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(22 cards)

1
Q

Técnica para:

Identificação e cumprimento ao paciente [Critério 1]

A

Execução passo-a-passo:
1. Ao entrar na sala, mantenha postura ereta e expressão facial receptiva
2. Dirija-se ao paciente, mantenha contato visual moderado
3. Apresente-se com nome e função: “Bom dia, eu sou [seu nome], estudante/médico”
4. Estenda a mão para cumprimentar (se apropriado)
5. Confirme a identidade do paciente: “O(a) senhor(a) é [nome do paciente], correto?”

O que dizer ao paciente:
- “Bom dia/tarde, meu nome é [seu nome], sou estudante/médico e vou atendê-lo(a) hoje”
- “Como o(a) senhor(a) prefere ser chamado(a)?”
- “É um prazer conhecê-lo(a), senhor(a) [nome]”

Elementos a verificar:
- Apresentação pelo nome [0,3]
- Cumprimento adequado [0,2]

Adaptação para diferentes cenários:
- Paciente acamado: Aproxime-se pelo lado direito da cama
- Paciente com dor: Evite aperto de mão vigoroso, opte por toque suave no antebraço

[VALE 0,5 PONTOS]

Sempre olhe nos olhos do paciente durante a apresentação. Esta é sua primeira impressão - demonstre segurança, mas mantenha-se acessível com um sorriso discreto.

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2
Q

Técnica para:

Investigação dos motivos da consulta e anamnese ordenada [Critério 2]

A

Execução passo-a-passo:
1. Inicie com pergunta aberta sobre o motivo da consulta
2. Escute atentamente a resposta inicial sem interromper
3. Peça esclarecimentos sobre a queixa principal
4. Investigue duração e características do sintoma principal
5. Siga uma sequência clara: HDA → ISDA → Antecedentes

O que dizer ao paciente:
- “O que trouxe o(a) senhor(a) aqui hoje?” ou “Como posso ajudá-lo(a) hoje?”
- “Há quanto tempo está sentindo isso?”
- “Poderia me contar mais sobre esse problema?”

Elementos a verificar:
- Questionamento sobre motivo da consulta [0,2]
- Anamnese em sequência lógica e ordenada [0,3]

Sequência mnemônica da anamnese (IDADEPAF):
- Identificação
- Demográficos (idade, profissão)
- Atual queixa (QP + duração)
- Detalhamento (HDA)
- Exame físico
- Patologias prévias
- Antecedentes
- Familiares

[VALE 0,5 PONTOS]

Anote mentalmente a queixa principal nas palavras exatas do paciente. Isso demonstra ao avaliador que você valoriza a experiência do paciente.

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3
Q

Técnica para:

Comunicação clara e linguagem acessível [Critério 3]

A

Execução passo-a-passo:
1. Sente-se ao nível do paciente, mantenha postura acolhedora
2. Utilize linguagem simples, evitando jargões médicos
3. Explique termos técnicos quando necessário usar
4. Observe sinais de confusão do paciente (franzir da testa, olhar perdido)
5. Verifique periodicamente a compreensão: “Estou sendo claro?”
6. Utilize exemplos concretos e analogias simples

Substituição de termos técnicos:
- “Dispneia” → “Falta de ar”
- “Edema” → “Inchaço”
- “Ortopneia” → “Dificuldade para respirar deitado”
- “Fadiga” → “Cansaço”
- “Precordialgia” → “Dor no peito”

O que dizer ao paciente:
- “Vou explicar de uma forma simples…”
- “O(a) senhor(a) está entendendo ou prefere que eu explique de outra forma?”
- “Isso que o(a) senhor(a) está descrevendo chamamos de [termo], que significa [explicação simples]”

Elementos a verificar:
- Uso constante de linguagem acessível [0,25]
- Explicação de termos técnicos quando usados [0,25]

Adaptação para diferentes cenários:
- Cardíaco: Use analogia do “coração como uma bomba”
- Respiratório: Compare pulmões com “balões que enchem e esvaziam”

[VALE 0,5 PONTOS]

Este é um dos critérios de maior valor! A cada 2-3 minutos, faça uma auto-verificação: “Estou usando palavras que qualquer pessoa não-médica entenderia?”

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4
Q

Técnica para:

Uso de perguntas abertas e escuta ativa [Critério 4]

A

Execução passo-a-passo:
1. Inicie com perguntas abertas para cada tópico novo
2. Mantenha contato visual intermitente enquanto o paciente fala
3. Acene com a cabeça ocasionalmente para demonstrar atenção
4. Evite interromper nos primeiros 30-60 segundos da resposta
5. Use perguntas fechadas apenas para esclarecer detalhes específicos
6. Retome informações mencionadas para mostrar que estava ouvindo

Exemplos de perguntas abertas:
- “Como tem sido a sua respiração ultimamente?”
- “Conte-me mais sobre essa dor no peito”
- “Como esse problema afeta suas atividades diárias?”

Exemplos de perguntas fechadas (usar apenas após perguntas abertas):
- “A dor irradia para o braço esquerdo?”
- “O inchaço nas pernas melhora pela manhã?”

