Sangramentos da 2a metade da Gestação Flashcards

(69 cards)

1
Q

Quais as principais causas de sangramento nesse período?

A

DPP, PP, Rotura uterina, Rotura de vasa prévia, Ca colo útero, cervicite, pólipo, etc, sendo que até a vasa prévia são as que há risco à vida. DPP e PP correspondem a até 50% dos diagnósticos.

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2
Q

Qual a definição de DPP?

A

É a separação intempestiva (repentina) da placenta que estava normalmente fixada no corpo uterino após 20s de gestação e antes da expulsão do feto. Isso implica em sangramento uterino e redução no fornecimento de oxigênio e nutrientes para o feto.

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3
Q

Qual a incidência da DPP? Em qual período é mais frequênte?

A

Ocorre em 1-2% das gestações, sendo mais comum entre a 24a e 26a semana de gestação. *Vale ressaltar que até 20% das DPPs não apresentam sangramento vaginal.

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4
Q

Quais as possíveis complicações fetais da DPP?

A

É a principal causa de óbito perinatal***, PIG, restrição do crescimento fetal, parto prematuro e sofrimento fetal.

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5
Q

Quais as possíveis complicações maternadas da DPP?

A

Coagulação Intravascular Disseminada (CID), hemorragia, choque, histerectomia, óbito.

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6
Q

Qual a classificação da DPP?

A

4 graus: - Grau 0: DPP assintomática e sem sangramento. É diagnosticada após o parto com visualização do hematoma na histopatologia da placenta. - Grau 1: DPP sintomática, sangramento escasso, sem dor abdominal e sem hipertonia uterina. Não há comprometimento fetal e o diagnóstico é feito após o parto pela visualização do hematoma após a dequitação. Sem repercussões hemodinâmicas e coagulopatia. - Grau 2: DPP sintomática, sangramento moderado, hipertonia uterina, dor abdominal, taquicardia materna, alterações posturais da PA, sinais de sofrimento fetal. - Grau 3: DPP sintomática, sangramento exacerbado, dor abdominal intensa, hipertonia uterina, hipotensão materna, ÓBITO FETAL (descolamento de mais de 50% da placenta). Pode ser 3a (sem coagulopatia) ou 3b (com coagulopatia).

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7
Q

Qual a fisiopatologia do descolamento?

A

Por algum motivo, há uma hemorragia retroplacentária com formação progressiva de um hematoma. O aumento deste exerce pressão sobre a placenta, promovendo e aumentando seu descolamento, o que, por sua vez, aumenta ainda mais o hematoma, instalando-se um ciclo vicioso progressivo e irreversível. A morte fetal é inevitável quando a placenta está mais de 50% descolada.

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8
Q

Qual a colocação do sangue na DPP e por quê?

A

Escura, pois há metabolização do sangue por enzimas no trajeto desse sangue até a vagina.

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9
Q

Qual a fisiopatogenia da Hipertonia uterina?

A

O sangue em contato com o útero promove irritação no miométrio, fazendo com que este se contraia e muitas vezes haja trabalho de parto. Essa contratilidade está quase sempre associada a algum grau de hipertonia uterina por 2 mecanismos: a irritação do miométrio quando em contato com o sangue e o aumento exagerado das metrossístoles (taquissistolia) -> não há tempo para relaxamento uterino pois logo depois de uma sístole já se inicia outra.

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10
Q

Qual a fisiopatogenia da hipotensão uterina pós parto?

A

Com a evolução da DPP, o sangue infiltra no miométrio e promove alterações citoarquiteturais, fazendo com que, após o parto, esse miométrio não seja mais capaz de se contrair eficientemente, atenuando as ligaduras vivas de Pinard e facilitando a ocorrência de HPP.

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11
Q

O que é o útero de Couvelaire?

A

É o aspecto macroscópico do útero em hipotonia após DPP por infiltração de sangue no miométrio, se mostrando edemaciado, arroxeado e com sufusões hemorrágicas. Também é chamado de apoplexia uteroplacentária.

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12
Q

Qual a fisiopatologia das discrasias sanguíneas na DPP?

