ISTs e VAginoses Flashcards

(60 cards)

1
Q

Úlceras

A

Virais
Herpes genital

Bacterianas
Sífilis
Cancróide (cancro mole)
Granuloma inguinal (donovanose)
Linfogranuloma venéreo

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2
Q

Herpes

A

Família Herpesviridae - DNA vírus de dupla fita
Herpes simplex vírus tipo 1 e 2 - ambos podem dar lesão genital, apesar de ser mais comum o tipo 2
- Transmissão: Sexual e Congênita
- Fatores de risco (herpes é doença intermitente - reativações)
Imunossupressão
Estresse
Gestação (pois diminui imunidade)
DM descompensada

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3
Q

Herpes Lesoes e diagnostico

A

Lesões
Primoinfecção: 7% assintomáticos → nervos periféricos sensoriais → núcleos das células → latência
Pápulas eritematosas de 2 a e 3 mm
Vesículas agrupadas
Ulcerações dolorosas
Lesões em espelho (em ambos os lados)
Geralmente o fundo é limpo e é pouco profunda

Diagnóstico
Apresentação clínica
Raspado das lesões
- Citologia (célula de Tzanck)
- Cultura viral em meio celular
- PCR

TTO: Aciclovir / Fanciclovir / Valaciclovir

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4
Q

Sifilis

A

Treponema pallidum
Sífilis primária: cancro duro
Cancro/ úlcera (primária) → secundária (erupções na pele e condiloma plano) → latente → terciária
< 1 ano: precoce
> 1 ano: tardia

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5
Q

Sífilis primaria

A

Lesão ulcerada não dolorosa (diferente do herpes)
Em geral única
Bases e bordas elevadas e endurecidas, lisa, brilhante
Presença de secreção serosa escassa
Pequenos e grandes lábios, paredes vaginais e colo

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6
Q

Sífilis secundaria

A

sistêmica
lesões mucocutâneas palmoplantares
rash cutâneo sistêmico
plascas eritematosas
condiloma plano -> placas planas
alopecia em clareira

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7
Q

Sífilis latente

A

< 1 ano: precoce
> 1 ano: tardia
Assintomática

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8
Q

Sífilis terciária

A

lesões cutâneas gomosas e nodulares, de caráter destrutivo
acometimento neurológico: tabes torsallis, demência
alterações cardiovasculares: estenose de coronárias, aneurisma da aorta

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9
Q

Diagnostico

A

Clinico

Microscopia de campo escuro (padrão ouro)
Imunofluorescência direta do material obtido da lesão

Sorologias
Não treponêmico: VDRL
Treponêmicos: FTA-ABS e TR
Podem ser negativos até 3 a 4 semanas

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10
Q

Testes treponemicos e não-treponemicos

A

Não treponêmico-> Detectam, anticorpos anticardiolipina, que nao são específicos para os antígenos do T. Pallidum. Podem surgir em outros agravos que levam à destruição celular, gerando resultados falso-positivo (VDRL)

Testes Treponêmicos
Detectam anticorpos específicos para os antígenos do T. pallidum: IgM e IgG
1º a apresentar resultado reagente após infecção (FTA-ABS = inicio 10 dias e média 3 semanas
85% dos casos permanecem reagentes durante toda a vid

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11
Q

Tratamento para Sífilis

A

Tratamento
Penicilina benzatina
Sífilis primária: dose única
Sífilis secundária: dose única
tardia
Controle de cura
Colher VDRL: 3, 6, 9 e 12 meses
Precisa de queda de 4X o título ou sua negativação de 6 meses a 1 ano

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12
Q

Cancro mole (cancróide)

A

Haemophilus ducrey
Cocobacilo gram-negativo
Úlceras rasas, dolorosas, purulentas
Base granulomatosas que sangra facilmente ao toque
Bordas irregulares e avermelhadas
Base material amarelo esverdeado purulento
Lesões muito contagiosas e auto inoculáveis (múltiplas)

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13
Q

Diagnóstico - Cancro mole (cancróide)

