Obstetricia 2 (O parto) Flashcards

(165 cards)

1
Q

Trabalho de parto prematuro

A

Gestação < 37 semanas com:

Contrações regulares ≥ 2/10 minutos

+

Dilatação cervical progressiva (1-2cm ou apagamento ≥ 80%).

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2
Q

Como diferenciar a ameaça de trabalho de parto prematuro?

A

Ameaça: diatação cervical ausente ou discreta.

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3
Q

Parto prematuro

Fatores de risco? (8)

A
  1. Prematuro anterior (principal);
  2. Fatores cervicais (colo curto, incompetência cervical);
  3. Anemia;
  4. Desnutrição;
  5. Infecção;
  6. Polidramnia;
  7. Gemelaridade;
  8. Drogas e tabagismo.
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4
Q

Parto prematuro

Conduta se dúvida diagnóstica?

A
  1. Fibronectina fetal (↑VPN - descarta dentro de 7 dias);
  2. Colo < 20 mm (USG 18-24s).
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5
Q

V ou F?

Toda gestante submetida a cerclagem deve também receber progesterona vaginal como profilaxia.

A

Verdadeiro.

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6
Q

Quando indicar cerclagem para prevenção de prematuridade?

A

Colo curto <20mm (USG 18-24 semanas)

E

Prematuro anterior.

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7
Q

Quando indicar progesterona vaginal para prevenção de prematuridade?

A

Colo curto (USG 2º trimestre)

OU

Prematuro anterior.

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8
Q

Parto prematuro

Conduta de acordo com a IG?

A

> 34 semanas: parto + avaliar profilaxia para GBS;

24-34 semanas: corticoterapia + tocólise.

(sulfato de magnésio se ≤ 32 semanas)

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9
Q

Cerclagem cervical

Em qual semana realizar? Técnica?

A
  1. 12-16ª semana.
  2. Mc Donald.
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10
Q

Insuficiência istmo cervical

Quando pensar? Conduta?

A
  1. Abortamentos tardios de repetição + partos prematuros de 2º trimestre indolores;
  2. Cerclagem cervical.
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11
Q

Parto prematuro - corticoterapia antenatal

Fármacos e doses?

A
  1. Betametasona (2x 12 mg IM 24/24h);
  2. Dexametasona (6 mg IM 12/12h por 2 dias).
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12
Q

Parto prematuro - corticoterapia antenatal

Benefícios? (3)

A
  1. Maturação pulmonar;
  2. ↓Enterocolite;
  3. ↓Hemorragia peri-ventricular.
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13
Q

Parto prematuro - tocólise

Contraindicações gerais? (3)

A
  1. Sofrimento fetal agudo;
  2. Corioamnionite;
  3. Bolsa rota.
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14
Q

Parto prematuro - tocólise

Fármacos?

A

βINA

  1. β-agonistas;
  2. Indometacina (evitar se > 32 semanas);
  3. Nifedipina;
  4. Atosiban ($$$).

(Por no máximo 48h)

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15
Q

Parto prematuro - tocólise

Contraindicações de beta-agonistas?

A

Cardiopatas ou Diabetes Mellitus (DM).

BCDBeta-agonistas, Cardiopatas, DM (descontrolada)”

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16
Q

Parto prematuro - tocólise

Contraindicação da indometacina?

A

IG > 32 semanas.

(fechamento de ducto arterioso → hipertensão pulmonar)

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17
Q

Parto prematuro - tocólise

Contraindicações da nifedipina?

A

Cardiopatas ou hipotensos.

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18
Q

Parto prematuro - tocólise

Mecanismo de ação do atosiban?

A

Antagonista específico da ocitocina.

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19
Q

Parto prematuro - neuroproteção

Fármaco?Indicação?

A
  1. Sulfato de magnésio.
  2. Trabalho de parto prematuro em ≤ 32 semanas.
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20
Q

Primeira opção de tocolítico em < 32 semanas? Em > 34 semanas?

A
  1. Sulfato de MG;
  2. Atosiban.
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21
Q

Rotura Prematura de Membranas Ovulares (RPMO)

A

Amniorrexe antes do início do trabalho de parto (independentemente da idade gestacional).

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22
Q

Rotura Prematura de Membranas Ovulares (RPMO)

Diagnóstico padrão-ouro?

A

Exame especular.

