Neuromuscular Flashcards

(734 cards)

1
Q

Qual a principal neuropatia periférica infecciosa?

A

MH

(Mycobacterium leprae)

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2
Q

Qual o segundo país com maior número de MH?

A

Brasil

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3
Q

Qual a principal manifestação da MH?

A

Comprometimento neurológico

100% dos pacientes o apresentam

Seja das terminações nervosas da pele, seja dos troncos neurais

Em 20% dos casos, o paciente evolui com deformidades permanentes, causadas pelas lesões neurológicas.

Casos neurais puros levam a um atraso diagnóstico.

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4
Q

A neuropatia hansênica pode ser aguda ou crônica, e acontecer antes, durante ou após o tratamento com PQT, sobretudo nos estados reacionais, quando ocorrem as neurites - V ou F?

A

Verdadeiro.

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5
Q

O que é a neurite? (MH)

A

Reações inflamatórias dos nervos, levando à perda de função, que, na ausênciai do tratamento adequado, pode ser irreversível.

Na evolução crônica, pode estar associada a dores neuropáticas.

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6
Q

Qual o padrão de comprometimento eletrofisiológico da MH?

A

Desmielinização.

Desmielinização PRECOCE e NÃO-IMUNOMEDIADA.
(Bactéria não tóxica e não citolítica).

Ocorre, pois, desmielinização na fase inicial, na ausência de células imunes.

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7
Q

Características do Mycobacterium leprae?

A

Metade dos seus genes não codificam proteínas -> necessita da célula hospedeira para sobreviver ((células de Schwann)

Células finas, pouco mielinizadas, são as preferenciais

A não toxicidade é uma vantagem, permitindo a sobrevivência por longos períodos, sem induzir apoptose.

Replicam-se por longos períodos antes que as células imunológicas entrem em cena e iniciem uma resposta inflamatória -> perda da função sensitivo-motora

Duplicação a cada 14 dias

Inicialmente, causa lesão DESMIELINIZANTE, porém, por interferirem no metabolismo mitocondrial, a posteriori, causam lesões axonais.

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8
Q

Qual a principal consequência da MH?

A

Incapacidadde neurológica pelo comprometimento do SNP

A barreira hematoneural protege o bacilo contra a resposta imune do hospedeiro, levando a uma infecção crônica

O patógeno, mesmo após o tratamento, pode causar dano neurológico.

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9
Q
A

Quando os antígenos do M. leprae são liberados, há um ataque por macrófagos, células T e citocinas (ou seja, resposta celular, levando ao agravamento da lesão neurológica.

Pode-se haver lesões neurológicas agudas ou crônicas.

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10
Q

Quais os dois principais fenótipos histológicos da MH?

A

Tuberculoide (TT)

Lepromatoso (LL)

Presentes nos estágios finais da infecção pelo M. leprae, quando as células de Schwann respondem à infecção intracelular por meio da expressão dos vários fatores inflamatórios e citocinas pró e anti-inflamatórias.

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11
Q

Qual a forma de transmissão da MH?

A

Via respiratória

Após longo e íntimo contato

O bacilo liga-se às células epiteliais nasais por meio da fibronectina (proteína solúvel) -> sangue -> células de Schwann não mielinizadas

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12
Q

Período de incubação do M. leprae?

A

3-5 anos
(intervalos muito mais longos já foram descritos)

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13
Q

Embora a MH seja uma doença infecciosa crônica, em sua maior extensão ela pode ser considerada uma doença imunológica - V ou F?

A

Verdadeiro.

Resposta à infecção: parcialmente celular e humoral.

Recrutamento intenso das células T pode levar a uma cura espontânea ou a uma forma paucibacilar.

Se, por outro lado, recrutar-se muitas células T supressoras, inibe-se a imunidade, constituindo importante fator para a evolução multibacilar da doença.

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14
Q

O que é a forma subclínica da MH?

A

Por algum tempo após a infecção, o M. leprae reside nas células de Schwann sem sinais de infecção, podendo evoluir para a forma clínica ou para a cursa espontânea.

Melhora das condições socioeconômicas, de higiene e nutrilção contribui para a redução do número de indivíduos com a forma clínica da doença.

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15
Q

Características da MH indeterminada?

A

Lesões pouco evidentes (ausência de resposta mediada por células)

Curso variável

As lesões podem seguir os seguintes cursos:

  1. Regredir espontaneamente para a cura completa (90% dos casos);
  2. Permanecer indeterminadas por período prolongado;
  3. Progredir para doença persistente, para qualquer polo do espectro, com diferentes sinais e sintomas e distintas formas de evolução.
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16
Q

Classificação de Ridley e Jopling (MH)?

A

Cinco subgrupos:

  1. TT (tuberculoide);
  2. LL (lepromatoso);
  3. BL (borderline LL);
  4. BB (borderline-borderline);
  5. BT (borderline TT).

Essa classificação busca expressar a imunidade dos pacientes, uma vez que a resposta imune determina tanto o espectro quanto o prognóstico.

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17
Q

Características da MH TT?

A

Poucas lesões dermatológicas

Bordos bem delimitados, com poucos bacilos (marcada resistência imunológica)

Densa e organizada inflamação granulomatosa (células epitelioides cercadas por linfócitos)

Células gigantes de Langhans estão presentes

Zona subepidermal invariavelmente afetada

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18
Q

Características da MH LL?

A

Múltiplas lesões

(O bacilo aparentemente cresce sem limitações, em razão da imunidade celular defeituosa)

A zona subepidermal NÃO é afetada

Infiltrado celular de macrófagos + bacilos + grande quantidade de lipídeos -> células espumosas (HE)

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19
Q

Características da MH Borderline?

A

Grupo complexo e instável, podendo variar a classificação ao longo do tempo

Se não tratados, podem evoluir para o polo LL

Seus três subtipos dependem basicamente da imunidade celular:

  1. BT -> alta resistência à infecção e baixo conteúdo bacilar;
  2. BL -> baixa resistência à infecção e muitas lesões/muitos bacilos;
  3. BB -> paciente instável, com tendência a ser inserido no polo LL ou TT ao longo do tempo.
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20
Q

Classificação da MH pela OMS (para fins de tratamento)?

A
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21
Q
A

C)x.

O M. leprae tem um tropismo pela CS, onde o bacilo permanece protegido do ataque do sistema imunológico e pode se multiplicar.

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22
Q
A

A)x.

Como o M. leprae é uma bactéria não tóxica e não citolítica, muito se discute sobre o mecanismo fisiopatogênico da neuropatia causada por essa infecção. Embora a resposta imune desempenhe papel crítico na manifestação clínica da hanseníase, a identificação da desmielinização precoce, não imunomediada, induzida por M. leprae propõe a existência de mecanismo(s) alternativo(s) para a desmielinização em uma fase inicial da infecção pelo patógeno, na ausência de células imunes. Embora o M. leprae se ligue tanto às CSs mielínicas quanto às não mielínicas, as CSs não mielínicas são preferencialmente suscetíveis à invasão e abrigam o bacilo no SNP.

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23
Q
A

B)x.

