Problema 06 Flashcards

1
Q

Definição de disfagia

A

Comprometimento objetivo ou dificuldade na deglutição, resultando em um atraso no trânsito de líquidos ou sólidos. Podendo ser um distúrbio na fase orofaríngea ou esofágica da deglutição

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2
Q

Principais etiologias da fase orofaríngea da disfagia

A
  • Neurológica
    • AVC, Infaro de TE, Lesão de núcleos da base no Parkinson, Lesão ou cirurgia de cabeça e pescoço, Esclerose M, Tumor de SNC, Botulismo, ELA
  • Muscular
    • Polimiosite, Distrofia muscular, Miastenia Graves
  • Antômica
    • Divertículo de Zenker Tumores, abcessos, compressão externa por aneurisma de aorta
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3
Q

Etiologias da fase esofágica da deglutição

A
  • Obstrução mecânica: permanete ou intermitente
    • Anel de Schatzki (intermitente), Estenose Esofágica (permanente), Carcinoma esofágico (permanente), Esofagite Eosinofílica

Está associada à disfagia apenas de alimentos sólidos

  • Alterações de motilidade: permente ou intermitente
    • Espasmo Esofágico (intermitente), Acalasia (permanente), Motilidade esofágica ineficaz (permanente), Esclerodermia (permanente)

Alterações de motilidade são associadas a sólidos e líquidos

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4
Q

Cite outras etiologias de disfagia

A
  • Doenças reumatológicas
    • Síndrome de Sjogren, LES, Doença do tecido conjuntivo misto, Artrite Reumatoide, Esclerose sistêmica
  • Medicamentos: xerostomia e alteram a motilidade esofágica
    • Antipsicóticos, Antidepressivos tricíclicos, Suplementos de K+, AINES, BCC, Bifosfonatos, Nitratos, Teofilina, Álcool, Opioides
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5
Q

Como é o quadro clínico da disfagia?

(sinais e sintomas / exame físico)

A
  • São sintomas relacionados à disfagia:
    • Sensação de estar engasgado (entalado) e tosse
    • Comer mais lentamente
    • Clareamento da garganta durante ou após as refeições
    • Sensação da comida presa na garganta ou no meio do peito
    • Infecções pulmonares frequentes
    • Perda de peso
    • Mudanças na consistência dieta: por líquidos ou semissólidos
    • Mudanças neurológicas
  • Sinais de exame físico incluem:
    • Perda de dentição e fechamento labial anormal
    • Alterações vocais. Alterações neurológicas
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6
Q

Quais os sinais e sintomas clássicos da disfagia orofaríngea?

(os quais ajudam a distinguir da esofágica)

A
  1. Atraso na iniciação da deglutição
  2. Tosse relacionada à deglutição
  3. Aspiração nasal durante a deglutição
  4. Necessidade de deglutição repetitiva para limpeza da secreção nasal
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7
Q

O que é o megaesôfago e como ocorre ? (resumidamente)

A

Correspondente à dilatação esofágica secundária a Acalasia, a qual ocorre por distúrbios na motilidade do mm liso esofágico, que, por sua vez, ocorrem devido a uma falha no relaxamento do esfíncter esofágico inferior.

Obstrução funcional na JGE

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8
Q

Quais as etiologias da Acalásia?

(classificação)

A

A etiologia dessa degeneração não é baseada em patologias autoimunes, infecciosas virais e predisposição genética.

A partir disso, podemos classifica-las:

  • Acalasia Idiopática Primária: sem causa definida
  • Acalasia Secundária: quando há alguma patologia de base que levaria a Acalasia
    • Doença de chagas
    • Infiltração esofágica por carcinoma gástrico
    • Gastroenterite Eosinofílica
    • Linfoma
    • Distúrbios neurodegenerativos
    • Certas infecções
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9
Q

Como é a fisiopatologia da acalásia?

A

As vias excitatórias e inibitórias parassimpáticas inervam os mm lisos do EEI. Neurotransmissores excitatórios (sP e Ach) e inibitórios, (VIP e NO) modulam menor pressão esofágica e relaxamento esofágico.