(ver o líquido saindo do colo)

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23
Q

Proteína pesquisada pelo amnisure?

A

α-microglobulina placentária.

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24
Q

Medidas ineficazes na redução do parto prematuro? (5)

A
  1. Repouso domicilar ou hospitalar;
  2. Abstinência sexual;
  3. Tocólise profilática ou de manutenção;
  4. ATBprofilaxia em assintomáticas;
  5. Escores de risco para prematuridade.
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25
Medidas efetivas na redução do parto prematuro? (5)
1. Progestágenos; 2. Circlagem; 3. Interrupção do tabagismo, etilismo e drogas; 4. Tratamento de infecções genitais; 5. Tratamento da bacteriúria assintomática.
26
**Rotura Prematura de Membranas Ovulares (RPMO)** Métodos diagnósticos? (6)
1. Exame especular (escolha); 2. Teste de cristalização positivo; 3. Presença de células orangiófilas; 4. Teste da Nitrazina (↑pH: \>6 = verde ou azul); 5. Amnisure (pesquisa de α-microglobulina placentária); 6. USG com oligodramnia.
27
Na RPMO, a cristalização estará _______ (presente/ausente), devido à(ao) ________ (progesterona/estrogênio) no líquido amniótico.
Presente; estrogênio.
28
**Rotura Prematura de Membranas Ovulares (RPMO)** Quando indicar o parto imediatamente?
Corioamnionite ou sofrimento fetal.
29
**RPMO** - *corioamnionite* Critérios diagnósticos?
Taxilar \> 37,8 ºC (obrigatório) + pelo menos 2 dos seguintes: 1. Taquicardia materna ou fetal; 2. LA fétido; 3. Dor uterina; 4. Leucocitose.
30
**RPMO** - *corioamnionite* Conduta?
Parto (independente da IG); ## Footnote (preferência pela via baixa - evitar contaminação abdominal)
31
**RPMO** Conduta de acordo com a IG?
1. 24-34 semanas: corticoide + ATB (amp + azitro + amox). 2. Se \> 34 semanas (\> 36 pelo Zugaib/USP): indução de parto + profilaxia para GBS. ## Footnote (não fazer tocólise)
32
**V ou F?** Na RPMO a antibioticoterapia aumenta a latência do parto (permitindo o efeito da corticoterapia) e reduz a taxa de infecções.
**Verdadeiro.**
33
**V ou F?** A bolsa rota é uma contraindicação de tocólise.
**Verdadeiro.** ## Footnote (contraindica também o toque vaginal)
34
**V ou F?** A principal causa de corioamnionite é a infecção urinária.
**Falso** A principal causa de corioamnionite é a _infecção genital ascendente_.
35
**Indução do parto** Indicações? (3)
1. IG ≥ 42s; 2. Corioamnionite; 3. RPMO \> 32-36 sem. ## Footnote (Se sofrimento fetal, não espera induzir)
36
**Indução do parto** - *índice de Bishop* Parâmetros? (5)
1. Colo: 1. Apagamento; 2. Consistência; 3. Dilatação; 4. Posição; 2. Altura da apresentação (Planos de De Lee).
37
**Indução do parto** - *índice de Bishop* Colo favorável? (5)
"Bishop bom é Bishop padrão **AAAAA**" 1. **A**pagado (apagamento do colo); 2. **A**molecido (consistência do colo); 3. **A**berto (dilatação do colo); 4. **A**nterior (posição do colo); 5. **A**presentação baixa (\> 0 de De Lee).
38
**Indução do parto** Valor do Bishop ideal para o uso de ocitonina?
Bishop ≥ 9. ## Footnote (aumentar as contrações, pois o colo está "preparado")
39
**Indução do parto** Valor do bishop que indica o uso de misoprostol?
Bishop \< 9. ## Footnote (colo "desfavorável", não sendo a ocitocina isolada suficiente)
40
**Indução do parto** Contraindicação ao uso de misoprostol?
Presença de cicatriz uterina. ## Footnote (cesárea ou cirurgias prévias)
41
**Indução do parto** Conduta se misoprostol contraindicado?
Método de Krause. ## Footnote (preparo do colo uterino com sonda Foley)
42
**V ou F?** O feto morto é contraindicação da indução
**Falso.** O feto morto _não contraindica_ a indução.
43