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24
Q
A

A)x

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25
Nos grupos borderline, estão incluídos pacientes com diferenças acentuadas, particularmente relacionadas com imunidade protetora e resistência à infecção: BT — paciente com alta resistência à infecção e, frequentemente, baixo conteúdo bacilar nas lesões; BL — paciente com baixa resistência à infecção, muitas lesões e muitos bacilos; BB — paciente instável, com tendência a ser inserido no polo LL ou TT do espectro ao longo do tempo.
26
A hanseníase pode variar desde uma mancha pálida, pouco definida, que pode curar espontaneamente (forma indeterminada) até o comprometimento dermatológico difuso, com infiltrações e envolvimento de outros órgãos, como olhos e testículos (forma LL) - V ou F?
Verdadeiro.
27
Do ponto de vista neurológico, a hanseníase pode variar desde um comprometimento restrito ao ramo digital do mediano (TT) até um comprometimento difuso, com sinais de desmielinização (LL) - V ou F?
Verdadeiro.
28
O que é a neuropatia silenciosa da MH?
Disfunção sensitiva ou sensitivo-motora que ocorre SEM DOR e tem evolução indolente Muitas vezes não percebida pelo paciente
29
O que é a neurite na MH?
Dor + espessamento do nervo à palpação Disfunção sensitiva e, posteriormente, sensitivo-motora Decorre do **parasitismo da CS + alteração da função do nervo**
30
Qualquer nervo pode ser comprometido pela MH - V ou F?
Verdadeiro. As formas de comprometimento são: 1. Mononeuropatia -> limitada a um tronco nervoso; 2. Mononeuropatia múltipla -> forma predominante -> troncos nervosos múltiplos, de forma assimétrica; 3. Mononeuropatia múltipla confluente -> troncos nervosos distais, de forma simétrica. Rara.
31
Quais são os sítios de predileção da MH?
1. Nervo ulnar no epicôndilo medial; 2. Nervo mediano no túnel do carpo; 3. Nervo fibular na cabeça da fíbula e no tornozelo; 4. Nervo radial superficial no punho; 5. Nervo sural; 6. Nervo grande auricular na região posterior ao esternoclidomastóideo; 7. Ramo supraorbital do nervo facial.
32
33
Tratamento de constipação na ELA?
Lactulose Hidratação Dieta rica em fibras
34
Evolução clínica da neuropatia da MH?
Inicialmente -> fibras amielínicas -> sensibilidade Com a progressão -> fibras de médio e grosso calibre -> sensibilidades tátil e fraqueza muscular -> atrofia e deformidades, como: 1. Pé caído; 2. Garra ulnar; 3. Garra do mediano; 4. Mão caída; 5. Garra mista (em alguns casos). | Garra mista
35
Pacientes com MH que possuem forma mais lentamente progressiva podem se apresentar com alterações tróficas, reabsorção óssea e úlceras plantares - V ou F?
Verdadeiro.
36
Um sinal característico da MH é a **preservação dos reflexos profundos** na maioria dos pacientes - V ou F?
Verdadeiro.
37
O envolvimento do SNA é precoce na MH, ocorrendo em graus variados. Quais suas principais manifestações?
Alterações tróficas, como perda de fâneros Eritrocianose (vermelho-arroxeado das extremidades) / eritrodermia Ressecamento dos dermátomos envolvidos
38
MH pode ser diagnóstico diferencial de síndrome dolorosa regional complexa - V ou F?
Verdadeiro. Causada por edema e dor intensa **"Mão reacional"**
39
Qual a anormalidade clínica mais frequente da neuropatia hansênica?
**Espessamento fusiforme do nervo** Comum a todas as formas clínicas da MH. O que varia é a extensão do comprometimento. **Paucibacilares** -> comprometimento mais restrito e lesões mais intensas, muitas vezes como neurites. **Multibacilares** -> comprometimentos mais extensos, menos graves, sem dor. Predomina a neurodegeneração ou a neuropatia silenciosa. Pode ocorrer neurite nos estados pós-reacionais, mesmo anos após o tratamento.
40
A dor neural é um sintoma frequente na hanseníase. Quais os as duas principais formas de dor neural da doença?
**Dor nociceptiva** -> estímmulo nocivo, como a neurite, com processo inflamatório que acomete os nervos. **Dor neuropática** -> funcionamento anormal do SNP e central. Ambas podem ocorrer em qualquer momento da doença (antes, durante ou após a PQT). Nas formas crônicas fica difícil distinguir entre os dois tipos. **A dor neuropática parece ser mais frequente naqueles pacientes que já apresentaram neurite.**
41
Características da forma neural pura da MH?
Comprometimento neurológico sem lesões cutâneas. Sinonímia: 1. Forma neural primária; 2. Forma neurítica pura; 3. Forma neurítica primária. Rara. Ocorre em 1-16% dos casos. **Mononeuropatia múltipla**, lentamente progressiva, sem neurite aguda. Pode variar desde um nervo isolado (como o ramo digital do mediano) até comprometimento extenso dos nervos periféricos, com padrão de mononeuropatia múltipla confluente. Sinais clínicos importantes: 1. Acometimento sensitivo inicial; 2. Espessamento do nervo; 3. Evolução como mononeuropatia ou mononeuropatia múltipla.
42
O curso crônico e lento da hanseníase pode ser interrompido por episódios agudos de atividade inflamatória, chamados...?
Reações hansênicas.
43
Órgãos comprometidos pelas reações hansênicas?
Geralmente pele e nervos. Outros: 1. Olhos; 2. Articulações; 3. Músculos; 4. Tendões; 5. Ossos; 6. Rins. Geralmente os sintomas são reversíveis se tratados a tempo. Existem dois tipos de reação: Tipo I -> reação reversa; Tipo II -> eritema nodoso leproso. Pode ocorrer ainda uma reação chamada "neurite isolada", sem o envolvimento dermatológico ou de outros órgãos.
44
Características da reação de reversão (tipo I)?
**Resposta de hiperssensibilidade** tardia que ocorre naturalmente ao *M. leprae* nos pacientes do grupo **borderline** (TT, LL e BB). **Caracterizada por uma atualização do quadro clínico para o polo TT**, com redução da carga bacilar. Forte reatividade nos testes cutâneos e maior capacidade de resposta imune celular. Resultam da ilfiltração de linfócitos CD4+ secretores de interferon-gama e TNF-alfa, em lesões e nervos, resultando em **edema e inflamação dolorosa**.
45
Características da reação tipo II (eritema nodoso leproso)?
Subito aparecimento de pequenos nódulos subcutâneos que persistem por alguns dias e depois regridem Novas lesões podem desenvolver por várias semanas Pode haver sintomas generalizados de mal-estar, febre e iridociclite. Os achados histopatológicos incluem intensa infiltração de neutrófilos fragmentados Há edema do endotélio junto à inflamação granulocítica dos vasos. Tanto na reação de reversão quanto no ENL, os pacientes podem apresentar piora da função do nervo periférico (sensitiva e motora) associada a dor à palpação do nervo. Ocorre aumento da expressão de TNF-α, interleucina 1 beta (IL-1β) e IFN-γ.
46
Resumo comparativo entre reações tipo 1 e 2 da MH?
| Pentoxifilina se mulheres em idade fértil.
47
D)x.
48
A)x. A neuropatia pela hanseníase ocorre inicialmente nas fibras sensitivas de pequeno calibre, em decorrência do parasitismo das CSs não mielínicas. Portanto, inicialmente, há comprometimento da sensibilidade térmica e dolorosa.
49
A)x. Um sinal caraterístico da neuropatia pela hanseníase é a preservação dos reflexos profundos na maioria dos pacientes, até estágios mais tardios do comprometimento neurológico. O espessamento do nervo com característica fusiforme é a anormalidade clínica mais frequente nessa condição. Os reflexos, por sua vez, estão preservados na maioria dos casos.
50
B)x. Em geral, os pacientes PBs apresentam envolvimento neurológico mais restrito, entretanto com destruição mais intensa dos nervos comprometidos pela resposta imunomediada, muitas vezes sob a forma de neurite. O quadro dos pacientes MBs evolui para acometimento neurológico mais extenso, mas sem dor. A evolução é mais lentamente progressiva, com predominância da neurodegeneração ou da neuropatia silenciosa. Os episódios de neurite, muitas vezes, ocorrem associados aos episódios reacionais, em que há agudização do comprometimento neurológico, mesmo anos após o término do tratamento.
51
D)x. A neurite desencadeia a dor nociceptiva; a disfunção no nervo sensitivo promove a dor neuropática. Esses dois tipos de dor podem ocorrer concomitantemente nos episódios de neurite.
52
Caracterize, nos contextos clínico e imunológico, o estado reacional tipo I (reação de reversão).
Clinicamente, a reação de reversão é caracterizada pela atualização do quadro clínico em direção ao polo TT, incluindo a redução da carga bacilar. Imunologicamente, é caracterizada pelo desenvolvimento de forte reatividade nos testes cutâneos e maior capacidade de resposta imune celular.
53
Diagnósticos diferenciais da neuropatia hansênica pura?
**Neuropatias inflamatórias** (Colagenosese e vasculites não sistêmicas) **Neuropatias traumáticas e posturais** (Compressões agudas e crônicas) **Neuropatias hereditárias**: 1. CMT; 2. HNPP; 3. HSAN; 4. PAF.
54
Boa parte dos pacientes com MH só são reconhecidos pelas lesões de pele e até 50% dos casos podem apresentar piora da função neurológica mediante PQT - V ou F?
Verdadeiro.
55
56
Exames subsidiários para o diagnóstico de MH (7)?
1. **Biópsia** (pele ou nervo); 2. **Baciloscopia** -> linfa coletada dos lóbulos da orelha, cotovelos e lesão cutânea (**técnica de Ziehl-Neelsen** -> coloração dos bacilos com corantes vermelhos -> índices baciloscópicos e morfológicos); 3. **Intradermoreação de Mitsuda** -> imunidade celular contra antígenos do *M. leprae* após a injeção na derme. A ausência de resposta é típica das formas MB e LL. Formas tuberculoides e paucibacilares costumam positivar. Pápula >/= 5 mm indica positividade (após 04 semanas). 4. **Sorologia** -> PGL-1 (glicolipídeo fenólico 1) -> reflete a carga bacilar. Elevados nos pacientes MBs e baixo ou negativo naqueles PBs; 5. **PCR**; 6. **ENMG**; 7. **USG de nervo**.
57
O PGL-1, específico do bacilo, destaca-se entre os antígenos usados para a pesquisa sorológica de anticorpos anti-M. leprae. Ele induz a produção de anticorpos da imunoglobulina M (IgM), medidos por ensaio imunoenzimático - V ou F?
Verdadeiro. Níveis elevados são encontrados nos episódios reacionais; quando presentes no início do tratamento, indicam risco de reação do tipo I. Entretanto, em países endêmicos, o teste pode ser positivo em pacientes que não apresentam a doença.
58
A intradermorreação de Mitsuda ajuda a classificar o espectro clínico, mas não é diagnóstica - V ou F?
Verdadeiro.
59
Características do PCR para MH?
Detecta, quantifica e determina a viabilidade do *M. leprae* Amplifica sequências do genoma bacilar Específico e sensível, porém necessita de várias amostras Entre as muitas utilidades da PCR, estão: 1. Confirmar casos iniciais PBs da FNP; 2. Demonstrar a infecção subclínica nos contatos; 3. Monitorar o tratamento; 4. Determinar a cura ou a resistência do paciente aos medicamentos; 5. istinguir reação de recorrência; 6. Auxiliar na compreensão dos mecanismos de transmissão de M. leprae. A investigação por PCR pode ser realizada em diferentes tipos de amostras, como: 1. Esfregaço e swab nasal; 2. Fragmento de biópsia da pele, da concha nasal ou da mucosa oral; 3. Swab ou fragmento de biópsia do nervo periférico.
60
A ENMG avalia fibras de médio e grosso calibre (Aβ e Aα). Pode avaliar extensão, distribuição da lesão, padrão de comprometimento do nervo, gravidade e evolução da lesão e tipo de processo patológico. Quais as características da ENMG na MH?
1. Padrão desmielinizante; 2. Fascicular (fascículos diferentes do mesmo nervo); 3. Seleção do nervo sensitivo para a biópsia na FNP; 4. Útil para o diagnóstico de neurites -> com achados de desmielinização, sobretudo: - Prolongamento das latências distais; - Redução da velocidade de condução; - Dispersão temporal dos potenciais de ação muscular compostos. A ENMG é mais sensível que o exame físico para detecção de alterações.
61
Quais os objetivos da USG AR na MH?
Primeiro sinal a aparecer: **fluxo sanguíneo aumentado** **Neurite -> aumento da vascularização neural** -> power doppler. Outros: 1. Avalia o espessamento e a assimetria dos nervos; 2. Identifica danos mais extensos que pelo exame clínico. 3. Avalia citoarquitetura,.
62
Diagnóstico da forma neural pura com base no estudo histopatológico do nervo sensitivo?
63
MH
Fascículo nervoso com infiltrado inflamatório mononuclear formando halo em arco que ocupa toda a região limite entre peri e endoneuro; perineuro espessado (HE, 100×).
64
MH
ervo periférico com seis fascículos nervosos e infiltrado inflamatório mononuclear situado na região limite entre endo e perineuro em todos os fascículos. Nota-se, ainda, espessamento perineural (HE, 40×).
65
MH
Infiltrado mononuclear constituído por linfócitos e macrófagos ativados, disposto ao longo de endoneuro em meio a fibras nervosas (HE, 100×).
66
MH
Visão parcial de dois fascículos nervosos com perineuro espessado por aumento de camadas perineurais, fibrose endoneural e perineural, infiltrado inflamatório endoneural e perda total de fibras nervosas (tricrômico de Gomori, 100×).
67
MH
Corte longitudinal de fascículo nervoso com infiltrado constituído por macrófagos espumosos (virchovianos) entre as fibras nervosas coradas em vermelho (tricrômico de Gomori, 40×).
68
MH
Presença de BAARs corados pela fucsina (coloração de Wade, 400×).
69
Visão ampliada do ambiente endoneural de um fascículo nervoso, mostrando ausência total de fibras nervosas mielinizadas. Endoneuro é ocupado por estruturas microfasciculares, com células inflamatórias, fibras nervosas não mielinizadas e CSs desnervadas (azul de toluidina, 1.000×).
70
MH
Visão ampliada do ambiente endoneural de fascículo nervoso com brotamentos regenerativos (setas finas), fibras remielinizadas (cabeças de setas) (azul de toluidina, 400×).
71
Quais são os fatores ambientais que podem determinar a evolução do paciente na MH, em relação ao espectro clínico?
1. Estado nutricional; 2. Padrão geral de higiene; 3. Tipo e extensão da exposição prévia a micobactérias ambientais.
72
Qual o objetivo da PQT na MH?
73
Em que consiste o tratamento da MH?
**PB** -> **Seis meses** com **rifampicina** (supervisionada de 600 mg) e **dapsona** (mensal supervisionada de 100 mg e dose diária autoadministrada de 100 mg). **MB** -> **12 meses** com **rifampicina** (igual), **dapsona** (igual) e **clofazimina** (mensal administrada de 300 mg e diária de 50 mg).
74
Drogas que podem ser utilizadas nos casos de intolerância ou contraindicação ao tratamento da MH?
**Ofloxacino** e/ou **Minociclina**
75
As reações hansênicas, que podem provocar grave lesão neural, infecções secundárias, incapacidades físicas e sequelas. Como trata-las?
Prednisona 1mg/kg/dia, com redução lenta **Neurite refratária** -> pulsoterapia com metilprednisolona IV em ambiente hospitalar: 1g em dose única durante três dias na primeira semana; 1g em dose única semanal por quatro semanas; 1g em dose única mensal por quatro meses.
76
Abordagens não farmacológicas na MH?
77
Cite três neuropatias hereditárias que fazem parte dos diagnósticos diferenciais da hanseníase.
HSAN CMT PAF HNPP
78
Observe as afirmativas sobre o exame sorológico para o diagnóstico da hanseníase. >> Resposta no final do capítulo I. Dos antígenos usados para a pesquisa sorológica de anticorpos anti-M. leprae, o PGL-1 é o de maior destaque. II. Pacientes PBs apresentam níveis elevados de anticorpos e, consequentemente, de carga bacilar. III. Quando se observa a presença de anticorpos no início do tratamento, há risco de reação do tipo II. Qual(is) está(ão) correta(s)? A) Apenas a I. B) Apenas a III. C) Apenas a I e a II. D) Apenas a II e a III.
A)x. A presença de anticorpos anti-PGL-1 reflete a carga bacilar, com títulos elevados nos pacientes MBs e baixos ou ausentes nos indivíduos PBs. Níveis elevados são encontrados nos episódios reacionais; quando presentes no início do tratamento, indicam o risco de reação do tipo I. Entretanto, em países endêmicos, o teste pode ser positivo em pacientes que não apresentam a doença.
79
Sobre a USG do nervo periférico, assinale a alternativa correta. A) É um exame portátil e de baixo custo que pode ser usado como método complementar para a avaliação das neuropatias periféricas, embora gere imagens em baixa resolução. B) Detecta e realiza a avaliação objetiva do espessamento e da assimetria. C) É menos eficaz para identificar a extensão do envolvimento quando comparada ao exame neurológico. D) Demonstra redução da vascularização neural na presença de neurite.
B)x. Nos últimos anos, a USG de alta resolução tem sido citada como um método complementar para a avaliação das neuropatias periféricas. É um exame portátil e baixo custo, com captação rápida de imagens dinâmicas e em tempo real. Por meio da USG, é possível identificar envolvimento mais extenso do que pelo exame neurológico. Nos casos de neurite, geralmente há aumento da vascularização neural, em razão da resposta inflamatória local.
80
Observe as afirmativas sobre as formas para determinar o diagnóstico da FNP da hanseníase. I. Presença de M. leprae no fragmento do nervo biopsiado. II. Identificação molecular de M. leprae por meio da PCR. III. Presença de granuloma epitelioide no fragmento do nervo biopsiado. Quais estão corretas? A) Apenas a I e a II. B) Apenas a I e a III. C) Apenas a II e a III. D) A I, a II e a III.
D)x. O diagnóstico da FNP da hanseníase é fundamentado nos achados histopatológicos do fragmento do nervo biopsiado. Tais achados são compostos pela presença de M. leprae e granuloma epitelioide ou pela detecção de material genético do bacilo.
81
Com relação aos testes e achados nos quais se baseia o tratamento da hanseníase, assinale V (verdadeiro) ou F (falso). Baciloscopia. Intradermorreação de Mitsuda. Número de lesões. Número de nervos comprometidos. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. A) F — V — V — F B) V — F — V — V C) F — V — F — V D) V — F — V — F
B)x. A intradermorreação, um teste epidemiológico, informa apenas se o indivíduo teve contato prévio com o bacilo.
82
Sobre o tratamento da hanseníase, assinale V (verdadeiro) ou F (falso). É puramente clínico; não há indicação de intervenção cirúrgica para a doença. O tratamento específico é feito por meio de PQT, constituída pelo conjunto dos seguintes medicamentos: rifampicina; ofloxacina; minociclina. A neurite refratária ao tratamento convencional deve ser tratada com pulsoterapia com MPIV em ambiente hospitalar. Próteses de silicone podem ser empregadas para melhorar a estética de amiotrofias na região hipotenar, elevando a autoestima dos pacientes. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. A) V — F — F — V B) V — V — F — F C) F — V — V — F D) F — F — V — V
D)x. O tratamento específico da hanseníase é realizado por meio de PQT, constituída pelo conjunto dos seguintes medicamentos: rifampicina, dapsona e clofazimina. Em casos de intolerância ou contraindicação, esquemas terapêuticos substitutivos são recomendados, como a combinação de ofloxacina e/ou minociclina. A cirurgia é indicada nos casos de mal perfurante plantar que não respondem ao tratamento clínico.
83
Quais são as miopatias de causas genéticas mais comuns?
1. Distrofias musculares; 2. Miopatias congênitas; 3. Síndromes miotônicas; 4. Miopatias metabólicas. Todas elas podem apresentar formas congênitas, com apresentação já no primeiro dia de vida, formas da infância e formas de início em adultos jovens.
84
Boa parte das miopatias adquiridas são autolimitadas e transitórias, persistindo apenas enquanto há um evento sistêmico causal, como efeitos tóxicos medicamentosos e processos infecciosos virais - V ou F?
Verdadeiro.
85
As miopatias metabólicas são um grupo de doenças causadas por defeitos nas vias bioquímicas relacionadas à produção de ATP. São divididas em três grandes grupos - quais são?
Glicogenoses Lipidoses Mitocondriopatias
86
As glicogenoses possuem diversas formas e muitas delas acometem os músculos, com dois fenótipos de apresentações principais - quais são? | As
1. **Fraqueza muscular fixa**, geralmente **proximal**, e com **envolvimento multissistêmico**. Ex.: GSD 2 (Pompe); GSD 3 (doença de Cori-Forbes); GSD 4 (doença de Andersen). 2, **Fraqueza, cãibras, mialgia e mioglobinúria relacionada à atividade física**, com exame físico normal entre as crises. Ex.: GSD 5 (McArdle); GSD 6 (fosfoglicerato-mutase); GSD 11 (lactato desidrogenase); GSD 12 (aldolase).
87
Quais glicogenoses costumam cursar com hepatopatia?
0, 1, 2, 6 e 9. (Todas, exceto o tipo "0", cursam com hepatomegalia). Um fígado aumentado geralmente está ligado a episódios de hipoglicemia, porque o excesso de glicogênio é armazenado no fígado em vez de ser liberado como glicose na corrente sanguínea.
88
Quais são as glicogenoses que cursam com maior comprometimento muscular (sendo comuns fraqueza muscular e cãibras)?
GSD 5 (McArdle) - Miofosforilase (PYGM) GSD 7 (Tarui) - Fosfofrutoquinase (PFKM)
89
Características da doença de Pompe (GSD 2)
Mutação do **gene GAA** (**cromossoma 17**) -> deficiência de **alfa-glicosidade ácida** (GAA) ou **maltase ácida** (Responsável pela quebra do glicogênio em glicose nos lisossomos) O acúmulo de glicogênio nos lisossomos leva a disfunção em vários tecidos -> 1. Músculo esquelético; 2. Músculo cardíaco; 3. Fígado; 4. Sistema nervoso.
90
Características da forma neonatal na doença de Pompe? (9)
Primeiros meses de vida. Apresentam: 1. Cardiomegalia; 2. Hipotonia; 3. Insuficiência respiratória; 4. Fraqueza muscular; 5. Hepatomegalia; 6. Macroglossia; 7. Dificuldades alimentares; 8. Atraso motor e de crescimento; 9. **Falecem antes do primeiro ano de vida**. A atividade enzimática da GAA encontra-se acentuadamente reduzida.
91
Características da doença de Pompe de início na infância/vida adulta?
1. Fraqueza muscular lentamente progressiva de predomínio nas cinturas; 2. Pode haver comprometimento respiratório; 3. Macroglossia. Curso lentamente progressivo. Atividade enzimática da GAA parcialmente reduzida.
92
Diagnóstico da doença de Pompe (GSD2 - miofosforilase - cromossoma 17)?
**Gota seca** para pesquisa de atividade da GAA em papel filtro Definitivo -> **redução da atividade enzimática em cultura de fibroblastos**, de leucócitos ou **pesquisa genética**. **Biópsia muscular** -> **vacúolos intracitoplasmáticos** com acúmulo de glicogênio (**PAS-positivos**) e **aumento da atividade da fosfatase ácida** (indicando ser um vacúolo de origem lisossomal).
93
Características da doença de McArdle?
**Glicogenose mais frequente** **Herança autossômica recessiva** **Deficiência de miofosforilase -> gene PYGM -> cromossoma 11q13** Criança se adultos jovens com intolerância aos exercícios **Cãibras e mialgia** após a realização de **atividades físicas curtas e intensas** **Contraturas e fraqueza muscular** podem acompanhar o quadro **Second wind** -> alívio dos sintomas quando a atividade é mantida em níveis mais brandos por pelo menos 10 minutos. A CK está aumentada (podendo estar normal no período intercrise).
94
Diagnóstico da doença de McArdle?
**Teste isquêmico do antebraço** -> aumento do nível sérico de amônia, sem aumento significativo do ácido láctico. **Biópsia muscular** -> vacúolos subsarcolemais e acúmulo subsarcolemal e intermiofibrilar de material PAS-positivo (glicogênio) **Reação histoquímica negativa para miofosforilase** **Pesquisa do gene PYGM** detecta mutação em até 90% dos casos.
95
96
Características da GSD 3 (Cori-Forbes)
Deficiência da enzima desramificadora de glicogênio Hipoglicemia Hepatomegalia Hiperlipidemia Fraqueza distal nas pernas
97
Características da doença de Andersen
Deficiência na enzima ramificadora de glicogênio Hepatomegalia Cirrose Miopatia Cardiomiopatia Défice de crescimento Início na infância
98
Características da GSD 6 (doença de Hers)
Deficiência da glicogênio fosforilase hepática (PYGL) e da fosfoglicerato mutase muscular (PGAM2) Hipoglicemia Hepatomegalia Hiperlipidemia
99
Características da doença de Tarui (GSD7)
Intolerância aos exercícios Cãibras Fraqueza Anemia hemolítica
100
Tratamento das glicogenoses
Exercício físico progressivo controlado Glicose antes dos exercícios físicos nos defeitos glicogenolíticos (como McArdle) Jejum durante a noite nos defeitos glicolíticos (ex.: Tarui) Monoidrato de creatina (0,1 g/kg/dia)
101