A

A formação do hematoma promove grande liberação e ativação de tromboplastina (trombogênico). Esta substância é liberada para a corrente sanguínea materna, favorecento a trombogênese no organismo materno. Esse quadro caracteriza a CID, que promove lesões de órgão alvo (como NCA nos rins e cor pulmonale) e consumo dos fatores de coagulação, fazendo com que haja uma depleção nos compostos que favorecem a coagulação e liberação de fibrinolíticos, promovendo INCOAGULABILIDADE.

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13
Q

Como é feito o diagnóstico de DPP e quais seus fatores de risco?

A

EMINENTEMENTE CLÍNICO. Os FR são: Traumáticos (acidente automobilístico, agressão, retração uterina intensa - amniotomia em polidrâmnio, gemelaridade após expulsão do 1° bebe, RPMO em polidrâmnio -, brevidade do cordão, Versão fetal externa, miomatose uterina, torção, hipertensão da VCI), não traumáticos (HAS, pré-eclâmpsia, RPMO, tabaco e cocaína, álcool, idade, multiparidade > 5, placenta circuvalada, anemia e má nutrição, DPP em gestação anterior).

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14
Q

Explique os seguintes fatores de risco: - Versão fetal externa; - Brevidade de cordão umbilical.

A

São fatores de risco traumáticos internos, sendo que a versão fetal externa é uma manobra utilizada raramente para alteração artificial da apresentação fetal. A brevidade do cordão pode ser relativa (circulares do cordão) ou absoluta, fazendo com que, na descida do feto, a placenta descole.

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15
Q

Explique os seguintes fatores de risco: - Acidente automobilístico; - Síndromes Hipertensivas; - Tabaco e cocaína;

A

Acidente automobilístico é a principal causa traumática de DPP, ocorrendo tanto pela desacelaração quanto pelo trauma direto. Deve haver monitorização fetal. Síndromes hipertensivas são os principais fatores na fisiopatogenia da DPP (obstrução e infartos no sítio placentário). O tabaco dobra o risco de DPP até a 32a semana e a cocaína está nitidamente relacionada à DPP. Ambos causam necrose na decídua basal.

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16
Q

Qual o QC clássico de DPP? Explique cada um.

A

Dor abdominal: pode variar de um leve desconforto até ser muito intensa. Caso a placenta seja de inserção posterior, a dor é lombar. Na pcte em TP, a dor persiste entre as contrações. Sangramento: exteriorizado (80%) ou hematoma retroplacentário. O hemoâmnio é detectado em até 50% das DPPs. Aumento do tônus uterino: pode chegar até hipertonia Útero de Couvelaire. Deve-se pesquisar fatores de risco na história clínica.

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17
Q

Qual a relação entre o volume de sangue exteriorizado e a gravidade do sangramento?

A

O sangramento exteriorizado pode não refletir a gravidade do descolamento, pois grande parte pode estar na forma de hematoma.

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18
Q

Quais achados são muito sugestivos de DPP?

A

A dor abdominal nos sangramentos de 2a metade da gestação é muito típico de DPP. No geral, HAS e hipertonia dizem MUITO a favor de DPP.

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19
Q

Quais os achados de EF na DPP?

A

EF de choque (extremidades frias, TEC > 2s, …), pulso paradoxal de Boero (ocorre no início da hemorragia, em que, por um reflexo vagal, a paciente está hipotensa mas sem taquicardia. Com a evolução do quadro, a paciente torna-se taquicárdica), manifestações de sofrimento fetal agudo (relacionado com a extensão do descolamento), convergência tensional.

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20
Q

Qual o uso dos exames laboratoriais na DPP?

A

Usados para rastrear complicações da DPP (discrasia sanguínea, anemia grave e choque hipovilêmico).

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21
Q

Qual o papel da USG na DPP?

A

Apresenta maior utilidade para excluir o diagnóstico de placenta prévia do que para confirmar DPP, não é sempre que se visualiza o hematoma e pode-se confundir hematoma com coleção normal de sangue. Quando alterado, o achado é o hematoma retroplacentário, paredes espessas da placenta e bordos da placenta sem continuidade.

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22
Q

Quais os DDs de DPP?

A

As outras causas de sangramento de 2a metade: PP (principal), rotuma uterina, rotura de vasa prévia e rotura do seio marginal. Outros: trabalho de parto (pode haver rompimento de vasos cervicais na dilatação), polidrâmnio agudo, gravidez abdominal avançada, varizes vulvares e vaginais.