**Bacia obstétrica** Qual limite anatômico separa a pelve em pelve maior (falsa) e pelve menor (verdadeira)?
Linha terminal (Linha arqueada + promontório).
44
Diâmetros do estreito superior da pelve? (3)
1. Conjugata vera anatômica; 2. Conjugata vera obstétrica; 3. Conjugata diagonalis.
45
Quais os referenciais anatômicos que demarcam a conjugata vera anatômica?
Borda superior da sínfise púbica → promontório sacral. ## Footnote (11cm)
46
Quais os referenciais anatômicos que demarcam a conjugata vera obstétrica?
Borda interna da sínfise púbica → promontório sacral.
47
A conjugata vera __________ (anatômica/obstétrica) representa o menor diâmetro anteroposterior da pelve.
Obstétrica. ## Footnote (10,5cm)
48
Quais os referenciais anatômicos que demarcam a conjugata diagonalis?
Borda inferior da sínfise púbica → promontório sacral. ## Footnote (É a que conseguimos medir)
49
A regra de Smellie é utilizada para..
estimar o tamanho da conjugata obstétrica. ## Footnote (conjugata obstétrica = conjugata diagonalis - 1,5 cm)
50
Quais os referenciais anatômicos do estreito médio da pelve? Valor favorável ao parto vaginal?
1. Espinhas isquiáticas. 2. \> 10 cm.
51
Qual referencial anatômico delimita o plano 0 de DeLee?
Espinhas isquiáticas.
52
Qual diâmetro anteroposterior é observado no estreito inferior da pelve?
Conjugata exitus. ## Footnote (dilata no parto pela retropulsão do cóccix)
53
Quais referenciais anatômicos demarcam a conjugata exitus?
Borda inferior da sínfise púbica → cóccix.
54
O ângulo subpúbico favorável ao parto vaginal é aquele...
\> 90º.
55
**Tipos de pelve** Qual a mais comum?
Ginecoide. ## Footnote (a mais favorável ao parto vaginal)
56
**Tipos de pelve** Qual apresenta do diâmetro transverso = púbis- promontório?
Ginecoide.
57
A pelve antropoide é a única em que o maior diâmetro é o...
anteroposterior. ## Footnote **Ant**ro**Po**ide → **Ant**ero**Po**sterior (dificuldade na insinuação)
58
**Tipos de pelve** Qual a mais associada a distócias?
Androide. ## Footnote (espinhas isquiáticas proeminentes)
59
**Tipos de pelve** Qual a mais rara?
Platipeloide. ## Footnote (Maior chance de insinuação transversa, logo mais chance de desproporção cefalo-pélvica)
60
**Estática fetal** O que é "situação"?
Relação do maior eixo fetal com o maior eixo uterino. ## Footnote (longitudinal é o mais comum)
61
Na situação transversa, apesar de comum no início da gravidez, deve-se considerar a possibilidade de...
estrutura atrapalhando fisicamente a rotação. ## Footnote (ex.: placenta prévia, tumor uterino)
62
**Estática fetal** O que é "apresentação"?
Primeira parte fetal a descer na pelve. ## Footnote (mais comum: cefálica)
63
Na situação transversa, a apresentação obrigatoriamente será...
córmica.
64
**Apresentação fetal** Tipos? (4)
1. Cefálica (+ comum); 2. Pélvica (partos prematuros); 3. Córmica (situação transversa); 4. Composta (pelvipodálica).
65
A apresentação fetal composta é aquela em que...
há uma extremidade em prolapso ao lado da parte principal da apresentação fetal.
66
**Apresentação fetal** Como determinamos a altura da apresentação?
Planos de Lee
67
**Estática fetal** O que é "posição"?
Relação do dorso fetal com o abdômen materno. ## Footnote (direita, esquerda, anterior ou posterior)
68
**Estática fetal** O que é "atitude"?
Relação das partes fetais entre si. ## Footnote (normalmente em flexão generalizada - "ovoide fetal")
69
Ponto de referência da apresentação cefálica fletida/occipital?
Fontanela posterior (lambda).
70
Ponto de referência da apresentação cefálica defletida de 1º grau?
Fontanela anterior (bregma).
71
Ponto de referência da apresentação cefálica defletida de 2º grau?
Base do nariz (glabela). ## Footnote (cefálica defletida de 2º grau = de fronte)