A
  • Microscopia direta (GRAM): pequenos bacilos gram negativos (cardume de peixe em paliçada)
  • Presença de uma ou mais lesões ulceradas
  • Ausência de Treponema pallidum (exame de campo escuro ou sorologia menos de 7 dias do aparecimento da úlcera)
  • Linfadenopatia regional característica
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14
Q

Tratamento - Cancro mole (cancróide)

A

Azitromicina 500 2cp vo dose unica
Ciprofloxacina 500 vo 12/12h por 3 dias
Eritromicina
Tetraciclina
Doxaciclina

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15
Q

Granuloma inguinal (Donovanose)
Klebsiella granulomatis

A
  • Período de incubação: média de 50 dias (longo)
  • Múltiplas - lesão em espelho
  • Predileção por regiões de dobras e região perineal
  • Pequenas papulas ou nodulos subcutâneos indolores ->
    aumentam -> ulceram
  • Ulceras indolores, bordas planas ou hipertróficas e bem delimitadas, fundo granuloso, aspecto vermelho vivo e sgto fácil
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16
Q

Tratamento para Donovanose

A

Azitromicina 500 mg 2 cp - dose unica 1x por semanas por 3 semanas ou ate cicatrização das lesoes
Ciprofloxacino ou eritrminicina

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17
Q

Pápulas -> pct queixam de “bolinhas”

A

Viral
Condiloma acuminado
Molusco contagioso

Bacteriana
Sífilis secundária

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18
Q

Condiloma acuminado (HPV)

A

HPV de baixo risco: 6 e 11 (mais frequentes)
Condilomas e lesões de baixo grau
HPV de alto risco: 16 e 18 (mais frequentes)
Lesões pré-cancerosas

Tipos de lesão
Verrugas genitais
Transmissão de HPV na criança
Abuso sexual
Creche - cuidadora com lesão e má higiene

Tratamento
Imiquimode - creme 3x/semana - é um imunomodulador
Ácido tricloroacético (ATA)
Escolhido para gestantes
Podofilina
HIV + para recidivas
Exérese cirúrgica e cauterização das verrugas
Depende da quantidade de lesões

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19
Q

Molusco contagioso
Poxvirus

A

Transmissão: Contato direto com a pele infectada
Autovinculação por arranhadura
Tempo de incubação que varia de 15 a 50 dias

Lesão: Pápula com umbilicação no centro
É muito arredondada, diferente do HPV

Diagnostico: clínico

Tratamento de escolha: curetagem local das lesões
Podofilina
Nitrogênio líquido
Acido tricloroacetico
Solução de hidróxido de potássio a 5%
Imiquimode

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20
Q

Cervicites (Corrimento)

A

Parasita
Trichomonas (parasita flagelado)

Bacterianas
Gonorreia
Clamídia
Micoplasmas/ureaplasmas

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21
Q

Tricomoníase
Agente etiologico: Thricomonas vaginallis
- principal IST curável

A

Sintomas (30% assintomáticos)
Ardor ou dor à micção
Prurido vulvar
Irritação, edema vulvovaginal (vaginite)
Dispareunia
Corrimento amarelo, abundante, espumoso, mucopurulento e com dor
Cérvice em morango

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22
Q

Diagnostico Tricomoníase

A

Cultura de secreção vaginal - Padrão ouro
Exame a fresco: motilidade do tricomonas
Exame coreado (papanicolau)
Teste de detecção de anticorpos
PCR

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23
Q

Complicações da Tricomoniase e Tratamanto

A

Vaginite, Cervicite, Uretrite
Doença inflamatória pélvica (DIP)
Trabalho de parto prematuro
Rotura prematura de membranas
Baixo peso ao nascer
Facilita a transmissão e aquisição do HIV

Tratamento: Metronidazol 2g VO em dose única
Tinidazol 2g VO em dose única
Falha de tratamento: Metronidazol 500 mg VO 2X por dia durante 7 dias