O que dizer ao paciente:
- “Por favor, continue…” (quando o paciente pausa)
- “Entendi. O(a) senhor(a) mencionou que…” (para retomar informação)

Elementos a verificar:
- Uso predominante de perguntas abertas [0,2]
- Permitir que o paciente se expresse sem interrupções precoces [0,3]

[VALE 0,5 PONTOS]

Conte mentalmente até 5 quando o paciente parece ter terminado de falar, dando chance para que complete seu pensamento antes de fazer a próxima pergunta.

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5
Q

Técnica para:

Demonstração de escuta atenta, empatia e respeito [Critério 5]

A

Execução passo-a-passo:
1. Elimine distrações (silenciar celular, evitar olhar para anotações excessivamente)
2. Posicione-se virado para o paciente, com corpo levemente inclinado na direção dele
3. Mantenha expressão facial atenta e interessada
4. Faça acenos de cabeça e expressões faciais apropriadas
5. Utilize frases de validação dos sentimentos e preocupações
6. Resuma periodicamente o que o paciente relatou

O que dizer ao paciente (frases empáticas):
- “Imagino que isso deve ser difícil para o(a) senhor(a)”
- “Entendo sua preocupação com esses sintomas”
- “Vejo que isso tem afetado bastante seu dia-a-dia”
- “Obrigado(a) por compartilhar isso comigo”

Como demonstrar respeito:
- Chame o paciente pelo nome precedido de “senhor” ou “senhora”
- Peça permissão: “Posso fazer algumas perguntas sobre…?”
- Agradeça quando o paciente compartilhar informações sensíveis
- Preserve a privacidade durante o exame físico

Elementos a verificar:
- Manutenção da atenção sem distrações [0,2]
- Demonstração verbal e não-verbal de empatia e respeito [0,3]

[VALE 0,5 PONTOS]

A empatia deve ser genuína, mas controlada. Demonstre compreensão sem envolvimento emocional excessivo, mantendo o profissionalismo.

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6
Q

Técnica para:

Caracterização completa do cansaço [Critério 6]

A

Execução passo-a-passo:
1. Utilize pergunta aberta inicial: “Como é esse cansaço que sente?”
2. Investigue sistematicamente os 4 aspectos fundamentais do cansaço

O que perguntar (script específico):

Sobre Início dos sintomas [0,1]:
- “Quando o(a) senhor(a) começou a sentir esse cansaço?”
- “Foi de início súbito ou foi aparecendo aos poucos?”
- “Lembra algum evento que coincidiu com o início desse cansaço?”

Sobre Evolução/persistência [0,1]:
- “Como esse cansaço tem evoluído com o tempo?”
- “Tem períodos em que melhora ou é constante?”
- “Está piorando, melhorando ou se mantém igual desde que começou?”

Sobre Intensidade aos esforços [0,2]:
- “Quais atividades provocam esse cansaço?”
- “Consegue subir quantos lances de escada antes de se cansar?”
- “Esse cansaço aparece com esforços que antes não causavam problema?”
- “As atividades do dia-a-dia como tomar banho ou se vestir causam cansaço?”

Sobre Sintomas associados [0,1]:
- “Junto com o cansaço, sente o coração acelerar ou palpitar?”
- “Esse cansaço vem acompanhado de falta de ar?”
- “Nota outros sintomas junto com o cansaço?”

Elementos a verificar:
- Início [0,1]
- Evolução/persistência [0,1]
- Intensidade aos esforços habituais [0,2]
- Sintomas associados, especialmente palpitação [0,1]

Adaptação para diferentes cenários:
- Cardiovascular: Enfatize relação com esforço e palpitações
- Respiratório: Explore relação com dispneia

[VALE 0,5 PONTOS]

Use o mnemônico IEIS (Início, Evolução, Intensidade, Sintomas associados) para não esquecer nenhum elemento. A intensidade vale o dobro dos outros aspectos (0,2 ponto).

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7
Q

Técnica para:

Caracterização da Dispneia Paroxística Noturna (DPN) [Critério 7]

A

Execução passo-a-passo:
1. Introduza o tópico: “Gostaria de entender como é seu sono à noite”
2. Utilize perguntas abertas seguidas de fechadas para cada aspecto
3. Investigue sistematicamente os 3 elementos da DPN

O que perguntar (script específico):

Sobre despertar por falta de ar [0,2]:
- “O(a) senhor(a) acorda durante a noite com falta de ar?”
- “Depois de quanto tempo deitado(a) isso acontece?”
- “Essa falta de ar piora quanto mais tempo fica deitado(a)?”

Sobre melhora ao levantar/elevar decúbito [0,2]:
- “O que o(a) senhor(a) faz quando acorda com falta de ar?”
- “A falta de ar melhora quando se levanta da cama?”
- “Quanto tempo leva para melhorar após levantar-se?”
- “Usa travesseiros extras para dormir? Quantos?”

Sobre tosse associada [0,1]:
- “Essa falta de ar vem acompanhada de tosse?”
- “Como é essa tosse? Seca ou com catarro?”
- “Em que momento surge essa tosse - antes, durante ou após a falta de ar?”