72
Ponto de referência da apresentação cefálica defletida de 3º grau?
Face (mento).
73
**Apresentação fetal** Mnemônico para os tipos de apresentação cefálica (Ponto de referência/Linha de orientação)
**B**ucha **s**empre **n**o **m**eu **m**ês **f**oda 1. Deflexão de 1º grau: **B**regma e Sutura **s**agiitometópica. 2. Delexão de 2º grau: **N**aso (bregma) e **s**utura metópica. 3. Deflexão de 3º grau: **M**ento (face) e **l**inha facial.
74
Ponto de referência da apresentação pélvica?
Sacro.
75
Ponto de referência da apresentação córmica?
Acrômio.
76
Caso o lambda seja palpável, a apresentação cefálica estará obrigatoriamente em...
flexão. ## Footnote (independente das demais estruturas palpáveis)
77
Caso o mento seja palpável, a apresentação cefálica estará obrigatoriamente em...
deflexão de 3º grau (apresentação de face).
78
**Apresentação fetal** Qual o menor diâmetro craniano? Quando se insinuará?
1. Suboccipitobregmático. 2. Apresentação cefálica em flexão. ## Footnote ​(por isso a apresentação cefálica em flexão é a mais favorável ao parto)
79
**Apresentação fetal** Qual o maior diâmetro craniano? Quando se insinuará?
1. Occipitomentoniano. 2. Apresentação cefálica em deflexão 2º grau. ## Footnote (por isso alguns autores indicam cesárea na deflexão de 2º grau)
80
**Variedade de posição fetal** Parâmetros?
Relação entre pontos de referência da apresentação e da pelve materna. ## Footnote (apresentação + posição + variação posição)
81
Apresentação pélvica completa é aquela em que...
todas as estruturas fetais estão preenchendo a pelve. ## Footnote ("com**PÉ**ta" - **PÉ**s na pelve)
82
Apresentação pélvica incompleta é aquela em que...
as coxas estão fletidas, com os pés para cima. ## Footnote "i**N**completa" → modo **N**ádegas
83
Uma variedade de posição apontando para a "eminência iliopectínea esquerda" é o mesmo que...
OEA (anterior). ## Footnote (≠ sinostose sacroilíaca: OEP)
84
Quais as variedades de posição mais comuns?
Occipto-esquerda-anterior (OEA) ou occipto-esquerda-transversa (OET). ## Footnote ("a mais comum é a que só tem vogais - OEA")
85
Sinclitismo
Sutura sagital equidistante ao pube e sacro, sem lateralização da cabeça. ## Footnote "**SI**nclitismo **SI**métrico"
86
Assinclitismo posterior
Sutura sagital está mais próxima do pubis, apresentando o osso parietal posterior. ## Footnote "**P**osterior → sutura mais próxima do **P**ubis"
87
Assinclitismo anterior
Sutura sagital está mais próxima do sacro, apresentando o osso parietal anterior.
88
**Manobras de Leopold** Objetivo do 1º tempo?
Avaliar situação (palpação fundo uterino - com duas mãos e de frente para a paciente).
89
**Manobras de Leopold** Objetivo do 2º tempo?
Avaliar posição (palpação das laterais uterinas - com duas mãos e de frente para a paciente).
90
**Manobras de Leopold** Objetivo do 3º tempo?
Avaliar apresentação (palpação suprapúbica - com uma única mão e de frente para a paciente).
91
**Manobras de Leopold** Objetivo do 4º tempo?
Avaliar insinuação ("encaixe na pelve"/altura - com duas mãos e de costas para a paciente).
92
**Manobras de Leopold** Mnemônico para os tempos?
**SPAA** 1. **S**ituação; 2. **P**osição; 3. **A**presentação; 4. **A**ltura de apresentação/insinuação.
93
**Mecanismo do parto** Tempos principais? (4)
1. Insinuação; 2. Descida; 3. Desprendimento; 4. Restituição (rotação externa).
94
**Mecanismo do parto** Tempos acessórios? (4)
1. Flexão; 2. Rotação interna; 3. Deflexão; 4. Desprendimento de espáduas.
95
**Mecanismo de parto** *insinuação* O que é? qual a variação mais prevalente?
1. Encaixe do diâmetro biparietal no estreito superior; 2. Variação transversa.