A oxidação de ácidos graxos é responsável por boa parte da energia utilizada para manutenção do músculo em repouso e do tônus muscular, na recuperação muscular após atividade física e pela manutenção do funcionamento muscular durante períodos de atividade física intensa e prolongada, na qual a demanda por ATP aumenta com o passar da atividade - V ou F?
Verdadeiro. Os ácidos graxos não são utilizados no início do exercício, passando a serem após alguns minutos de exercício contimuado, sendo a maior fonte de energia após certo tempo de esforço físico. Assim, defeitos na oxidação de lipídeos causam fadiga durante exercícios prolongados.
102
Os ácidos graxos, ao serem oxidados, são levados para a corrente sanguínea, adentram as células e as mitocôndrias. Contudo, as membranas mitocondriais são impermeáveis à passagem dos ácidos graxos, de modo que é necessário se utilizar de transportadores. Quais são estes?
1. Carnitina-palmitoiltransferase 1 (CPT1) - parte externa da membrana; 2. Carnitina-palmitoiltransferase 2 (CPT2) - parte interna da membrana. (Enzima que liga a carnitina com os ácidos graxos de cadeia longa, necessária ao transporte da carnitina para dentro da mitocôndria (CPT1) e para separar a carnitina do complexo com os ácidos graxos (CPT2)).
103
As desordens do metabolismo lipídico se manifestam com intolerância a exercícios e mioglobinúria, tanto em adultos quanto em crianças, e nem sempre cursam com depósito de liídios visível na biópsia muscular - V ou F?
Verdadeiro.
104
As principais lipidoses que se apresentam com miopatia isolada ocorrem devido à deficiência de CPT2, acil-CoA desidrogenase de cadeia muito longa (> 14 C) e proteína trifuncional - V ou F?
Verdadeiro.
105
O envolvimento muscular e cardíaco é raro na deficiência de CPT1 **A deficiência de CPT2 é a anormalidade bioquímica mais comum do músculo e tem herança autossômica recessiva**
Ambos verdadeiros.
106
Sintomatologia das lipidoses?
Mialgia e mioglobinúeria após exercícios prolongados, jejum prolongado ou dieta rica em gordura e pobre em carboidratos Embora as dores e cãibras possam estar presentes desde a infância, **a mioglobinúria é incomum antes da adolescência** (ocorrem após exercícios prolongados, especialmente antes do café da manhã).
107
As crises de mioglobinúria na deficiência de CPT podem ser desencadeadas por jejum, quadros infecciosos e até estresse emocional, e são mais graves do que nas desordes da glicólise, tendendo a causar lesão renal - V ou F
Verdadeiro.
108
Nas lipidoses, a CK é normal em repouso e aumenta bastante após exercícios prolongados. Pode haver aumento de triglicérides e ácidos graxos no soro, pela sua utilização prejudicada - V ou F?
Verdadeiro.
109
A forma hepatocardiomuscular da deficiência de CPT é grave, com evolução fatal nos primeiros meses de vida, por falência hepática, renal ou cardíaca - V ou F?
Verdadeiro.
110
Diagnóstico e tratamento das lipidoses?
**Biópsia** -> deficiência de CPT Estudo molecular -> gene CPT1B (CPT1) e CPT2 (CPT2). Tratamento -> dieta rica em carbohidratos e pobre em gorduras. Exercícios físicos devem ser progressivos e controlados Evitar exercícios durante infecções Evitar jejum L-carnitina (somente se nível reduzido ou nas mutações SLC22A5). Iniciar com 300 mg 2x/dia Usar carboidratos antes e durante os exercícios
111
Os ácidos graxos (na forma de acetil-CoA) são oxidados no ciclo de Krebs a gás carbônico, enquanto a nicotinamida adenina dinucleotídeo (NAD) e a flavina adenina dinucleotídeo (FAD) são reduzidas para NADH e FADH2 - V ou F?
Verdadeiro. Esses compostos carregam elétros para a cadeia respiratória, onde ocorre a fosforilação oxidativa.
112
Quais são os cinco complexos enzimáticos da cadeia respiratória?
1. Complexo I (NADH-coenzima Q oxirredutase); 2.Complexo II (Succinato-ubiquinona redutase); 3. Complexo III (ubiquinona-citocromo C oxidoredutase); 4. Complexo IV (citocromo C oxidase - COX); 5. Complexo V (ATP-sintetase). Como as proteínas deste complexo são codificadas tanto pelo DNA mitocondrial (DNAmt) quanto pelo DNA nuclear, a genética destas doenças envolve ambos os genomas.
113
114
As doenças mitocondriais apresentam dois padrçoes de herança - aquelas causadas por mutação do DNAmt, com herança materna, e aquelas do DNA nuclear, com herança mendeliana - V ou F?
Verdadeiro.
115
Tecido muscular esquelético, cardíaco, SN e fígado possuem maior demanda energética, sendo frequentemente comprometido nas mitocondriopatias - V ou F?
Verdadeiro. Os sintomas podem ser variados, em qualquer idade, e precipitadas por infecções ou estresse. O curso geralmente é progressivo e multissistêmico. As manifestações neuromusculares são as mais encontradas.
116
Miopatias podem ocorrer isoladamente nas mitocondriopatias, sendo a fraqueza proximal de cinturas o achado mais comum, sobretudo quando relacionado à intolerância aos exercícios - V ou F?
Verdadeiro. Dor muscular e rabdomiólise podem estar associadas.
117
Qual o achado comum às mitocondriopatias na biópsia?
Presença de fibras vermelhas rasgadas (RRF - ragged red fibers) na coloração de Gomori. Ocorre também a presença de fibras musculares com redução da reação ao COX.
118
119
Quais são as três mitocondriopatias mais comuns da vida adulta?
**MELAS** (Encefalopatia mitocondrial; Acidose láctica; Stroke-like events). **MERRF** (Epilepsia mioclônica com fibras vermelhas rasgadas) Oftalmoplegia externa progressiva (**OEP**)
120
Características da síndrome de Kearns-Sayre (SKS)?
Ptose palpebral + oftalmoplegia + retinite pigmentar + bloqueio de condução cardíaca Associados a Surdez + ataxia + hiperproteinorraquia + hipodesenvolvimento pôndero-estatural + disfunção endócrina. A fraqueza muscular generaliza-se anos após a manifestação ocular, ocorrendo disfagia e disfonia. Quase sempre iniciam na segunda década de vida, com curso grave. Óbito por para dardíaca, sendo indicado o marcapasso se bloqueios graves. Diagnóstico: teste genético em tecido muscular, pois essas deleções segregam em baixos níveis em leucócitos, não sendo possível o diagnóstico em sangue periférico.
121
**A oftalmoplegia externa progressiva é a forma miopática mais comum das doenças mitocondriais** - V ou F?
Verdadeiro.
122
Quais as características da PEO?
**Ptose palpebral + oftalmoparesia +/- fraqueza de cinturas** **Não apresentam manifestações sistêmicas** Pacientes com deleções do DNAmt apresentam disfonia e disfagia Pode ser autossômica dominante, recessiva ou esporádica A CK e o lactato podem estar elevados ou normais O ECG, ao contrário da SKS, costuma estar normal **Biópsia**: RRF, fibras negativas à COX e positivas à succinato desidrogenase (SDH), semelhante à SKS (síndrome de Kearns-Sayre).
123
Características da MELAS?
Encefalopatia mitocondrial + Acidose láctica + stroke-like events
124
Características da MERRF?
Epilepsia mioclônica com fibras vermelhas rasgadas (ragged red fibers) Epilepsia mioclônica progressiva + crises parciais + crises tônico-clônicas e drop attacks. Pode-se observar, ainda, ataxia cerebelar de graus variáveis, demência (geralmente leve), miopatia com intolerância aos exercícios, acidose láctica, hipoacusia neurossensorial, atrofia óptica, retinite pigmentar, oftalmoplegia, neuropatia, baixa estatura e lipomas cervicais.
125
Tratamento das miopatias mitocondriais?
Complexos vitamínicos e cofatores: 1. Coenzima Q10 (100-200 mg/dia) em pacientes com RRF, o que protege a membrana mitocondrial da peroxidação 2. Tiamina (200 mg/dia) e ácido lipoico em deviciência do complexo piruvato-desidrogenase; 3. Vitamina E (400-800 U/dia) e vitamina C (>1g/dia) - também previnem os danos celulares provocados pelos radicais livres; 4. L-Carnitina (100 mg/kg/dia) é obrigatório no déficit de transporte de carnitina, além de dieta pobre em gordura 5. Riboflavina (100-300 mg/dia) na deficiência múltipla da desidrogenase da acil-CoA e na deficiência do complexo I; 6. Ácido fólico para pacientes com SKS; 7. Biotina na deficiência da biotinidase, que pode afetar a piruvato carboxidase; 8. Dicloroacetato, nos defeitos do complexo piruvato-desidrogenase, mantendo essa enzima em atividade máxima e diminuindo os níveis de lactato sérico.
126
O uso de valproato e dos barbitúricos deve ser evitado nos casos de mitocondriopatias, pois inibem a cadeis respiratória e podem desencadear insuficiência hepática - V ou F?
Verdadeiro.
127
A tetraciclina e o cloranfenicol devem ser evitados nas mitocondriopatias, pois inibem a síntese proteica mitocondrial - V ou F?
Verdadeiro.
128
Forma resumida do tratamento das miopatias mitocondriais?
129
Quais as principais características em comum das miopatias inflamatórias?
1. Fraqueza muscular proximal de início insidioso; 2. Níveis elevados de CK; 3. Infiltrado inflamatório à biópsia muscular; 4. Resposta à terapia imunossupressora. Obs.: à exceção do infiltrado à biópsia, a IBM não possui as outras características das demais miopatias.
130
Quais são as principais miopatias inflamatórias?
1. Dermatomiosite; 2. Polimiosite; 3. Miosite por corpúsculos de inclusão; 4. Miopatia necrotisante. Obs.: à exceção do infiltrado à biópsia, a IBM não possui as outras características das demais miopatias. Obs2.: a miopatia necrotisante é na verdade um diagnóstico histológico inespecífico que ocorre relacionado a diversas causas, como estatinas, neoplasias ou infecções virais.
131
A dermatomiosite e a polimiosite possuem mecanismo patogênico primariamente autoimune, o que pode ser observado pela associação com doenças primariamente autoimunes e pelas evidências deb **de miotoxicidade mediada por linfócitos T na PM e microangiopatia ativada pelo complemento na DM** - V ou F?
Verdadeiro.
132
Características da polimiosite?
Mulheres adultas (raramente na infância) Fraqueza muscular proximal simétrica e progressiva, de intensidade variável, semanas a meses Pode haver disfagia de transferência **Dx.: dosagem de CK** (> 10x se em atividade) + **biópsia muscular** **Biópsia**: infiltrado inflamatório endomisial + infasão de fibras não necróticas e necróticas + linfócitos CD8 + aumento da expressão do MHC I.
133
Biópsia da polimiosite?
Infiltrado inflamatório endomisial + invasão de fibras não necróticas e necróticas + linfócitos CD8 + aumento da expressão do MHC I.
134
Características da dermatomiosite
Mulheres Bimodal (5-14 anos e 44-55 anos) Comprometimento cutâneo a diferencia das demais - rash em V, heliótropo (lesão arroxeada da pálpebra superior), sinal de Gottron (lesão eritematosa sobre a face extensora das articulações) Fraqueza muscular proximal + aumento do CK + mialgia **Pode haver envolvimento cardíaco e doença pulmonar intersticial** **Biópsia:** infiltrado inflamatório perimisial + perivascular, em associação com atrofia e sinais degenerativos das fibras musculares perifasciculares.
135
Biópsia da dermatomiosite
Infiltrado inflamatório perimisial + perivascular, em associação com atrofia e sinais **degenerativos** das fibras musculares **perifasciculares**.
136
Qual a doença muscular mais comum após os 50 anos?
IBM Predomina no sexo masculino
137
Características da IBM?
**Doença muscular mais comum > 50 anos** **Predomínio em homens** **Lentamente progressiva** **Proximal de membros inferiores + distal de membros superiores + hiporreflexia + disfagia**
138
Na IBM, caracteristicamente há envolvimento precoce do quadríceps, iliopsoas, dorsiflexores dos tornozelos e flexores profundos dos dedos e da mão - V ou F?
Verdadeiro. E, também caracteristicamente, os músculos da respiração são poupados.
139
Flexão dos dedos mais comprometida que a do bíceps, extensão do joelho mais afetado que a flexão dos quadris - pensar em...?
IBM
140
Como estão os exames na IBM?
CK levemente aumentada ou normal Biópsia: degeneração muscular + inflamação mediada por células T + **vacúolos marginados** + alterações mitocondriais + acúmulo intramuscular de proteínas ubiquitinadas e agregados de proteínas com aspecto congofílico.
141
Como classificar a miopatia necrosante imunomediada? Como é o seu quadro clínico?
De acordo com a presença de anticorpos, sobretudo: **Anti-SRP** (antipartícula reconhecedora de sinal) **Anti-HMGCoA-redutase** (relacionada à esposição prévia a estatinas em até 2/3 dos casos). Geralmente agudo/subagudo, com enzimas musculares elevadas, curso grave e recorrente.
142
Qual a tríade clássica da síndrome antissintetase? Quais outros sintomas estão comumente associados?
Miopatia inflamatória + doença pulmonar intersticial + acometimento articular. Outros: febre, mãos de mecânico e fenômeno de Raynaud. Laboratorialmente: anti-Jo1 é o principal anticorpo.
143
Miosite (DM e PM) pode ocorrer em sobreposição a outras doenças reumatológicas, como esclerodermia, DMTC, Sjögren, LES e AR - V ou F?
Verdadeiro.
144
USG e RM podem auxiliar na avaliação do grau de atrofia muscular, substituição gordurosa, grau de edema, cronicidade da doença e músculos preferencialmente afetados - V ou F?
Verdadeiro.
145
Quando indicar a biópsia nas miopatias?
Quando há dúvida diagnóstica e quando o tratamento não foi satisfatório. Avaliará a inflamação e o tipo de célula inflamatória predominante.
146
Qual o tratamento das miopatias inflamatórias?
1. Corticoide; 2. Poupadores: azatioprina, metotrexato, ciclofosfamida e IVIG. **Obs.:** não existe um tratamento eficaz para a IBM. A imunoterapia convencional não é benéfica.
147
Pacientes com quadro de miopatia > 50 anos e sem resposta à imunoterapia provavelmente são pacientes com IBM - V ou F?
Verdadeiro.
148
Todas as formas de miopatias inflamatórias, sobretudo em idosos, podem estar associados a doenças neoplásicas - V ou F?
Verdadeiro.
149
Resumão comparativo das miopatias inflamatórias?
150
Achados de miopatias inflamatórias A) Marcada atrofia de fibras musculares perifasciculares (tricômico de Gomori) B) Infiltração perivascular na dermatomiosite C) Infiltrado inflamatório endomisial e perimisial na polimiosite D) Presença de vacúolo marginado na miosite por corpúsculos de inclusão
151
As formas adquiridas das miopatias são usualmente relacionadas a efeitos tóxicos de drogas e medicamentos, processos infecciosos e doenças sistêmicas - V ou F?
Verdadeiro. Outro grupo importante é das miopatias inflamatórias autoimunes, incluindo a polimiosite, a dermatomiosite, a miopatia necrotizante e a miosite por corpúsculos de inclusão.
152
Qual o grupo de miopatias de causas genéticas mais comuns?
1. Distrofias musculares; 2. Miopatias congênitas; 3. Síndromes miotônicas; 4. Miopatias metabólicas.
153
Características gerais das distrofinopatias
Distrofias musculares causadas por mutação do gene da distrofina (DMD) localizado no cromossoma (**Xp21**) A distrofina localiza-se junto à parte interna da membrana plasmática das fibras musculares Resulta em deterioração das fibras musculares, com substituição por tecido conjuntivo e gorduroso **Herança recessiva ligada ao X** Podem ser: **1. Duchenne; 2. Becker; 3. Portadoras manifestantes** (mulheres com algum grau de comprometimento muscular).
154
DISTROFINOPATIAS O QUE E QUAIS SÃO?
**Ausência ou redução na função da distrofina**: importante na estabilidade da membrana - presente em musculo esqueletico, cardiaco e neuronios Exemplos: **Becker** (redução de distrofina) e **Duchenne** (ausência da distrofina) - **Homens são afetados, pois se encontra no cromossomo X**
155
DISTROFINOPATIAS QUAL É MAIS SEVERA BECKER OU DUCHENNE?
**DUCHENNE**: Ausência de distrofina BECKER: Redução de distrofina (Início mais tardio - adolescência; sintomas mais leves)
156
Distrofinopatia qual a clínica de Duchenne? Quais os agrupamentos musculatures mais acometidos?
**Inicia Primeiro ano de vida:** atraso no desenvolvimento motor - **Inicia deambulação tardia** **fraqueza** _inicialmente_ em **extensores do quadril** (gluteo) e **joelho** (quadriceps) \*fraqueza nos extensores do quadril leva a **lordose excessiva** **hipertrofia de panturrilha e sinal de gowers** fraqueza em MMSS proximais é mais tardia (adolescencia): Pode ter escapula alada e distal (final da doença)
157
DISTROFINOPATIA A PERDA DA DEAMBULAÇÃO É UM MARCADOR PROGNOSTICO V ou F
VERDADEIRO Prediz menor sobrevida e maior risco para necessidade de suporte ventilatório
158
duchenne cite 2 achados semiológicos
Hipertrofia da panturrilha Sinal de Gowers (não são específicos!!)
159
DUCHENNE Há relação com prejuízo cognitvo? Sim ou não Quais outras manifestações - fora fraqueza de membros pode ser vista?
1) Sim! Maior risco de ter déficit intelectual 2) Disfagia (esofago proximal é musculo esqueletico); disartria com hipofonia; fraqueza diafragmatica
160
CLINICA QUAL A DIFERENÇA ENTRE BECKER E DUCHENNE?
BECKER TENDE A TER MAIS CARDIOPATIA FRAQUEZA É MAIS LEVE NO BECKER: - Garotos que estão andando aos 15 anos com distrofinopatias são descritos como portadores de Becker - As vezes pode ter só câimbra isolada - As vezes pode ter fraqueza leve - severa
161
distrofinopatias há risco de cardiopatia e pneumopatia?
sim! alto risco - necessita de supervisão com exames
162
DIAGNÓSTICO DE DISTROFINOPATIA COMO É FEITO? COMO É O CPK? QUAL O GENE ASSOCIADO (MUTAÇÃO?)? EM QUAL CROMOSSOMO°?
SUSPEITA: PEDE CPK (NORMAL - EXCLUI); AUMENTADO SEGUE A INVESTIGAÇÃO -> TESTE PARA MUTAÇÃO DMD -> SE OK -> DIAGNOSTICO FEITO -> SE NÃO -> FAZ SEQUENCIAMENTO OU BIOPSIA -> AUSENCIA DE ALTERAÇÃO -> DIAGNOSTICO IMPROVÁVEL ------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Biópsia muscular ajuda: achados gerais e avaliação de distrofina (ausência é padrão ouro para diagnóstico) USG/RNM de músculo CK elevado (5-10X): CK NORMAL AFASTA! **AVALIAÇÃO GENÉTICA = Principal** **- _mutação no DMD_** = Ajuda a guiar terapia e prognosticar - CROMOSSOMO X
163
DISTROFINOPATIAS - QUAL O TRATAMENTO?
**CORTICOIDE: prednisona ou deflazacort** - Iniciados entre 4 e 7 anos muda a história da doença \*Indicado para DUCHENNE SEMPRE e BECKER Severo **TERAPIAS** **- Eteplirsen**: restaura parcial as distrofinas =\> é direcionado a uma mutação específica (15% dos individuos podem receber) - **Deflazacort**: derivado corticoide -\> pode ser utilizado em qualquer um
164
Principais miopatias que causam padrão de fraqueza proximal? | Semiologia UNICAMP 2017
Miopatias inflamatórias (dermatomiosite, polimiosite) Distrofinopatias (Duchenne, Becker) Distrofias de cinturas
165
Qual o espectro de apresentações clínicas das distrofinopatias? ## Footnote Mayo Clinic Board Review 2ed 2022
Distrofia Muscular de Duchenne Becker Mialgia e rabdomiolise HiperCKemia assintomática (mulheres portadoras)
166
Qual é a Distrofinopatia mais comum? ## Footnote Mayo Clinic Board Review 2ed 2022
Distrofia Muscular de Duchenne
167
168
Mialgia não é comum nas miopatias estruturais e nas distrofinopatias - V ou F?
Verdadeiro.
169
As distrofinopatias são ligadas ao X - V ou F?
Verdadeiro. Sempre em meninos.
170
Pensar em distrofinopatias (Becker e Duchenne) É característico, mas não específico. Distrofias musculares de cintura podem ter -> como a FKRP (Fukutina-Related Protein) e anoctamina.
171
Distrofias musculares de cinturas associadas à pseudohipertrofia de panturrilhas?
FKRP e anoctamina 5 (ANO5).
172
173
Padrão de herança genética da Distrofia Muscular de Duchenne e Becker
Autossomico recessivo ligado ao X
174
Quadro clinico inicial clássico da Distrofia Muscular de Duchenne e Becker
Fraqueza muscular para correr, se levantar, subir escadas, iniciada ao 2 anos de vida (Duchenne) ou na adolescência (Becker)
175
__% das Distrofias Musculares de Duchenne ocorrem por mutações de novo ## Footnote Mayo Clinic Board Review 2ed 2022
30%
176
Qual a função da distrofina no musculo esquelético? ## Footnote Mayo Clinic Board Review 2ed 2022
Proteina que conecta o citoesqueleto da célula muscular com a matriz extracelular
177
Pacientes com Duchenne perdem a capacidade ambulatória em média com que idade? ## Footnote Mayo Clinic Board Review 2ed 2022
13 anos
178
Em que faixa etária se inicia uso de CTC no Duchenne? ## Footnote Mayo Clinic Board Review 2ed 2022
4 - 6 anos
179
Dose indicada de CTC no Duchenne? ## Footnote Mayo Clinic Board Review 2ed 2022
Prednisona 0.75mg/Kg/dia Daflazacort 0.9mg/Kg/dia
180
De que forma uma deleção de éxons no gene da Distrofina pode levar ao fenótipo de Duchenne? ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Promovendo uma parada na expressão do restante da proteína (out-of-frame)
181
Como funciona a terapia gênica de Exon Skipping no Duchenne? ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Um oligonucleotideo antisense bloqueia um exon que "não se encaixa" no restante da proteína --> Expressão da proteína encurtada, mas funcional
182
Caracterize a cardiopatia associada às Distrofias Musculares de Duchenne e Becker ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Cardiomiopatia Dilatada, com reducão progressiva na FE
183
Com que idade costuma surgir a Cardiopatia na Distrofia Muscular de Duchenne? ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
14 anos
184
Recomendação de rastreio de cardiopatia nos pacientes com Distrofia Muscular de Duchenne ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
<10 anos: ECG+ECOTT bianual Nos >/=10 anos: ECG + ECOTT anual Holter a cada 1-3 anos
185
Principais Distrofias Musculares associadas a miocardiopatia dilatada ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Duchenne/Becker (e mães protadoras) Distrofias de cinturas (Sarcoglicanas e FKRP)
186
Achados na biópsia muscular de Duchenne? ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Proliferação do tecido conjuntivo-gorduroso tanto endo quanto perimesial, com presença de necrose e regeneração.
187
Porque, na mutação do gene da DMD, as vezes há Duchenne, às vezes Becker? ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Duchenne - deleção/perda do éxon 48 ao éxon 50 -> proteína truncada. Becker - deleção do 48-51, porém há um "encaixe" (deleção "em fase"). Proteína funcionante, porém de menor peso molecular.
188
O que é o sinal de Gowers?
Os pacientes apresentam bastante dificuldade para se levantar do chão. Isto ocorre devido à fraqueza da musculatura da coxa e da pelve. Assim, para se levantar do chão, eles literalmente precisam escalar o próprio corpo – este é o chamado sinal de Gowers, típico da distrofia muscular de Duchenne (DMD).
189
Duchenne costuma cursar com comprometimento cognitivo leve - V ou F?
Verdadeiro.
190
Achados de ENMG na Duchenne?
1. Fibrilações; 2. Ondas agudas positivas; 3. Potenciais motores miopáticos.
191
Distrofinopatia (Duchenne)
192
A musculatura predominantemente comprometida na Duchenne é a proximal - V ou F?
Verdadeiro. MMII: ileopsoas, quadríceps, glúteos, músculos pré-tibiais; Panturrilhas: fibrose + pseudohipertrofia. Cintura escapular.
193
Quando pensar em Duchenne?
Início nos primeiros anos de vida Atraso dos marcos motores -> - Andar na ponta dos pés, com dificuldade de levantar do chão e fraqueza proximal; - Lordose lombar; - Sinal de Gowers; - Pseudohipertrofia de panturrilhas; - Perda de deambulação 12/13 anos; - Suporte ventilatório;
194
A Duchenne pode cursar com comprometimento cardíaco por arritmias, cardiomiopatias e IC - V ou F?
Verdadeiro.
195
Imunohistoquímica demonstrando distrofina e Duchenne, respectivamente
196
Idade média do diagnóstico da distrofia de Duchenne?
4-5 anos. Atraso de 2 anos quando os primeiros sintomas são notados.
197
Qual a doença muscular mais comum?
Duchenne (1:3500 meninOs).
198
Pode haver escápula alada na Duchenne - V ou F?
Verdadeiro.
199
Resumão comparativo entre Duchenne e Becker ## Footnote Manual do Residente de Neurologia, 2021
200
Características gerais das distrofias musculares de cinturas (LGMD) ## Footnote Manual do Residente de Neurologia, 2021
Miopatias de herança **autossômica dominante ou recessiva** Caráter progressivo Alta variabilidade clínica e genética Tipo 1 -> autossômicas dominantes Tipo 2 -> autossômicas recessivas (90% dos casos)
201
Quais os cinco principais tipos de LGMD? ## Footnote Manual do Residente de Neurologia, 2021
Calpaína (LGMD2A) Disferlina (LGMD2B) Sarcoglicanas alfa, beta, gama e delta (LGMD2C a 2F) Anoctamina 5 (LGMD2L) FKRP (LGMD2I) Todas autossômicas recessivas.
202
Quais os tipos mais comuns de LGMD1?
Caveolina-3 (LGMD1C) Lamina A/C (LGMD1B) Desmina (LGMD1D)
203
**DISTROFIA DE CINTURAS** há diferentes genes para o mesmo fenótipo?
**VERDADEIRO** **- por isso hoje pedimos logo o estudo genético** vários genes e cada um pode ter uma evolução diferente
204