Elementos a verificar:
- Acordar por falta de ar piorando após tempo deitado [0,2]
- Melhora ao se levantar ou com decúbito elevado [0,2]
- Presença de tosse associada [0,1]

Adaptação para diferentes cenários:
- Cardíaco: Vincule à retenção de líquidos e congestão pulmonar
- Respiratório: Diferencie de asma noturna (pergunte sobre chiado associado)

[VALE 0,5 PONTOS]

Memorize o acrônimo D-P-N: Despertar com falta de ar [0,2] - Posição sentada alivia [0,2] - Notar se há tosse [0,1]. A presença de DPN é altamente sugestiva de insuficiência cardíaca.

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8
Q

Técnica para:

Caracterização completa do edema de MMII [Critério 8]

A

Execução passo-a-passo:
1. Inicie com pergunta aberta: “Fale-me sobre o inchaço nas pernas”
2. Investigue sistematicamente os 3 aspectos fundamentais do edema

O que perguntar (script específico):

Sobre simetria do edema [0,2]:
- “O inchaço ocorre nas duas pernas ou apenas em uma?”
- “As duas pernas incham igualmente ou uma mais que a outra?”
- “O inchaço é semelhante nos dois lados?”

Sobre caráter gravitacional [0,2]:
- “Em que momento do dia percebe mais o inchaço?”
- “O inchaço piora ao longo do dia?”
- “Como estão suas pernas pela manhã, ao acordar?”
- “O inchaço melhora quando eleva as pernas?”

Sobre ausência de flogose [0,1]:
- “A região inchada dói?”
- “Nota vermelhidão na área do inchaço?”
- “Sente calor ou aumento de temperatura na região inchada?”
- “Já teve alguma infecção ou ferida na região?”

Elementos a verificar:
- Simetria (bilateral vs. unilateral) [0,2]
- Padrão gravitacional (piora ao longo do dia, melhora ao elevar) [0,2]
- Ausência de sinais flogísticos (dor, calor, eritema) [0,1]

Adaptação para diferentes cenários:
- Cardíaco: Edema bilateral, simétrico e gravitacional sugere IC
- Vascular: Edema unilateral, assimétrico sugere TVP (investigar dor e calor)

[VALE 0,5 PONTOS]

Utilize o mnemônico SGF: Simetria [0,2] - Gravitacional [0,2] - (sem) Flogose [0,1]. Edema bilateral é típico de IC, enquanto unilateral sugere TVP.

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9
Q

Técnica para:

Investigação de outros sintomas associados [Critério 9]

A

Execução passo-a-passo:
1. Introduza a investigação: “Gostaria de perguntar sobre outros sintomas que podem estar relacionados”
2. Utilize perguntas diretas mas não sugestivas
3. Investigue sistematicamente os 3 grupos de sintomas associados

O que perguntar (script específico):

Sobre tontura/desmaios [0,2]:
- “O(a) senhor(a) tem sentido tonturas?”
- “Como são essas tonturas? Sensação de desmaio, vertigem ou desequilíbrio?”
- “Já chegou a desmaiar (perder a consciência)? Quantas vezes?”
- “O que estava fazendo quando sentiu tontura/desmaiou?”

Sobre dor torácica/palpitações [0,2]:
- “Tem sentido dor ou desconforto no peito?”
- “Como é essa dor? Pode descrever?”
- “Sente o coração bater acelerado ou com força (palpitações)?”
- “Quando ocorrem esses episódios? O que os desencadeia?”

Sobre sintomas gripais/sistêmicos [0,1]:
- “Tem apresentado febre? Com que frequência e qual temperatura?”
- “Tem sentido calafrios ou tremores?”
- “Notou suor excessivo, especialmente à noite?”
- “Tem tido fraqueza generalizada ou perda de peso?”

Elementos a verificar:
- Investigação de tontura/desmaios [0,2]
- Investigação de dor torácica/palpitações [0,2]
- Investigação de sintomas gripais/sistêmicos [0,1]

Adaptação para diferentes cenários:
- Cardiovascular: Enfatize relação temporal entre palpitações e tontura
- Infeccioso: Explore padrão da febre (contínua, vespertina) e calafrios

[VALE 0,5 PONTOS]

Use o mnemônico TDG: Tontura/desmaio [0,2] - Dor/palpitações [0,2] - Gripais/sistêmicos [0,1]. Sintomas como síncope e palpitações são importantes marcadores de gravidade em doenças cardíacas.

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10
Q

Técnica para:

Investigação completa dos fatores de risco [Critério 10]

A

Execução passo-a-passo:
1. Introduza a investigação: “Preciso perguntar sobre alguns fatores que podem estar relacionados aos seus sintomas”
2. Investigue de forma sistemática os 4 grupos de fatores de risco

O que perguntar (script específico):

Sobre antecedentes pessoais [0,2]:
- “O(a) senhor(a) tem pressão alta?”
- “Tem diabetes? Tipo 1 ou 2? Desde quando?”
- “Já teve algum problema de coração? Infarto, angina, arritmia?”
- “Tem colesterol alto ou já teve algum problema de tireoide?”