96
**Mecanismo de parto** *rotação interna* O que é? onde ocorre?
1. Modificação da posição transversa para OP (+ comum, ou seja, sempre calcular para esse caso a questão não especifique) ou OS; 2. Estreito inferior.
97
Referência anatômica para classificar o assinclitismo fetal? Método de correção?
1. Parietal que desce primeiro no canal. 2. Fórcipe de Kielland (grandes rotações).
98
A história de cesárea anterior com incisão _______ (segmentar/corporal) é contraindicação a um próximo parto vaginal.
Corporal (clássica). ## Footnote (apesar de ≥ 2 cesáreas segmentares aumentarem o risco, não é uma indicação absoluta)
99
Na cesareana a termo como temos o segmento uterino formado realizamos a _______ (Incisão uterina corporal ou segmentar logitudinal/incisão multiforme segmentar). Já na cesareana prematura/post-mortem ainda não temos o segmento uterino formado realizamos a _______ (Incisão uterina corporal ou segmentar logitudinal/incisão multiforme segmentar).
1. incisão multiforme segmentar; 2. Incisão uterina corporal ou segmentar logitudinal.
100
Indicações absolutas de cesárea? (8)
1. Desproporção cefalopélvica (DCP) absoluta; 2. Placenta prévia total; 3. Herpes genital ativa; 4. Apresentação córmica ou defletida de 2º grau; 5. Cesárea classica anterior (incisão corporal, não segmentar); 6. Condiloma obstruindo o canal; 7. HIV \> 1000 cópias; 8. Gemelar monozigótico.
101
**V ou F?** O condiloma plano que obstrui o canal de parto é uma indicação absoluta de cesárea.
**Falso** O condiloma acuminado que obstrui o canal de parto é uma indicação absoluta de cesárea. (acuminado: HPV; plano: sífilis)
102
Fases clínicas do parto? (4)
1. Período de dilatação (1ª fase); 2. Período de expulsão (2ª fase); 3. Terceiro período / secundamento (3ª fase); 4. Quarto período / período de Greenberg (4ª fase).
103
**Período de dilatação** Definição?
Inicio do trabalho de parto.
104
O período de dilatação do parto é dividido nas fases...
1. Latente: 1. Contrações irregulares; 2. Modificações cervicais (apagamento/dilatação **até 5cm**); 3. Expulsão do tampão mucoso; 2. Ativa: 1. Contrações regulares; 2. Dilatação ≥ 5cm;
105
**Período de dilatação** *fase latente* Tempo máximo? Deve internar?
1. Não existe tempo máximo; 2. Não interna.
106
**Período de dilatação** *fase ativa* Tempo máximo? Deve internar?
1. Depende da quantidade de partos: 1. Primiparas: 12h. 2. Multipara: 10h. 2. Deve internar.
107
Como monitorar o BCF durante o trabalho de parto?
1. Baixo risco: 30/30 min; 2. Alto risco: 15/15 min.
108
Durante o parto, o toque vaginal deve ser realizado a cada...
4 horas, exceto se sinal de dilatação completa (1-2h). ## Footnote (não tocar sempre que for avaliar o BCF)
109
**V ou F?** A dieta zero, amniotomia, tricotomia ou restrição ao leito não devem ser indicadas de rotina no trabalho de parto.
**Verdadeiro.**
110
**V ou F?** A CTG não deve ser realizada de rotina em gestações de baixo risco, pois aumentaria o número de cesáreas sem melhorar o desfecho materno-fetal.
**Verdadeiro.**
111
**V ou F?** Caso a paciente queira, podemos realizar analgesia peridural
**Verdadeiro.**
112
Qual a 2a fase clínica do parto?
Período expulsivo (nascimento).
113
Quando inicia e quando termina a 2a fase clínica do parto (período expulsivo)? Quando é anormal?
1. Dilatação total (10 cm) até a completa expulsão fetal. 2. Anormal quando: * \> 2h em multípara; * \> **3h em primípara.**
114
Manobra de Ritgen modificada
Proteção manual do períneo durante o período expulsivo + apoio occipital. ## Footnote (hands off também é uma alternativa validada)
115
Episiotomia
Incisão efetuada na região do períneo (área muscular entre a vagina e o ânus) para ampliar o canal de parto.
