Problema 07 Flashcards

1
Q

Histologia do Estômago

(corte transversal)

A

No corte transversal do estômago, de fora pra dentro:

  • Serosa
  • Camada mm lisa longitudinal (ao longo do intestino)
  • Camada mm lisa circular (em torno do intestino)
  • Submucosa
  • Mucosa
  • Muscular da mucosa
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2
Q

Cinetose

(o que é?)

A

Síndrome complexa que ocorre em resposta a uma mov real ou percebida. Sua apresentação pode ser diversas, indo desde GI, SNC e sintomas autonômicos

  • Incompatibilidade entre o sistema sensorial percebido e o interno (esperado)
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3
Q

Cinetose

(Fisiopatologia)

A

Teoria neural da incompatibilidade e conflito sensorial

  • Informações aferentes ao TE: sistema vestibular, visual e proprioceptivo.
  • Regiões cerebrais envolvidas na orientação espacial e percepção de movimento são onde estão alojados os modelos internos.
    • Hipocampo: sofre deslocamento para frente-trás e de rotação passiva, podendo interferir no conflito de informação.
  • Nervo vago com aferências do TGI convergindo para centros da náusea e vômito auxiliando no conflito de informação
  • Aumentos nos níveis de grelina estão associados à elevação de respostas autonômicas na cinetose
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4
Q

Gastrite e suas etiologias

A

Tem sua definição em caract. histológicas da mucosa gástrica

  • Gastrite associada a H. pylori: causa mais comum de no mundo
  • Gastrite H. pylori negativas: devem ter todas as 4 caract:
    • Tripla coloração negativa da biópsia da mucosa gást // Cultura H. pylori negativa // Sorologia IgG para H. pylori negativa // Não ter história relatada de tratamento para H. pylori
  • Gastrite autoimune: inflamação crônica caract. por gastrite atrófica e associada ao îîî nos níveis séricos de anticorpos anti-parietal e anti-fator intrínseco. Mais comuns e mulheres jovens
  • Gastrite por outras infecções: Mycobacterium avium-intracelulare,infecção enterocócica, Herpes simplex e citomegalovírus.
  • Gastrite por refluxo de ácido biliar
  • Gastrite por radiação
  • Outras gastrites incomuns: colagenosa, eosinofílica, entre outras
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5
Q

Epidemiologia da gastrite

A

Na população ocidental, observa-se um declínio nas gastrites associada a H. pylori e aumento nas hepatites autoimunes

Em países em desenvolvimento (maior prevalência de g. crônica), a prevalência geral da HP varia com a região geográfica:

  • África: 69%
  • América do Sul: 78%
  • Ásia: 51%

Higiene ambiental e fatores socioeconômicos são fundamentais na transmissão da HP

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6
Q

Fisiopatologia Geral da Gastrite por HP

A
  • Helicobacter pylori

A transmissão da HP associada à gastrite acontece por via fecal-oral. Essa bactéria possui diversos fatores de virulência que facilitam:

  • Sua adesão cel // Dano celular // Quebra de junções intercelulares
  • Evasão da resposta imune

Possui genes que são potentes indutores da inflamação e que se correlacionam com o CA gástrico, essa potencialidade varia de acordo com a susceptibilidade do hospedeiro a essas respostas imunológicas exacerbadas (que induz liberação de IL-8) provocadas pela HP.

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7
Q

Fisiopatologia Geral da Gastrite por AINES e Autoimune

A
  • AINES: devido à inibição da síntese da prostaglandina. Estas são responsáveis pela manutenção de mecanismos protetores da mucosa g. contra lesões por HCl
  • Autoimune
    • Teoria 1: resposta imune superposta contra antígenos da HP. Ocorrendo reação cruzada entre os antígenos da bomba de prótons ou fator intrínseco
    • Teoria 2: Se desenvolve independente da HP. E anticorpos se direcionam contra as proteínas da bomba de prótons

Ambas resultam de uma interação complexa entre suscetibilidade genética e fatores ambientais resultando na desregulação imunológica envolvendo linfócitos T sensibilizados e auto-anticorpos (parietais e fator intrinseco)

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8
Q

História e quadro clínico da gastrite

A
  • Muitas pessoas: assintomáticas ou oligossintomáticas
    • Epigastralgia súbita, náuseas e vômitos (gastrite aguda)
  • Pontos importantes na história:
    • Tabagismo // consumo de álcool, AINES ou esteroides // alergias // radioterapia // distúrbios da vesícula // doenças autoimunes na história ou família (Hashimoto, Addison, Miastenia Graves, DM1, etc)
  • Exames complementares
    • Anemia por carência de ferro // B12
    • Histologia positiva em biópsias gástricas
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9
Q
  1. Como é o diagnóstico da gastrite?
  2. Quais as particularidades no dx da gastrite por H.pylori
  3. Quais as particularidades no dx da gastrite autoimune?
A

Considerando que a gastrite é um diagnóstico histológico:

  • Padrão ouro: Endoscopia + biópsia
    • Diagnóstico
    • Distribuição da lesão e gravidade
    • Causa
  • Testes associados a gastrite por H. pylori
    • Invasivos: gastroscopia + biópsia
    • Não invasivos: respiratório; sorológico; antígeno fecal
  • Autoimune
    • Gastrite atrófica de corpo ou fundo do estômago
    • Anticorpos contra fator intrínseco e células parietais
    • Aumento nos níveis de gastrina sérica, pepsinogênio 1 sérico
    • Razão de pepsinogênio level 1 e 2
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10
Q
  1. Qual o tratamento da gastrite ?
  2. Quais as particularidades no tratamento da Gastrite autoimune?
A