Sobre medicações em uso [0,1]:
- “Quais medicamentos toma regularmente?”
- “Quais as doses? Quantas vezes ao dia?”
- “Toma esses medicamentos corretamente, conforme prescrito?”
- “Usa algum medicamento sem receita médica? Qual?”

Sobre antecedentes familiares [0,1]:
- “Na sua família (pais, irmãos), alguém tem pressão alta, diabetes ou problema cardíaco?”
- “Algum familiar teve infarto, AVC ou morte súbita? Com que idade?”
- “Tem casos de insuficiência cardíaca na família?”

Sobre hábitos e vícios [0,1]:
- “O(a) senhor(a) fuma? Quantos cigarros por dia? Há quanto tempo?” (calcular maços-ano)
- “Pratica alguma atividade física? Qual? Com que frequência?”
- “Como é sua alimentação em relação a sal, gorduras e açúcares?”
- “Consome bebidas alcoólicas? Quanto e com que frequência?”

Elementos a verificar:
- Antecedentes pessoais (HAS, DM, cardiopatias) [0,2]
- Medicações em uso regular [0,1]
- Antecedentes familiares (cardiopatias) [0,1]
- Hábitos e vícios (sedentarismo/tabagismo) [0,1]

Adaptação para diferentes cenários:
- Cardiovascular: Enfatize história de HAS, DM, dislipidemia e tabagismo
- Respiratório: Explore detalhadamente tabagismo (calcule maços-ano) e exposições ocupacionais

[VALE 0,5 PONTOS]

Use o mnemônico AMAH: Antecedentes pessoais [0,2] - Medicações [0,1] - Antecedentes familiares [0,1] - Hábitos [0,1]. Lembre-se que os antecedentes pessoais valem o dobro dos outros fatores.

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11
Q

Técnica para:

Higienização das mãos e solicitação de permissão para exame [Critério 11]

A

Execução passo-a-passo:
1. Direcione-se ao lavabo/dispensador explicando ao paciente o que fará
2. Realize higienização completa das mãos (água e sabão OU álcool gel):
- Palmas, dorso, entre os dedos, polegar, punhos
- Duração mínima de 20-30 segundos
3. Seque as mãos se necessário (papel toalha descartável)
4. Retorne ao paciente e solicite permissão para iniciar o exame
5. Explique brevemente o que será examinado

O que dizer ao paciente:
- “Vou lavar/higienizar minhas mãos antes de examiná-lo(a)”
- “Com sua permissão, gostaria de examiná-lo(a) agora”
- “Vou começar examinando seus sinais vitais e depois farei um exame do coração e pulmão”
- “Avise-me se sentir qualquer desconforto durante o exame”

Elementos a verificar:
- Higienização adequada e visível das mãos [0,3]
- Solicitar permissão de forma clara e respeitosa [0,2]

Adaptação para diferentes cenários:
- Paciente com dificuldade de mobilização: “Farei o possível para não causar desconforto. Por favor, me avise se precisar parar”
- Paciente ansioso: “Vou explicar cada passo antes de realizá-lo”

[VALE 0,5 PONTOS]

A higienização das mãos deve ser visível e demonstrativa para o avaliador. Realize o procedimento completo mesmo que já tenha higienizado as mãos anteriormente.

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12
Q

Técnica para:

Exame físico qualitativo com 4+ sinais [Critério 12c]

A

Execução passo-a-passo:
1. Posicione-se à frente do paciente, com boa iluminação
2. Observe sistematicamente e VERBALIZE cada sinal observado
3. Examine no mínimo 4 dos seguintes sinais qualitativos

Sinais a avaliar E VERBALIZAR:

Estado Geral:
- “Observo paciente em bom/regular/mau estado geral”
- “Paciente orientado, contactuante”

Hidratação:
- Examine mucosas orais e turgor cutâneo
- “Verifico mucosas úmidas e turgor cutâneo preservado (ou alterado)”

Coloração/Descoramento:
- Examine conjuntivas, palma das mãos, leito ungueal
- “Observo mucosas coradas (ou hipocoradas +/4+)”

Icterícia:
- Examine escleras, mucosa sublingual e palmas
- “Paciente anictérico” ou “Icterícia +/4+ em escleras”

Cianose:
- Examine lábios, extremidades e leito ungueal
- “Ausência de cianose central ou periférica”

Fácies:
- “Fácies atípica” ou descreva se típica de alguma condição

Nível de consciência:
- “Paciente lúcido e orientado em tempo e espaço”

O que dizer ao paciente:
- “Vou observar alguns aspectos gerais do seu organismo”
- “Poderia olhar para cima enquanto examino seus olhos?”
- “Vou verificar a coloração da sua pele e mucosas”

Elementos a verificar:
- Avaliação e verbalização de pelo menos 4 sinais qualitativos [0,5]
- Menos de 4 sinais: pontuação reduzida (1 sinal [0,2]; 2-3 sinais [0,4])

Sequência mnemônica: HICCC NE
- Hidratação
- Icterícia
- Coloração/descoramento
- Cianose
- Coerência (estado mental)
- Nutricional
- Estado geral

[VALE 0,5 PONTOS]

Este é um dos critérios de maior valor! É ESSENCIAL VERBALIZAR cada sinal enquanto examina. Não basta apenas observar - diga em voz alta: “Verifico paciente hidratado, anictérico, acianótico, corado…”