116
**Episiotomia** Indicações? (6)
1. Distocia de espáduas; 2. Parto pélvico; 3. Parto operatório; 4. Macrossomia fetal; 5. Variedade de posição occipitossacra; 6. Suspeita de trauma perineal grave caso o procedimento não seja realizado.
117
**Episiotomia** Tipos?
Mediana (perineotomia) **OU** Médio-lateral (geralmente 60º à direita).
118
**Episiotomia** *Mediana (perineotomia)* Cite 3 vantagens e 1 desvantagem.
1. Vantagens: * Menor lesão muscular, sangramento, dor; * Pouca dispareunia residual; * Reparo cirúrgico mais fácil. 2. Maior risco de lesão retal.
119
**Episiotomia** *Médio-Lateral* Cite 1 vantagem e 3 desvantagens.
1. Menor risco de lesão de reto. 2. Desvantagens: * ↑Dor; * ↑Lesão muscular; * ↑Sangramento. ## Footnote (é a mais usada)
120
**Período expulsivo** Posição ideal?
De acordo com a paciente.
121
**Distorcia de ombro** Sinal?
Sinal da tartaruga
122
**Distorcia de ombro** 1ª conduta?
Solicitar ajuda, anotar o horário e realizar episiotomia.
123
**Distorcia de ombro** 2ª conduta?
Manobra de Mc Roberts ± Rubin I
124
Manobra de McRoberts
Hiperflexão da coxa
125
Manobra Rubin I
Pressão supra-púbica
126
**Distorcia de ombro** 3ª conduta?
Manobras de 2ª linha: 1. Rubin II: Indicador + dedo do meio gira ombro superior no sentido anti-horário. 2. Woods: Indicador + dedo do meio gira ombro inferior no sentido anti-horário. 3. Woods invertido: Indicador + dedo do meio gira ombro inferior no sentido horário. 4. Extensão de ombro posterior.
127
**Distorcia de ombro** 4ª conduta?
Manobra de Gaskin
128
**Distorcia de ombro** 5ª conduta?
Manobra de zavanelli: coloca a cabeça de volta e faz cesárea ## Footnote (também conhecida como manobra de salvamento)
129
**Distorcia de ombro** Mnemônico?
**HELPERR** 1. Call for **h**elp; 2. **E**pisiotomy; 3. **L**egs (Mc Roberts); 4. **P**ubic pressure (Rubin I); 5. **E**nter rotation manouvers (Rubin II/Woods); 6. **R**emove posterior arm; 7. **R**oll the pacient to her hands and knees (Gaskin)
130
**Distorcia de ombro** Manobra proscrita? Aumenta o risco de que?
1. Kristeller; 2. Laceração hepática e rotura uterina.
131
**Parto pélvico** Manobras para desprendimento de ombro? (4)
1. Manobra de Bracht; 2. Desprendimento in situ; 3. Manobra de Rojas; 4. Manobra de Pajot.
132
Manobra de Bracht
Elevação do dorso fetal na direção do abdome materno, facilitando o desprendimento de ombros no parto pélvico (primeira manobra) ou cabeça derradeira.
133
Desprendimento in situ no parto pélvico
Retirar os braços com os dedos, para desprendimento de ombros no parto pélvico.
134
Manobra de Rojas
Rotação \> 180º do RN, para o desprendimento de espáduas no parto pélvico.
135
Manobra de Pajot
Tentativa de retirar o braço por cima da cabeça do RN, para desprendimeto de espáduas no parto pélvico.
136
**Parto pélvico** Manobras para cabeça derradeira? (4)
1. Manobra de Bracht; 2. Manobra de Liverpool; 3. Fórcipe de Piper; 4. Manobra de Mauriceau.
137
Manobra de Liverpool
Na cabeça derradeira, deixar a criança descer pelo peso do próprio corpo por 20 segundos. Realizar movimento semelhante a Bracht (elevação para o dorso materno) quando o occipto aparecer.
138
Manobra de Mauriceau
Posicionar 2 dedos fletindo a cabeça, sem tracionar. Com o indicador e médio da outra mão, realizar tração no dorso. Indicado para parto pélvico com cabeça derradeira.
139
Conduta imediata frente a um prolapso de cordão umbilical?
Colocação da paciente em quatro apoios e elevação da cabeça do RN com os dedos, e indicar cesárea. ## Footnote ↓Compressão de cordão→ ↓sofrimento fetal agudo.
140
**Período de expulsão** Periodicidade para auscultar o BCF?
5/5 minutos.
141