DISTROFIA DE CINTURAS Como abordar na suspeita?
atualmente já podemos partir para o estudo genético seguido por outros testes se vier incerto
205
DISTROFIA DE CINTURAS Qual a epidemiologia? Como é o CK?
**Epidemiologia é variável:** pode ser infantil; pode ser inicio na adolescência ou jovem adulto **CK** tende a ser **alto** (5 - 15 vezes) e **fraqueza progressiva proximal**
206
DISTROFIA DE CINTURAS Há manifestação sistêmicas extramusculares?
SIM!! **Cardiopatia** - todos pacientes devem ter avaliação cardiaca se não souber o subtipo genético -\> alguns possuem maior risco.
207
DISTROFIA DE CINTURAS Pode haver apresentação de miopatia metabólica?
SIM! - Inclusive rabdomiólise, mioglobinúria e aumento do CK relacionado ao exercício
208
DISTROFIA DE CINTURAS há frequente acometimento familiar?
Depende - Ausência de HF não exclui que a causa é genética nem sempre, muitas vezes os parentes são assintomáticos e a herança é recessiva.
209
DISTROFIA DE CINTURAS qual a clínica?
CAUSA GENÉTICA - **FRAQUEZA MUSCULAR DE PREDOMÍNIO PROXIMAL PROGRESSIVA - cintura pélvica e escapular** - **CK ELEVADA** - **DISTROFIAS MUSCULARES NA BIOPSIA** \*Há varios diagnósticos diferenciais clinicos: duchenne, becker, mastenia congenita, distrofia fascioescapuloumeral
210
**DISTROFIA DE CINTURAS** A causa mais comum é calpainopatia a segunda mais comum é disferlinopatia V ou F
**VERDADEIRO** - _Calpainopatia (LGMD 2A)_: inicio entre os 5 - 20 anos, se dominante o inicio é tardio e a fraqueza é leve - _disferlinopatia (LGMD2B)_: inicio entre 15 - 30 anos na maioria, fraqueza inicia nos MMII EXISTEM VÁRIAS OUTRAS - 30 subtipos =\> requer estudo genético na suspeita
211
**DISTROFIA DE CINTURAS** qual o tratamento?
**Reabilitação e suporte** - _avaliação multidisciplinar_: cardiologista, pneumologista e ortopedista - fisioterapia - terapia de fala \*vários tratamentos estão em processo de estudo
212
O que diferencia as Distrofias Musculares de Cinturas tipo 1 das tipo 2? ## Footnote Mayo Clinic Board Review 2ed 2022
Padrão de Herança Tipo 1 - AD Tipo 2 - AR
213
Qual é a Distrofia Muscular de Cinturas mais frequente? ## Footnote Mayo Clinic Board Review 2ed 2022
LGMD2A (ou R1) (Calpainopatia)
214
Características da distrofia muscular de Emery-Dreifuss? ## Footnote Manual do Residente de Neurologia, 2021
Rara **Herança recessiva ligada ao X** **Mutação do gene da emerina (EMD)** ou, mais raramente, **FHL1** Pode ser **autossômica dominante ou recessiva**, quando há **mutação do gene da lâmica A/C** **Fraqueza e atrofia muscular lentamente progressiva UMERO-PERONEAL** **Maioria com cardiomiopatia e defeitos de condução AV** (**sobretudo se deficiência de emerina**) -> ***implante de marcapasso nas primeiras duas décadas de vida*** Também pode ocorrer limitação para os movimentos da coluna vertebral e flexão do pescoço Retrações de cotovelos, joelhos e calcâneos
215
Distrofia muscular de Emery-Dreifuss Fraqueza muscular escapulohumeroperoneal, progressiva Acompanhado de contraturas articulares (tornozelos, cotovelos e coluna cervical)
216
PATOLOGIAS COM FRAQUEZA PROXIMAL DE MMSS E DISTAL DE MMII (humeroperoneal distribution) - QUAIS PATOLOGIAS PODEM CAUSAR?
DISTROFIA FACIO-ESCAPULO-UMERAL; DISTROFIA MUSCULAR EMERY-DREIFUSS AME NÃO-5Q (TRPV4)
217
DISTROFIA MUSCULAR DE EMERY-DREIFUSS QUAL O PADRÃO DE ACOMETIMENTO? QUAL O PRINCIPAL ORGÃO ''EXTRA'' ENVOLVIDO?
CINTURA ESCAPULAR E BRAÇO (proximal) - DEPOIS: MEMBRO INFERIOR DISTAL - DEPOIS: CINTURA PÉLVICA PRINCIPAL ORGÃO FORA O MÚSCULO ESQUELÉTICO: CORAÇÃO!
218
DISTROFIA MUSCULAR DE EMERY-DREIFUSS QUAL A CLÍNICA?
FRAQUEZA PROXIMAL DE MEMBROS SUPERIORES E CINTURA ESCAPULAR (depois MMII distal) + CONTRATURAS (podem ser vistas no pescoço, tornozelo e cotovelo) + CARDIOPATIA
219
Tipos de FSHD ## Footnote Manual do Residente de Neurologia, 2021
Miopatia de herança **autossômica dominante** Deleção de fragmento do cromossoma 4 (D4Z4) **D4Z4** -> fragmento curto presente no cromossoma 4, repetido (> 11 vezes em indivíduos normais), atuando na metilação de diversos genes. **FSHD tipo 1** -> 95% dos casos -> encurtamento da região -> hipometilação de diversos genes, sobretudo do DUX4, causando disfunção da fibra muscular. **FSHD tipo 2** -> 5% dos casos -> **mutação do SMCHD1** -> atua regulando a metilação do DUX4. Obs.: as duas formas se apresentam de formas semelhantes.
220
Gene mutado na FSHD tipo 2 ## Footnote Manual do Residente de Neurologia, 2021
SMCHD1 (5% dos casos)
221
Características clínicas da FSHD ## Footnote Manual do Residente de Neurologia, 2021
Os músculos fixadores da escápula são afetados, assim como os peitorais Geralmente notados antes dos 20 anos (16 anos em homens, 20 anos em mulheres) < 20% dos pacientes evoluem para perda de marcha Não é comum comprometimento cardiorrespiratório nestes casos
222
**DISTROFIA DE CINTURAS** há diferentes genes para o mesmo fenótipo?
**VERDADEIRO** **- por isso hoje pedimos logo o estudo genético** vários genes e cada um pode teru ma evolução diferente \*
223
DISTROFIA DE CINTURAS Como abordar na suspeita?
atualmente já podemos partir para o estudo genético seguido por outros testes se vier incerto
224
DISTROFIA DE CINTURAS Qual a epidemiologia? Como é o CK?
**Epidemiologia é variável:** pode ser infantil; pode ser inicio na adolescência ou jovem adulto **CK** tende a ser **alto** (5 - 15 vezes) e **fraqueza progressiva proximal**
225
DISTROFIA DE CINTURAS Há manifestação sistêmicas extramusculares?
SIM!! **Cardiopatia** - todos pacientes devem ter avaliação cardiaca se não souber o subtipo genético -\> alguns possuem maior risco.
226
DISTROFIA DE CINTURAS Pode haver apresentação de miopatia metabólica?
SIM! - Inclusive rabdomiólise, mioglobinúria e aumento do CK relacionado ao exercício
227
DISTROFIA DE CINTURAS há frequente acometimento familiar?
Depende - Ausência de HF não exclui que a causa é genética nem sempre, muitas vezes os parentes são assintomáticos e a herança é recessiva.
228
DISTROFIA DE CINTURAS qual a clínica?
CAUSA GENÉTICA - **FRAQUEZA MUSCULAR DE PREDOMÍNIO PROXIMAL PROGRESSIVA - cintura pélvica e escapular** - **CK ELEVADA** - **DISTROFIAS MUSCULARES NA BIOPSIA** \*Há varios diagnósticos diferenciais clinicos: duchenne, becker, mastenia congenita, distrofia fascioescapuloumeral
229
**DISTROFIA DE CINTURAS** A causa mais comum é calpainopatia a segunda mais comum é disferlinopatia V ou F
**VERDADEIRO** - _Calpainopatia (LGMD 2A)_: inicio entre os 5 - 20 anos, se dominante o inicio é tardio e a fraqueza é leve - _disferlinopatia (LGMD2B)_: inicio entre 15 - 30 anos na maioria, fraqueza inicia nos MMII EXISTEM VÁRIAS OUTRAS - 30 subtipos =\> requer estudo genético na suspeita
230
**DISTROFIA DE CINTURAS** qual o tratamento?
**Reabilitação e suporte** - _avaliação multidisciplinar_: cardiologista, pneumologista e ortopedista - fisioterapia - terapia de fala \*vários tratamentos estão em processo de estudo
231
DISTROFIO FACIOESCAPULOUMERAL (ASSINALE V OU F) - INICIO DOS SINTOMAS É NA INFÂNCIA GERALMENTE - OS SINTOMAS SEMPRE SÃO GRAVES - PADRÃO DE HERANÇA AUTOSSÔMICO DOMINANTE É IDENTIFICADO NA MAIORIA - DISTÚRBIOS EXTRAMUSCULARES SÃO COMUNS, COMO NA DM
1) FALSO: Geralmente na adolescência ou vida adulta (mas pode ser na infância) 2) FALSO, O ESPECTRO VARIA: ASSINTOMÁTICO, LEVE, GRAVES 3) VERDADEIRO, MAS FALTA DE HF NÃO EXCLUI (penetrância etc...) 4) FALSO, são mais raros. Inclusive a expectativa de vida deles é normal
232
PISTAS CLÍNICAS (SINAIS E SINTOMAS) PARA DISTROFIA FACIOESCAPULOUMERAL - NOMEIE ALGUMAS:
FRAQUEZA FACIAL (Pode passar despercebido e muitas vezes o paciente não queixa) - ORBICULAR DAS OLHAS E BOCA ppt >> sorriso transversal (dificuldade em levantar os cantos da boca) >> dormir com olhos abertos, dificuldade para assobiar ou beber com canudo - NÃO HÁ PTOSE FRAQUEZA EM OMBROS E PROXIMAL DOS MEMBROS SUPERIORES - ESCÁPULA ALADA - DIFICULDADE EM ELEVAR OS BRAÇOS ATÉ 180º - APARÊNCIA DO POPEYE: Biceps e triceps acometidos, poupando músculos do antebraço TRONCO (Muitas vezes negligenciado na avaliação) - ACOMETIMENTO DE MÚSCULOS ABDOMINAIS: SINAL DE BEEVOR (umbigo se move para cima com a flexão cervical) ; dificuldade de sair de posição supina para sentada; lordose lombar acentuada outro: MMII: Pé caído é o principal, acometimento de MMII não é muito evidente, fica mais claro com o avançar da doença
233
QUAIS SINAIS SÃO RED FLAG PARA DISTROFIA FACIOESCAPULOUMERAL (OU SEJA, DEIXAM O DIAGNOSTICO MAIS IMPROVÁVEL)
PTOSE ENVOLVIMENTO DA MUSCULATURA EXTRAOCULAR DISFAGIA E ENVOLVIMENTO DA MUSCULATURA MASTIGATÓRIA FRAQUEZA DO BRAÇO DISTAL NO INÍCIO COMPROMETIMENTO CARDIORRESPIRATÓRIO PRECOCE
234
QUAL O DIAGNOSTICO DIFERENCIAL MAIS IMPORTANTE DA DISTROFIA FACIOESCAPULOUMERAL?
DISTROFIA DE CINTURAS (TIPO 2 A): CALPAINOPATIA - Pode-se apresentar com escapula alada Other disorders that may resemble FSHD include Pompe disease, mitochondrial myopathies, and inclusion body myositis.
235
**DISTROFIA DE CINTURAS** há diferentes genes para o mesmo fenótipo?
**VERDADEIRO** **- por isso hoje pedimos logo o estudo genético** vários genes e cada um pode teru ma evolução diferente \*
236
DISTROFIA DE CINTURAS Como abordar na suspeita?
atualmente já podemos partir para o estudo genético seguido por outros testes se vier incerto
237
DISTROFIA DE CINTURAS Qual a epidemiologia? Como é o CK?
**Epidemiologia é variável:** pode ser infantil; pode ser inicio na adolescência ou jovem adulto **CK** tende a ser **alto** (5 - 15 vezes) e **fraqueza progressiva proximal**
238
DISTROFIA DE CINTURAS Há manifestação sistêmicas extramusculares?
SIM!! **Cardiopatia** - todos pacientes devem ter avaliação cardiaca se não souber o subtipo genético -\> alguns possuem maior risco.
239
DISTROFIA DE CINTURAS Pode haver apresentação de miopatia metabólica?
SIM! - Inclusive rabdomiólise, mioglobinúria e aumento do CK relacionado ao exercício
240
DISTROFIA DE CINTURAS há frequente acometimento familiar?
Depende - Ausência de HF não exclui que a causa é genética nem sempre, muitas vezes os parentes são assintomáticos e a herança é recessiva.
241
DISTROFIA DE CINTURAS qual a clínica?
CAUSA GENÉTICA - **FRAQUEZA MUSCULAR DE PREDOMÍNIO PROXIMAL PROGRESSIVA - cintura pélvica e escapular** - **CK ELEVADA** - **DISTROFIAS MUSCULARES NA BIOPSIA** \*Há varios diagnósticos diferenciais clinicos: duchenne, becker, mastenia congenita, distrofia fascioescapuloumeral
242
**DISTROFIA DE CINTURAS** A causa mais comum é calpainopatia a segunda mais comum é disferlinopatia V ou F
**VERDADEIRO** - _Calpainopatia (LGMD 2A)_: inicio entre os 5 - 20 anos, se dominante o inicio é tardio e a fraqueza é leve - _disferlinopatia (LGMD2B)_: inicio entre 15 - 30 anos na maioria, fraqueza inicia nos MMII EXISTEM VÁRIAS OUTRAS - 30 subtipos =\> requer estudo genético na suspeita
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**DISTROFIA DE CINTURAS** qual o tratamento?
**Reabilitação e suporte** - _avaliação multidisciplinar_: cardiologista, pneumologista e ortopedista - fisioterapia - terapia de fala \*vários tratamentos estão em processo de estudo
244
**DISTROFIA FACIOESCAPULOUMERAL** QUAL A CLÍNICA?
O inicio e severidade variam amplamente _CLÁSSICO_ - **Inicio na adolescência ou adulto jovem** **- lentamente progressiva** _MÚSCULO DA FACE_: Orbicular dos olhos, masseter e orbicular da boc - **Diparesia facial** - **Dificuldade para ocluir totalmente as palpebras** - **Riso transversal, incapacidade de encher a bochecha e assobiar** _CINTURA ESCAPULAR_ - **Dificuldade para levantar braço** - **Escapula alada** - **Fraqueza na musculatura estabilizadora da escapula** _MEMBROS SUPERIORES_ - **Atrofia e fraqueza do biceps e triceps =\> aparencia de popeye** outros: pode acometer abd, MMII e 20% tornam-se cadeirantes
245
DISTROFIA FACIOESCAPULOUMERAL - COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO?
clinico + genético **GENÉTICO - autossômica DOMINANTE: DELEÇÃO no cromossomo 4** **Tem tipo 1 (95% dos casos) e Tipo 2:** mas a clínica é a mesma praticamente - BX é inespecífica - CK é normal a levemente aumentada -
246
DISTROFIA FACIOESCAPULOUMERAL Acometimento extramuscular SÃO MUITO COMUNS V OU F
FALSO - não são muito comuns EX: retinopatia hipoacusia hipoventilação
247
**DISTROFIA FACIOESCAPULOUMERAL** tratamento?
**suporte e reabilitação** - fisioterapia - reposição de vitamina D - exercicios aerobicos moderados - fixação escapular - função pulmonar; avaliação da retina e audição
248
Padrão de Herança da Distrofia Fascioescapulohumeral do tipo 1 ## Footnote Mayo Clinic Board Review 2ed 2022
Autossômico Dominante
249
Qual é a mutação que causa a Distrofia Facioescapulohumeral tipo 1? ## Footnote Mayo Clinic Board Review 2ed 2022
Redução no numero de repetições (entre 1-10, normal: 11-100) na região D4Z4 do cromossomo 4 (o que hiperativa o gene DUX4)
250
Qual é o principal gene associado à Distrofia Facioescapulohumeral? ## Footnote Mayo Clinic Board Review 2ed 2022
DUX4
251
Qual é a fisiopatologia associada à Distrofia Facioescapulohumeral? ## Footnote Mayo Clinic Board Review 2ed 2022
Expressão anormal do gene DUX4 --> Leva a produção de proteínas patologicas que causam a doença por mecanismo pouco compreendido
252
Qual é o padrão de acometimento muscular da distrofia facioescapulohumeral? ## Footnote Mayo Clinic Board Review 2ed 2022
Fraqueza da musculatura da face, periescapular, axial, pelvica e tibial anterior ***Assimétrica***
253
Expectativa de vida no paciente com distrofia facioescapulohumeral ## Footnote Mayo Clinic Board Review 2ed 2022
Normal
254
**DISTROFIA DE CINTURAS** há diferentes genes para o mesmo fenótipo?
**VERDADEIRO** **- por isso hoje pedimos logo o estudo genético** vários genes e cada um pode teru ma evolução diferente \*
255
DISTROFIA DE CINTURAS Como abordar na suspeita?
atualmente já podemos partir para o estudo genético seguido por outros testes se vier incerto
256
DISTROFIA DE CINTURAS Qual a epidemiologia? Como é o CK?
**Epidemiologia é variável:** pode ser infantil; pode ser inicio na adolescência ou jovem adulto **CK** tende a ser **alto** (5 - 15 vezes) e **fraqueza progressiva proximal**
257
DISTROFIA DE CINTURAS Há manifestação sistêmicas extramusculares?
SIM!! **Cardiopatia** - todos pacientes devem ter avaliação cardiaca se não souber o subtipo genético -\> alguns possuem maior risco.
258
DISTROFIA DE CINTURAS Pode haver apresentação de miopatia metabólica?
SIM! - Inclusive rabdomiólise, mioglobinúria e aumento do CK relacionado ao exercício
259
DISTROFIA DE CINTURAS há frequente acometimento familiar?
Depende - Ausência de HF não exclui que a causa é genética nem sempre, muitas vezes os parentes são assintomáticos e a herança é recessiva.
260
DISTROFIA DE CINTURAS qual a clínica?
CAUSA GENÉTICA - **FRAQUEZA MUSCULAR DE PREDOMÍNIO PROXIMAL PROGRESSIVA - cintura pélvica e escapular** - **CK ELEVADA** - **DISTROFIAS MUSCULARES NA BIOPSIA** \*Há varios diagnósticos diferenciais clinicos: duchenne, becker, mastenia congenita, distrofia fascioescapuloumeral
261
**DISTROFIA DE CINTURAS** A causa mais comum é calpainopatia a segunda mais comum é disferlinopatia V ou F
**VERDADEIRO** - _Calpainopatia (LGMD 2A)_: inicio entre os 5 - 20 anos, se dominante o inicio é tardio e a fraqueza é leve - _disferlinopatia (LGMD2B)_: inicio entre 15 - 30 anos na maioria, fraqueza inicia nos MMII EXISTEM VÁRIAS OUTRAS - 30 subtipos =\> requer estudo genético na suspeita
262
**DISTROFIA DE CINTURAS** qual o tratamento?
**Reabilitação e suporte** - _avaliação multidisciplinar_: cardiologista, pneumologista e ortopedista - fisioterapia - terapia de fala \*vários tratamentos estão em processo de estudo
263
**Distrofia Miotonica** Autossômico o quê? Qual a clínica básica?
Pode ter tipo 1 e tipo 2 (genes diferentes) *autossômica dominante* **Fraqueza; Miotonia; catarata**: mais evidente na tipo 1 e outros acometimentos organicos
264
**Distrofia Miotonica Tipo 1 (Doença de Steinert)** quando se inicia? qual a clínica? é a mais comum?
**é a mais comum** Idade de inicio depende da extensão do CTG mutado =\> vai do nascimento até a vida adulta (quanto mais extenso, mais grave e mais cedo) Clinica: **fraqueza de predomínio distal** (dedos e dorsiflexão do pé); **miotonia**; **fraqueza facial** (ptose, diparesia) outras: catarata, disturbio de condução cardiacos, sindrome do intestino irritável
265
**Distrofia Miotonica Tipo 1** quais são as principais manifestações extra musculares?
**CATARATA PRECOCE** (\<50 ANOS) **Cardiopatia: principal causa de morte** **Fadiga:** sintoma mais impactante SONOLÊNCIA DIURNA: SAOS síndrome do intestino irritável; endocrinopatia
266
Distrofia miotonica de inicio na infância (1 - 10 anos) ou congênita A doença é grave e geralmente leva a óbito precoce V ou F
FALSO QUE LEVA A ÓBITO PRECOCE ocorre quando há muita repetição do CAG 2º É grave sim, inicialmente tem hipotonia, dificuldade respiratória e de alimentação. PORÉM, elas tendem a se recuperarem dentro de alguns anos =\> deambulam e respiram normalmente
267
DISTROFIA MIOTONICA TIPO 2 É a mais comum? Início mais tardio? qual a clínica (acometimento proximal? miotonia?)? QUAL PODE SER O SINTOMA MAIS INCAPACITANTE?
NÃO é a mais comum MAIOR ATRASO DIAGNÓSTICO - padrão mais inespecífico Clínica: INÍCIO MAIS TARDIO (34 - 48 anos) - CERCA DE 10 ANOS MAIS TARDE QUE A TIPO 1 FRAQUEZA de predomínio PROXIMAL com progressão distal** (pescoço; quadril) MIOTONIA (MENOS frequente): se tiver miotonia na ENMG já auxilia na suspeita; mais presente em musculatura proximal (ou seja, gripping infrequente) CATARATA PRECOCE: Ajuda no diagnóstico (inclusive história familiar de catarata precoce), porque os sintomas podem ser poucos específicos DOR PROXIMAL (50 - 80%): pode ser provocada por exercício, frio e palpação; pode até confundir com fibromialgia - Pode ser o sintoma mais incapacitante - Principalmente em coxas
268
DISTROFIA MIOTONICA TIPO 1 VS DISTROFIA MIOTONICA TIPO 2 QUAIS AS PRINCIPAIS DIFERENÇAS? É a mais comum? qual a clínica?
**TIPO 1** * Mais comum * fraqueza de predomínio distal * Miotonia frequente * Mais cardiopatia e acometimento cognitivo **Tipo 2** * Fraqueza de predominio proximal * Dor frequente - CARDIOPATIA e CATARATA MENOS COMUNS
269
PADRÃO OURO PARA DIAGNÓSTICO DE DISTROFIA MIOTONICA?
Identificação da repetição do CTG ou CCTG ecg pode demonstrar miotonia
270
TRATAMENTO DA DISTROFIA MIOTONICA QUAL É?
-Para miotonia: PHT, CBZ, amitriptilina -Manejo cardiaco -Manejo para SAOS -Vigilancia de endocrinopatia (DM e tireoidopatia) -Manejo oftalmológico NAO HÁ TERAPIA DIRECIONADA!!
271
MIOTONIA Como podemos elicitar? O que é fenômeno de warmup?
resultado da ausência de canais de cloro **Gatilhos**: provocar contração (ex: apertar a mão firme por 5 seg e avaliar relaxamento); frio; percussão da eminência tenar ou lingua **Warmup**: contração repetida melhora a miotonia
272
Qual é a segunda Distrofia Muscular mais comum? ## Footnote Mayo Clinic Board Review 2ed 2022
Distrofia Miotonica do tipo 1 (Steinert)
273
Qual é a terceira Distrofia Muscular mais comum? ## Footnote Mayo Clinic Board Review 2ed 2022
FSHD
274
Qual é a Distrofia Muscular de inicio no adulto mais comum? ## Footnote Mayo Clinic Board Review 2ed 2022
Distrofia Miotônica do tipo 1 (Steinert) Afeta 1:8000 adultos
275
A Distrofia de Steinert é causada por mutação em qual gene? ## Footnote Mayo Clinic Board Review 2ed 2022
DMPK (dystrophia myotonica protein kinase)
276
Qual é a alteração genética que causa a Distrofia de Steinert? ## Footnote Mayo Clinic Board Review 2ed 2022
Expansão CTG do gene DMPK
277
Quais as principais manifestações musculares da Distrofia de Steinert? ## Footnote Mayo Clinic Board Review 2ed 2022
Fraqueza muscular distal (pior nas mãos) Miotonia Fraqueza muscular em face, ptose, atrofia mm temporais Fraqueza mastigatória
278
Fascies típica da Distrofia de Steinert ## Footnote Mayo Clinic Board Review 2ed 2022
Alopécia frontal Atrofia temporal Fraqueza da musculatura da face (Fácies em machadinha)
279
Principais manifestações extra-musculares da Distrofia de Steinert ## Footnote Mayo Clinic Board Review 2ed 2022
Endocrinopatias (DM, falência gonadal) Catarata (posterior subcapsular) Cardiomiopatia Apneia do sono
280
Quais as principais manifestações clínicas da Distrofia Miotônica tipo 2? ## Footnote Mayo Clinic Board Review 2ed 2022
Fraqueza muscular proximal Mialgia Miotonia (pouco evidente clinicamente, principalmente na EMG)
281
Mutação que causa a DM1?
Expansão CTG na região 3' do cromossoma DMPK, no braço longo do cromossoma 19 (19q13.3) -> falha na produção da miotonina-quinase. Ocorre fenômeno de antecipação gênica
282
Quais são as três formas clínicas da DM1? ## Footnote Manual do Residente de Neurologia, 2021
**1. Forma Leve ->** catarata e miotonia, sobrevida normal; **2. Forma clássica ->** fraqueza muscular, catarata, miotonia, alterações de condução cardíaca, redução da capacidade funcional e da sobrevida adulta; **3. Forma congênita ->** hipotonia e fraqueza difusa já nos primeiros meses de vida, com insuficiência respiratória e alta mortalidade, além de déficit cognitivo e dificuldade de fala se sobreviverem. Boca em **"V" invertido** (ou "boca em carpa", pela fraqueza bucomaxilofacial.
283
A DM2, diferentemente da DM1, não causa a forma congênita - V ou F?
Verdadeiro. Obs.: e a forma congênita é "transmitida" apenas pela mãe.
284
Mutação que cursa com DM2?
Expansão CCTG no íntron 1 do gene CNBP
285
286
**DISTROFIA DE CINTURAS** há diferentes genes para o mesmo fenótipo?
**VERDADEIRO** **- por isso hoje pedimos logo o estudo genético** vários genes e cada um pode teru ma evolução diferente \*
287
DISTROFIA DE CINTURAS Como abordar na suspeita?
atualmente já podemos partir para o estudo genético seguido por outros testes se vier incerto
288
DISTROFIA DE CINTURAS Qual a epidemiologia? Como é o CK?
**Epidemiologia é variável:** pode ser infantil; pode ser inicio na adolescência ou jovem adulto **CK** tende a ser **alto** (5 - 15 vezes) e **fraqueza progressiva proximal**
289
DISTROFIA DE CINTURAS Há manifestação sistêmicas extramusculares?
SIM!! **Cardiopatia** - todos pacientes devem ter avaliação cardiaca se não souber o subtipo genético -\> alguns possuem maior risco.
290
DISTROFIA DE CINTURAS Pode haver apresentação de miopatia metabólica?
SIM! - Inclusive rabdomiólise, mioglobinúria e aumento do CK relacionado ao exercício
291
DISTROFIA DE CINTURAS há frequente acometimento familiar?
Depende - Ausência de HF não exclui que a causa é genética nem sempre, muitas vezes os parentes são assintomáticos e a herança é recessiva.
292
DISTROFIA DE CINTURAS qual a clínica?
CAUSA GENÉTICA - **FRAQUEZA MUSCULAR DE PREDOMÍNIO PROXIMAL PROGRESSIVA - cintura pélvica e escapular** - **CK ELEVADA** - **DISTROFIAS MUSCULARES NA BIOPSIA** \*Há varios diagnósticos diferenciais clinicos: duchenne, becker, mastenia congenita, distrofia fascioescapuloumeral
293
**DISTROFIA DE CINTURAS** A causa mais comum é calpainopatia a segunda mais comum é disferlinopatia V ou F
**VERDADEIRO** - _Calpainopatia (LGMD 2A)_: inicio entre os 5 - 20 anos, se dominante o inicio é tardio e a fraqueza é leve - _disferlinopatia (LGMD2B)_: inicio entre 15 - 30 anos na maioria, fraqueza inicia nos MMII EXISTEM VÁRIAS OUTRAS - 30 subtipos =\> requer estudo genético na suspeita
294
**DISTROFIA DE CINTURAS** qual o tratamento?
**Reabilitação e suporte** - _avaliação multidisciplinar_: cardiologista, pneumologista e ortopedista - fisioterapia - terapia de fala \*vários tratamentos estão em processo de estudo
295
FRAQUEZA COM PREDOMÍNIO OCULO-BULBAR QUAIS AS PRINCIPAIS CAUSAS?
NEURÔNIO MOTOR (BULBAR APENAS) - ELA; AME; ATROFIA MUSCULAR ESPINOBULBAR NEUROPATIA (NERVO) - SGB; MFS; NEUROPATIAS CRANIANAS DOENÇAS DA JUNÇÃO - MG; BOTULISMO; SD MIASTÊNICA CONGÊNITA MIOPATIAS - OFTALMOPARESIA EXTERNA PROGRESSIVA CRÔNICA - SÍNDROME KEARNS-SAYRE - DISTROFIA MUSCULAR OCULOFARINGEA - MIOPATIA MIOTUBULAR - PTOSE PURA: Distrofia miotônica tipo 1; miopatia nemalínica
296
DISTROFIA MUSCULAR OCULOFARINGEA Qual a apresentação clinica muscular?
INICIO TARDIO de: MANIFESTAÇÕES OCULOFARINGEAS COMO NOME DIZ. PTOSE (100%) - mais comum e inicial DISFAGIA/DISFONIA Fraqueza muscular proximal Oftalmoparesia menos comum