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13
Q

Técnica para:

Exame físico quantitativo com 4+ sinais [Critério 13c]

A

Execução passo-a-passo:
1. Explique ao paciente que irá verificar os sinais vitais
2. Execute e VERBALIZE a medição de cada parâmetro
3. Avalie no mínimo 4 dos seguintes sinais quantitativos

Sinais a medir E VERBALIZAR:

Temperatura:
- Use termômetro digital axilar/timpânico
- “Verifico temperatura de 36,5°C” (normal: 36,0-37,5°C)

Pulso/Frequência Cardíaca:
- Palpe artéria radial por 30-60 segundos
- “Pulso de 72 bpm, regular e simétrico” (normal: 60-100 bpm)

Frequência Respiratória:
- Observe movimentos torácicos discretamente por 30-60 segundos
- “Frequência respiratória de 16 irpm” (normal: 12-20 irpm)

Pressão Arterial:
- Posicione adequadamente o paciente e use técnica correta
- “Pressão arterial de 120/80 mmHg” (normal: <120/<80 mmHg)

Tempo de Enchimento Capilar:
- Comprima leito ungueal por 5 segundos e observe retorno
- “Tempo de enchimento capilar inferior a 3 segundos”

Saturação de Oxigênio:
- Utilize oxímetro de pulso no dedo indicador
- “Saturação de oxigênio de 98% em ar ambiente” (normal: ≥95%)

O que dizer ao paciente:
- “Vou verificar seus sinais vitais agora”
- “Vou medir sua pressão arterial. Mantenha o braço relaxado”
- “Vou contar sua respiração, procure respirar normalmente”

Elementos a verificar:
- Avaliação e verbalização de pelo menos 4 sinais quantitativos [0,5]
- Menos de 4 sinais: pontuação reduzida (1 sinal [0,1]; 2-3 sinais [0,4])

Adaptação para diferentes cenários:
- Cardiovascular: Priorize FC, PA, TEC e ausculta de focos extras
- Respiratório: Priorize FR, SpO2 e uso de musculatura acessória

[VALE 0,5 PONTOS]

Utilize o mnemônico T-PRESS: Temperatura - Pulso - Respiração - Enchimento capilar - Saturação - Sistólica/diastólica. VERBALIZE o valor de cada parâmetro durante a medição.

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14
Q

Técnica para:

Avaliação adequada da pressão arterial [Critério 14]

A

Execução passo-a-passo:
1. Explique o procedimento: “Vou medir sua pressão”
2. Posicione o paciente: sentado, pés apoiados, braço na altura do coração
3. Selecione o manguito de tamanho adequado (cobrindo 80% do braço)
4. Palpe o pulso radial e infle o manguito até desaparecer
5. VERBALIZE a estimativa da PAS pelo pulso: “Estimo a pressão sistólica em aproximadamente X mmHg pelo pulso radial”
6. Posicione o estetoscópio sobre a artéria braquial
7. Infle 20-30 mmHg acima do valor estimado pelo pulso
8. Desinfle lentamente (2-3 mmHg/segundo)
9. Identifique fase I de Korotkoff (PAS) e fase V (PAD)
10. VERBALIZE o resultado: “Verifico PA de X/Y mmHg”

O que dizer ao paciente:
- “Por favor, mantenha o braço relaxado e apoiado”
- “Vou apertar este manguito ao redor do seu braço, poderá sentir um pouco de pressão”
- “Procure não falar durante a medição”

Elementos a verificar:
- Estimativa da PAS pelo pulso radial [0,2]
- Aferição completa e correta na artéria braquial [0,3]

Detalhes técnicos essenciais:
- Posicionar manguito 2-3 cm acima da fossa cubital
- Centralizar a bolsa de borracha sobre a artéria braquial
- Desinflar o manguito lentamente (2-3 mmHg/segundo)
- Realizar duas medidas, com intervalo de 1-2 minutos

[VALE 0,5 PONTOS]

Para garantir todos os pontos, é IMPRESCINDÍVEL estimar a PAS pelo pulso radial [0,2] ANTES de fazer a ausculta na artéria braquial [0,3]. Verbalize ambos os procedimentos claramente.

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15
Q

Técnica para:

Palpação de pulsos com avaliação de ritmo e simetria [Critério 15]

A

Execução passo-a-passo:
1. Explique ao paciente: “Vou avaliar seus pulsos”
2. Palpe pulsos em pelo menos 2 locais diferentes (direito e esquerdo)
3. Use polpas digitais do 2º e 3º dedos (não use o polegar)
4. Pressione suavemente sobre a artéria contra o plano ósseo
5. VERBALIZE durante a palpação:
- “Palpo pulso radial direito e esquerdo, ambos simétricos”
- “Pulsos com ritmo regular” (ou “irregular” se for o caso)
- “Amplitude normal” (ou aumentada/diminuída)