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24
Q

Gonorreia
Agente: Neisseria gonorrhoeae

A
  • Acomete mucosa do trato genital inferior, reto, orofaringe, e conjuntiva, glândula de Bartholin ou Skene e conjuntiva
  • a gonorreia e clamídia podem ser assintomáticas-> e causar DIPA ou obstrução tuba -> comprometendo a fertilidade ou gravidez ectópica
  • Classificação da gonorreia
    Complicada: endometrite, salpingite, infecção disseminada
    Descomplicada: corrimento purulento, sangramento intermenstrual, disuria, dispauriuria, sangramento na relação
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25
Gonorreia na gestação
Gestantes RPMO TPP perdas fetais RICU Febre pós parto RN Conjuntivite Septicemia Artrite Abscesso de couro cabeludo Endocardite Meningite Pneumonia
26
Gonorreia - Diagnostico e Tratamento
Diagnóstico Clínico - mas 50% são assintomáticas Bacterioscopia (Gram) - sensibilidade 40-60% - coleta de secreção endocervical ou uretral Cultura: considerada "padrão ouro” permite teste de susceptibilidade antimicrobiana PCR/ Captura híbrida Tratamento Apenas cervicite sem complicações: ceftriaxona (rocefin) 500mg dose única + azitromicina 2 cp de 500mg dose única
27
Clamídia
Mulheres: cervicite, corrimento purulento abundante, disuria, dor pélvica Homens: corrimento uretral, disuria, dor testicular Diagnóstico PCR Captura híbrida Cultura meio de Maccoy Imunofluorescência Coleta vaginal, endocervical, uretral e urina Tratamento Azitromicina 500mg 2cp dose unica Doxiciclina 100mg 2x dia por 7 dias Não associa rocefin Sequelas Esterilidade Dor pélvica crônica Aumento da possibilidade de gravidez ectópica pela obstrução das tubas uterinas Associações com câncer de colo, de útero, tubas e ovários Abortamento, prematuridade, infecções pós parto Conjuntivite, pneumonia no recém nascido
28
Secreção Vaginal fisiologico
Transparente ou branco Inodoro e sem sintomas Aspecto mucóide, homogêneo ou pouco grumoso Mucosa vaginal rosa-pálido pH abaixo de 4,5 À microscopia: lactobacilos, células epiteliais descamativas e raros leucócitos Relação anaeróbios (lactobacilos)/aeróbios é 10:1
29
Candidíase Vulvovaginal - Tipos Causada por C. albicans
- CVV recorrente: quatro ou mais episódios de CVV (SINTOMÁTICOS) em um ano - CVV complicada e não complicada: causada por outras espécies de cândida e acomete hospedeiros com resposta imunológica muito inadequada e estando na perimenopausa (baixa hormonal) - CVV persistente: causada por outras espécies de cândida e acomete hospedeiros com resposta imunológica muito inadequada e estando na perimenopausa (baixa hormonal)
30
Vaginose Bacteriana Infecção polimicrobiana, incluindo Gardnerella vaginalis (principalmente), Bacterioides, Peptostreptococcus, Mobiluncus, Prevotella sp., bactérias anaeróbias e Mycoplasma hominis
- Fluxo vaginal branco ou acinzentado, pode conter bolhas e não aderente à mucosa vaginal - Odor vaginal forte que se compara ao cheiro de peixe podre, exacerba-se após as relações sexuais e após menstruação *Pode levar a complicações na gestação e pós-operatório, por isso a importância de se tratar gestantes e as que são operadas
31
Vaginose Bacteriana - Critérios Diagnósticos
CDC estabeleceu 4 parâmetros: associação de 3 sinais ou sintomas para o diagnóstico (Critérios Amsel) 1) pH vaginal superior a 4,5 2) Aspecto cremoso, homogêneo, cinzento, aderente às paredes vaginais e colo; raros leucócitos 3) Teste das aminas na secreção vaginal (whiff-teste): a adição de hidróxido de potássio a 10% → aparecimento de odor “peixe podre” (teste positivo) 4) Visualização de Clue cells (células grandes com o núcleo central Padrão ouro >> NUGENT (numero de bacterias e lactobacilos patologicos)