  • Acalasia: perda da porções inibitórias + manutenção dos neurônios excitatórios.
    • ⇒ Desequilíbrio entre a neurotransmissão inibitória e excitatória → EEI hipertenso e não relaxado

► Essa degeneração neural gradual + contrações excessivas do EEI por perda de regulação ⇒ obstrução funcional ⇒ dilatação

Esta dilatação resulta em aperistalse irreversível e piora dos sintomas obstrutivos

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10
Q

Qual o quadro clínico da acalásia?

A
  1. Tipicamente disfagia
    • Início: mais sólidos que líquid - mas 97% pcts progredirão para ambos
  2. Regurgitação
  3. Dor no peito (mais da metade dos pacientes)

A medida que a doença progride:

  • Regurgitação com possível aspiração
  • Tosse noturna
  • Perda de peso por dificuldade de se alimentar
  • Outros sintomas: azia, soluços, dificuldade de arrotar

Ao exame físico:

  • Pode apresentar-se edemaciado
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11
Q

Como é o diagnóstico da Acalásia?

A
  • História e exame físico + exames complementares

O padrão ouro dx é a manometria esofágica, mostrando:

  • Relaxamento incompleto do EEI em resposta à deglutição
  • Perda da peristalse no esfíncter esofágico inferior
  • Aumento da pressão no EEI

Outra opção de exame é o esofâgo contrastado com bário:

  • Sinal do “bico de pássaro” - afunilamento do EEI e dilatação proximal
  • Níveis mais avançados: esôfago com aparência sigmoidea

Outras opções para exclusão de dx diferenciais:

  • EDA: exclusão de lesões malignas / pré-malignas no esofâgo (JGE e fundo)
  • pHmetria: descarte de DRGE
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12
Q

Como é o tratamento da Acalásia?

A

Não cirúrgicas

  • Farmacoterapia: pouco efetivas e alívio no curto prazo (nitratos, BCC e inibidores da fosfodiesterase-5)
  • Toxina Botulínica: indicada em pcts de alto risco ou recaída às miotomias, boa eficácia no curto prazo, mas é cara e precisa de multiplas aplicações
  • Dilatação pneumática: melhora os sintomas em até 93%, mas com reicidiva de 30% em 5 anos, é a 1° linha em relação ao não cirúrigico

Cirúrgica

  • Miotomia Heller Laparoscópica (corte de fibras mm circulares): sucesso de 76 a 100% + mecanismo anti-refluxo
  • Miotomia endoscópica peri-oral (alternativa a Heller, mas sem mecanismo anti-refluxo): refluxo grave é um dos efeitos adversos
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13
Q

Cite pelo menos 3 dx diferenciais de acalásia

A
  • Malignidade
  • Espasmo esofágico difuso
  • Esclerodermia
  • DRGE
  • Estenose esofágica
  • Anel de Schatzki
  • Hérnia hiatal
  • Hérnia paraesofágica
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14
Q

Em que patologias o Rx contrastado com bário pode ser opção?

A
  • Estruturais
    • Divertículos esofágicos e estenoses
    • Ulcerações
    • Hérnia hiatal
  • Neoplásico benigno e maligno
  • Motilidade
    • Acalasia e hipertensão do EEI
    • Espasmo esofágico difuso
    • Motilidade esofágica ineficaz
  • Trauma
    • Lesão iatrogênica (endoscopia, laringoscopia)
    • Perfuração (não é a 1° opção em perfurações agudas)
    • Estenose após lesão cáustica
  • Pediátrica
    • Estenose ou atresia esofágica
    • Fistula traqueo-esofágica
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15
Q
  1. Quais as indicações da manometria esofágica?
  2. Como é a classificação de Chicago baseado na pontuação da MEA?
A

► Pacientes com sintomas de disfagia, odinofagia DRGE ou dor torácica não cardíaca. Padrão-ouro para avaliação dos distúrbios de motilidade esofágica.

Tem que ser excluída a presença de massas ou lesões estruturais

Classificação de Chicago:

  1. Relaxamento incompleto do EEI (acalasia ou obstrução do fluxo na JEG)
  2. Distúrbios de motilidade maior (espasmo esofágico distal, hipercontratilidade ou ausência de contratilidade)
  3. Distúrbios de motilidade menor (motilidade esofágica ineficaz ou peristalse fragmentada)
  4. Motilidade esofágica normal
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