Locais de palpação (escolha pelo menos 2):
- Pulsos radiais (na goteira do rádio, face ventral do punho)
- Pulsos carotídeos (no terço médio do pescoço, borda medial do ECM)
- Pulsos femorais (na dobra inguinal, abaixo do ligamento inguinal)
- Pulsos pediosos (dorso do pé, lateral ao tendão do extensor do hálux)
- Pulsos tibiais posteriores (atrás do maléolo medial)

O que dizer ao paciente:
- “Vou pressionar suavemente algumas artérias para sentir o seu pulso”
- “Avise-me se sentir desconforto”

Elementos a verificar:
- Palpação correta dos pulsos [0,3]
- Avaliação do ritmo [0,1]
- Avaliação da simetria em pelo menos 2 locais [0,1]

Adaptação para diferentes cenários:
- Suspeita de dissecção aórtica: Palpe e compare pulsos em MMSS e MMII
- Doença vascular periférica: Priorize pulsos femorais, poplíteos, pediosos e tibiais

[VALE 0,5 PONTOS]

Use o mnemônico PRS: Palpação [0,3] - Ritmo [0,1] - Simetria [0,1]. É essencial palpar os pulsos BILATERALMENTE para avaliar simetria.

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16
Q

Técnica para:

Pesquisa de estase jugular e ictus cordis [Critério 16]

A

Execução passo-a-passo:

Para estase/turgência jugular:
1. Posicione o paciente a 45° (semi-sentado)
2. Vire levemente a cabeça para o lado oposto ao examinado
3. Direcione luz tangencial ao pescoço do paciente
4. Observe jugular externa e esternal
5. VERBALIZE: “Verifico presença/ausência de estase jugular a 45°”
6. Se presente, estime altura em cm acima do ângulo esternal

Para ictus cordis:
1. Coloque o paciente em decúbito dorsal (30-45°)
2. Use iluminação tangencial sobre o precórdio
3. Observe pulsações no 5° EIC esquerdo (linha hemiclavicular)
4. Palpe com a face palmar dos dedos ou porção tenar da mão
5. VERBALIZE: “Localizo ictus cordis no 5° EIC esquerdo, linha hemiclavicular”
6. Avalie extensão, intensidade e duração

O que dizer ao paciente:
- “Vou examinar as veias do seu pescoço, por favor, mantenha-se relaxado”
- “Agora vou observar e palpar seu tórax para localizar os batimentos do coração”

Elementos a verificar:
- Pesquisa adequada de estase/turgência jugular [0,3]
- Pesquisa adequada do ictus cordis [0,2]

Adaptação para diferentes cenários:
- Insuficiência cardíaca: Varie a altura do paciente para verificar limite de turgência
- Cardiomegalia: Verifique se ictus está desviado lateralmente

[VALE 0,5 PONTOS]

O acrônimo E.I.C.c ajuda a lembrar: Estase jugular [0,3] e Ictus Cordis [0,2]. A turgência jugular a 45° (>3cm acima do ângulo esternal) é altamente sugestiva de ICC direita.

17
Q

Técnica para:

Ausculta e nomeação de 4-5 focos cardíacos [Critério 17c]

A

Execução passo-a-passo:
1. Explique: “Vou ouvir seu coração agora”
2. Posicione o paciente inicialmente em decúbito dorsal (30-45°)
3. Aqueça o estetoscópio na palma antes de colocá-lo no paciente
4. Ausculte sistematicamente TODOS os focos, usando diafragma e campânula
5. VERBALIZE o nome de cada foco durante a ausculta
6. Mencione ausculta de bulhas e presença/ausência de sopros

Sequência dos focos a auscultar E NOMEAR:
1. Foco Aórtico: 2° EIC direito, junto ao esterno
2. Foco Pulmonar: 2° EIC esquerdo, junto ao esterno
3. Foco Aórtico Acessório (Erb): 3° EIC esquerdo, junto ao esterno
4. Foco Tricúspide: 4° ou 5° EIC esquerdo, junto ao esterno
5. Foco Mitral: 5° EIC esquerdo, linha hemiclavicular

O que dizer ao paciente:
- “Por favor, respire normalmente enquanto ausculto”
- “Vou pedir que prenda a respiração por alguns segundos”
- “Agora vou pedir que se vire para o lado esquerdo”

O que VERBALIZAR durante o exame:
- “Ausculto o foco Aórtico no 2° EIC direito…”
- “Agora o foco Pulmonar no 2° EIC esquerdo…”
- “Foco Tricúspide no 4° EIC esquerdo…”
- “Foco Mitral no 5° EIC esquerdo…”
- “Ausculto bulhas rítmicas, normofonéticas, em dois tempos, sem sopros”

Elementos a verificar:
- Ausculta e nomeação de 4-5 focos [0,5]
- Menos de 4 focos: pontuação reduzida (1-2 focos [0,2]; 3 focos [0,4])

[VALE 0,5 PONTOS]

O mnemônico APERT ajuda a lembrar a ordem: Aórtico, Pulmonar, Erb, tRicúspide, miTral. VERBALIZE o nome de cada foco! Não basta auscultar, é necessário nomear cada foco durante o exame.

