanto possivel.
De seguida, baixam-se os braços e levam se os dorsos de ambas as mãos ao contacto da região lombar e dorsal, tão alto quanto possivel.