297
DISTROFIA MUSCULAR OCULOFARINGEA Quais os possíveis sintomas extramusculares?
Demência e disfunção executiva Hipoacusia Disfunção respiratória Fadiga
298
DISTROFIA MUSCULAR OCULOFARINGEA COMO E FEITO O DIAGNOSTICO?
Apresentação clinica + Teste genético (expansão do trinucleotideo) - CK geralmente normal.
299
DISTROFIA MUSCULAR OCULOFARINGEA Início dos sintomas é precoce V ou F
Falso INICIO TARDIO, APOS OS 40 ANOS
300
A Distrofia Oculofaríngea costuma se manifestar em que faixa etária? ## Footnote Mayo Clinic Board Review 2ed 2022
5-6 décadas de vida
301
Quais são os sintomas iniciais na Distrofia Oculofaríngea? ## Footnote Mayo Clinic Board Review 2ed 2022
Ptose e disfagia
302
Padrão de herança da Distrofia Oculofaríngea ## Footnote Mayo Clinic Board Review 2ed 2022
Autossômico dominante
303
Principais miopatias que causam padrão de fraqueza acometendo musculatura periorbitária/ocular? ## Footnote Semiologia UNICAMP 2017
Miopatias mitocondriais Distrofia oculofaríngea
304
Principais diagnósticos diferenciais de miastenia gravis forma ocular? ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Distrofia oculofaríngea Oftalmoparesia externa progressiva (Mitocondriopatias)
305
Clínica da distrofia oculofaríngea?
1. Distrofia muscular de início tardio; 2. Disfagia + disfonia + ptose; 3. Alguns pacientes apresentam comprometimento tardio da MOE; 4. Não há miotonia.
306
Como está a CPK na distrofia oculofaríngea?
Normal
307
Padrão de herança da distrofia oculofaríngea?
1. Autossômica dominante; 2. Expansão da trinca GCG no gene poly-A-bindind protein 2 (PABPN1/PABP-2), do cromossoma 14q11.
308
Resumão da distrofia oculofaríngea? ## Footnote Neuropost
309
## Footnote Neuropost
Miastenia gravis Distrofia oculofaríngea - não flutuantes Mitocondriopatias - não flutuantes, terão epilepsia, sem tanta disfagia, fraqueza muscular proximal etc
310
Por que oftalmologista na distrofia oculofaríngea? ## Footnote Neuropost
Cirurgicas/plastias, sobretudo palpebrais.
311
Padrão de biópsia da distrofia oculofaríngea? ## Footnote Neuropost
Fibras de tamanhos variáveis + vacúolos + filamentos tubulares intranucleares.
312
Distrofia oculofaríngea
313
Gene comumente acometido na distrofia oculofaríngea?
Autossômica dominante Expansão do PABPN1 (cromossoma 14)
314
Biópsia da DM1?
Nucleação central + atrofia de fibras tipo I + massas sarcoplasmáticas periféricas + fibras em anel + aglomerados nucleares picnóticos (cromatina condensada).
315
A artrogripose da DM1 geralmente envolve pelo menos um dos tornozelos, levando a um pé torto congênito - V ou F?
Verdadeiro.
316
Achados clínicos menos comuns na DM1?
1. Fraqueza de faringe/laringe; 2. Fraqueza diafragmática; 3. Defeitos de condução cardíaca.
317
Ventilação mecânica é necessária em até 80% dos casos de DM1 congênita - V ou F?
Verdadeiro.
318
Muitas crianças com DM1 congênita possuem dificuldades de alimentação, necessitando de sonda nasoentérica - V ou F?
Verdadeiro.
319
Características clínicas da Distrofia Miotônica tipo 2?
1. Miotonia; 2. Paresia proximal; 3. Catarata e cardiopatias (menos comuns que na DM1).
320
Miotonia + fraqueza muscular - pensar em...?
Distrofias miotônicas (DM1 e DM2). Sobretudo se fraqueza distal.
321
Quais são so 4C's da DM1?
Coração Catarata Culhões (atrofia testicular) CPAP
322
A DM1 pode se manifestar de forma neonatal, com diminuição da movimentação fetal + polidrâmnio - V ou F?
Verdadeiro.
323
Calvície + atrofia do masseter + atrofia dos temporais (Facies em "machadinha"). Steinert (DM1).
324
Características clínicas da distrofia miotônica de Steinert (DM1)?
1. Ptose e paresia facial no início da vida adulta; 2. Atrofia de masseteres e temporais; 3. Fraqueza e atrofia da musculatura de mãos, antebraços e musculatura fibular (peroneal); 4. Miotonia -> contração prolongada com relaxamento lentificado.
325
Características da ENMG na DM1?
1. Descargas miotônicas; 2. Potenciais de ação curtos, precoces e com fibrilação.
326
Os músculos faciais mais afetados na FSHD são o orbicularis oculi, o zigomático e o orbicularis oris - V ou F?
Verdadeiro.
327
Comprometimento cardíaco é incomum na FSHD, porém, quando ocorre, qual é geralmente o padrão de comprometimento?
BRD
328
Prega axilar Poly-Hill sign FSHD.
329
Músculos faciais que costumam ser poupados na FSHD?
1. Masseteres; 2. Temporais; 3. MOE; 4. Faríngeos; 5. Respiratórios.
330
CPK na FSHD?
Geralmente normal, mas pode ter um leve aumento.
331
Associações frequentes da doença de Coats (exsudatos intra ou subretinianos)?
1. Retinopatia pigmentar (mais frequente); 2. FSHD.
332
Manifestações sistêmicas da FSHD?
✔️Acometimento cardíaco: incomum (BRD é mais comum). ✔️Acometimento respiratório: incomum. ✔️Perda auditiva para altas frequências. ✔️Vasculopatia retiniana (doença de Coats).
333
Sinald de Beevor - flete o pescoço, o umbigo sobe. Classicamente associado à FSHD, porém outras causas de fraquezas abdominais, como outras miopatias, podem apresentar.
334
A FSHD pode apresentar-se com pé caído (fraqueza na dorsiflexão) com preservação da flexão plantar - V ou F?
Verdadeiro.
335
Generalidades sobre a FSHD?
✔️3ª distrofia mais comum em adultos. ✔️Autossômica dominante (1/3 mutação de novo). ✔️Causada por expressão aberrante do gene DUX4. ✔️95% dos casos com contração na região D4Z4. ✔️5% dos casos com hipometilação na região D4Z4.
336
Características clínicas da FSHD?
1. Lentamente progressiva; 2. Compromete face e ombros inicialmente (a longo prazo pode comprometer MMII); - Escápula, bíceps, tríceps, trapézio, serrátil anterior e peitoral; - Poupa deltóide. 3. Idade de início: 16 anos (homens) e 20 anos (mulheres); 4. Paresia assimétrica, predominantemente de membros superiores, com dificuldades de elevar os braços acima da cabeça; 5. A porção proximal dos membros parece ser mais atrófica que os antebraços - "proeminência dos ombros"; 6. Fraqueza facial; 7. Fraqueza abdominal.
337
A fraqueza facial da FSHD pode não ser vista em repouso - V ou F?
Verdadeiro. Necessário pedir pro paciente contrair ativamente a musculatura.
338
Sinal de Poly-Hill - tripla onda no ombro.
339
Comprometimento cardíaco na FSHD é raro e a inteligência comumente é poupada - V ou F?
Verdadeiro.
340
FSHD - inversão do padrão de musculatura - antebraço > braço.
341
Sinal de Poly-Hill Braço do Popeye Prega axilar FSHD
342
Tratamento/acompanhamento da FSHD?
✔️Exercícios aeróbicos supervisionados ✔️Avaliação respiratória ✔️Avaliação otorrinolaringológica ✔️Avaliação oftalmológica ✔️Futuro: desenvolvimento de medicamentos silenciadores do DUX4.
343
Os níveis de CPK na FSHD geralmente estão normais ou levemente aumentados - V ou F?
Verdadeiro.
344
Comparativo entre FSHD, Emery-Dreifuss, DM1 e distrofia oculo-faríngea. ## Footnote Manual do Residente de Neurologia, 2021
345
Características gerais das miopatias distais ## Footnote Manual do Residente de Neurologia, 2021
Grupo heterogêneo de doenças musculares Predomínio de comprometimento distal (mãos e pés) Incluem: 1. Miopatia de Welander (gene TIA1); 2. Miopatia distal de Udd (gene TTN); 3. Miopatia distal de Laing (gene MYH7); 4. Miopatia de Nonaka (gene GNE); 5. Miopatia distal de Myoshi (gene DYSF); 6. Miopatias miofibrilares.
346
Características da miopatia de Welander? ## Footnote Manual do Residente de Neurologia, 2021
Miopatia distal de início na vida adulta Autossômica dominante Paresia inicialmente nas mãos e posteriormente MMII Evolução lentamente progressiva
347
Características da miopatia de Nonaka? ## Footnote Manual do Residente de Neurologia, 2021
Miopatia distal de início nos músculos do compartimento inferior dos membros inferiores
348
Características centrais da miopatia distal de Miyoshi ## Footnote Manual do Residente de Neurologia, 2021
Início na primeira décade de vida Fraqueda do compartimento posterior dos membros inferiores
349
Características gerais das miopatias miofibrilares ## Footnote Manual do Residente de Neurologia, 2021
Doenças musculares esqueléticas e cardíacas, por alterações do disco-Z do sarcômero e dos filamentos intermediários Formação de agregados proteicos e desarranjos das miofibrilas Biópsia -> diagnóstico -> massas intracitoplasmáticas ou áreas de desarranjo miofibrilar, usualmente para **desmina**. A maioria inicia os sintomas na segunda década de vida Maioria **autossômicas dominantes** (mas também podem ser recessivas ou ligadas ao X). Nove genes já descritos.
350
Características gerais das distrofias musculares congênitas ## Footnote Manual do Residente de Neurologia, 2021
Comprometimento muscular no primeiro ano de vida Criança hipotônica com atrasos motores **Biópsia** -> distrofia, sem substrato histopatológico específico. **Clínica -> hipotonia + fraqueza + atrofia + retrações fibrotendíneas**. **Curso estacionário ou lentramento progressivo**.
351
A maior parte das distrofias musculares congênitas é causada por mutações de genes que codificam proteínas da matriz extracelular - V ou F? ## Footnote Manual do Residente de Neurologia, 2021
Verdadeiro As formas mais comuns são de mutação nos genes da **merosina** e as três subunidades do **colágeno VI**, levando a um defeito de estabilidade mecânico da fibra.
352
Fisiopatologia das distrofias musculares congênitas ## Footnote Manual do Residente de Neurologia, 2021
1. A **alfa-distroglicana**, localizada na face externa do sarcolema, liga-se a componentes da matriz extracelular (MEC); 2. Para isso, necessita da adição de açúcares (**glicosilação**), que ocorre através das **glicosiltransferases**; 3. Após glicosilada, liga-se a várias proteínas da MEC, sobretudo a **alfa-2-laminina (merosina)**, que se liga indiretamente às três subunidades do **colágeno tipo VI**. As mais comuns são por mutações nos genes da merosina e do colágeno tipo VI, levando a um defeito na estabilidade mecânica da fibra. Mutações das glicosiltransferases ou de outras proteínas relacionadas à estabilidade do sarcolema também podem ocorrer.
353
**DISTROFIA DE CINTURAS** há diferentes genes para o mesmo fenótipo?
**VERDADEIRO** **- por isso hoje pedimos logo o estudo genético** vários genes e cada um pode teru ma evolução diferente \*
354
DISTROFIA DE CINTURAS Como abordar na suspeita?
atualmente já podemos partir para o estudo genético seguido por outros testes se vier incerto
355
DISTROFIA DE CINTURAS Qual a epidemiologia? Como é o CK?
**Epidemiologia é variável:** pode ser infantil; pode ser inicio na adolescência ou jovem adulto **CK** tende a ser **alto** (5 - 15 vezes) e **fraqueza progressiva proximal**
356
DISTROFIA DE CINTURAS Há manifestação sistêmicas extramusculares?
SIM!! **Cardiopatia** - todos pacientes devem ter avaliação cardiaca se não souber o subtipo genético -\> alguns possuem maior risco.
357
DISTROFIA DE CINTURAS Pode haver apresentação de miopatia metabólica?
SIM! - Inclusive rabdomiólise, mioglobinúria e aumento do CK relacionado ao exercício
358
DISTROFIA DE CINTURAS há frequente acometimento familiar?
Depende - Ausência de HF não exclui que a causa é genética nem sempre, muitas vezes os parentes são assintomáticos e a herança é recessiva.
359
DISTROFIA DE CINTURAS qual a clínica?
CAUSA GENÉTICA - **FRAQUEZA MUSCULAR DE PREDOMÍNIO PROXIMAL PROGRESSIVA - cintura pélvica e escapular** - **CK ELEVADA** - **DISTROFIAS MUSCULARES NA BIOPSIA** \*Há varios diagnósticos diferenciais clinicos: duchenne, becker, mastenia congenita, distrofia fascioescapuloumeral
360
**DISTROFIA DE CINTURAS** A causa mais comum é calpainopatia a segunda mais comum é disferlinopatia V ou F
**VERDADEIRO** - _Calpainopatia (LGMD 2A)_: inicio entre os 5 - 20 anos, se dominante o inicio é tardio e a fraqueza é leve - _disferlinopatia (LGMD2B)_: inicio entre 15 - 30 anos na maioria, fraqueza inicia nos MMII EXISTEM VÁRIAS OUTRAS - 30 subtipos =\> requer estudo genético na suspeita
361
**DISTROFIA DE CINTURAS** qual o tratamento?
**Reabilitação e suporte** - _avaliação multidisciplinar_: cardiologista, pneumologista e ortopedista - fisioterapia - terapia de fala \*vários tratamentos estão em processo de estudo
362
Distrofia muscular congênita - Alfa-Distroglicanopatias Qual a clínica?
25% dos casos - **É um grupo mais amplo** (de casos severos como Walker Warburg, Muscle Eye Brain a fenótipos mais leves) GERAL: **Doença em forma de cintura: distrofia muscular c/ ou sem deficiência intelectual; Miocardiopatia é comum** fenótipos mais gravs _Walker warburg_: hidrocefalia/lissencefalia; displasia retiniana; microftalmia; atraso gravissimo _Muscle Eye Brain:_ Paquigiria; polimicrogiria; hipoplasia cerebelar; DI _Fukuyama_: comum no japão; malformações cerebrais e cerebelares; DI; alteração retiniana; micropoligira
363
**Distrofia muscular congênita - Defeito na proteína lamina AC** Clínica?
Menos comum do que as outras - É uma envelopatia _Heterogeneidade clínica importante_ o **Atraso inicialmente do sustento cefálico**: dropped head o **Fraqueza proximal de MMSS e distal de MMII** o CPK aumentada o Cardiomiopatia é comum
364
FRAQUEZA COM PREDOMÍNIO OCULO-BULBAR QUAIS AS PRINCIPAIS CAUSAS?
NEURÔNIO MOTOR (BULBAR APENAS) - ELA; AME; ATROFIA MUSCULAR ESPINOBULBAR NEUROPATIA (NERVO) - SGB; MFS; NEUROPATIAS CRANIANAS DOENÇAS DA JUNÇÃO - MG; BOTULISMO; SD MIASTÊNICA CONGÊNITA MIOPATIAS - OFTALMOPARESIA EXTERNA PROGRESSIVA CRÔNICA - SÍNDROME KEARNS-SAYRE - DISTROFIA MUSCULAR OCULOFARINGEA - MIOPATIA MIOTUBULAR - PTOSE PURA: Distrofia miotônica tipo 1; miopatia nemalínica
365
QUAIS SÃO OS 3 SUBGRUPOS DAS DISTROFIAS MUSCULARES CONGÊNITAS?
1) COLAGENOPATIAS: Incluindo distrofia muscular DE ULLRICH 2) MEROSINOPATIAS: Distrofia muscular associada a ALFA-2-LAMININA 3) DISTROGLICANOPATIAS: Incluindo FUKUYAMA, MUSCLE-EYE-BRAIN DISEASE e WALKER-WARBURG
366
DISTROFIA MUSCULAR CONGÊNITA - FUKUYAMA. FAZ PARTE DE QUAL DOS 3 SUBGRUPOS DAS DISTROFIAS MUSCULARES CONGENITAS? QUAL A CLÍNICA?
FAZ PARTE DAS DISTROGLICANOPATIAS - AUTOSSOMICA RECESSIVA: Mutação no gene FUKUTINA - Paciente MOLES e HIPOTÔNICOS - CONTRATURAS DE MEMBROS - FRAQUEZA E Maioria não aprende a andar - CK ELEVADA e biópsia com distrofias musculares e redução da alfa-distroglicanos - ACOMETIMENTO DE SNC: Atraso cognitivo e Epilepsia (comum) - RNM: ALTERAÇÃO DA MIGRAÇÃO NEURONAL -> Alteração na formação dos giros e da substância branca frontal, e do cerebelo.
367
DISTROFIA MUSCULAR CONGÊNITA - DEFICIÊNCIA DE ALFA-2-LAMININA ESTÁ EM QUAL SUBGRUPO DAS DMC? QUAL A CLÍNICA?
SUBGRUPO DAS MEROSINOPATIAS - Mutação no GENE DA ALFA-2-LAMININA - HIPOTONIA ao nascimento + FRAQUEZA que POUPA FACE e OLHO. - Contraturas PÉ e QUADRIL - COGNIÇÃO PRESERVADA (Diferente de fukuyama), mas pode ter alteração na RNM
368
DISTROFIA MUSCULAR CONGÊNITA - ULLRICH O QUE É?
DEFICIÊNCIA DO COLAGENO VI - FRAQUEZA E HIPOTONIA NEONATAL - CONTRATURAS e FROUXIDÃO ARTICULAR - protusão do calcâneo
369
MIOPATIA MIOFIBRILAR e MIOPATIA de BETHLEM - Miopatia Miofibrilar é uma distrofia muscular congenita. Caracterizada pelo que?
MIOPATIA MIOFIBRILAR: Fraqueza muscular lentamente progressiva, proximal e distal MIOPATIA DE BETHLEM: Também é uma doença do colágeno tipo VI: fraqueza e frouxidão articular
370
Características centrais da DMC por deficiência da merosina ## Footnote Manual do Residente de Neurologia, 2021
Anormalidades da substância branca do SNC + ausência de marcha + aumento da CK Gene: LAMA2 Autossômica recessiva
371
Características gerais da DMC por deficiência do colágeno VI (forma de Ullrich) ## Footnote Manual do Residente de Neurologia, 2021
Frouxidão ligamentar distal + retrações proximais + ausência de marcha + queloide + hiperplasia folicular + CK normal Genes: COL6A1, COL6A2, COL6A3 Autossômica dominante ou recessiva
372
Características gerais da DMC por colágeno tipo VI (forma de Bethlem) ## Footnote Manual do Residente de Neurologia, 2021
Comprometimento motor leve + retração das falanges + queloides + hiperplasia folicular + CK normal Genes: COL6A1, COL6A2, COL6A3 Autossômica dominante ou recessiva (Mesma herança genética da forma de Ullrich)
373
Características da distrofia mmuscular congênita de Fukuyama ## Footnote Manual do Residente de Neurologia, 2021
Anormalidades do SNC + retardo mental + epilepsia + CK elevada Gene: FKTN Autossômica recessiva
374
Características gerais da DMC músculo-olho-cérebro ## Footnote Manual do Residente de Neurologia, 2021
Retardo mental + anormalidades do SNC e oculares + epilepsia + CK elevada Genes: POMGnT1, FKTN, FKRP, LARGE, POMT1, POMT2 Autossômica recessiva
375
Característica sgerais da doença de Walker-Warburg ## Footnote Manual do Residente de Neurologia, 2021
Retardo mental + anormalidades oculares + lisencefalia tipo II + CK elevada Genes: POMGnT1, FKTN, FKRP, LARGE, POMT1, POMT2 Autossômica recessiva (Mesmo padrão de herança da muscle-eye-brain)
376
Características gerais da DMC com cabeça caída ## Footnote Manual do Residente de Neurologia, 2021
Comprometimento motor grave + queda da cabeça (fraqueza cervical) + CK variável Gene: LAMA2 Autossômica dominante
377
Características da DMC com espinha rígida ## Footnote Manual do Residente de Neurologia, 2021
Contratura da coluna vertebral + insuficiência respiratória + CK normal Gene: SEPN1 Autossômica recessiva
378
Doença autossômica recessiva e aquela dominante por mutação do LAMA2 ## Footnote Manual do Residente de Neurologia, 2021
AR -> DMC por deficiência da merosina AD -> DMC com cabeça caída
379
Clínica da DMC merosina-negativa?
1. Hipotonia ao nascimento; 2. Fraqueza grave de tronco e membros; 3. Musculatura facial e MOE são poupados; 4. Contratura nos pés e quadris; 5. Pode haver crises epilépticas. RM: alterações de substância branca e, eventualmente, cinzenta.
380
Mutação associada à DMC de Fukuyama?
Mutação do gene da Fukutina, no cromossoma 9q.
381
Achados na RM e na biópsia da DMC de Fukuyama?
RM: alterações de substância branca nas regiões frontais; Biópsia: alterações distróficas + redução de alfa-distroglicano.
382
Cite três exemplos de distrofias musculares congênitas associadas às distroglicanopatias.
1. DMC de Fukuyama; 2. Doença músculo-olho-cérebro; 3. Síndrome de Walker-Warburg.
383
Diferentemente da DMC de Fukuyama, a DMC merosina-negativa não costuma comprometer cognição - V ou F?
Verdadeiro.
384
Normalmente as distrofias musculares congênitas ocorrem por defeito em proteínas de que localidade? ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Na proteínas que fazem a ligação entre a membrana basal e a matriz extracelular
385
3 proteínas mais comumente afetadas nas distrofias musculares congênitas ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Laminina (merosina) Colágeno VI Alfa-distroglicana
386
Numero de repetições CTG nas formas congenitas de Distrofia de Steinert ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
> 1000
387
O que caracteriza o grupo das Distrofias Musculares Congênitas? ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Inicio dos sintomas com <1ano Biopsia muscular com padrão distrófico (fibras necróticas, com calibre variável, fibrose e liposubstituição)
388
Qual é a forma de distrofia muscular congênita mais comum no Brasil? ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Deficiência de Merosina (LAMA2)
389
Gene associado à deficiência de Merosina ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
LAMA-2 (Laminina alfa-2)
390
Padrão de herança da deficiência de Merosina ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Autossômico recessiva
391
Padrão de acometimento muscular na deficiência de Merosina ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Fraqueza muscular facial e axial, proximal nos membros Contratura muscular em grandes articulações Habilidade máxima de sentar
392
Achado na RNM de encefalo mais característico da Deficiência de Merosina ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Hipersinal FLAIR difuso na substancia branca
393
Qual distrofia muscular congênita se associa a hipersinal FLAIR na substancia branca difusamente? ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
394
Qual distrofia muscular congênita se associa a hipersinal FLAIR na substancia branca difusamente? ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Deficiência de Merosina (LAMA2)
395
Fenótipo mais grave de distrofia muscular associado a mutação do colágeno VI ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Distrofia muscular de Ullrich
396
Fenótipo mais leve de distrofia muscular associado a mutação do colágeno VI ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Distrofia Muscular de Bethlem
397
## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
398
Principais achados extra-musculares associados a distrofias musculares por defeitos no Colágeno VI ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Cicatrizes hipertróficas/quelóides Retrações articulares Hiperelasticidade distal Hiperceratose folicular
399
Genes associados às Distrofias Musculares Congênitas relacionadas ao Colágeno VI ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
COL6A1, COL6A2, COL6A3
400
Padrão de herança associado a Distrofia Muscular de Bethlem ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
AD
401
Defeitos genéticos mais comuns nas Distrofias Musculares por alfa-distroglicanopatia ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Defeitos nos genes que promovem a glicosilação da proteina alfa-distroglicana
402
Principais sitios anatomicos extra-musculares afetados nas alfa-distroglicanopatias ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Olhos (Microftalmia, retinopatia) SNC (Displasias corticais, lisencefalia, polimicrogiria)
403
O que caracteriza as Miopatias Congênitas? ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Fraqueza muscular que inicia com <1 ano de idade Pouca ou nenhuma progressão do quadro motor Biopsia sem padrão distrófico CPK normal ou levemente elevada
404
Quadro clínico geral das miopatias congênitas ## Footnote Manual do Residente de Neurologia, 2021
Deformidades osteo-esqueléticas + hipotonia + fraqueza + atrofia Afeta musculaturas proximais, distais e axiais, bem como craniofaciais Primeiro ano de vida, com pouca ou nenhuma progressão do quadro Três formas clínicas de apresentação: 1. Neonatal - grave; 2. Início na infância; 3. Início no adulto.
405
As miopatias congênitas estruturas são classificadas de acordo com os achados de biópsia, com mais de 30 tipos já descritos. Quais são os 05 principais tipos? ## Footnote Manual do Residente de Neurologia, 2021
Nemalínica Central Core Multiminicore Centronuclear Desproporção congênita dos tipos de fibras
406
Características gerais da miopatia nemalínica ## Footnote Manual do Residente de Neurologia, 2021
Fraqueza muscular apendicular e craniofacial (evolução estável) + predomínio distal de fraqueza (eventualmente) + deformidades osteoesqueléticas. Biópsia: bastões de nemalina. Genes mais comuns: NEB (50%; AR); ACTA1 (AR; 25%) e TPM3.
407
Achado na biópsia das Miopatias Nemalínicas ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Presença de bastões subsarcolemais (proteínas da linha Z do sarcômero)
408
Qual o gene mutado mais comum nas miopatias nemalínicas? ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Nebulina (NEB)
409
Mutações no gene da Nebulina causam __% das Miopatias Nemalínicas ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
50%
410
Características da miopatia congênita central-core ## Footnote Manual do Residente de Neurologia, 2021
Fraqueza muscular apendicular + ptose palpebral + evolução estável. Biópsia -> presença de falha central na atividade oxidativa. Gene: RYR1 (AD) Obs.: associação com hipertermina malígna.
411
Achado na biópsia das Miopatias Central Core ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Ausencia de Atividade oxidativa no centro das fibras musculares
412
Principal gene asociado às Miopatias Central Core ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
RYR1 (Rianodina) AD
413
A hipertermia malígna e a miopatia central corre estão relacionadas e possuem herança autossômica dominante ## Footnote Estudos genéticos na Hipertermia Maligna eMiopatia de Central Core, Kossugue (2005)
Verdadeiro O principal defeitoprimário em ambas doenças ocorre no gene RYR1, que codifica a rianodina (canal de liberação de cálcio do músculo esquelético).