18
Q

Técnica para:

Exame pulmonar completo [Critério 18]

A

Execução passo-a-passo:
1. Explique: “Vou examinar seus pulmões agora”
2. Posicione o paciente sentado, com tórax exposto
3. Realize sistematicamente:

Avaliação da expansibilidade/Frêmito/Percussão [0,1]:
- Expansibilidade: Posicione mãos posteriormente com polegares próximos à coluna vertebral, peça inspiração profunda e observe afastamento dos polegares
- Frêmito toracovocal: Posicione mãos posteriormente e peça para o paciente repetir “trinta e três”, compare pontos simétricos
- Percussão: Percuta em 6 pontos posteriores (“cruz de grego”) e 4 anteriores, comparando simetria
- VERBALIZE: “Expansibilidade preservada e simétrica”, “Frêmito toracovocal presente e simétrico”, “Som claro pulmonar à percussão”

Ausculta pulmonar com comparação dos hemitórax [0,2]:
- Ausculte pelo menos 6 pontos posteriores, 2 anteriores
- Compare SEMPRE pontos simétricos entre hemitórax direito e esquerdo
- Use o diafragma do estetoscópio
- Peça para o paciente respirar pela boca
- VERBALIZE: “Ausculto murmúrio vesicular presente e simétrico, sem ruídos adventícios”

Caracterização de estertores crepitantes (EC) bibasais [0,2]:
- Concentre a ausculta nas bases pulmonares
- Peça inspirações profundas
- VERBALIZE se presentes: “Ausculto estertores crepitantes finos em terço inferior de ambos hemitórax, predominantes no final da inspiração”

O que dizer ao paciente:
- “Respire fundo pela boca”
- “Diga ‘trinta e três’”
- “Por favor, não fale enquanto estou auscultando”

Elementos a verificar:
- Avaliação de expansibilidade/percussão/frêmito [0,1]
- Ausculta em 6+ pontos posteriores, 2+ anteriores, comparando hemitórax [0,2]
- Caracterização de EC bibasais (se presentes) [0,2]

[VALE 0,5 PONTOS]

Use o mnemônico EPF-A-EC: Expansibilidade/Percussão/Frêmito [0,1] - Ausculta com comparação [0,2] - Estertores Crepitantes bibasais [0,2]. Sempre compare pontos simétricos durante todo o exame.

19
Q

Técnica para:

Avaliação completa de extremidades (edema e TVP) [Critério 19]

A

Execução passo-a-passo:
1. Explique: “Vou examinar suas pernas agora”
2. Exponha completamente os membros inferiores
3. Realize sequencialmente, VERBALIZANDO cada etapa:

Inspeção sistemática:
- Observe coloração, volume, simetria
- VERBALIZE: “Observo edema bilateral e simétrico”

Palpação metódica:
- Palpe temperatura da pele em ambos os membros
- Comprima região maleolar e pré-tibial por 5 segundos
- Observe formação e profundidade do cacifo/Godet
- Classifique o edema:
* +/4+: Leve (2mm)
* ++/4+: Moderado (4mm)
* +++/4+: Intenso (6mm)
* ++++/4+: Muito intenso (8mm+)
- VERBALIZE: “Verifico presença de cacifo ++/4+ bilateral”

Caracterização completa:
- “Edema simétrico e bilateral” [0,2]
- “Distribui-se de forma gravitacional, piorando ao longo do dia” [0,2]
- “Sem sinais de flogose: ausência de dor, eritema ou calor local” [0,1]

Pesquisa de sinais de TVP:
- Sinal de Homans: dorsiflexão passiva do pé
- Sinal da Bandeira: compressão lateral da panturrilha
- Palpação de panturrilhas em busca de empastamento
- VERBALIZE: “Ausência de sinais de TVP: Homans negativo, sem dor à compressão lateral”

O que dizer ao paciente:
- “Vou pressionar suas pernas em alguns pontos para verificar o inchaço”
- “Dói quando faço isso?”
- “Vou movimentar seu pé para cima, avise se sentir dor na panturrilha”

Elementos a verificar:
- Caracterização da simetria do edema [0,2]
- Caracterização do caráter gravitacional [0,2]
- Avaliação da ausência de sinais flogísticos [0,1]

[VALE 0,5 PONTOS]

Este é um dos critérios de maior valor! Use o mnemônico SCF: Simetria [0,2] - Caráter gravitacional [0,2] - (sem) Flogose [0,1]. VERBALIZE ativamente todos os três elementos para garantir a pontuação máxima.

20
Q

Técnica para:

Formulação de hipóteses diagnósticas (Insuficiência Cardíaca) [Critério 20]

A

Execução passo-a-passo:
1. Ao ser questionado sobre possíveis diagnósticos, mantenha postura confiante
2. Apresente a hipótese principal e diagnósticos diferenciais de forma organizada
3. Justifique cada hipótese com achados específicos da anamnese e exame físico

Apresentação da hipótese principal (IC):
- “A principal hipótese diagnóstica é Insuficiência Cardíaca”
- Cite a classificação: “Insuficiência Cardíaca com fração de ejeção reduzida/preservada”
- Mencione possível etiologia: “Provavelmente de etiologia hipertensiva/isquêmica/valvar”