32
Vaginose Bacteriana - Tratamento
VIA ORAL - Metronidazol 500mg VO 12/12h por 7 dias (tratamento de escolha) - Metronidazol 2g VO dose única - Tinidazol 2g VO dose única - Tianfenicol 2,5g/dia VO por 2 dias - Secnidazol 2g VO dose única - Clindamicina 300 mg VO 12/12h por 7 dias VIA TOPICA - Metronidazol creme vaginal 100mg/g >> 1 aplicador vaginal 2x ao dia por 5 dias (ficar pelo menos 4h deitada) OU 1x ao dia por 7-10 dias (aplicação noturna) - Clindamicina creme 2% aplicador a noite por 7 dias *Não se justifica tratar o parceiro na vaginose bacteriana, a menos que tenha alguma sintomatologia *Gestante tem que ser tratada e Metronidazol é seguro na gestação
33
Candidíase -Fatores Predisponentes
- Diabetes mellitus → descompensado não permite a cura da CVV - Obesidade → dobras com acúmulo de secreção e umidade - Uso de estrógenos e contraceptivos orais de altas dosagens - Gestação → ambiente de alta dose hormonal de estrógeno e progesterona - Uso de antibióticos, corticóides ou imunossupressores >> Atb destroem lactobacilos e Corticoides e imunossupressores diminuem a imunidade da mulher - Uso de tamoxifeno → usado para câncer de mama - é um estrogênio fraco - Hábitos alimentares → uso de frutas cítricas em grande quantidade e de vestimentas propícias ao crescimento contínuo dos fungos (roupas justas, calcinhas de lycra, compartilhamento de roupa) - Estrogênio consegue estimular a produção do glicogênio dentro da vagina, que é importante para a manutenção do fungo, como se fosse um substrato para o fungo
34
Candidíase - Sintomatologia
- Prurido vulvovaginal (principal sintoma - 90%, de intensidade variável) Irritação pela toxina candidina liberada pelo fungo e que se acentua no período menstrual - Irritação e edema vulvovaginal - Leucorréia: secreção branco-leitosa em grumos ou em placas, sem odor, com aspecto de coalhada - Dispareunia de intróito vaginal (começo da penetração) - Disúria externa (muitas vezes tratadas como ITU) - Eritema e fissuras vulvares
35
Candidíase - Diagnostico
- História clínica - Exame microscópico, a fresco, da secreção diluída com uma gota de KOH a 10% → observam-se filamentos (pseudo-hifas e esporos) - pH geralmente normal - menor que 4,5 (que seria o fisiológico, portanto está mais ácido) Se a citologia a fresco for negativa → culturas vaginais específicas devem ser realizadas (maior sensibilidade)
36
Candidíase - Tratamento
- Medidas gerais: evitar roupas justas ou sintéticas, evitar duchas vaginais ou desodorantes íntimos, identificar e corrigir os fatores predisponentes (DM descompesado - Orais Itraconazol 200mg VO 12/12h (duas doses) Fluconazol 150mg VO (dose única) Cetoconazol 400mg VO/dia por 5 dias - Cremes vaginais Butoconazol 2%,5g dose única Clotrimazol (3 esquemas): 3,7 ou 14 dias Isoconazol: dose única ou 7 dias Fenticonazol, terconazol Nistatina creme por 14 dias **Na gestação:azólicos tópicos (miconazol e isoconazol) → a partir do 2º trimestre -> Orais são contraindicados (teratogênicos)**
37
Tricomoníase - Clinica Agente: Trichomonas vaginalis (ISTs) OBS: é considerada IIST desta forma quando presente em cças = atividade sexual
- Fluxo vaginal abundante, amarelado, esverdeado ou branco-acinzentado, bolhoso, espumoso e eventualmente com odor fétido, prurido ou irritação vulvar - Produz CO2 e hidrogênio, produzindo um ambiente anaeróbico, propício à sua reprodução, crescendo melhor em pH acima de 5,0 - Sinusorragia e dispareunia - Sintomas urinários (disúria e polaciúria) e dor pélvica, além de doença inflamatória pélvica - Ao exame clínico: colpite difusa (colo em morango/ framboesa) - Teste Schiller tigróide - colocação de iodo no colo >> fica amarelado