Qual a 3a fase clínica do parto?
Terceiro período ou secundamento ou dequitação. ## Footnote (saída da placenta).
142
Baudelocque-Schultze
Mecanismo mais comum de dequitação. Saída da placenta com face fetal, seguida de hemorragia intensa ("em guarda-chuva" - "*Guarda-Schultze*").
143
Baudelocque-Duncan
Apresentação da face materna à dequitação placentária - placenta sai e sangra ao mesmo tempo.
144
Condutas e manobras auxiliares à saída da placenta? (5)
1. 10 UI IM de ocitocina pós-expulsão fetal (OMS indica para todos); 2. Tração controlada do cordão; 3. Manobra de Fabre; 4. Manobra de Kustner; 5. Manobra de Jacob-Dublin.
145
Manobra de Fabre
Tração controlada do cordão umbilical + palpação do fundo uterino em busca de movimentos (avaliar se placenta descolou - manobra do "pescador").
146
Manobra de Kustner
Elevação do corpo uterino pela palpação abdominal sem causar movimentação do cordão (indica desprendimento do leito placentário).
147
Manobra de Jacob-Dublin
No momento em que placenta sair → rodar no próprio eixo axial → ajuda a manter as membranas íntegras.
148
**Secundamento** Duração? Caso exceda o tempo, qual a conduta?
1. 30 minutos; 2. Curetagem uterina.
149
Qual a 4a fase clínica do parto?
Quarto período ou período de Greenberg. ## Footnote (primeira hora após o secundamento)
150
Principais eventos que ocorrem na 4a fase clínica do parto (4º período / Greenberg)?
1. Miotamponagem: Ligadura dos vasos intramiometriais, principalmente do sítio placentário, pela musculatura uterina. 2. Trombotamponagem: Formação de trombos nos grandes vasos úteroplacentários que constituirão o hematoma intrauterino.
151
O trauma obstétrico é a principal causa (90%) das fístulas...
retovaginais.
152
**Partograma** Quando o registro começa?
Somente na fase ativa (trabalho de parto franco).
153
**Partograma** - *fase ativa prolongada* Definição?
Dilatação \< 1 cm/h em intervalo de 2h.
154
**Partograma** - *fase ativa prolongada* Causa? Conduta?
1. Discinesia uterina (hipocontratilidade). 2. Ocitocina.
155
**Partograma** - *parada secundária da dilatação* Definição?
Dilatação mantida por ≥ 2 horas (não 1h, como na fase ativa prolongada).
156
**Partograma** - *parada secundária da dilatação* Principal causa? Conduta?
1. Desporporção cefalo-pélvica. 2. Conduta: * Sem contração: ocitocina EV e analgesia; * Com contração (DCP): * Absoluta: cesariana. * Relativa (defeito de posição): deambulação, rotura artificial, analgesia peridural.
157
Segundo o Zugaib, o fórceps idealmente só deve ser aplicado quando abaixo do plano...
+2 de De Lee.
158
**Partograma** - *parada secundária da descida* Definição?
Altura mantida por 1 hora, após dilatação total.
159
**Partograma** - *parada secundária da descida* Principal causa? Conduta?
1. Desproporção céfalo-pélvica (DCP). 2. Conduta: * Apresentação alta (-1): cesárea; * Abaixo de +2: fórceps.
160
**Partograma** - *período pélvico prolongado* Definição?
Período expulsivo com descida lenta, mas não parada. ## Footnote (normalmente já deverá ter nascido 1h após dilatação total - salvo: primímaras, analgesia etc.)
161
**Partograma** - *período pélvico prolongado* Principal causa? Conduta?
1. Contrações ineficientes (exaustão materna) 2. Ocitocina ou parto instrumental.
162
**Partograma** - *parto taquitócico/precipitado* Definição? Causa?
1. Dilatação cervical, descida e expulsão fetal em 2. Excesso de ocitocina/multíparas.
163
O parto precipitado (taquitócito) aumenta o risco de...
laceração do canal, atonia uterina e cefalo-hematoma.
164
No partograma deve-se avaliar a altura somente após...
dilatação total (10cm).
165
Segundo o CFM, a cesárea a pedido pode ser realizada a partir de qual IG?
39 semanas.