SCA Flashcards
Fatores de risco NÃO-MODIFICÁVEIS
- Idade
- Sexo masculino - as mulheres têm 10 A a mais de proteção devido ao estrogénio
- História Familiar de DAC prematura
♂ < 55 anos ou ♀ < 65 anos
Fatores de risco MODIFICÁVEIS
Diabetes mellitus Hiperlipidemia Hipertensão Arterial Obesidade Síndrome Metabólico Sedentarismo Tabagismo Alcoolismo
Marcadores de risco de DAC
São marcadores que aumentam o risco de um doente ter eventos cardiovasculares. No entanto, o tratamento destes fatores NÃO reduz a probabilidade desses eventos
Lipoproteína (a)
Hiperhomocisteinemia
PCR de elevada sensibilidade
Calcificação Arterial Coronária (score de cálcio)
CRITÉRIOS DE SÍNDROME METABÓLICO
- Circunferência abdominal: ♂ > 102cm,♀ > 88cm
- Pressão Arterial: ≥135/85mmHg (PA alta)
- Triglicéridos: ≥150mg/dL
- HDL-colesterol: ♂ < 40mg/dL,♀< 50mg/dL (e não LDL!)
- Glicémia: ≥110mg/dL em jejum (pré-diabetes)
Diagnóstoco: pelo menos 3 critérios dos 5
Angina estável
Cardiopatia isquémica
- Placa estável (estável porque capa fibrosa espessa com menor probabilidade de romper) mas que evolui de forma progressiva e insidiosa
- Queixas monótonas de angina relacionada com exercício ou stress, quando a obstrução ≥70%
Angina Instável
SCA:
- Angina instável (sem elevação dos biomarcadores)
- NSTEMI
- STEMI
- Placa instável, mais inflamatória e capa fina com maior probabilidade de rotura»_space; fenómeno aterotrombótico agudo:
Obstrução Parcial: NSTEMI ou angina instável ObstruçãoTotal: STEMI
Em que fase do ciclo se dá a vascularização do miocárdio pelas coronárias?
Diastólica
V ou F?
A obstrução TOTAL do lúmen de um vaso resulta SEMPRE em STEMI
FALSO
A DAC crónica leva ao desenvolvimento de VASOS COLATERAIS, pelo que a rotura de uma placa com obstrução completa pode causar NSTEMI ao invés de STEMI (a vascularização do território em isquémia é compensado pelos vascularização colateral)
V ou F?
Uma STEMI leva sempre a onda Q, enquanto que um NSTEMI nunca leva a onda Q
FALSO
Depende do tempo de isquémia e da extensão do território em isquémia.
Logo: pode haver enfartes sem supra que resultam em onda Q; e enfartes extensos (com supra) cuja revascularização é precoce pelo que não deixa cicatriz (onda Q)
Miocárdio hibernante VS atordoado
Ambos consequência de isquémia - disfunção da contratilidade miocárdica (mas tecido viável) - potencialmente reversíveis com resolução da isquémia
Hibernante - Isquémia Crónica
Atordoado - Isquémia Aguda (40 dias)
Classe de classificação de Killip-Kimball
IC na SCA
I - sem sinais de IC
II - fervores crepitantes (congestão) e/ou S3
III - EAP
IV - Choque cardiogénico:
- PAS < 90 ou PAM < 65 + hipoperfusão periférica (tempo de reperfusão capilar > 5s, extremidades frias, ↓PA, hipoperfusão SNC - confuso, obnubilado; hipoperfusão renal - oligúria, etc)
Equivalentes anginosos
Apresentação atípica da angina (não melhora com repouso, sem clara relação com o esforço, dor apenas na área de irradiação)
- Mulheres
- Idosos
- Diabéticos
Sintomas neurovegetativos e relação com a anatomia do enfarte:
EAM da Parede anterior
Vascularização: Artéria descendente anterior (LAD)
SNS : taquicardia, hipertensão, taquidisritmias, suores, diaforese, tremores
Sintomas neurovegetativos e relação com a anatomia do enfarte:
EAM da Parede inferior
Vascularização: Artéria coronária drt
SNPS: Bradicárdia, hipotensão, bradicardia com ritmo de escape alto, sintomas GI náuseas, vómitos, angina sob a forma de epigastralgia
Dor anginosa - extensão?
Pode ir desde o umbigo à mandíbula!
Quais são os biomarcadores mais sensíveis e específicos? (e + usados)
Troponinas: I e T
Aumentam a partir das 2-4 horas
Mantêm-se elevadas durante 7-10 dias
No contexto de enfarte, o diagnóstico é feito pela CLÍNICA + ECG, sendo que as troponinas têm somente valor prognóstico (e não valor diagnóstico).
Quanto maior o valor, maior a extensão de enfarte.
Devem-se obter valores seriados para averiguar a sua evolução! não basta x1 medição
Em que casos se utiliza o CK-MB?
Pouco usado;
Utilizado para doentes internados por EAM em que se suspeita de novo episódio de necrose miocárdica - novo aumento de CK-MB com troponinas persistentemente elevadas
V ou F?