38
Candidíase Recorrente
>4 episódios ao ano - Fluconazol 150mg (vio oral)D1, D4, D7 + 1cp semanal por 6meses Avaliar função renal inicio, meio e termino tto
39
Tricomoníase - Diagnostico
- Exame a fresco (flagelado movel) - Bacterioscopia pelo Gram e citologia oncológica - Teste do pH vaginal acima de 4,5 - Teste aminas (KOH 10%) é geralmente positivo (não é especifico) - cultura em meios de Diamond, Trichosel e InPouch TV - PCR
40
Tratamento - Tricomoníase E
Metronidazol 2g dose única 400mg 12/12h por 7 dias 500mg 12/12h por 7 dias 250mg 8/8h por 7 dias Tinidazol 2g dose única 500mg 12/12h por 5 dias Secnidazol 2g dose única - Pode ocorrer efeito ANTABUSE (alcool) - Reastrear outras DSTs - Chamar e tratar o parceiro **Gestante: Clotrimazol Via vaginal 1º trim ou Metronidazol VO**
41
Tratamento Vaginose Bacteriana
Metronidazol 500mg VO 12/12h por 7 dias (tratamento de escolha) Metronidazol 2g VO dose única Tinidazol 2g VO dose única Tianfenicol 2,5g/dia VO por 2 dias Secnidazol 2g VO dose única Clindamicina 300 mg VO 12/12h por 7 dias Metronidazol gel 0,75% aplicador vaginal 2x ao dia por 5 dias (ficar pelo menos 4h deitada) OU 1x ao dia por 7-10 dias (aplicação noturna) Clindamicina creme 2% aplicador a noite por 7 dias Não se justifica tratar o parceiro na vaginose bacteriana, a menos que tenha alguma sintomatologia
42
Infecções Vulvovaginais em crianças Fatores Predisponentes
Abuso sexual Vaso sanitário (posição e tempo no vaso - a posição pode gerar contato com as fezes) Fraldas Higiene inadequada Constipação intestinal Doenças sistêmicas (doenças do trato urinário, de pele, do sistema respiratório) Sabonetes (em barra - ficam guardados na mesma região unida e são meios de cultura para bactérias e fungos) Proximidade do orifício anal-vaginal Brincadeiras (contato da vagina com o ambiente)
43
Exame Ginecológico em Crianças
- História - Exame físico Geral Inspeção externa (vulva)/ visualização do canal vaginal Exame da genitália Posição supina: pede-se para a criança deitar-se no colo da mãe e juntar as pernas em “borboleta” ou na perneira Tracionar os grandes e pequenos lábios lateralmente e para cima - permite visualizar início da vagina Posição genupeitoral (de bruços): abre-se os grandes e pequenos lábios com os dedões Vaginoscopia Com espéculo se já iniciou atividade sexual Com histerômetro se não iniciou atividade sexual → óptica fina que adentra o canal vaginal - permite ver secreção ou corpos estranhos Cultura/ USG pélvico
44
Lesões Vulvovaginais
Vulvovaginites secundárias a corpo estranho por introdução de objetos (papel, grampo, batom, algodão, etc.) Queixa: corrimento purulento e sero-hemático, acompanhado de odor fétido Outros fatores infecciosos: respiratório, pele, trato urinário ou outros sítios de infecção
45
Lesões Dermatológicas
Prurido, escoriações ou ulcerações, sangramento discreto Mais frequentes: Líquen escleroso Molusco contagioso Dermatite da área de fraldas Líquen Escleroso Causa desconhecida: Lesão branca Geralmente acompanha prurido Imagem em espelho: os dois lados da entrada da vagina ficam brancos Diagnóstico: clínico (confirmado por biópsia) Tratamento: Corticoide - Betametasona e Clobetasol
46
Molusco Contagioso em Crianças Poxvírus
- produz pápulas na pele, que variam do rosa nacarado ao branco com depressão central - Usualmente múltiplas lesões, frequente na área genital - Transmissão: contato direto ou através de objetos Diagnóstico: Aspecto clínico das lesões Tratamento Curetagem do centro (anestesia local) Laser Imiquimode (também usado no HPV)
47
Dermatite da Área de Fraldas