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23
Q

Qual a conduta em caso de DPP?

A

Depende da vitabilidade fetal: - Feto vivo: a opção é a cesária, mas, se está em TP iminente (período expulsivo), pode-se realizar o parto por via baixa. - Feto morto: A melhor opção é, caso as condições maternas estejam preservadas, manter ela em observação (conduta expectante). Se as condições maternas se alterarem, realizar o parto pela via mais rápida (pref vaginal pois há o risco de incoagulabilidade na cesárea pela CID) -> Término da gestação por via baixa, estabilização materna e amniotomia.

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24
Q

Por que a amniotomia é indicada em DPP?

A

Reduz o volume uterino, o que facilita a contração das astérias espiraladas (diminui o sangramento) e redução da entrada de tromboplastina na circulação materna. Além disso, acelera ou inicia o trabalho de parto.

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25
Quais as complicações da DPP?
Choque hipovolêmico, IRA, NCA, NTA, óbito fetal, CID, útero de Couvelaire.
26
Qual o prognóstico da DPP?
Mortalidade de 3% na mãe e de 90% em média no feto (100% em casos gravos e 25% em casos leves), principalmente pela prematuridade.
27
O que é DPP crônico?
A formação do hematoma cessa completamente de alguma forma sem o parto, geralmente ocorrendo em oligodrâmnio, RCF e pré-eclâmpsia. Feto maduro: interrupção imediata. Feto imaturo: monitorização e avaliação diária do coágulo por US.
28
Qual a definição de placeneta prévia?
Também chamada de inserção viciosa da placenta, é a implantação placentária heterotópica sobre o orifício cervical interno (OCI), cobrindo-o total ou parcialmente ou avizinhando-se dele após 28 semanas de gestação.
29
Por que o diagnóstico de PP deve ser feito apenas após 28 semanas de gestação?
Pois a placenta "migra" de acordo com o período da gravidez, fazendo com que ela possa estar prévia na 16s mas tópica na 28s. Essa migração ocorre pelo crescimento diferencial das porções uterinas e termina na 28s semana, fazendo com que o diagnóstico só possa ser feito após 28s.
30
Qual a incidência e os grupos mais acometidos por placenta prévia?
Ocorre em torno de 1% das gestações, sendo principalmente em multíparas (1:20) e a incidência cresce até o fim da 4a década de vida.
31
Quais os tipos de implantação da placenta?
Tópica: inserção em seu sítio habitual (segmento corporal da cavidade uterina). Heterotópica: inserção na matriz uterina mas fora de seu sítio habitual. Ectópica: fora da cavidade uterina (ocorre em todas as gestações ectópicas).
32
Quais as possibilidades de implantação heterotópica?
Cornual/Angular: nos ângulos da cavidade uterina. Baixa: segmento inferior do útero mas não chega ao OCI. Cervical: dentro da cavidade do colo do útero.
33
Quais os tipos de PP?
Total ou Central Total: recobre totalmente o OCI. Parcial ou Central Parcial: recobre parcialmente o OCI. Marginal: apenas toca o OCI, sem recobrí-lo. Lateral ou Baixa: a placenta não se relaciona com o OCI mas está a menos de 5 cm dele.
34
O que a expressão "prévia" significa em obstetrícia?
Usa-se esse termo para designar qualquer estrutura localizada entre a apresentação fetal e o OCI.
35
Imagem tipos de PP
.
36
Qual a fisiopatologia da PP?
A placenta procura se implantar em regiões de maior vascularização, que seria o fundo e o segmento superoposterior. A PP pode se formar por decidualização pobre do útero (como alterações inflamatórias ou atróficas), fazendo com que a placenta desvie sua implantação para áreas com melhores condições de nutrir o ovo. Em condições como o tabagismo (hipoxemia relativa), a placenta apresenta hipertrofia compensatória de suas vilosidades coriônicas, aumentando a chance de ela se tornar prévia.
37
Quais os FR para PP?
Cesárea (mais importante FR), idade, multiparidade (deficiência da decídua basal), tabagismo (hipoxemia relativa), curetagem, endometrite, gemelaridade, hidropsia fetal.
38