414
Características da miopatia multiminicore ## Footnote Manual do Residente de Neurologia, 2021
Fraqueza facial e craniofacial estável Biópsia: múltiplas falhas locais. Genes: RYR1 (AR) e SENP1 (AR)
415
Principal gene asociado às Miopatias Central Core ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
RYR1 (rianodina)
416
Principal gene asociado às Miopatias Multi Minicore ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
RYR1
417
Achado na biópsia das Miopatias Multi Minicore ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Multiplas áreas de ausência de atividade enzimática oxidativa
418
Características da miopatia centronuclear ## Footnote Manual do Residente de Neurologia, 2021
Fraqueza apendicular + craniofacial estável Época de início variável Biópsia: presença de núcleo anormalmente internalizado Genes: RYR1 (AR); DNM2 (AR ou AD); BIN1 (AD ou AR)
419
Achado na biópsia das Miopatias Centronucleares ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Nucleos celulares no centro das fibras musculares (e não na periferia)
420
Características da miopatia miotubular ## Footnote Manual do Residente de Neurologia, 2021
Grave envolvimento neonatal, com alta mortalidade nos dois primeiros anos de vida Evolução estável Núcleo centralizado à biópsia, com fibra muscular simulando fibra muscular fetal. Gene: MTM1 (recessiva ligada ao X)
421
Características da desproporção congênita de fibras ## Footnote Manual do Residente de Neurologia, 2021
Fraqueza muscular apendicular e craniofacial Evolução estável **Biópsia** -> atrofia de fibras tipo I **Genes** -> SENP1 (AR), RYR1 (AR)
422
Achado na biópsia das Miopatias com Desproporção Congênita de Fibras
Fibras tipo 1 pequenas em comparação com as tipo 2
423
Normalmente as miopatias congênitas ocorrem por mutações em proteínas de que região musculo-esquelética? ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Nas proteínas envolvidas no processo de acoplamento, excitação e contração muscular
424
Qual o unico padrão de miopatia congênita que NÃO tem relação com mutações no RYR-1? ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Nemalínica. As demais são de padrão recessivo ligado ao RYR1 (exceto central-core, padrão dominante).
425
AS MIOPATIAS CONGÊNITAS SÃO TRADICIONALMENTE CLASSIFICADOS PELOS ACHADOS DA:
**BIÓPSIA** - centralcore - nemalinica: bastão de nemalina - centronuclear - multiminicore MAS A **GENÉTICA É QUE DEFINE O DIAGNÓSTICO ATUALMENTE** (Como em tudo aqui) - visto que a sobreposição de achados histopatologicos
426
MIOPATIA CONGÊNITA - NEMALINICA - Presença de nemalina na biopsia CLÍNICA:
VARIA EM SEVERIDADE - **Inicio neonatal até inicio mais leve na vida adulta** - f**raqueza generalizada, com envolvimento bulbar, facial e respiratório** mutação no NEB (principal - recessivo) ou ACTA1 (dominante)
427
**miopatia congênita CORE** (Central core) - achados na biopsia de core central ou multiminicores CLÍNICA? Qual mutação típica?
_É A MAIS COMUM_ **Mutação no RYR** geralmente **leve nos casos dominantes: HIPOTONIA e FRAQUEZA COM ATRASO NO DESENVOLVIMENTO MOTOR** -- FRAQUEZA PROXIMAL (Ppt cintura escapular) -- Exacerbada por atividade física risco de **hipertermia maligna** mais **severo nos casos recessivos** (como a nemalinica) -
428
MIOPATIA CONGÊNITA CENTRONUCLEAR - SÓ ATINGE CRIANÇAS E É LIGADA AO X (V ou F) - ESTÁ SEMPRE LIGADA A MUTAÇÃO NO RYR (V OU F)
- FALSO: 1) PODE TER A FORAM SEVERA NEONATAL: LIGADA AO X: MIOPATIA MIOTUBULAR -> FORMA MAIS COMUM 2) PODE TER A FORMA DE INÍCIO NA VIDA ADULTA: MAIS INSIDIOSA E AUTOSSÔMICA DOMINANTE 3) PODE TER UM TIPO INFANTIL LENTAMENTE PROGRESSIVO - FALSO: LIGADA AO X NA FORMA NEONATAL/MIOTUBULAR QUE É A MAIS COMUM
429
a presença de core na biopsia fecha o diagnostico de determinada patologia V ou F
FALSO - Podemos ter core na biopsia de vários fenótipos de miopatia congênita, mas a miopatia congênita central core clássica é relacionada ao RYR EX: Deficiência de SELENON (Acometimento axial; espinha rígida; acometimento respiratório) Defeito no MYH7: Cardiopatia associada
430
QUAIS SÃO OS GRUPOS DE DOENÇAS MUSCULARES CONGÊNITAS (5)? * Criança hipotônica etc…
**DISTROFIAS MUSCULARES CONGÊNITAS:** Mais acometimento encefálico - há casos bem complicados **MIOPATIA CONGÊNITA** **LIMBLE-GIRDLE DYSTROPHY** (de cinturas) **MIASTENIA CONGÊNITA** **DISTROFIA MUSCULAR DE DUCHENNE** * AME não é tipicamente uma doença muscular clara - mas é causa de bebe hipotônico etc… Cada um possui característica própria
431
FRAQUEZA COM PREDOMÍNIO DISTAL - SABEMOS QUE QUASE TODAS AS NEUROPATIAS POSSUEM TAL ACOMETIMENTO, ASSIM COMO É MAIS RARO NA MIASTENIA GRAVIS QUAIS CAUSA DE MIOPATIA COM POSSÍVEL PREDOMÍNIO DISTAL?
MIOSITE COM CORPUSCULO DE INCLUSÃO DISTROFIA MIOTÔNICA TIPO 1 outras miopatias mais raras WELANDER, NONAKA e MARKERSBERRY-GRIGGS ULLRICH MIYOSHI
432
Os 3 tipos mais comuns da miopatia congênita, na ordem, são:
1) Miopatias Centralcore e multi-minicore 2) Miopatia centronuclear 3) Miopatia nemalina
433
MIOPATIA CONGÊNITA CENTRONUCLEAR - A FORMA NEONATAL LIGADA AO X É TAMBÉM CONHECIDA COMO:
MIOPATIA MIOTUBULAR - HIPOTONIA e FRAQUEZA AO NASCIMENTO + PTOSE E PARESIA OCULAR + FRAQUEZA FACIAL - PODE SER FATAL POR DISFUNÇÃO VENTILATÓRIA
434
MIOPATIA CONGÊNITA CENTRONUCLEAR / MIOPATIA MIOTUBULAR - FORMA LIGADA AO X QUAL A CLÍNICA E O QUE DIFERE DAS OUTRAS MIOPATIAS CONGENITAS?
DIFERENCIAL: PTOSE E PARESIA OCULAR + FRAQUEZA FACIAL
435
Deleções no gene da distrofina correspondem a cerca de __% dos casos de DMD | XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
60-70% | XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
436
Mutações nonsense no gene da distrofina correspondem a cerca de __% dos casos de DMD | XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
10% | XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
437
Duplicações no gene da distrofina correspondem a cerca de __% dos casos de DMD | XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
10-15% | XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
438
De que forma uma deleção de éxons no gene da Distrofina pode levar ao fenótipo de Duchenne? | XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Promovendo uma parada na expressão do restante da proteína (out-of-frame) | XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
439
De que forma uma deleção de éxons no gene da Distrofina pode levar ao fenótipo de Becker? | XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Deleção de alguns éxons, porem com manutenção da expressão do restante da proteína (in-frame) | XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
440
Explique como uma mutação nonsense na distrofina pode causar DMD | XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Inserção de um códon de parada faz com que a proteína seja produzida parcialmente, ficando disfuncional | XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
441
Qual grupo de miopatias ocorre predominantemente com mutações em proteínas do complexo acoplamento-excitação-contração muscular? | XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Miopatias Congênitas | XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
442
Qual grupo de miopatias ocorre predominantemente com mutações em proteínas que ancoram o citoesqueleto com a membrana muscular? | XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Distrofias musculares | XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
443
Qual grupo de miopatias ocorre predominantemente com mutações em proteínas que ancoram a membrana muscular com a matriz extracelular? | XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
DMC | XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
444
3 principais grupos de proteínas envolvidas nas Distrofias Musculares de Cinturas | XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Calpaína Disferlina Sarcoglicanas (alfa, beta, gamma e delta) | XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
445
__% das Distrofias Musculares de cinturas tem herança Autossômica Recessiva | XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
90% | XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
446
__% das Distrofias Musculares de cinturas tem herança Autossômica Dominante | XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
10% | XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
447
Cite os 5 principais tipos de Distrofias Musculares | XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Duchenne Emery-Dreifuss Steinert Fascio-Escapulo-Umeral Distrofias Musculares de Cinturas | XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
448
Quais são as carcterísticas que definem o grupo das Distrofias Musculares de Cinturas? | XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Inicio da fraqueza com >1-2 anos Biopsia com distrofia muscular CPK elevado Fraqueza em cinturas Padrão de herança autossômica | XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
449
Qual é a forma de distrofia muscular de cinturas mais comum no Brasil? | XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Deficiência de calpaína | XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
450
Curso clínico habitual da Distrofia Muscular de Cinturas por deficiencia de Calpaína | XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Inicio insidioso, com evolução progressivade fraqueza em cinturas
451
Na distrofia muscular por deficiência de Calpaína, há comprometimento principalmente de que musculos nos membros inferiores? ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Compartimento posterior da coxa e da perna
452
Segundo tipo mais comum de Distrofia Muscular de Cinturas ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Disferlina
453
Que distrofia muscular pode ter uma apresentação clínica semelhante a de uma miopatia inflamatória? ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Deficiência de disferlina
454
Que distrofia muscular de cinturas mais comumente se apresenta com escapula alada proeminente? ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Deficiência de Calpaína
455
3 principais fenótipos de fraqueza muscular relacionado à deficiência de Disferlina ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Fraqueza muscular de cinturas Fraqueza muscular distal (Myoshi) Fraqueza proximal em MMSS e Distal em MMII
456
Que distrofia muscular de cinturas mais comumente se apresenta com sinal do diamante no quadriceps? ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Deficiência de Disferlina
457
Padrão de envolvimento muscular nos mmii na deficiência de Disferlina ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Predomina no compartimento anterior da coxa e posterior da perna
458
Que grupo de Distrofia Muscular de Cinturas pode mimetizar um Duchenne? ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Mutações nas sarcoglicanas
459
Que grupo de Distrofias Musculares de Cinturas costuma ter uma acometimento mais grave? ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Deficiência de sarcoglicanas
460
Que grupo de Distrofias Musculares de Cinturas costuma ter Hipertrofia de panturrilhas? ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Deficiência de Sarcoglicanas
461
Que grupo de Distrofias Musculares de Cinturas costuma ter maior acometimento cardio respiratorio? ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Deficiência de Sarcoglicanas
462
Na Distrofia Fascio-escapulo-umeral, como é o acometimento cranio-facial? ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Fraqueza da musculatura da face, andar superior e inferior, ASSIMÉTRICA Poupa musculatura bulbar, ocular extrínseca e elevador da palpebra
463
Na Distrofia Fascio-escapulo-umeral, como é o acometimento dos musculos axiais? ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Fraqueza abdominal predominando no andar inferior Hiperlordose e hipercifose
464
Padrão de acometimento muscular na RNM de coxas da Distrofia Fascio-escapulo-umeral ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Predominio de compartimento posterior da coxa, ASSIMÉTRICO
465
Qual o gene alterado na Doença de Pompe? ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
GAA (Glicosidade-ácida Alfa)
466
Quais são os fenótipos da Doença de Pompe? ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Forma Infantil Forma Tardia
467
Como é a apresentação clínica da Doença de Pompe forma infantil? ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Inicia com <1 ano de idade Hipotonia Cardiomiopatia Fraqueza generalizada progressiva
468
Como é a apresentação clínica da Doença de Pompe forma tardia? ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Inicia com > 1 ano Fraqueza muscular axial e proximal progressiva Acometimento da musculatura respiratória
469
O que diferencia o fenótipo da Doença de Pompe? ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Atividade Residual da Enzima Alfa-glicosidade acida <1% Forma infatil 1-30% Forma tardia
470
Principais sítios musculares acometidos na Doença de Pompe Late-onset ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Musculatura da língua e mastigatória Diafragma Musculos abdominais e paravertebrais
471
2 principais exames no diagnóstico de Doença de Pompe ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Atividade enzimática por papel filtro (Dried Blood Spot) Sequenciamento do Gene GAA
472
Tratamento na Doença de Pompe ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Reposição enzimática Terapia de Reabilitação multidisciplinar
473
Qual é a tríade clínica clássica da Distrofia Muscular de Emery-Dreifuss? ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Contraturas articulares precoces Fraqueza e atrofia muscular progressiva Cardiopatia
474
Em que topografia celular encontram-se as proteínas mutadas na Distrofia de Emery-Dreifuss? ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Proteínas do envelope nuclear
475
Padrão de contraturas característico na Distrofia de Emery-Dreifuss ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Contratura para extensão de pescoço, flexão de cotovelo e retração dos aquileus
476
E que faixa etária surgem as contraturas musculares na Distrofia de Emery-Dreifuss? ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
1-2 décadas de vida (mais evidente na adolescência)
477
E que faixa etária surge a fraqueza muscular na Distrofia de Emery-Dreifuss?
2-3 décadas de vida (Primeiro ocorrem as contraturas, depois a fraqueza muscular) ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
478
Padrão típico de fraqueza muscular na Distrofia de Emery-Dreifuss ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Proximal em MMSS e distal em MMII Fraqueza cervical e escapula alada ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
479
Como é o acometimento cardíaco na Distrofia de Emery-Dreifuss? ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Disturbios de condução (BAV, arritmias, Morte súbita)
480
Sequencia em geral do surgimento dos sintomas clássicos da Distrofia de Emery-Dreifuss? ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
1 - Contraturas musculares (infância-adolescência) 2 - Disturbios de condução cardíaca (inicio da vida adulta) 3 - Fraqueza muscular progressiva (2-3 décadas de vida)
481
Qual a proteína mais frequentemente acometida na Distrofia de Emery-Dreifuss? ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Emerina
482
Qual a segunda proteína mais frequentemente acometida na Distrofia de Emery-Dreifuss? ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Laminina A/C
483
Padrão de herança das mutações no gene da Emerina ## Footnote XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021
Autossômico Recessivo ligado ao X
484
QUAIS AS CAUSAS DE PSEUDOMIOPATIA METABÓLICA? OU SEJA, CAUSAS DE RABDOMIÓLISE INDUZIDAS POR EXERCÍCIO
DISTROFIA: DISTROFIA DE CINTURAS; DISTROFIA DE BECKER (Dica é CK persistentemente elevada por mais de 20 dias após o surto) DEFICIÊNCIA DE VIT.D (ABAIXO DE 30 PPT): boa resposta com reposição - é razoável dosar em todos com rabdomiolise induzida por exercício USO DE ESTATINA Hipotireoidismo: pode causar CPK persistentemente elevado e miopatia induzida por exercíco
485
QUANDO PENSAR EM MIOPATIA METABÓLICA (MITOCONDRIA, LIPIDOSE E GLICOGENOSE) NO CASO DE RABDOMIÓLISE INDUZIDA POR EXERCÍCIO?
**LEMBRANDO QUE PODE-SE APRESENTAR COMO MIALGIA E/OU CAIBRA, COM SÓ ALGUNS PROGREDINDO PARA RABDOMIÓLISE (LESÃO MUSCULAR COM CPK > 10X O LIMITE DA NORMALIDADE)## -SINTOMAS NA INFÂNCIA ou HISTÓRIA DE SER ''A CRIANÇA MENOS ATLÉTICA'' -HISTÓRIA FAMILIAR PRESENTE / CONSANGUINIDADE -RABDOMIÓLISE RECORRENTE (Pode ser metabólica ou pseudometabólica) -CK PERSISTENTEMENTE ELEVADA: Pode ser recomendado realizar ENMG -GLICOGENOSE: Geralmente por exercícios de forte intensidade ou no início da atividade -LIPIDOSE: Execícios prolongados, frequentemente após jejum ou outros estressores metabólicos -MITOCONDRIAL: Também exercícios prolongados ou sob estresse metabólico. Chave para suspeita é alteração em outros pontos (hipoacusia, ptose, atrofia optica, epilepsia, cardiomiopatia, diabetes)
486
GLICOGENOSE - QUAIS SÃO AS DOENÇAS?
- MCARDLE - DEFICIÊNCIA DE FOSFORILASE B QUINASE - DEFICIÊNCIA DE FOSFORILASE 1 QUINASE - DOENÇA DE CORI - DOENÇA DE ANDERSEN - DOENÇA DE TARUI: deficiência de fosfofrutoquinase muscular (PFK) -ENTRE OUTRAS - DOENÇA DE POMPE É DOENÇA LISOSSOMAL E NÃO GLICOGENOSE!
487
APRESENTAÇÃO CLÍNICA GERAL DAS GLICOGENOSES:
MAIS CAIBRA DO QUE FADIGA 1) SINTOMAS NOS PRIMEIROS SEGUNDOS OU MINUTOS DA ATIVIDADE ou SE A ATIVIDADE AUMENTA DE INTENSIDADE PARA ALÉM DO LIMIAR ANAERÓBICO 2) INTOLERÂNCIA COM EXERCÍCIO - Rabdomiólise durante a vida é comum 3) Caibra, mialgia, pigmentúria 4) Sintomas podem ser aliviados por redução da intensidade ou descanso e então retomando a atividade gradualmente = SECOND WIND (Ex: McArdle) 5) GERALMENTE EXAME FÍSICO NORMAL NO PERÍODO INTERCRISE - CK pode estar normal no intercrise, mas McArdle a maioria possui CK sustentadamente aumentado - histórico de não ser bom atleta, evitar atividade física: as vezes isso pode passar despercebido e atrasar o diagnóstico.
488
QUAL DAS GLICOGENOSES ESTÁ MAIS ASSOCIADA COM O FENÔMENO DE SECOND WIND?
McArdle
489
TESTE ISQUÊMICO DE ANTEBRAÇO PARA GLICOGENOSE É UM MÉTODO DIAGNÓSTICO PARA INCLUIR OU AFASTAR GLICOGENOSE DOS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS - COMO FAZ? - QUAL O ACHADO DAS GLICOGENOSES?
Coloca um esfingmo acima da PA do paciente, coleta lactato e amonia antes e depois do exercício (1 minuto de handgrip) - Coletar amônia e lactato da veia cubital antes e depois do exercício - resultado da glicogenose: Aumento do Lactato < 2 vezes e Amônia MUITO aumentada ** Normal seria aumento 3 - 5x do lactato e 5 - 10 x de amônia PS: Pode ser feito de forma não-isquêmica (mais recomendado), ou seja, sem o manguito, apenas com exercício (menos risco de radbdomioise e sind compartimental) PS: SE A HISTÓRIA FOR MUITO SUGESTIVA, O AUTOR RECOMENDA IR DIRETO PARA TESTE GENÉTICO E RESERVAR O TESTE ISQUÊMICO PARA CASOS MAIS ATÍPICOS.
490
TRATAMENTO DAS GLICOGENOSES (Focando mais em McArdle)
1) EXERCÍCIO FÍSICO PROGRESSIVO E CUIDADOSO: Focando no second-wind 2) INGESTA DE CARBOIDRATO PRÉ-EXERCÍCIO: Recomendado para McArdle - em outras glicogenoses pode ser recomendado jejum pré-exercício 3) SUPLEMENTAÇÃO DE PIRIDOXINA (McArdle) 4) Dieta hiperproteíca (outra fonte de energia) etc..
491
LIPIDOSE - TODAS AS DOENÇAS SÃO AUTOSSÔMICAS ___
RECESSIVAS
492
LIPIDOSE - APRESENTAÇÃO CLÍNICA: - GATILHOS:
MIALGIA INDUZIDA POR EXERCÍCIO (Glicogenose causa mais caibra do que dor) - PIGMENTURIA mais tarde (horas após o exercício) GATILHOS: Precipitados por Jejum, exercício prolongado (Jejum piora porque não há produção de cetoacidos por deficiência do metabolismo de lipidios)
493
LIPIDOSE - COMO FICA LACTATO E CK NO PERÍODO INTERCRISE? - QUAL UM EXAME SÉRICO (Sem ser genético) BOM PARA AUXILIAR NO DIAGNOSTICO? - QUAL O PADRÃO OURO? O QUE FAZER SE O PADRÃO OURO E O PERFIL ACIMA VIEREM NEGATIVOS OU INCONCLUSIVOS?
- NORMAL NO PERÍODO INTERCRISE - DOSAGEM DO PERFIL DE ACILCARNITINA: Dosar em Jejum Noturno, Após Um Teste de Exercício Aeróbico ou Durante Um Episódio Agudo de Rabdomiólise Elevará Ainda Mais os Níveis e Melhorará a Sensibilidade e a Especificidade. - PADRÃO OURO É TESTE GENÉTICO. SE VIER NEGATIVO PODE FAZER UM TESTE DE ESTRESSE FÍSICO COM DOSAGEM DE LACTATO E ACILCARNITINA. OUTRO TESTE É BIOPSIA: Pode revelar acumulo de lipídios (doença mitocondrial também pode ter esse achado), mas não é tão realizada atualmente pois há testes genéticos disponíveis.
494
TRATAMENTO GERAL PARA LIPIDOSES: tratamentos mais específicos (l.car... e trih...):
GERAL 1) EVITAR EXECÍCIOS COM GATILHOS (abaixo) - Jejum - Doença sobrebosta (ex: gripe) - Longa duração 2) DIETA RICO EM CARBOIDRATO DIÁRIA- PRINCIPAL MANEJO 3) CARBOIDRATO ANTES E DURANTE EXERCÍCIO (Um estudo não mostrou eficácia na ingesta de bolus de carboidrato pré-exercício) outros: mais específicos 4) L-CARNITINA COMO SUPLEMENTO (Somente se níveis baixos, OU SEJA, é recomendado dosar) 5) TRIHEPTANOINA (Triglicerídeo): PODE SER USADO EM CASOS MAIS SEVEROS E RESISTENTES AO TRATAMENTO: was shown to reduce hospitalizations in patients with fatty acid oxidation defects in a retrospective study
495
MIOPATIA MITOCONDRIAL 1) QUAIS OUTROS ACHADOS CLÍNICOS PODEM REFORÇAR A HIPÓTESE DA MIOPATIA SER MITOCONDRIAL (NEM TODOS APRESENTAM)? 2) A INTOLERÂNCIA COM EXERCÍCIOS NESSA POPULAÇÃO PODE SER VISTA COMO FADIGA, MIALGIA, PORÉM APRESENTA MENOS CAIBRA DO QUE NAS GLICOGENOSES. (V OU F)
1) HIPOACUSIA, ATROFIA ÓPTICA, BAIXA ESTATURA, PTOSE, OFTALMOPARESIA, DIABETES TIPO 2, CEFALÉIAS VARIANTES DA ENXAQUECA, CONVULSÕES, ACIDENTES VASCULARES CEREBRAIS E EPISÓDIOS SEMELHANTES A ACIDENTES VASCULARES CEREBRAIS, LIPOMAS DE CABEÇA E PESCOÇO, NEUROPATIA PERIFÉRICA, ATAXIA, ESPASTICIDADE, CARDIOMIOPATIA, BLOQUEIO DE CONDUÇÃO E PSEUDO-OBSTRUÇÃO INTESTINAL 2) VERDADEIRO: Alguns ainda apresentam fraqueza fixa
496
MIOPATIA METABÓLICA 1) PACIENTE COM CLÍNICA CLÁSSICA MITOCONDRIAL (Um daqueles fenótipos) - ESTUDO INICIAL PODE SER GENÉTICO DIRETO E DEIXAR PAINEL METABÓLICO EXTENSO E BIÓPSIA MUSCULAR PARA DEPOIS (V OU F) 2) CK NORMAL AFASTA DIAGNÓSTICO 3) LACTATO NORMAL AFASTA DIAGNÓSTICO 4) TESTE ERGOMÉTRICO E BICICLETA ERGOMÉTRICO MOSTRA O QUE NESSES PACIENTES?
1) VERDADEIRO 2) FALSO, Inclusive um CK normal numa miopatia grave pode favorecer mitocomdriopatia 3) FALSO: Alterado em 65% apenas - INCLUSIVE: TESTE DE LACTATO PRÉ-EXERCÍCIO E PÓS-EXERCÍCIO PARA UM EXERCÍCIO DE BAIXA INTENSIDADE MOSTROU TER SENSIBILIDADE E ESPECIFICIDADE LIMITADAS 4) O TESTE ERGOMÉTRICO USANDO UMA BICICLETA ERGOMÉTRICA OU ESTEIRA PODE MOSTRAR UM BAIXO VO2MAX E/OU UMA ALTA TAXA DE TROCA RESPIRATÓRIA (INDICATIVO DE PRODUÇÃO PRECOCE DE LACTATO) E/OU UMA RESPOSTA DESPROPORCIONAL DA FREQUÊNCIA CARDÍACA NA MIOPATIA MITOCONDRIAL PRIMÁRIA.
497
SABE-SE QUE PARA MIOPATIA MITOCONDRIAL É SUPERIOR UM COQUETEL MITOCONDRIAL DO QUE AGENTES ISOLADOS - O QUE HÁ NESSE COQUETEL?
RECOMENDAÇÃO DO AUTOR: 1) coenzima Q10 (200 mg 2 vezes ao dia); ácido α-lipóico (200 mg 2 vezes ao dia); vitamina E (400 UI 1 vez ao dia ou 200 UI 2 vezes ao dia) e monohidrato de creatina (75 mg/kg/d a 100 mg/kg/d até um máximo de 5 g/d 1 vez ao dia ou dividido 2 vezes ao dia). OUTROS SUPLEMENTOS 2) dependendo das deficiências medidas (por exemplo, carnitina, folato, vitamina B12, vitamina D) ou alvos específicos (por exemplo, riboflavina em defeitos do complexo I ou defeitos de oxidação de ácidos graxos, tiamina na deficiência de piruvato desidrogenase).
498
CANALOPATIAS MUSCULARES (Assinale V ou F) 1) OS SINTOMAS TENDEM A APARECER NA VIDA ADULTA 2) PODE SER DECORRENTE DE MUTAÇÕES NOS CANAIS DE SÓDIO E CLORO APENAS 3) A HETEROGENEIDADE FENOTÍPICA E GENÉTICAS DAS CANALOPATIAS É BEM GRANDE E PODE VARIAR DE UM FENÓTIPO MIOTONIA OU PARALISIA PERIÓDICA 4) DIFERENTE DAS DISTROFIAS MIOTÔNICAS (Tipo 1 e 2), AS DISTROFIAS NÃO MIOTÔNICAS OCORREM NA AUSÊNCIA DE FRAQUEZA OU ATROFIA SEVERA
1) FALSO, SINTOMAS TENDEM A OCORRER NOS PRIMEIROS ANOS DE VIDA E SÃO DURADOUROS. 2) FALSO, TAMBÉM TEM MUTAÇÃO EM OUTROS CANAIS: CÁLCIO E POTÁSSIO 3) VERDADEIRO 4) VERDADEIRO, MAS RARAMENTE AS DISTROFIAS MIOTÔNICAS PODEM CURSAR COM FENÓTIPO MIOTÔNICO PURO