Causas: Amônia Umidade (troca insuficiente de fralda) Microbiota bacteriana (é uma vagina já possui menos lactobacilos e é mais atrófica, pis é uma criança) Irritação pela fralda Manifestações: Lesão eritematosa Pápulas eritematosas associadas a edema e leve descamação Pregas são poupadas (ficam branquinhas e não avermelhadas como o resto) Infecções associadas (candidíase e bacterianas) Pápulas eritematosas vesico-erosiva-descamativas Atrofia e hiperpigmentação - pode nunca mais voltar ao normal
48
Tratamento - Dermatite da Área de Fraldas
Cremes: Óxido de zinco (Hipoglós) + amido (maisena) Dexpantenol Corticoides (apenas se necessário)
49
Vulvovaginites Infecciosas em Crianças
Enterobius vermiculares Candida Streptococcus Tricomonas Gardenerella Shigella
50
Enterobius vermiculares
- Vermes que habitam a região cecal que podem migrar para região vaginal - Transmissão: anal-oral - Prurido perianal noturno - sono intranquilo - As larvas podem transportar algumas bactérias e fungos, como a E. coli → primeiro tratar o verme e depois ver o que ele transporta
51
Enterobius vermiculares Diagnostico e Tratamento
Diagnóstico Método da fita domada Swab anal Esfregaço vaginal Tratamento Mebendazol - mata enterobius e outros vermes também com função de vetor Pamoato de pirvínio - mais específico para enterobius
52
Candida na infancia
C. albicans (principalmente) em trato gastrointestinal - é uma porta de entrada (autocontaminação) Placa confluente eritematosa, pápulas, vesiculopústulas Diagnóstico Exame a fresco e bacterioscopia Cultura (apenas quando não se consegue visualizar hifas e esporos) Tratamento Oral ou tópico (colírio ou aplicadores infantis) Nistatina/ cetoconazol Clotrimazol/ miconazo
53
Streptococcu
Streptococcus do grupo A Precedida por infecção de faringe (trato gastrointestinal comprometido) Posteriormente desenvolve prurido, dor, eritema e corrimento (amarelado) Diagnóstico Bacterioscopia Meio de cultura Tratamento Penicilina Derivados de penicilina Cefalosporina Eritromicina
54
Tricomonas
55
Gardenerella
56
Shigella
Shigella Contato direto da região genital com as fezes contaminadas por este agente Corrimento mucopurulento ou sanguinolento e prurido Poderá se desenvolver algum tempo após quadro de diarreia (com sangue, muco e pus nas fezes) Associada a febre e mal-estar Diagnóstico Cultura para Shiguella Tratamento Trimetoprim/ sulfametoxazol - Bactrim
57
Verrugas Genitais (HPV)
Transmissão Sexual: 0 a 80% abuso Perinatal Células do sangue periférico Líquido amniótico Sangue do cordão Fômites Período de incubação: 3 semanas a 8 meses. Lesão também chamada de crista de galo Apresenta 3 formas Forma clínica: lesões papulosas, vegetantes únicas e múltiplas Tratamento Conduta expectante - se for lesão pequena ou única Imiquimode Laser
58
Herpes na infância
HSV tipo II localiza-se quase que exclusivamente no aparelho genital e desenvolve quadro de recorrência Contaminação pode ocorrer na fase sintomática ou durante fase assintomática Período de incubação: 3-6 dias Evolução: vesículas (confluentes ou espalhadas) → pústulas dolorosas (sensação de queimação) Diagnóstico Deve ser feito quando há a presença de lesões na pele (dosar as imunoglobulinas seem lesão dará 90% de + na população) PCR Tratamento Local (pouco efetivo) - talvez tenha melhora apenas no primeiro quadro da paciente Oral: aciclovir, fanciclovir, valaciclovir Dose: 400mg VO 8/8 h 7 dias OU 200 mg VO 5x ao dia, por 7 dias Tratamento supressivo prolongado: aciclovir 400mg VO 12/12 h - 6 meses
59
Tratamento - Cancro mole (cancróide)
Azitromicina 500 2cp vo dose unica Ciprofloxacina 500 vo 12/12h por 3 dias Eritromicina Tetraciclina Doxaciclina
60
Sindrome do corrimento Genital Sindrome do Corrimento Uretral Sindrome da Ulcera genital