Qual o QC da PP?
Sangramento autolimitado, cor vermelho vivo, indolor, sem outros sintomas, desvinculado a esforços físicos e traumas, aparecemnto mais comumente no final do 2° e início do 3° trimestres. Vale lembrar que, diferentemente da DPP, o sangramento se exterioriza completamente e sempre.
39
Qual a morbidade e prognóstico da PP?
A morbidade é relacionada à hemorragia causada pela PP, sendo que o prognóstico varia de acordo com as características do canal cervical e com a localização da placenta em relação ao OCI (maior risco de hemorragia quanto mais perto estiver do OCI).
40
Como deve ser feito o EF na PP?
Sinais vitais maternos, sinais vitais fetais, palpação abdominal (visualização de estática fetal alterada e tônus normal), ausculta (BCF normal, cardiotoco normal), exame especular para ver o sangue saindo do OCE. O toque vaginal é PROSCRITO (NUNCA deve ser realizado) pelo risco de desencadear uma hemorragia intensa.
41
Como é feito o diagnóstico de PP?
Ultrassonográfico, podendo ser transabdominal ou transvaginal (este é mais específico). Pode ser feito também uma RMN.
42
O USG transvaginal não aumentaria o risco de sangramento na PP?
Não, pois a localização ideal dele é a 3cm do OCE, portanto não toca no OCE e não apresenta maior risco de hemorragia, diferentemente do toque vaginal.
43
Qual outro papel da USG na PP?
Definir a chance de possíveis complicações dessa paciente e a conduta: - Placenta \> 2cm do OCI -\> pode fazer parto vaginal. - Colo curto, margem placentária recobrindo o OCI -\> preditivo de hemorragia anteparto grave. - Margem palcentária \< 4 cm do OCI -\> pode ser preditivo de HPP expressiva.
44
Fale sobre 2 condutas importantes na PP?
Não realizar toque vaginal e realizar aminiotomia caso a via vaginal for escolhida, pois favorece a descida da apresentação fetal, comprimindo a borda placentária e reduzindo a hemorragia.
45
Quais fatores determinam a conduta na PP?
Intensidade do sangramento, hemodinâmica materna, idade gestacional, tipo de inserção viciosa da placenta.
46
Explique como esses fatores determinam a conduta da PP?
Intensidade do sangramento: se for muito intenso, a gestação deve ser interrompida por via alta. Hemodinâmica materna: comprometida -\> interrupção por via alta. IG: pré-termo e 2 itens anteriores bons -\> expectante. A termo -\> interrupção. IVP: total -\> cesárea; parcial -\> cesárea; marginal/ lateral -\> pode ser por parto vaginal com método de Puzos obrigatório caso sangramento pequeno e vitalidade materna preservada.
47
O que é o método de Puzos?
É a realização da amniotomia com objetivo diferente de um parto normal -\> o objetivo é a compessão da placenta para diminuir a hemorragia.
48
Organograma de conduta PP.
.
49
Quando o parto vaginal é permitido na PP?
PP marginal, com borda fina, apresentação fetal cefálica encaixada, vitalidade materna e fetal preservada e sangramento de pequena intensidade.
50
Quais as complicações da PP?
HPP, infecção puerperal, RPMO, acretismo placentário, lacerações de trajeto, distócia de parto, apresentações anômalas, parto prematuro.
51
O que é rotura uterina e quais seus tipos?
É o rompimento parcial ou total do miométrio durante a gravidez ou TP. Pode ser parcial (quase sempre relacionada à deiscência de cicatriz uterina - cesárea), não havendo rompimento da serosa, podendo se tornar total na vigência do parto; ou total (espontâneo ou traumático), em que há rompimento do miométrio e serosa, havendo comunicação do útero com a cavidade abdominal.
52
Quais os sinais de rotura uterina?
Alteração nos BCF, sangramento vaginal, dor abdominal constante, cessação das contrações uterinas (hipotonia), hipotensão materna e taquicardia.
53
O que é o prenúncio clínico da rotura uterina?
O anel de Bandl, que é uma distanção segmentar da porção inferior do útero. Há também o sinal de Frommel (ligg. redondos se voltam para a face ventral e se tornam espessos, podendo ser palpados).
54
O que é vasa prévia (vasos prévios)?