499
COMO PODEMOS PERGUNTAR AO PACIENTE SOBRE MIOTONIA?
pergunte se eles têm dificuldade em abrir as mãos depois de segurar objetos ou se os olhos ficam presos depois de espirrar. Também é importante perguntar aos pacientes sobre os gatilhos; alguns relatarão que a exposição ao frio piora seus sintomas. Outros gatilhos relatados incluem gravidez, fome, estresse emocional, fadiga e potássio na dieta
500
PARAMIOTONIA CONGENITA (ASSINALE V OU F) 1) É CAUSADO POR MUTAÇÃO NO CANAL DE POTÁSSIO 2) POSSUI UMA MIOTONIA DIFERENTE, POR ISSO O NOME É PARAMIOTONIA. QUAL É A DIFERENÇA DA MIOTONIA CONGÊNITA? 3) PARAMIOTONIA DO FECHAMENTO OCULAR É TÍPICO 4) MIOTONIA DE PERCUSSÃO É RARA
1) FALSO, MUTAÇÃO NO CANAL MUSCULAR DE SÓDIO - AUTOSSÔMICA DOMINANTE 2)ENTÃO, ELA PIORA COM O EXERCÍCIO SUSTENTADO NA PARAMIOTONIA CONGÊNITA EM UM FENÔMENO REFERIDO COMO "MIOTONIA PARADOXAL" (DAÍ O NOME " PARADOXALmiotonia”). Pois o normal é melhorar (warm-up) 3) VERDADEIRO, A MIOTONIA PARADOXAL DE FECHAMENTO OCULAR, EM QUE O FECHAMENTO E A ABERTURA OCULARES PIORAM COM A REPETIÇÃO, É EXCLUSIVA DA PARAMIOTONIA CONGÊNITA 4) VERDADEIRO, DIFERENTE DA MIOTONIA CONGÊNITA
501
MIOTONIA POR CANALOPATIA DE SÓDIO QUAL A CLÍNICA?
MIOTONIA COM INÍCIO NAS PRIMEIRAS 2 DÉCADAS - ELES TAMBÉM PODEM SER CHAMADOS DE MIOTONIAS AGRAVADAS POR POTÁSSIO, MAS NEM TODOS OS PACIENTES SÃO SENSÍVEIS AO POTÁSSIO. - Comum a esses subtipos é a falta de sensibilidade ao frio ou fraqueza
502
MIOTONIA CONGÊNITA (ASSINALE V OU F) 1) CAUSADO POR MUTAÇÃO NOS CANAIS DE SÓDIO 2) AUTOSSÔMICA DOMINANTE É A BECKER, RECESSIVA É A THOMSEN 3) MIOTONIA DE REPOUSO É COMUM, MELHORA COM EXERCÍCIO E É MAIS COMUM NA FACE 4) A EVOLUÇÃO É SEMPRE BENIGNA
1) FALSO, CANAL DE CLORO 2) FALSO, O CONTRÁRIO: THOMSEN É DOMINANTE E BECKER É RECESSIVO 3) FALSO, MIOTONIA DE AÇÃO, MELHORA COM EXERCÍCIO (WARM-UP) E É MAIS COMUM EM MMII - Tipicamente inicia nas 2 primeiras décadas de vida 4) FALSO: EM PACIENTES COM MUTAÇÕES SCN4A, ESSES SINTOMAS INCLUEM MARCHA ANORMAL, CÃIBRAS NAS PERNAS, MIOTONIA PALPEBRAL OU EXTRAOCULAR, ESTRABISMO, ESTRIDOR E EPISÓDIOS DE ASFIXIA. NEONATOS PODEM TER LARINGOESPASMO EPISÓDICO COM RISCO DE VIDA
503
MIOTONIA NÃO DISTRÔFICA DIAGNÓSTICO É FEITO COMO?
HISTÓRIA CLÍNICA - FENÔMENO MIOTÔNICO/PARAMIOTÔNICO - HIPERTROFIA MUSCULAR ENMG: Recomando como passo inicial GENÉTICO: Centenas de mutações
504
QUAL DISTÚRBIO METABÓLICO/LABORATORIAL PODE CAUSAR MIOTONIA CLÍNICA E E NA ENMG?
HIPOTIREOIDISMO - OU SEJA, DOSAR TSH
505
TRATAMENTOS FARMACOLÓGICO ''OFF-LABEL'' PARA MIOTONIA NÃO DISTRÓFICA?
até 40% dos pacientes ficam sem tratamento CARBAMAZEPINA PROCAINAMIDA MEXILETINA: Mostrou redução da miotonia e melhora da qualidade de vida lamotrigina
506
QUAL DISTÚRBIO ENDOCRINO É ASSOCIADO COM PARALISIA PERIÓDICA?
TIREOTOXICOSE - PARALISIA PERIODICA HIPOCALEMICA TIREOTOXICA. - fraqueza e outros sintomas de tireotoxicose. - recomenda-se potássio na terapia. *sem mutação conhecida.
507
PACIENTE COM ATAQUE DE FRAQUEZA AGUDO/TRANSITÓRIO CHEGA ATÉ VOCE NA EMERGÊNCIA O QUE VOCÊ PEDIRIA?
AVALIAR PARALISIA PERIÓDICA (1) POTÁSSIO ICTAL, QUE PODE ESTAR ALTO, NORMAL OU BAIXO COM POTÁSSIO INTERICTAL NORMAL; (2) FUNÇÃO TIREOIDIANA PARA AVALIAR A PARALISIA PERIÓDICA HIPOCALÊMICA RELACIONADA À TIREOTOXICOSE; (3) TESTE DE ESFORÇO LONGO; (4) EXCLUSÃO DE CAUSAS SECUNDÁRIAS DE HIPOCALEMIA OU HIPERCALEMIA; (5) AVALIAÇÃO DE ENVOLVIMENTO CARDÍACO; (6) EXAME FÍSICO COMPLETO PARA AVALIAR AS CARACTERÍSTICAS ESQUELÉTICAS CARACTERÍSTICAS DA SÍNDROME DE ANDERSEN-TAWIL DESCRITAS ANTERIORMENTE; E (7) TESTES GENÉTICOS (8) HISTÓRIA FAMILIAR - Pode ajudar, mas a ausência não exclui
508
PARALISIAS PERIÓDICAS HIPERCALÊMICA qual o tratamento e profilaxia (farmacológica e dieta)?
TERAPIA ABORTIVA: - EXERCÍCIOS LEVES e SNACKS (carboidrato oral) podem ajudar a cessar a crise; SALBUTAMOL ou GLUCONATO DE CÁLCIO PODEM SER USADOS SE ATAQUE FOR MAIS GRAVE OU PERSISTENTE PROFILAXIA: ACETAZOLAMIDA; EVITAR DIETA RICA EM POTÁSSIO, SNACKS DE CARBOIDRATO (Realizar?)
509
PACIENTES COM PARALISIA PERIÓDICA HIPOCALEMICA DEVEM EVITAR DIETA RICA EM CARBOIDRATO POR QUE?
ELES ESTIMULAM A SECREÇÃO DE INSULINA, QUE POR SUA VEZ CONDUZ O POTÁSSIO INTRACELULARMENTE E ACIONA OS EPISÓDIOS DE FRAQUEZA.
510
DOENÇA DE POMPE É UMA GLICOGENOSE V OU F
FALSO É UMA DOENÇA LISOSSOMAL
511
Miosite pós infecciosa tende a cursar com muita dor V ou F
Falso, geralmente leve - a não ser que tenha rabdomiolise ou piomiosite
512
INFARTO MUSCULAR DIABETICO (Assinale V ou F) 1) É RELACIONADO COM DM MAL CONTROLADO COM PACIENTE APRESENTANDO OUTRAS COMPLICAÇÕES VASCULARES DIABÉTICAS. 2) É UM ACHADO RARO.
OS DOIS VERDADEIROS
513
INFARTO MUSCULAR DIABÉTICO QUAIS OS ACHADOS CLINICOS?
Início agudo de edema e dor, principalmente em coxas e panturrilha. - sem história de trauma - duração média de 4 semanas - geralmente UNILATERAL - paciente com DM mal controlado
514
INFARTO MUSCULAR DIABÉTICO - QUAL O TRATAMento?
Antiagregação plaquetaria e Analgésicos
515
Miopatia por estatina Qual o período de início geralmente?
A partir de 4 meses do início ou 4 meses do aumento da dose ou 4 meses da associação
516
paciente com pouco tempo de vida com hipotonia e cardiopatia É interessante solicitar pompe e prescrever carnitina v ou f
Verdadeiro - porque a deficiência de carnitina é tratável e sua reposição n faz mal! - pompe também é tratável Então não devemos comer bola
517
O QUE É O FENOMENO DE HETEROPLASMIA?
Para mitocondria - diz respeito ao seguinte: nem toda mitocondria está disfuncional na mitocondriopatia. - se todas estiverem: homoplasmia Para ter sintomas tem que haver pelo menos 15% delas alteradas, e quanto mais tiver, pior os sintomas
518
DOENÇA DE POMPE DE INÍCIO TARDIO É DE DIFICIL DIAGNÓSTICO - QUANDO PENSAMOS?
Quando pensamos em paciente com suspeita de distrofia muscular!! - quando é de inicio tardio é bem mais confuso
519
CRIANCA COM POUCOS MESES DE VIDA COM HIPOTONIA E INSUFICIENCIA CARDIACA QUAIS DUAS CAUSAS TRATAVEIS DE MIOPATIA?
Doença de POMPE E Deficiência de Acilcarnitina
520
PACIENTE COM POUCOS MESES DE VIDA, APRESENTANDO HIPOTONIA E INSUFICIENCIA CARDIACA - QUAIS DUAS DOENCAS TRATAVEIS?
doença de pompe E Deficiência de acilcarnitina
521
CRIANÇA COM SUSPEITA DE DOENÇA DE POMPE - DEVEMOS INICIAR REPOSICAO DA ENZIMA ACIDO MALTASE DE FORMA EMPIRICA V OU F
falso - pois se não haver a enzima, a criança vai fazer anafilaxia em caso de reposição sem realizar imunossupressao prévia
522
OFTALMOPARESIA EXTERNA PROGRESSIVA COM NEUROPATIA PERIFERICA PENSAR EM:
POLG
523
DISTROFIA MUSCULAR OROFARINGEA Ocorre por qual expansão?
Expansão do trinucleotideo GCN - Pode ser dominante ou recessivo
524
DISTROFIA MUSCULAR OCULOFARINGEA Qual a apresentação clinica muscular?
INICIO TARDIO de: MANIFESTAÇÕES OCULOFARINGEAS COMO NOME DIZ. PTOSE (100%) - mais comum e inicial DISFAGIA/DISFONIA Fraqueza muscular proximal Oftalmoparesia menos comum
525
DISTROFIA MUSCULAR OCULOFARINGEA Quais os possíveis sintomas extramusculares?
Demência e disfunção executiva Hipoacusia Disfunção respiratória Fadiga
526
DISTROFIA MUSCULAR OCULOFARINGEA COMO E FEITO O DIAGNOSTICO?
Apresentação clinica + Teste genético (expansão do trinucleotideo) - CK geralmente normal.
527
Início dos sintomas é precoce V ou F
Falso INICIO TARDIO, APOS OS 40 ANOS
528
ADMINISTRACAO DE COENZIMQ Q10 - FORMA MANIPULADA/CAPSULA QUE VIRA PÓ COMO SE ADMINISTRA?
De manhã, de preferência despejar o pó em algo gorduroso (como em uma gota de óleo)
529
Prescrição de maizena e aveia para miopatias metabolicas/mitocondriais Deve ser na forma de mingau V OU F
Falso Porque aí deixa de ser carboidrato complexo
530
ACIDO URICO PODE ESTAR AUMENTADO NAS DOENCAS METABOLICAS POR QUE?
Porque pode haver maior consumo da via das proteínas, gerando acúmulo de ácido úrico.
531
PARALISIA PERIÓDICA HIPOCALÊMICA - É ASSOCIADA COM MUTAÇÃO NO CANAL DE SÓDIO OU CÁLCIO? - É AUTOSSÔMICA...
AUTOSSÔMICA DOMINANTE - NOS 2, MAS PRINCIPALMENTE NO DE CÁLCIO - CACNA1S: Canal de cálcio - SCN4A: Canal do sódio
532
PARALISIA PERIÓDICA HIPERCALÊMICA - É ASSOCIADA COM MUTAÇÃO NO CANAL DE SÓDIO OU CÁLCIO?
AUTOSSÔMICA DOMINANTE, associada com MUTAÇÃO NO CANAL DE SÓDIO (SCN4A)
533
PARALISIA PERIÓDICA HIPOCALÊMICA - É ASSOCIADA COM QUAIS GATILHOS?
Gatilhos clássicos: Ingesta de carboidrato, alcool, descansar após exercício, estresse, medicações:
534
PARALISIA PERIÓDICA HIPERCALÊMICA - É ASSOCIADA COM QUAIS GATILHOS?
Gatilhos: jejum, descansar após atividade física prolongada, estresse
535
DOENÇA DE ANDENSEN (Glicogenose tipo IV) é caracterizado por:
ALTERAÇÃO HEPÁTICA - Acúmulo de polissacarídeos levando a INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA E CIRROSE. - pode
536
QUAIS AS DIFERENÇAS CLÍNICAS DA MIOTONIA CONGÊNITA PARA A PARAMIOTONIA CONGÊNITA?
1º WARM UP: MELHORA DA MIOTONIA COM A REPETIÇÃO -> PRESENTE NA MIOTONIA CONGÊNITA 2º MIOTONIA DE PERCUSSÃO: PRESENTE NA MIOTONIA CONGÊNITA, raramente na paramiotonia 3º PIORA DA MIOTONIA COM REPETIÇÃO: PRESENTE NA PARAMIOTONIA 4º A MIOTONIA PARADOXAL DE FECHAMENTO OCULAR, EM QUE O FECHAMENTO E A ABERTURA OCULARES PIORAM COM A REPETIÇÃO, É EXCLUSIVA DA PARAMIOTONIA CONGÊNITA 5º EXPOSIÇÃO AO FRIO PIORA A MIOTONIA E PODE INDUZIR FRAQUEZA: PRESENTE NA PARAMIOTONIA CONGÊNITA
537
COMO É A CPK NO DUCHENNE?
ELEVADA: 10 - 100 VEZES
538
MIOPATIA DE NONAKA ou MIOPATIA GNE É AUTOSSÔMICA ------, COM INÍCIO NA VIDA --- QUAL A CLÍNICA?
AUTOSSÔMICA RECESSIVA COM INÍCIO NA VIDA ADULTA JOVEM => MUTAÇÃO DO GENE GNE - MIOPATIA DISTAL: >>> PRINCIPALMENTE DE MEMBROS INFERIORES: PÉ CAÍDO + FRAQUEZA DA MUSCULATURA ANTERIOR DA TÍBIA >>> EVENTUALMENTE ACOMETIMENTO DE MEM BROS SUPERIORES: MUSCULATURA EXTENSORA
539
WELANDER, NONAKA, MARKERSBERRY-GRIGGS, LAING, MIYOSHI O QUE ESSAS MIOPATIAS POSSUEM EM COMUM?
SÃO DISTAIS!! MIYOSHI: RECESSIVA, INICIO NA VIDA ADULTA, DISTAL EM MMII, ASSOCIADO COM DISFERLINOPATIA (Mesma de LGMD 2B) WELANDER: DOMINANTE, INÍCIO NA VIDA ADULTA (40-60 anos), INÍCIO NAS MÃOS E DEPOIS NOS MMII. NONAKA: RECESSIVA, INÍCIO NA VIDA ADULTA JOVEM, INÍCIO NOS MMII. MARKERSBERRY-GRIGGS: DOMINANTE, INÍCIO NA VIDA ADULTA TARDIA, INÍCIO NOS MMII. LAING: MMII DISTAL + FLEXOR DO PESCOÇO (Eventually, finger extensors, shoulder and hip girdle muscles can become involved)
540
MIOPATIA DE MIYOSHI O QUE É? É CAUSADO POR MUTAÇÃO NO GENE QUE CODIFICA A ____, MUTAÇÃO NELA TAMBÉM ESTÁ ASSOCIADA COM ____
DOENÇA AUTOSSÔMICA RECESSIVA - INÍCIO NA VIDA ADULTA COM FRAQUEZA E ATROFIA EM MEMBRO INFERIOR DISTAL, PRINCIPALMENTE DE MUSCULATURA POSTERIOR. - MUTAÇÃO NO GENE QUE CODIFICA A DISFERLINA (Mutations in dysferlin are also associated with limb-girdle muscular dystrophy type 2B)
541
o uso concomitante de estatina e fibrato aumenta o risco de miopatia?
SIM!! This risk can also be increased by the use of other drugs, such as azole antifungals, macrolides antibiotics, antiretrovirals, and amiodarone, among others
542
QUAIS OS TIPOS DE TOXICIDADE RELACIONADA AO USO DE ESTATINA?
- AUMENTO ASSINTOMÁTICO DO CPK: Geralmente leve-moderada - MIALGIA COM ou SEM AUMENTO DO CPK: Pode melhorar após descontinuar medicação - RABDOMIÓLISE: complicação rara - MIOPATIA NECROTIZANTE IMUNOMEDIADA
543
DISTROFIAS DE CINTURAS (LGMD) - TIPO 1 É DOMINANTE e TIPO 2 É RECESSIVO OS 2 SUBTIPOS PRINCIPAIS SÃO QUAIS?
RECESSIVOS LGMD 2A (CALPAINOPATIA) LGMD 2B (DISFERLINOPATIA)
544
__% dos casos de ELA são familiares | Mayo Clinic Board Review 2ed 2022
5-10%
545
Qual a doença neurodegenerativa mais comum do neurônio motor? ## Footnote Manual do Residente de Neurologia, 2021
ELA
546
O que significa "esclerose lateral amiotrófica"? ## Footnote Manual do Residente de Neurologia, 2021
* Esclerose lateral -> comprometimento do NMS; * Amiotrófica -> atrofia muscular pela degeneração do NMI. Obs.: também chamada de "doença de Charcot" ou "doença de Lou Gehrig".
547
Epidemiologia da ELA? ## Footnote Manual do Residente de Neurologia, 2021
* Incidência: 0,46-2,39 a cada 100.000 habitantes; * Prevalência: 2-11: 100.000 habitantes; * M 1,5 : 1 F (invertida na forma bulbar, mais comum nas mulheres); * Idade média: 55-65 anos; 5% dos casos a partir da segunda década de vida; * Progressiva e fatal, com idade média de 3 anos após início da fraqueza; * 10% dos pacientes atingem mais de 10 anos de doença; * Insuficiência respiratória -> principal causa de mortalidade nesses pacientes; * 5% dos pacientes possuem histórico familiar; * Outras doenças neurodegenerativas podem se sobrepor, como DFT, DA e DP. 75-80% dos casos é de início espinhal -> comprometimento inicial de membros 20-25% -> comprometimento bulbar inicial. A doença apresenta pico na sétima década de vida, mas vem antecipando ao longo dos tempos.
548
Os sintomas da ELA decorrem de três parâmetros principais - quais são? ## Footnote Manual do Residente de Neurologia, 2021
Os sintomas decorrem de -> * Local do surgimento da doença (segmento cefálico ou membros); * Tipo de células envolvidas (NMS ou NMI); * Taxa de progressão da doença. Segmentos -> cefálico, cervical, torácico e lombossacral; Forma clássica -> comprometimento de dois ou mais segmentos;
549
Quais são os sistemas envolvidos na ELA? ## Footnote Manual do Residente de Neurologia, 2021
* **NMS do giro pré-central e pré-frontais** (envolvidos no planejamento ou orquestração motora); A perda de neurônios pré-frontais -> comprometimento cognitivo, disfunção executiva, percepção alterada das implicações sociais e comportamentos mal-adaptativos. * **NMS** -> fraqueza mais leve, espasticidade, perda de destreza e reflexos exaltados (liberação piramidal); * **NMI nos cornos anteriores da medula e no TE** -> fraqueza muscular progressiva, atrofia, fasciculações, cãibras, arreflexia e hipotonia.
550
ELA - doença única?
Não! Causada por diferentes cascatas fisiopatológicas que compartilham como consequência comum a perda progressiva preferencial dos neurônios motores.
551
Qual a fisiopatologia da ELA? ## Footnote Manual do Residente de Neurologia, 2021
A ELA não é um diagnóstico nosológico único, mas um diagnóstico clínico para diferentes cascatas. Que compartilham a perda progressiva do NM. Alterações de processamento do RNA estão envolvidas na maior parte das cascatas patológicas envolvidas na ELA. O acúmulo de proteínas malformadas tem paralelos com outras doenças degenerativas, como DA, DP e DH. O processo patológico surge dentro do neurônio motor e se propaga através deste. **Teoria de disseminação príon-like** -> o início focal com a propagação por disseminação da proteína malformada; **Padrão de malignidade** -> uma única mutação no DNA ou mutações somativas conferem a atividade patológica e sua disseminação subsequente. **Tabagismo, envelhecimento e toxinas exógenas** (sobretudo a BMAA, presente num tipo de planta das ilhas Guam) -> mais associações a alterações do DNA, levando à ELA. **Degeneração Axonal:** Os axônios motores morrem por degeneração Walleriana na ELA e **os neurônios motores grandes são afetados mais que os menores**; Os ramos colaterais dos axônios sobreviventes tentam reinervar as fibras desnervadas.
552
Quais são os caminhos para a morte celular na ELA?
1. Excitotoxicidade glutamatérgica (alteração da expressão/atividade do receptor EAAT2 do glutamato nos astrócitos); 2. Estresse no retículo endoplasmático, induzido por interações anormais entre o SOD1 mutado e as proteínas malformadas (a SOD participa da dismutação do radical livre superóxido, íon altamente lesivo às células); 3. Inibição do proteossomo; 4. Disfunção mitocondrial pela deposição da SOD1 em sua membrana, provocando liberação do citocromo C no neurônio e estresse oxidativo nos astrócitos; 5. Produção de radicais livres pelas células gliais; 6. Defeitos no transporte axonal; 7. Suporte trófico mediado pelas células de Schwann.
553
**ELA** - Achados Motores + afeto pseudobulbar + alteração cognitiva variável são os achados clínicos?
VERDADEIRO - **Achados motores de sinais de neuronio motor superior e inferior** - **Afeto pseudobulbar**: pode estar presente por lesão do trato corticopontinocerebelar - **Alterações cognitivas:** 1/2 dos pacientes (5 - 15% associado com DFT; alteração executiva é comum)
554
**SPLIT-HAND SIGN** e **ATROFIA DA LINGUA** - ASSOCIADO COM QUAL DOENÇA?
**ELA** Atrofia da mão: primeiro interosseo dorsal (ulnar) e abdutor pollicis brevis (mediano)
555
QUAIS OS ACHADOS ENMG DA ELA?
**Sinais de denervação aguda** (potenciais de fibrilação e ondas agudas) **e cronica em** **multiplos miótomos** **\*PS: Pacientes demandam RNM do menor nivel do neuronio motor**
556
ELA se demonstrou com alta incidência em atletas - V ou F?
Verdadeiro.
557
Primeira mutação descoberta da ELA?
SOD1 -> realizados estudos animais a partir dessa mutação 10% das formas familiares.
558
QUAIS AS DOENÇAS PURAMENTE DO NEURONIO MOTOR?
**Doenças puramente do neurônio motor** ## Footnote **Adquirido do NMS**: Esclerose lateral primária **Adquirida do NMI**: Atrofia muscular progressiva **Genética do NMS**: SPG (Paresia espástica) **Genética do NMI**: AME **OS DOIS:** ELA e FLAIL Arms e Leg (começam como NM
559
O que prega a teoria oligogênica (ELA)?
Múltiplas variantes genéticas podem interagir e compor o quadro clínico.
560
Qual o papel da investigação genética na ELA?
1. Não é diagnóstico - é clínico e eletroneuromiográfico; 2. Aconselhamento familiar? - Controverso - idade de início mais tardia, geralmente já possuem filhos; há penetrância incompleta (transmitir não significa necessariamente que a doença será transmitida); 3. Compreensão dos mecanismos fisiopatogênicos; 4. Terapias gênicas - SOD1, FUS e C9ORF72, bem como targets generalizados, como o ATXN2.
561
Qual a característica principal da ELA?
Envolvimento PROGRESSIVO de segmentos DIFERENTES! (Cranianos -> Cervicais -> torácicos -> lombossacros). (Não necessariamente nessa ordem).
562
O que é a progressão "em Z" da ELA?
Quadro típico Ex: Mão direita -> mão esquerda -> perna direita -> perna esquerda
563
Quais os genes mais estudados da ELA?
564
QUAIS AS DOENÇAS PURAMENTE DO NEURONIO MOTOR?
**Doenças puramente do neurônio motor** ## Footnote **Adquirido do NMS**: Esclerose lateral primária **Adquirida do NMI**: Atrofia muscular progressiva **Genética do NMS**: SPG (Paresia espástica) **Genética do NMI**: AME **OS DOIS:** ELA e FLAIL Arms e Leg (começam como NM
565
Sintomas neuropsiquiátricos da ELA?
1. Afeto pseudobulbar; 2. Disexecução; 3. Depressão; 4. Demência Frontotemporal.
566
Segmentos clássicos da ELA?
1. Bulbar; 2. Cervical; 3. Torácica; 4. Lombossacra.
567
Principais genes mendelianos com segregação para ELA?
SOD1 C9Orf72 VAPB TARDBP (TDP43) Em até 10% dos casos esporádicos, possui-se uma causa mendeliana - pode repassar a doença!
568
Existe um aumento de transcriptos de retrovírus endógenos de pacientes com ELA - V ou F?
Verdadeiro! Correlacionam-se com a TDP43.
569
Padrão de agregação da TDP43 (ELA)?
Degeneração transneuronal ANTERÓGRADO - NMS -> NMI.
570
Quais os agregados presentes no citoplasma dos neurônios afetados pela ELA?
97% apresentam agregados de TDP43.
571
Características do C9ORF72?
Características do C9ORF72?
572
573
Quais distúrbios do movimento são os mais comuns nos pacientes com C9ORF72?
Parkinsonismo, tremores e mioclonia. Obs.: podem preceder os sinais de ELA e DFT ou mesmo isoladamente.
574
TARDBP - quais outras doenças podem estar associadas, além da ELA?
DFT Parkinsonismo
575
Características do gene VCP?
1. Valosin containing protein; 2. Causam miosite por corpúsculos de inclusão, doença de Paget, ELA, DFT; 3. Herança familiar, podem causar todas as doenças em um mesmo paciente ou uma doença em cada membro da família; 4. Proteinopatia multissistêmica.
576
Mutação da ELA descrita apenas em território brasileiro?
VAPB - predomínio do NMI, sobretudo na musculatura axial, com fraqueza abdominal, tremor e disautonomia (sobretudo diarreia)
577
Casos familiares na ELA?
5-10% dos casos 50% possuem herança mendeliana * Maioria padrão autossômico dominante, com penetrância reduzida (também existem padrões recessivos e ligados ao X);
578
Qual a fisiopatologia da ELA por C9ORF72?
O C9ORF72 participa da produção de RNAs tóxicos.
579
Gene de maior relevância na ELA familiar?
Cromossomo 9 - hexanucleotídeo - C9ORF72 - mais de 70% dos casos de ELA familiar e algumas esporádicas (nos países nórdicos). Alta incidência como primomutação em pacientes sem histórico familiar.
580
Qual cromossoma relaciona ELA e DFT?
Cromossoma 9 (5% das DFTs apresentam DNM)
581
Características da TARDBP?
1. 97% das formas familiares e esporádicas da ELA apresentam agregados da TDP-43; 2. TDP-43 é uma proteína nuclear que atua na regulação do splicing, estabilização de transcritos, apoptose, divisão celular e biogênese de microRNA; 3. Várias outras "RNA-binding proteins" já foram associadas à fisiopatogenia da ELA; 4. Mutações do gene da TARDBP são responsáveis por 1% dos casos esporádicos e 5% dos casos familiares. Não é um alvo visando-se o gene - sua falta e seu excesso são patológicos.
582
ELA que cursa com predomínio do NMI, sobretudo na musculatura axial + tremor fino (lembra tremor essencial)?
VAPB (Pouca fraqueza nos membros, mas andar com instabilidade, barriguinha de chopp).
583
Primeira mutação descoberta da ELA?
SOD1 -> realizados estudos animais a partir dessa mutação 10% das formas familiares.
584
Onde age a TDP43 e onde a mesma se acumula na ELA?
Age no núcleo. Acumula-se no citoplasma e axônio.
585
Números de genes já associados à ELA?
> 100 genes (sendo 30 mais relevantes)
586
587
UNC13A x ELA?
Variação genética que pode piorar a sobrevida dos pacientes com ELA. (Fator genético modificador).
588
SOD1 - Mutação A4V ou A5V (A - Alanina; V - Valina)?
Curso agressivo, sobrevida de 10 meses, penetrância completa ELA clássica
589
O tamanho da expansão do C9ORF72 tem correlação com o quadro clínico, idade de apresentação e agressividade da ELA?
Acredita-se que não. Obs.: o número de repetições no córtex pré-frontal não é o mesmo do sangue e do cerebelo.
590
Gene que pode cursar com ELA (ALS 8) ou AME não-5q?
VAPB.
591
Mutação da FUS que causa forma grave e juvenil da ELA?
P525L (Prolina na posição 525 da Leucina).
592
Quais os principais subtipos da ELA?
593
No primeiro défice do paciente com ELA, qual a perda neuronal?
Mais de 50% da unidade motora
594
Forma bulbar da ELA - fatores de risco?
Mulheres idosas
595
Fenótipo "flail arm syndrome" da ELA - características?
Homem > M (9:1) Nos MMSS, a doença é de rápida progressão (NMI) - diagnóstico diferencial com miopatias Demais segmentos, lenta progressão (NMS) Bilateral, simétrico Melhor prognóstico "Homem no barril"
596
Subtipo de ELA com pior sobrevida?
ELA de início bulbar.
597
Homem x mulher - predomínio de NMS na ELA?
Mulher
598
ELA restrita ao segmento cefálico?
Paralisia bulbar progressiva. (Ela forma bulbar). Os pacientes costumavam morrer antes de manifestarem no início do corpo.
599
Variante de Mill?
ELA hemiplégica. É variante da Esclerose Lateral Primária, porém só compromete um dimídio. Hemiplegia ascendente ou descendente de NMS
600
Características da forma de início espinhal da ELA?
Comprometimento assimétrico de NMS e NMI entre os membros.
601
Homem x mulher - predomínio de NMI na ELA?
Homem.
602
Características da ELA bulbar?
Comprometimento de NMS e NMI em músculos bulbares. Forma de mau prognóstico. Mulheres idosas.
603
Afeto pseudobulbar na ELA - prognóstico?
Marcador isolado de mau prognóstico.
604
Características da ELA por Atrofia Muscular Progressiva?
Comprometimento de NMI em braços e pernas, geralmente PROXIMAL.
605
Paralisia bulbar progressiva - características de NMS x NMI?
Obs.: SEMPRE realizar os reflexos axiais da face! Os pacientes que mais possuem alterações comportamentais na ELA são justamente os da PBP - afeto pseudobulbar.
606
Subtipo de ELA com melhor prognóstico de sobrevida?
Esclerose lateral primária.
607
Principais sintomas bulbares da ELA?
1. Disfagia; 2. Espasmos laríngeos; 3. Sialorreia.
608
ELA de início no NMI?
AMP - Amiotrofia muscular progressiva - fica restrita ao NMI, mas em todo o corpo.
609
610
QUAIS AS DOENÇAS PURAMENTE DO NEURONIO MOTOR?