Varia de suplementação vitamínica (atrófica metaplásica), antibióticos (HP), imunomediação (autoimune) até alterações dietéticas (Eosinofílica)

Outras formas de tratamento incluem:

  • Cessar álcool e tabagismo, anti-inflamatórios e alimentos picantes
  • Gerenciar o estresse

Autoimune → reposição de Fe e B12 (1-2g). Monitorar os níveis de Fe e folato, tratar coinfecções por HP. Screening endoscópico para neoplasias gástricas

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11
Q

Quais as paricularidades no tratamento da gastrite por H. pylori?

A

H pylori → tripla terapia com: por 14 a 21 dias (1° linha)

  • Claritromicina
  • Inibidor da bomba de próton
  • Amoxicilina

Após duas falhas de erradicação, a cultura para H pylori e testes de resistência para antibióticos devem ser considerados

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12
Q
  1. O que é a Dispesia funcional?
  2. Quais seus tipos?
A

É um dos distúrbios funcionais GI mais comuns que possui diagnóstico clínico e afeta 20% da pop. São 3 diferentes subtipos:

  • Síndrome da dor epigástrica (SDE)
  • Síndrome do desconforto pós-prandial (SDP)
  • Ambas as síndromes
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13
Q
  1. Qual a etiologia da dispepsia funcional?
A

Provavelmente é multifatorial, no entanto, sua causa não é totalmente entendida. Vários fatores de risco são associados:

  • Infecções entéricas
    • H. pylori
    • E. coli
    • Salmonella
    • C. jejuni
  • Uso recente de antibióticos e o uso descontrolado de AINES
  • Tabagismo e obesidade (estar acima do peso)
  • Distúrbio psicossocial
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14
Q

Como é a fisiopatologia da dispepsia funcional?

(mecanismos)

A

Tradicionalmente, a dispepsia tem sido atribuída em distúrbios fisiológicos gástricos, divididos em:

  • Macroscópicos
    • DRGE
    • Esvaziamento gástrico atrasado
    • Alteração de hipersensibilidade visceral no SN
  • Microscópicos
    • Função prejudicada da barreira
    • Sensibilidade alterada para ác. duodenais ou lipídios
    • Inflamação gastroduodenal

Mecanismos adicionais: injúrias ambientais

  • Alimentos que induzem mudanças fisiológicas gastroduodenais
  • Inflamação por infecção; exposição alérgica pode recrutar eosinófilos

Psicológicos: ansiedade/depressão → estímulo neg no eixo cérebro-intestino

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15
Q

Qual o quadro clínico da SDP?

A

Os sintomas podem ser agudos ou crônicos

  • SDP:
    • Perda de apetite
    • Saciedade precoce
    • Náusea
    • Vômito
    • Regurgitamento
    • Inchaço

São sintomas que não progridem e não possuem red flags (vômitos persistentes, perda de peso, disfagia e sudorese noturna). Normalmente, com EF sem alterações.

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16
Q

Qual o quadro clínico da SDE?

A

Os sintomas podem ser agudos ou crônicos

  • SDE:
    • Cólicas estomacais
    • Outras dores abdominais superiores
    • Diaforese
    • Cefaleia
    • Distúrbios do sono
    • Bexiga irritada

São sintomas que não progridem e não possuem red flags (vômitos persistentes, perda de peso, disfagia e sudorese noturna). Normalmente, com EF sem alterações.

17
Q

Como é o diagnóstico da Dispepsia funcional?

A

Devem ser excluídas causas orgânicas, a avaliação por exames pode incluir os testes laboratoriais, EDA e USG se necessários!

Os critérios de Roma IV para dispepsia funcional são definidos como a presença de 1 ou mais desses sintomas:

  • Saciedade precoce (SDP)
  • Plenitude pós-prandial incômoda (SDP)
  • Epigastralgia ou queimação (SDE)

► Duração de pelo menos 3 meses, com o aparecimento dos sintomas, pelo menos, 6 meses antes do diagnóstico

18
Q
  1. Como é o manejo incial no tratamento da Dispepsia funcional?
  2. Como ocorre o seguimento desse tratamento?
A
  • Explicação do dx e discutir com o pct as expectativas do trat
    • A compreensão da doença é fundamental ao tratamento
  • Erradicação de HP é a 1° recomendação para todos que tenham suspeita!
    • Melhora os sintomas
    • Diminui a chance de úlceras pépticas e CA gástrico

Feito isso, o tratamento é dividido em 2 passos:

  • 1° linha de tratamento
    • IBP ou antagonista de H2, pelo menos, 4 semanas

Então, se os sintomas persistirem, o tratamento subsequente é com antidepressivo tricíclico ou agentes pro-cinéticos

19
Q

Cite, pelo menos, 3 dx diferenciais da Dispepsia funcional

A
  • DRGE
  • Infecção por H. pylori
  • Gastrite
  • Úlcera péptica
  • Doença celíaca
  • Síndrome do intestino irritável
  • Crescimento bacteriano excessivo no intestino delgado
  • Pancreatite crônica
  • Gastroparesia
  • Colecistite aguda
  • Carcinoma gástrico