São os vasos presentes no funículo umbilical (2 artérais e 1 veia) que correm livres nas membranas (entre córion e âmnio) e que atravessam o OCI, se tornando prévias (entre a apresentação e o OCI).
55
De quem são os vasos prévios? O que isso implica?
Do feto, implicando que uma alteração nessa circulação (rompimento ou compressão) afetam a vitalidade fetal drasticamente.
56
Quais os fatores de risco para rotura de vasa prévia?
Está associada a inserções marginais do cordão umbilical, placenta de inserção baixa (principal), placentas bilobadas, placentas sucenturiadas e inserção vilametosa do funículo umbilical (50% dos casos).
57
Defina: Placenta bilobada e Placenta sucenturiada.
Bilobada: Completa separação da placenta em 2 lobos com veias e artérias umbilicais distintas que se unem em 1 único cordão umbilical. Sucenturiada: Lobos adicionais do tecido placentário com ramificação das artérias e veias umbilicais para irrigá-lo. Os lobos acessórios podem se complicam como placenta prévia ou vasa prévia.
58
O que é inserção velamentosa do funículo umbilical?
Ocorre quando os vasos umbilicais deixam o cordão umbilical (não são mais revestidos e protegidos pela geleia de Wharton) e percorrem entre o córion e âmnio até alcançarem a placenta, sendo mais suscetíveis a traumatismos.
59
Qual a diferença entre inserção velamentosa do funículo umbilical e rotura de vasa prévia?
A inserção velamentosa é uma condição que ocorrem em até 1% das gestações e está presente em 50% dos casos de vasa prévia. No entanto, a presença dessa inserção não é sinônimo de vasa prévia, pois esses vasos desprotegidos podem percorrer outras regiões fora do OCI, como no fundo ou região posterossuperior do útero. A inserção pode complicar com rotura dos vasos (não necessariamente sendo prévios, como na amniorrexe - rotura espontânea das membranas) ou por compressão. Já a vasa prévia é rompida em amniotomia (rotura artificial das membranas).
60
Qual o QC da rotura de vasa prévia?
Hemorragia no final da gravidez ou no trabalho de parto após rompimento da bolsa das águas (seja ela espontânea ou artificial), pois a inserção do cordão se dá nas membranas.
61
Quais as complicações de rotura de vasa prévia?
Como o sangue é fetal, as complicações são fetais, podendo haver sofrimetno fetal e, muitas vezes, óbito fetal.
62
Como é feito o diagnóstico de rotura de vasa prévia?
Pode ser identificado por dopplerfluxometria ou USG transvaginal. A dopplerfluxometria está indicada para rastreamento de vasa prévia em: placenta baixa, bilobada, sucenturiada, gravidez por técnicas de reprodução assistida.
63
Qual o prognóstico da rotura de vasa prévia?
Varia de acordo com o período em que foi diagnosticada a vasa prévia: 3% de mortalidade fetal quando anteparto chegando até 56% de mortalidade fetal quando pós parto. É pior quando a veia umbilical é acometida.
64
Qual a conduta em rotura de vasa prévia?
Na constatação de vasa prévia, a melhor conduta é cesárea em pacientes com 36 semanas ou mais.
65
O que é o seio marginal?
São os vasos presentes na margem da placenta (quando a porção fetal e materna se encontram -\> borda da placenta). No meio da placenta é o espaço interviloso.
66
Qual o QC de rotura do seio marginal?
Muito semelhante à PP, com a diferença de a placenta estar com implantação normal. Ou seja: sangramento de pequena monta, contínuo, recorrente, vermelho-vivo, sem alteração de tonus, sem comprometimento da vitalidade fetal.
67
Qual a frequência de rotura do seio marginal e quando suspeitamos?
Está presente em até 50% das gestações, sendo suspeitada quando a placenta está inserida normalmente e há um sangramento recorrente e de pequena monta.
68
Como é feito o diagnóstico de rotura do seio marginal?
Impossível ser feito anteparto, sendo realizado através da análise histopatológica com visualização do coágulo organizado na região do seio marginal.
69
Quais os fatores que predispões à rotura do seio marginal?
PP, placenta circunvalada e DPP.