Gastro: Doenças Inflamatórias intestinais Flashcards
(100 cards)
Achados extra intestinais são mais comuns na DC do que na RCU?
Falso
Doenças inflamatórias intestinais
- RETOCOLITE ULCERATIVA ⇒ RCU
- DOENÇA DE CROHN ⇒ DC
Entidades diferentes, mas que partilham muito
Etiologia
- Costumam ser de países ricos
- Mais comum em brancos e em judeus
- Pico em adultos jovens 16 – 30 e após 60 anos
A fisiopatologia das DII encolve fatores …. (3)
- Imunológicos
- Não é uma doença autoimune, mas é relacionada a desregulação imunológica
- Genéticos
- Não obedecem padrões de herança mendelianos, mas há maior prevalência se houver histórico familiar
- Ambientais
- Alimentação, infecções
Fatores ambientais relacionados com as DII
- Zona urbana
- Contraceptivos, açúcar, cigarro na DC
- Pacientes que já tiveram apendicite, infecção perinatal
- Infecção por M. paratuberculosis, vírus do sarampo
Fatores genéticos associados as DII
- Não respeita herança mendeliana
- NOD2, cromossomo 16: 1° gene relacionado a suscetibilidade na DC
- Mutação em 9-27% dos pacientes com DC
- Mutação em ambos os alelos: risco 40 vezes maior
- Outros genes
- OCTN 1 e 2, cromossomo 5 (DC)
Loco IBD2 no cromossomo 12 (RCU
Pessoas geneticamente mais sucessíveis
- Parentes de 1° grau de pacientes com DII
- Gêmeos homozigotos
- Judeus asquenaze (casamentos consanguíneos aumentam a probabilidade se houver suscetibilidade familiar)
Fatores imunológicos associados as DII
- Atividade dos linfócitos T
- Imunorregulação mucosa
Fatores de risco
- História genética
- Tabagismo
- Na DC. Já na RCU tabagismo é fator de proteção
- Pode ser desencadeada por:
- Infecções (como Salmonela, campilobacter, sarampo)
- Estresse (parte psicossocial/emocional é importante)
Genética + ambiente: desregulação imunológica sistêmica
As DII são doenças imunológicas, geralmente associadas com outras doenças imunológicas
V ou F?
Verdadeiro
Dois genes comprovadamente envolvidos
NOD 2 e KARD 15
Clínica DII
- Quase igual, principalmente se o Crohn for de cólon
- Febre, diarreia, anorexia, anemia crônica, lesão anal (paciente mais consumido, quanto mais crônica)
- Sangramento, diarreia, sangue, muco, pus
- Quadro clínico bem inespecífico
Diagnóstico DII
- EDA
- Colono
- Exames laboratoriais
- Epidemiologia + história
- VHS/PCR aumentado
- Lactoferrina
- Calprotectina fecal (diz se o paciente está em doença ativa ou em remissão)
- ASCA - Crohn; PANCA - retocolite (não dão o diagnóstico, mas ajuda).
Diagnóstico Crohn
Conjunto: Clínica, EDA, radiologia e anatomopatologia
- Lesões descontínuas em pedras de calçamento (região íleo – cecal é a mais comprometida)
- Lesões ulceradas profundas, úlceras aftóides, podem até fistular, perfurar o intestino
- Granuloma não caseoso à biópsia
Diagnóstico RCU
- Mucosa inflamada continuamente até a um ponto e depois o resto está normal, existem pseudo pólipos, e abcessos de criptas à histopatologia, mucosa bem hiperemiadas.
Tratamento DII
(o que pode ser usado de forma geral)
Clínico: sempre, em todas as DII
- Medidas de promoção da saúde: evitar AINES (podem causar não só gastrite, mas colite, ileíte)
- Anti-inflamatórios tópicos do intestino: via oral, anal ou retal (Salicilatos: sulfassalazina e mesalazina)
- Corticoides (só na crise, não usar a longo prazo)
- Imunossupressores (Azatioprina, 6-mercaptopurina, metotrexato e ciclosporina)
- ATB (Metronidazol, ciprofloxacino)
- Agentes biológicos (Anticorpos anti-TNF: infliximabe/adalimumabe)
Cirúrgico: é uma possibilidade, nem sempre leva a cura
Tratamento DII
Anti-inflamatórios tópicos do intestino
Salicilatos: sulfassalazina e mesalazina
- Ação anti-inflamatória (5-ASA) tópica
- Múltiplas apresentações para via oral, enemas e supositórios (via oral, anal ou retal)
- Idealmente uso associado oral (>2g) e tópicos
- Toxicidade dose-dependente
Tratamento DII
Corticoide
- Usado nas agudizações (formas moderadas ou graves)
- Ineficaz na manutenção das remissões e no tratamento de fístulas
- Não usar a longo prazo (2-3 meses)
- Remissão dos sintomas em 4-6 semanas sem remissão endoscopia/histológica
- Prednisona 40-60 mg/dia
- Budesonida pílula de 3 mg (usar dose de 9mg/dia por 2-3 meses seguido de 6 mg/dia por 3-6 meses em caso de remissão) ou retal (enemas 2mg/100ml)
Tratamento DII
Imunossupressores
- Azatioprina (50 mg – 3mg/Kg/dia), seu metabólito: 6-mercaptopurina (50 mg – 1,5 mg/Kg/dia), metotrexato (25mg SC ou IMA por semana com ácido fólico 1mg VO/dia) e ciclosporina (2-4 mg/dia IV)
- Controle da inflamação nas DII
- Manutenção tanto nas recorrências clínicas quanto cirúrgicas e no tratamento de fístulas
Indicações de imunossupressores nas DII
- Indicados na cortico dependência (necessidade de 2 ciclos de corticoide/ano)
- Se DC residual
- DC extensa ou fistulizante
- RCU sem resposta a outras drogas
Tratamento DII
Antibióticos
- Usados para reduzir a flora intestinal)
- Metronidazol (500mg) VO 15-2mg/Kg de 8/8h por até 4 meses (se usado por muito tempo pode causar neuropatia)
- Ciprofloxacino (500mg) VO de 12/12h
- Usados no tratamento das agudizações leves a moderadas, de fístulas, na doença perianal e nas bursites
Tratamento DII
Agentes biológicos
Anticorpos anti-TNF (infliximabe/adalimumabe)
- Medicações caríssimas
- Formas complicadas da DC, principalmente quando acompanhadas de fístulas
- Casos refratários aos tratamentos anteriores
- Quase nenhum efeito colateral
- Melhora clínica, endoscópica, histológica
Preparo para cirurgia
- Correção dos DHE
- Tratamento da anemia
- Recuperação nutricional
- ATB
- Não usar AINE
- Dobrar dose de corticoide
- Profilaxia de TVP e HDA
Aspectos gerais da cirurgia na DC e na RCU
- DC: terapêutica, muitas vezes são necessários múltiplos procedimentos, possível síndrome do intestino curto
- RCU: curativa, agressiva, só feita nos casos de complicações ou refratários