As troponinas elevam-se somente na isquémia do micocárdio
FALSO - podem estar elevadas por qualquer causa que condicione lesão do miocárdio
Ou seja: específicas para tecido cardíaco, e sensíveis para isquémia
Diagnóstico diferencial de troponinas elevadas
Causas cardíacas - lesão miocárdio:
Taquidisritmias
Insuficiência Cardíaca congestiva
Emergências Hipertensivas
Infeção / inflamação (p.ex.: miocardite ou pericardite)
Síndrome de takotsubo
Cardiopatia estrutural (p.ex.: estenose aórtica)
Disseção Aórtica
Espasmo Coronário
Procedimentos cardíacos
(p.ex.: biópsia endomiocárdica, ablação, CABG, PCI)
Doenças infiltrativas
(p.ex.: amiloidose, hemocromatose, neoplasia)
Causas não cardíacas - sistémicas:
Falência renal - menor clearance das troponinas
AVC ou D. neurológia aguda (p.ex.: hemorragia subaracnoideia)
Embolia ou HTA Pulmonar (aumenta o stress sobre VD)
Hipotiroidismo ou hipertiroidismo
Doença crítica sstémica: toxicidade (p.ex.: antraciclinas; veneno de serpente); Sépsis / Choque; Trauma
(p.ex.: choque, queimadura, trauma torácico)
Rabdomiólise
Esforços de endurance (p.ex.: ultra-maratona)
Derivações ECG - Parede lateral
DI
aVL
V5-V6
Vascularizado por Artéria Circunflexa
Derivações ECG - Parede Inferior
DII
DIII
aVF
Vascularizado por Artéria Coronária Drt
(menos comum ACx!)
Derivações ECG - Parede Septal (antero-septal)
V1-V2
Vascularização da Artéria Descendente Anterior
Derivações ECG - Parede Anterior
lembrar de SAL
Septal: V1-V2
Anterior(apical): V3-V4
Lateral (V5-V6)
+ DI, aVL
Vascularização da Artéria Descendente Anterior
Derivações ECG - Parede Posterior
V7-V9
Vascularizado por Artéria Circunflexa (artéria descendente posterior
ATENÇÃO: estas derivações são extra e não são feitas por rotina no ECG de 12 derivações; logo obstruções da ACx são os que têm pior representação no ECG
Tipos de EAM:
Tipo 1
TIPO 1 - ESPONTÂNEO
Rotura, ulceração, fissuração, erosão ou disseção de placa aterosclerótica
Tipos de EAM:
Tipo 2
TIPO 2 – DESEQUILÍBRIO O2
Desequilíbrio de entrega / necessidade de O2
(ANEMIA severa, crise hipertensiva, crise tireotoxica, FA com resposta ventricular rápida, hipotensão, taquicárdia, etc)
Tipos de EAM:
Tipo 3
TIPO 3 – MORTE SÚBITA
Biomarcadores de necrose não-disponíveis
Tipos de EAM:
Tipo 4
TIPO 4 – EAM ASSOCIADO A PCI (Angioplastia)
4a - elevação troponinas e sintomas, ECG ou angiografia com alteração de novo
4b - trombose de stent
Tipos de EAM:
Tipo 5
TIPO 5 – EAM ASSOCIADO A CABG
elevação troponinas e sintomas, ECG ou angiografia com alteração de novo
Padrão T Wellens
ondas T invertidas ou bifásicas nas derivações anteriores V2-V3, sugestivo de lesão da artéria descendente anterior proximal
Nitratos:
- Principais E.A.?
- Principal C.I.?
E.A: Cefaleias, hipotensão
C.I: EAM DRT»_space; IC DRT AGUDA
(manifesta-se com choque hipovolémico e vasodilatadores iriam agravar este quadro)
outros: hipotensão ou I-PDE5 há menos de 2 dias
EAM - como se faz o controlo da dor?
Nitratos, morfina, BBloqueantes
- Exceptuado os BB, nenhum tem efeito na redução da mortalidade
- Os principais EA são bradicárdia (excepto nitratos) e hipotensão
ECG de NSTEMI/angina instável
- Ausência de elevação ST
- ECG normal ou alterações inespecíficas:
Depressão do ST - que NÃO permite localizar a parede/zona de enfarte
Ondas T invertidas - se de novo e profundas ≥0,3mV
Ausência onda R
Gestão AGUDA de NSTEMI/angina instável
Clínica + ECG + Aumento das troponinas (monitorização seriada)
- Dor: morfina ou nitratos (EV) - sem efeito na mortalidade
Esquema anti-trombótico (antiagregantes + anticoagulação):
- Dupla anti-agregação em dose de carga:
- Aas 250-325 mg
- Inibidor da P2Y12: Ticagrelor 180 mg ou Pasugrel 60 mg C.I.: Cateterismo < 24h - Anticoagulação: Heparina - HBPM (Enoxaparina EV)
Se C.I. para heparina (trombocitopénia induzida pela heparina)»_space; Fondaparinux - B-bloqueante (metoprolol EV)
- Estatina (atorvastatina 80 mg)
- Estratificar risco para estratégia invasiva precoce