Justificativa com achados-chave:
- Da anamnese: “Baseado na presença de dispneia progressiva aos esforços, ortopneia, DPN, edema de MMII…”
- Do exame físico: “Associado aos achados de estertores crepitantes bibasais, turgência jugular, edema simétrico de MMII…”

Diagnósticos diferenciais relevantes:
- DPOC/Asma: “Diferencio de DPOC pela ausência de tabagismo importante e sibilância”
- Pneumonia: “Diferente de pneumonia pela ausência de febre e caráter crônico”
- Anemia: “Considero anemia como comorbidade pela presença de palidez”

O que dizer quando questionado:
- “Com base na história e exame físico, a hipótese principal é insuficiência cardíaca, pelos seguintes achados…”
- “Os elementos que mais fortalecem esta hipótese são a DPN, os estertores bibasais e o edema periférico simétrico”
- “Como diagnósticos diferenciais, considero…”

Elementos a verificar:
- Formulação clara da hipótese principal (IC) [0,2]
- Justificativa com elementos da anamnese e exame físico [0,2]
- Menção a possíveis diagnósticos diferenciais [0,1]

[VALE 0,5 PONTOS]

Memorize os achados cardinais da IC: Dispneia aos esforços, DPN, ortopneia, turgência jugular, estertores crepitantes bibasais, edema simétrico MMII, B3. Cite pelo menos 3-4 desses elementos para justificar sua hipótese.

21
Q

Técnica para:

Identificação e caracterização específica do cansaço [Critério 6]

A

Execução passo-a-passo:
1. Inicie com pergunta aberta: “Como é esse cansaço que o(a) senhor(a) sente?”
2. Investigue sistematicamente os 4 elementos fundamentais:

Perguntas específicas (script exato):

Para Início [0,1]:
- “Quando começou a sentir esse cansaço?”
- “Foi de repente ou foi aparecendo aos poucos?”
- “Lembra algum fator desencadeante?”

Para Evolução/persistência [0,1]:
- “Como esse cansaço tem evoluído com o tempo?”
- “É constante ou tem períodos em que melhora?”
- “Está piorando, melhorando ou se mantém igual?”

Para Intensidade aos esforços [0,2]:
- “Que tipo de atividade provoca esse cansaço?”
- “Consegue subir quantos lances de escada?”
- “Sente cansaço com atividades que antes não causavam problema?”
- “Precisa parar para descansar durante atividades cotidianas?”

Para Sintomas associados [0,1]:
- “Junto com o cansaço, sente o coração bater acelerado?”
- “Esse cansaço vem acompanhado de falta de ar?”
- “Nota outros sintomas junto com o cansaço?”

O que dizer ao paciente:
- “Quero entender melhor como é esse cansaço que o(a) senhor(a) sente”
- “Vou fazer algumas perguntas específicas sobre ele”

Elementos a verificar:
- Caracterização do início dos sintomas [0,1]
- Identificação do padrão de evolução [0,1]
- Avaliação da intensidade relacionada aos esforços [0,2]
- Identificação de sintomas associados, principalmente palpitação [0,1]

[VALE 0,5 PONTOS]

Use o mnemônico I-E-I-S: Início [0,1] - Evolução [0,1] - Intensidade aos esforços [0,2] - Sintomas associados [0,1]. A intensidade relacionada aos esforços vale o dobro dos outros elementos!

22
Q

Técnica para:

Caracterização dos sintomas noturnos (DPN) [Critério 7]

A

Execução passo-a-passo:
1. Introduza o tema com pergunta aberta: “Como é seu sono à noite?”
2. Investigue especificamente os 3 componentes da DPN:

Perguntas específicas (script exato):

Para despertar por falta de ar [0,2]:
- “O(a) senhor(a) acorda durante a noite com falta de ar?”
- “Quanto tempo depois de se deitar isso ocorre?”
- “Essa falta de ar piora quanto mais tempo fica deitado(a)?”

Para melhora ao se levantar/com decúbito elevado [0,2]:
- “O que o(a) senhor(a) faz quando acorda com falta de ar?”
- “A respiração melhora ao se sentar ou levantar da cama?”
- “Quanto tempo leva para sentir alívio após se levantar?”
- “Precisa usar mais de um travesseiro para dormir?”

Para tosse associada [0,1]:
- “Essa falta de ar vem acompanhada de tosse?”
- “Como é essa tosse? Seca ou com catarro?”
- “A tosse ocorre antes, durante ou depois da falta de ar?”

O que dizer ao paciente:
- “Gostaria de entender melhor como é seu sono”
- “Muitas pessoas com problemas cardíacos têm dificuldades para dormir”

Elementos a verificar:
- Caracterização do despertar por falta de ar [0,2]
- Identificação da melhora ao se levantar [0,2]
- Verificação da presença de tosse associada [0,1]

Adaptação para diferentes cenários:
- Cardíaco: Relacione com retenção de líquidos (piora à noite deitado)
- Respiratório: Diferencie de asma noturna (pergunte sobre chiado)

[VALE 0,5 PONTOS]

Use o mnemônico D-P-T: Despertar com falta de ar [0,2] - Posição sentada alivia [0,2] - Tosse associada [0,1]. A DPN é um achado altamente específico de insuficiência cardíaca.