**Doenças puramente do neurônio motor** ## Footnote **Adquirido do NMS**: Esclerose lateral primária **Adquirida do NMI**: Atrofia muscular progressiva **Genética do NMS**: SPG (Paresia espástica) **Genética do NMI**: AME **OS DOIS:** ELA e FLAIL Arms e Leg (começam como NM
611
QUAIS AS DOENÇAS ADQUIRIDAS PURAS DO NEURONIO MOTOR SUPERIOR E INFERIOR (Combinada)?
OS DOIS: ELA e FLAIL Arms e Leg (começam como NMI)
612
QUAIS AS DOENÇAS ADQUIRIDAS PURAS DO NEURONIO MOTOR SUPERIOR?
Adquirido do NMS: Esclerose lateral primária
613
QUAIS AS DOENÇAS ADQUIRIDAS PURAS DO NEURONIO MOTOR INFERIOR?
ATROFIA MUSCULAR PROGRESSIVA
614
QUAL A DOENÇA GENÉTICA PURA DO NMS?
SPG (Paresia espástica)
615
QUAL A DOENÇA GENÉTICA PURA DO NMI?
AME
616
FLAIL ARMS E FLAIL LEG O QUE É?
VARIANTES DO ELA (Geralmente começam como NMI) - ARMS: Acometimento do segmento superior -\> slowly progressive loss of arm function, which is often initially asymmetric and proximal - LEG: Acometimento do segmento inferior -\> slowly progressive and asymmetric but may be proximal or distal at onset
617
DOENÇA DE HIRAYAMA (Amiotrofia monomélica) O que é?
**Fraqueza assimétrica em MMSS de homens jovens** = _MIÓTOMOS BAIXOS_ - geralmente geralmente envolve C8-T1
618
**DOENÇA DE HIRAYAMA (Amiotrofia monomélica)** QUAL A CLÍNICA?
**Atrofia e fraqueza de MMSS em jovens adultos, tipicamente insidiosa, tipicamente unilateral ou assimétrica e sem sinais piramidais** It is also characterized by muscle weakness and atrophy in the hand and forearm with sparing of the [brachioradialis](https://radiopaedia.org/articles/brachioradialis-muscle?lang=us), giving the characteristic appearance of [oblique amyotrophy](https://radiopaedia.org/articles/parsonage-turner-syndrome-2?lang=us) that affects the C7, C8 and T1 myotomes - Fisiopatologia: Chronic microcirculatory changes in the territory of the [anterior spinal artery](https://radiopaedia.org/articles/anterior-spinal-artery?lang=us) induced by repeated or sustained flexion account for the necrosis of the anterior horns of the lower cervical cord, which is the hallmark of pathology 5. Forward displacement of the dura with flexion leading to compression of the spinal cord with resultant ischemia of the anterior horn cells at C8 and T1 **RNM cervical: EM Flexão** On myelograms and flexion-extension MR images, there can be a forward migration of the posterior wall of the dura mater. The posterior epidural space becomes enlarged with flexion and is seen as a crescent. At the site of maximal forward shift of the posterior dural sac the spinal cord is dynamically compressed with a reduction in the AP diameter of the cord compared to neutral imaging - \> **Hipersinal em T2 na flexão** - \> **Aumento do espaço liquórico dural posterior e achatamento da medula na flexão**
619
**DOENÇA DE KENNEDY (Atrofia muscular e bulbar)** - O QUE É? - Qual a clínica?
Doença ligada ao X: Mutação no receptor de androgeno **Clínica:** **Doença do motoneurônio inferior e neuropatia senstitiva + outros** - Fraqueza iniciando na região bulbar =\> lombossacal =\> cervical - Fraqueza, fasciculação e caimbra - _Hipoandrogenismo:_ infertilidade, ginecomastia
620
Quais os genes mais estudados da ELA?
621
Mutações no C9ORF72 são associadas com
PRINCIPAIS CAUSAS DE DFT e ELA familiares - DFT COM SINTOMAS DE DOENÇA DO NEURÔNIO MOTOR - Além de ser possível causa de Coreia hereditária (fenótipo huntington like)
622
Como pesquisar fasciculações em pacientes com ELA?
Nos segmentos cervico, braquiotoracico e lombar - pois tem que ter em ao menos 3 segmentos - para induzir fasciculacao podemos procurar em posição de ação DESPIR O PACIENTE E OBSERVAR FASCICULAÇÃO EM TODOS OS SEGMENTOS!! PODEMOS INDUZIR COM PERCUSSÃO DO MÚSCULO E POSTURA DE AÇÃO
623
Paciente com suspeita de ELA, porém com estenose de medula cervical Como podemos fechar o diagnóstico clinicamente?
A Se tiver alteração de segmento bulbar, pois a estenose cervical não justificaria
624
DISFUNÇÃO DE ESFINCTER É COMUM NA DOENÇA DE ELA V OU F
FALSO, POIS OS NEURÔNIOS SACRAIS RESPONSÁVEIS GERALMENTE SÃO POUPADOS. Disautonomia e sintomas sensitivos também são INcomuns
625
ESCLEROSE LATERAL PRIMÁRIA QUANDO HÁ SINTOMAS DE NEURONIO MOTOR SUPERIOR, SEM SINTOMAS DE NEURONIO MOTOR INFERIOR, APÓS ___ TEMPO DO INÍCIO DOS SINTOMAS
3 ANOS É CONSIDERADO DO ESPECTRO DA ELA TIPICAMENTE INICIA NA 6ª DÉCADA COM TETRAPARESIA ESPÁSTICA PROGRESSIVA, NEUROPATIA CRANIANA TARDIA
626
ELA HEREDITÁRIO GERALMENTE É AUTOSSÔMICA...
Dominante although autosomal recessive forms occur and X-linked inheritance is rare.
627
MUTAÇÃO NO GENE SOD1 CORRESPONDE A CERCA DE 20% dos casos de
ELA familiar
628
629
Achado Histopatológico nos neuronios motores de pacientes com ELA ## Footnote Mayo Clinic Board Review 2ed 2022
Corpos de Bunina
630
Como geralmente se inicia clinicamente a ELA? ## Footnote Mayo Clinic Board Review 2ed 2022
Fraqueza e atrofia em membro superior ou inferior assimétrica OU Disfunção bulbar progressiva (disartria e disfagia)
631
Cerca de ___ dos casos de ELA se iniciam com fraqueza unilateral do membro superior ## Footnote Mayo Clinic Board Review 2ed 2022
1/3
632
Cerca de ___ dos casos de ELA se iniciam com fraqueza unilateral do membro inferior ## Footnote Mayo Clinic Board Review 2ed 2022
1/3
633
Cerca de ___ dos casos de ELA se iniciam com disfunção bulbar ## Footnote Mayo Clinic Board Review 2ed 2022
1/3
634
Sobrevida média de paciente com ELA após início dos sintomas ## Footnote Mayo Clinic Board Review 2ed 2022
3 anos 10% vivem mais de 10 anos 20% vivem mais que 5 anos
635
Nos critérios diagnósticos de ELA de El Escorial, o que define um diagnóstico Clinicamente Definitivo? ## Footnote Mayo Clinic Board Review 2ed 2022
Presença de sinais de NMS e NMI em 3 ou 4 dos 4 segmentos estudados (Bulbar, Cervical, Torácico e Lombar)
636
Nos critérios diagnósticos de ELA de El Escorial, quais são as 4 regiões do corpo estudadas?
Bulbar Cervical Torácica Lombar
637
Nos critérios diagnósticos de ELA de El Escorial, o que define o acometimento de um segmento corpóreo?
Presença de sinais de doença do NMI em ao menos 2 musculos diferentes, inervados por 2 nervos diferentes em 2 miótomos diferentes + Sinais de doença do NMS no mesmo segmento
638
Nos critérios diagnósticos de ELA de El Escorial, o que define um diagnóstico Clinicamente Provável?
Presença de 2 de 4 segmentos corporeos com sinais de NMS e NMI
639
Nos critérios diagnósticos pelo El Escorial, como definir "ELA provável com suporte laboratorial"?
Sinais de **NMS e NMI em uma região** ou sinais de **NMS em uma ou mais regiões** associados à evidência de **denervação aguda à eletroneuromiografia em dois ou mais segmentos**.
640
Nos critérios diagnósticos do "El Escorial', como definir "ELA possível"?
Sinais de NMS e NMI em uma região somente. (O que já fecharia diagnóstico pelo Gold Coast)
641
Pelos critérios diagnósticos do El Escorial, como definir "suspeita de ELA"?
Sinais de NMS em uma ou mais regiões (bulbar, cervical, torácica ou lombossacra). Sinais de NMI em uma ou mais regiões (bulbar, cervical, torácica ou lombossacra).
642
Resumo dos critérios diagnósticos do El Escorial?
643
Critérios diagnósticos Gold Coast para ELA?
644
Como definir a disfunção de NMS na ELA?
1Disfunção do neurónio motor superior implica a presença de pelo menos 1 dos seguintes achados clínicos: 1. Aumento dos reflexos tendinosos profundos, incluindo a presença de um reflexo num músculo clinicamente enfraquecido e atrofiado, ou extensão aos músculos adjacentes. 2. Presença de reflexos patológicos, incluindo o sinal de Hoffman, sinal de Babinski, reflexo adutor cruzado ou reflexo do beicinho. 3. Espasticidade 4. Lentificação e incoordenação nos movimentos voluntários, não atribuível a fraqueza com origem no neurónio motor inferior ou sinais de Parkinsonismo
645
Evidência ao exame clínico de fraqueza muscular e atrofia muscular, Fraqueza muscular e Atrofia muscular ou Anomalias EMG que devem incluir: Ambas as evidências de **alterações neurogênicas crônicas**, definidas por **aumento da duração e/ou amplitude dos potenciais** de unidade motora largos, com a presença de **polifasia e a instabilidade de unidade motora** considerada como evidência a favor não obrigatória. E evidência de desenervação em curso, incluindo: Potenciais de **fibrilação** ou **ondas agudas positivas** **potenciais de fasciculação** Deve haver anomalias clínicas ou EMG em **2 músculos apendiculares inervados por raízes e nervos diferentes**, ou **1 músculo bulbar**, ou **1 músculo torácico**
646
Critérios de Awaji para o diagnóstico de ELA
647
Principal diagnóstico diferencial de ELA ## Footnote Mayo Clinic, 2ª Ed, 2022
NMM
648
Nome do criterio diagnóstico mais utilizado para ELA ## Footnote Mayo Clinic Board Review 2ed 2022
El Escorial
649
Principais diagnósticos diferenciais da ELA com sinais de NMS
650
Principais diagnósticos diferenciais de ELA com comprometimento de NMI
651
Principais diagnósticos diferenciais de ELA com comprometimento de ambos NMS e NMI
652
Principais diagnósticos diferenciais de ELA com comprometimento bulbar
653
654
Qual a epidemiologia associada a variante Flail Arm da ELA?
Acomete homens (9:1)
655
Que doença infecciosa pode mimetizar ELA? ## Footnote Continuum, 2023
HIV
656
Caracterize o acometimento da ELA no membro inferior evolutivamente ## Footnote Continuum, 2023
Inicia na porção distal do membro (pé caído) e evolui com cãibras/fasciculações e posterior envolvimento proximal do membro
657
Principais achados na RNM Encefalo na ELA ## Footnote Continuum, 2023
1 - Sinal da Banda Cortical/Motor Band Sign (SWI) - presente em ate 80% dos casos 2 - Hipersinal FLAIR/T2 no Trato Corticoespinhal
658
Medicamento no tratamento de ELA por mutações no SOD-1 ## Footnote Continuum, 2023
Tofersen
659
Ventilação não Invasiva na ELA deve ser indicada quando a CVF estiver ____ ## Footnote Continuum, 2023
< 50%
660
A Indicação de gastrostomia na ELA deve ser feita preferencialmente com uma Espirometria mostrando a CVF ____ ## Footnote Continuum, 2023
> 50%
661
Como está o CPK na ELA? ## Footnote Continuum, 2023
Pode estar aumentado, mas <1000
662
Edaravone - ação - ELA?
Diminui os radicais livres liberados na morte neuronal, diminuindo apoptose dos demais. * Agente antioxidade -> elimina os radicais livres de pirazolona, para diminuir o declínio funcional em pacientes com ELA.
663
Forma de comprovada eficácia do edaravone na redução da progressão da ELA?
IV (Estudos em curso com a forma oral).
664
Características do gene da ataxina 2 (ATXN2)?
1. Repetição de trinucleotídeos da ATXN2 é causa conhecida de ataxia espinocerebelar (> 34 repetições); 2. Repetições intermediárias foram associadas à DNM; 3. Funções -> processamento de RNA; Endocitose; Induz a clivagem do TDP43 anormal via caspase 3. Oligonucleotídeos bloqueando a ataxina 2 -> redução de agregação de TDP43 -> pode ser importante em todos os pacientes com agregados de TDP43.
665
Intuito do uso da Rasagilina na ELA?
Melhora do metabolismo mitocondrial por inibição da MAOB, visando a uma melhora de sobrevida e progressão de doença. Ainda em estudos. Parece ser útil somente naqueles pacientes que apresentam a progressão mais rápida da doença.
666
Função do Arimoclomol na ELA?
Prolonga a ativação das chaperonas Parece ser bem tolerado e aparesentar melhoras prognósticas da ELA SOD1
667
Quais foram as medicações aprovadas até então para o tratamento da ELA?
Riluzol Dextrometorfano/quinidina -> labilidade emocional Edaravone -> efeito marginal -> diminuição da produção de radicais livres
668
Metilcobalamina e ELA?
1. Forma ativa da B12; 2. Anti-glutamatérgica - neuroregeneradora; 3. Prolonga a sobrevida e diminui a progressão da doença em indivíduos < 12 meses de doença. Efeito dose-dependente. (25-50 mg IM 2x/semana); 4. Ainda necessita de mais estudos.
669
Medicações para tratamento do afetopseudobulbar (risos e choros imotivados) na ELA?
Amitriptilina, fluvoxamina e citalopram Dextrometorfan (não disponível no Brasil)
670
TARV usada na ELA?
Triumeq - Abacavir + Lamivudina + Dolutegravir Aparentemente reduz a velocidade de progressão em 21%.
671
O que monitorizar do ponto de vista respiratório no paciente com ELA?
CVF < 80% já fala a favor de comprometimento restritivo. Sniff-nasal - sobretudo em pacientes com comprometimento bulbar, que não conseguem soprar1
672
O que evitar na insuficiência respiratória na ELA (e em outras causas de doença neuromuscular)?
IRespA hipercápnica -> desloca-se a curva de saturação da hemoglobina, mas o O2 está adequado. Assim, evitar oxigênio sem ventilar. Evitar CPAP
673
Aderência ao tratamento e primeira hospitalização com o riluzol para ELA?
Aderentes - 900 dias até primeira internação Não aderentes - 579 dias
674
Drogas para ELA com ação de inibição de apoptose?
TUDCA - Ácido Tauroursodeoxicólico Fenilbutarato Parecem ter efeito nos de mais rápida progressão (perda de mais de um ponto/mês). 6% de descontinuidade por diarreia.
675
Medicações usadas na ELA para tratamento de sialorreia?
Amitriptilina Atropina oral Propantelina transdérmica Refratários: toxina botulínica
676
Não demonstraram benefício previamente mas voltaram a ser testadas para ELA?
Vitamina E (antioxidante) Memantina
677
Tratamento da dor na ELA?
Analgésicos comuns AINES Posicionamento adequado durante o dia e no sono
678
Quando indicar o uso de VNI na ELA?
Se o paciente negar -> cuidados paliativos. * Melhora a qualidade de vida dos pacientes e prolonga a vida quando bem utilizado
679
Benefícios da VNI na ELA?
1. Prolonga a sobrevida (maior benefício que o riluzol); 2. Melhora a qualidade de vida naqueles com disfunção bulbar; 3. Dispositivo de tosse assistida (cough assist) pode ser benéfico, desde que não haja espasticidade dos segmentos bulbares.
680
VMI na ELA?
Traqueostomia.
681
Principal motivo para VNI se tornar ineficiente na ELA?
Manejo inadequado de secreções.
682
Tratamento de caimbras na ELA?
Levetiracetam Carbamazepina Fenitoína Quinino Fisioterapia/alongamentos/hidroterapia
683
Tratamento celular na ELA?
Células-tronco mesenquimais ou neuronais (autólogas) - seguro e reduz progressão no grupo intratecal. Os ensaios com células tronco têm sinalizado benefícios no sentido de liberação de substâncias neurotróficas, protegendo os neurônios ainda funcionantes, e não na substituição da rede neuronal já danificada.
684
Como inicia a disfagia na ELA?
Disfagia para líquidos!
685
Quais as evidências para gastrostomia na ELA?
Melhora o estado nutricional Sem evidências que melhora o número de aspirações. Atrasar a gastrostomia aumenta os riscos do procedimento - pela piora do padrão respiratório Utilizar cânulas de GTT de diâmetros 18-22
686
Por que fazer gastrostomia guiada por imagem e não endoscópica percutânea na ELA avançada?
Para evitar sedação e piora do padrão ventilatório.
687
Medicação que houve uma melhora >/= 1,5 pontos/mês na escala funcional da ELA?
NUROWN - transplante mesenquimal autólogo de medula óssea - o efeito era melhor logo após a aplicação e ia caindo ao longo dos tempos. Sugere necessidade de refazer o transplante.
688
Tratamento da espasticidade da ELA?
Fisioterapia/alongamentos Baclofeno/tizanidina Casos refratários: baclofeno intratecal
689
Tratamento de depressão na ELA?
Amitriptilina (sobretudo se sialorreia) ISRS Mirtazapina
690
Subtipo de ELA que tem maior relevância o uso do Riluzol?
Ela de início bulbar.
691
Qual a escala funcional utilizada na ELA?
ALSFRS-R - ALS Functional Rating Scale Revised < 0,5/mês - lento >/= 1/mês - rápido Pontuação total = 48 pontos 12 itens
692
Qual a desvantagem da escala funcional da ELA nos estudos dos fármacos?
Não consegue demonstrar pequenas melhorias.
693
Resumão de tratamento da ELA
694
Mecanismo de ação do Riluzol
Riluzol -> * Antiglutamatérgico -> bloqueia a liberação pré-sináptica do glutamato; * Eficácia questionável -> benefício terapêutico de 3-4 meses de aumento de sobrevida. * Sem efeito algum nos parâmetros clínicos da doença (o paciente não se sentirá melhor, apenas não se sentirá pior).
695
Dieta x ELA
* Pacientes com ELA deverão receber dieta HIPERCALÓRICA e HIPERPROTEÍCA; * Quanto melhor o componente nutricional, melhor será o prognóstico do paciente; * Consultas com nutricionista (evitar o emagrecimento) e fonoaudiólogos (a disfagia); * GTT -> o Pacientes que não conseguem manter a alimentação + CVF > 50% do previsto; o Deve ser realizado antes da completa incapacidade oral do paciente, correndo o risco de não ser possível a posteriori devido à necessidade de anestésicos em pacientes que não desejem traqueostomia.
696
Atividades físicas x ELA
* Inicialmente não é necessária uma restrição às atividades físicas; * Os pacientes devem ser incentivados a continuarem suas atividades no início da doença; * A atividade física ajuda a estimular as vias funcionantes e a reinervação; * Não devem se exceder ao ponto de fadiga -> sobrecarga e sofrimento das vias ainda ativas.
697
Principais complicações da ELA
1. Deterioração da deambulação; 2. Disfagia com pneumonia por aspiração e desnutrição; 3. Insuficiência respiratória; 4. Complicações pela síndrome de imobilidade, como LPP e infecções de pele; tromboses de veias profundas e TEP; além de dor; 5. Incapacidade progressiva de vida diária.
698
Quando suspeitar de ELA
**Suspeitar sempre que se tem uma perda insidiosa de função motora, de forma indolor, em uma ou mais regiões do corpo, e que não se tenha nenhuma outra causa imediatamente evidente.**
699
Quais os sinais mais precoces na ELA?
**No NMI** -> as **fasciculações** podem ocorrer precocemente, sobretudo em língua e membros; **NMS** -> primeiros sinais -> **reflexos exaltados e hipertonia** muscular. (Os reflexos podem estar diminuídos devido ao comprometimento do NMI). Outros sinais de NMS -> afeto pseudobulbar, reflexos axiais de face inesgotáveis, sinal de Babinski, protrusão labial e de preensão palmar. No início da doença, já foram perdidos cerca ade 50% das unidades motoras. Do início dos sintomas até o diagnóstico, demora-se cerca de um ano.
700
Na ELA, os exames de imagem são utilizados apenas para se excluírem os diagnósticos diferenciais, como mielopatias cervicais - V ou F?
Verdadeiro.
701
ELA x MUNE
MUNE -> Motor Unit Number Estimate -> estimative do número de unidades motoras num músculo específico -> restrito a centros de pesquisa.
702
Principais diagnósticos diferenciais da ELA
* Comprometimento bulbar de NMS -> AVC, siringobulbia, desmielinizantes centrais; ; * Bulbar de NMI -> paralisia de nervos cranianos; * Membros, NMS -> mielopatia e paraparesia espástica hereditária; * Membros, NMI -> NMM, Hirayama e doença de Kennedy. NMM -> variante motora da PIDC; não comprimento dependente; assimétrica; pode evoluir com atrofia e fasciculações nos segmentos afetados; Seu padrão de ENMG é DESMIELINIZANTE, em contraponto ao padrão axonal visto nas doenças do NMI. Importante DDX sobretudo por possuir tratamento específico. Kennedy -> atrofia bulboespinhal ligada ao X -> herança RECESSIVA ligada ao X; expansão do CAG que codifica o receptor de androgênio. Idade de início entre a 3ª e a 5ª décadas; NMI + sinais de hipogonadismo – infertilidade, ginecomastia e atrofia testicular. Amiotrofia monomélica de Hirayama -> NMI restrita a um membro, em geral MS. Benigna e lentamente progressiva. RM com flexão cervical demonstra compressão da medula.
703
Características da Atrofia Muscular Progressiva
* Variante com comprometimento restrito aos NMI; * Cerca de 8% das DNM; * Acomete mais homens que mulheres; * O segmento bulbar geralmente é o último a ser comprometido; * Melhor prognóstico que a ELA clássica.
704
Características da Esclerose Lateral Primária
Esclerose Lateral Primária * A doença é chamada de ELP se apenas os NMS são comprometidos; * Geralmente é medida em décadas; * Predomínio do sexo feminino e representa 3% dos casos de DNM; * Variante de Mill -> variante hemiplégica; As formas que apresentam comprometimento do NMS cursam com maior labilidade emocional, sobretudo quando comprometimento dos NMS que inervam os núcleos bulbares.
705
Os tratamentos da ELA baseiam-se em prolongar a sobrevida (meses) e melhoria da qualidade de vida, agindo na propagação da doença, não no reparo dos neurônios já danificados - V ou F?
Verdadeiro.
706
Cuidados de fim de vida na ELA
* Diretrizes antecipadas de fim de vida; * Documentação das mesmas em prontuário.
707
Neurônios fusiformes de von Economo?
Células frontoinsulares envolvidas em processos cognitivos complexos como socialização, empatia, intuição e tomada de decisões. Podem ser comprometidas na ELA.
708
Mecanismo príon-like na ELA?
Proteínas malformadas de uma célula apoptótica podem ser fagocitadas/endocitadas pelas células vizinhas, "infectando-as".
709
Tratamento de ansiedade na ELA?
Bupropiona Lorazepam (cuidado) - podem ser gatilho para piorar uma insuficiência respiratória crônica que estava compensada
710
Reticulo endoplasmático e ELA?
Proteínas malformadas se acumulam, causando um estresse degenerativo
711
Tempo até que 50% dos pacientes com ELA venham a óbito?
30 meses
712
Sequências de RM que PODEM ajudar em lesão de NMS?
MTC** e Flair. (Elas "desenham" o trato corticoespinal - hipersinal).
713
ELA subtipo flail-leg - características?
Comprometimento desproporcional de MMII Ascendente Proogressiva Assimétrica H = M Rara Prognóstico melhor
714
Como morrem as células na ELA?
Apoptose -> possui algum sinal que faz com que os neurônios próximos provoquem a apoptose dos demais?
715
Dor crônica na ELA?
Neuropatia de fibras finas.
716
Inibição do proteossomo e ELA?
Há o acúmulo das proteínas malformadas (inibição da via das ubiquitinas).
717
ELA subtipo pseudopolineuropático?
Apenas os neurônios motores inferiores são comprometidos. Geralmente distalmente.
718
Tipos M1 e M2 das micróglicas x ELA?
M1 - inflamatória - predomina com a progressão da ELA; M2 - anti-inflamatórias - predominam na fase inicial da doença.
719
ELA - dying forwards x dying backwards?
Dying forwards -> hipótese de Charcot - o local primário é o pericário, com progressão para o compartimento periférico; Dying backwards -> inicia a doença no compartimento periférico/junção neuromuscular e depois progride para o corpo neuronal. Obs.: acredita-se que sejam simultâneas e/ou independentes.
720
Os neurônios motores de pacientes com ELA possuem um gasto energético maior que o dos pacientes saudáveis - F ou V?
Verdadeiro.
721
Fatores de risco para ELA?
Sexo masculino Tabagismo Atletas e atividade física de alta performance Exposição a pesticidas, herbicidas, fertilizantes e inseticidas Exposição a metais pesados Ingestão de alta quantidade de glutamato e gordura em pacientes com IMC elevado
722
ELA tipo hemiplégica?
Comprometimento UNILATERAL de NMS, POUPANDO A FACE, e discreto comprometimento tardio de NMI.
723
Cãimbras e fasciculações podem estar presentes na NMM. Como diferencia-las da ELA?
Costumam ser focais, circunscritas às áreas paréticas.
724
Acrescida de fasciculação:
Pensar em ELA! (Na criança, AME).
725
Pacientes com ELA + comprometimento cognitivo?
Até 50% (DFT ou défices disexecutivos)
726
Qual a característica principal da ELA?
Envolvimento PROGRESSIVO de segmentos DIFERENTES! (Cranianos -> Cervicais -> torácicos -> lombossacros). (Não necessariamente nessa ordem).
727
Quais características clínicas me levam a pensar em ELA?
Essa região da mão possui grande representatividade cortical. Possui lesão inicialmente em comparação às outras áreas.
728
Doença do neurônio motor que não progride?
Não é ELA! Não deve se tratar de quadro degenerativo!
729
Fraqueza muscular na ELA - simétrica ou assimétrica?
Geralmente assimétrica e segmentar
730
DNM com HF positivo?
· AME; · Kennedy; · ELA familiar.
731
DNM com início em jovens?
· AME; · ELA familiar; · Amiotrofia monomélica.
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Terceira doença neurodegenerativa mais comum?
ELA (Atrás do Alzheimer e do Parkinson)
733
Doença de Hirayama?
Doença monomélica Homens jovens Não neurodegenerativa - há uma malformação de dura-máter, que, no estirão, não há a elasticidade adequada, comprimido a medula contra o arco vertebral - isquemia e sofrimento do corno anterior da medula cervical baixa e torácica alta Realiza-se artrodese, para não fazer flexão extensa MMSS - assimétrica
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