Tuberculose, Neoplasia do pulmão Flashcards

(61 cards)

1
Q

Mycobacterium tuberculosis

A
Bacilos álcool-ácido resistentes (BAAR)
Crescimento lento (as culturas demoram a positivar)
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Q

V ou F?

Um BAAR + é diagnóstico de infeção por Mycobacterium tuberculosis

A

Falso!

Não são os únicos! Nocardia, Rhodococcus, Cryptosporidium

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3
Q

VIH e Tuberculose

A

Importante relação!
Rastreio VIH a todo o doente com diagnóstico de TB
e
Rastreio de TB a todo o doente com VIH

NOTA: os antibacilares interferem com os antivirais. Não devem ser usados concomitantemente - fazer primeiro terapêutica para Tb!

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4
Q

Isolamento a doentes com Tuberculose

A

Isolamento respiratório, pois a principal forma de transmissão é por inalação de gotículas/aerossolização (tosse, espirro e diálogo)

e não isolamento por contacto!

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5
Q

Quais são os tipos de tuberculoses que são contagiosas?

A

APENAS a pulmonar e laríngea

As extrapulmonares não são formas contagiosas!

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6
Q

V ou F?

BAAR negativo, i.e, exame direto negativo, significa que o doente não é contagioso

A

FALSO!

também é contagioso, embora tenha menor risco de contagiar do que BAAR positivo

Também se deve fazer o rastreio aos contactos

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7
Q

Crianças e imunodeprimidos (VIH)

A

Grupos de indivíduos que:

  • Menos contagiosos por serem menos bacilíferos e por apresentarem menos cavitações
  • Maior risco de desenvolver doença ativa, quer na primo-infeção quer na infeção latente
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8
Q

3 formas após contágio

A
  1. Resolução: IGRA e TST -
  2. Latente: IGRA e TST +
  3. Infeção ativa: BAAR e culturas +, IGRA e TST +
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9
Q

Quais são as células inflamatórias envolvidas na tuberculose?

E as citocinas inflamatórias?

A

Macrófagos
Linfócitos TCD4 (dai a importância do seu papel no VIH!)

TNF-alfa e IFN-gamma

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10
Q

TB primária vs secundária

A
Primária:
TB pulmonar após primo-infeção
Sem tempo de formação de granulomas, sem cavitações
Menos contagiosa
\++ lobos inferiores
Secundária:
Reativação após latência 
Cavitações (os ganulomas formados cavitam)
Mais contagiosa
\++ lobos superiores
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11
Q

V ou F?

TB pulmonar e pleural é uma forma de tuberculose disseminada/miliar

A

FALSO

TB miliar = atingimento de 2 ou mais órgãos que não são contíguos (ex: pulmão e cérebro)

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12
Q

Clínica TB

A

Quadro SISTÉMICO e INESPECÍFICO

Tosse produtiva e purulenta, com ou sem hemoptises
febre, calafrios, sudorese noturna
Quadro consumptivo - perda ponderal, anorexia, mal-estar e fadiga

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13
Q

V ou F?

A dispneia é um sintoma característico de TB

A

A DISPNEIA não é frequente apesar do envolvimento pulmonar extenso no RX (pode haver dispneia se doença extensa e periférica associado a toracalgia pleurítica)

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14
Q

Hiponatrémia na Tuberculose - qual a fisiopatologia?

A

Secreção Inapropriada de Hormona Antidiurética

é comum!

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15
Q

Diagnóstico de TB

A
  1. Exame direto / microscopia com BAAR
    coloração Ziehl-Neelsen
    3 amostras/baciloscopias das quais 1 deve ser matinal
    na criança pode ser suco gástrico
    Uma amostra de expectoração negativa não exclui TB doença activa
  2. Exame cultural - GS
    em meio sólido (Lowenstein - 4-8 semanas) ou líquido
    (10 dias-3 semanas)
    necessário para o TSA
  3. Testes moleculares
    PCR = TAAN
    GeneXpert, Genotype - Resistências
  4. Histologia - Granulomas com ou sem necrose

SEMPRE que pedimos exame direto, é STANDART pedir cultura

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16
Q

Quando internar um doente com TB?

A

Instabilidade clínica (ex: hemoptises grandes volumes, vómitos incoercíveis e diarreia, etc)
TBMR (resistência Rifampicina)
Sem apoio familiar e no domicílio
Insuficiência hepática&raquo_space; esquemas terapêuticos têm elevada toxicidade hepática

Nem todos os doentes necessitam de internamento!

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17
Q

Quando suspender o isolamento em internamento?

A

quando melhora clínica + 15 dias de tratamento + 3 baciloscopias negativas

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18
Q

Clínica + BAAR/granulomas

A

Diagnóstico possível

Logo BAAR + e granulomas não traduzem necessariamente TB (existem outras estirpes BAAR)

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19
Q

Exame cultural positivo
ou
BAAR + TAAN +

A

Diagnóstico confirmado

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20
Q

V ou F

Deve-se iniciar o tratamento na suspeita de TB, sem esperar pelos exames confirmatórios

A

FALSO!

Iniciar tratamento quando:
TB pulmonar - dx confirmado
TB extra-pulmonar - dx possível

Procurar sempre obter diagnóstico definitivo antes de iniciar terapêutica - não quer isto dizer que temos de esperar pela cultura e TSA para iniciar o esquema terapêutico HRZE

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21
Q

BAAR - e TAAN -

A

NÃO exclui diagnóstico!

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22
Q

Utilidade do TAAN

A

SÓ para o diagnóstico!

Não tem valor no seguimento do doente. Pode ser positivo mesmo na presença de bacilos inviáveis/mortos

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23
Q

TB pleural - o que a toracocentese revela no exsudado?

A

Exsudado de predomínio linfocitário e presença de ADA (que não é exclusivo de TB - empiema, AR, linfoma, etc)
Critérios de light positivos

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24
Q

Doente com sinais de infeção urinária (disúria, polaquiuria, piúria/hematúria) mas cultura estéril - pensar em que?

A

TB urinária!

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25
Mal de Pot
= espondilite tuberculosa (que atinge a coluna vertebral)
26
Quais são as 2 formas de Tb cujo uso de corticóides é benéfico?
TB meníngea e pericárdica São as únicas formas de TB com benefício de corticoterapia adjuvante.
27
Tratamento de TB multisensível
HRZE Isoniazida (H) Rifampicina (R) Pirazinamida (Z) Etambutol (E) Indução: HRZE 2 meses (56 tomas) + manutenção: HR 4 meses total de 6 meses, sob TOD
28
Variação da duração da terapêutica anti-Tb
Normal : 6 meses Prolongar se: ``` 9m aos 2 meses cultura ainda positiva silicose fase inicial sem Z (Pirazinamida) TB pulmonar cavitada ``` 12m (1 ano): SNC, óssea, disseminada Fase inicial sem R (Rifampicina)
29
Doente com insuficiência renal (aguda ou crónica) - quais os fármacos que devem ser ajustados?
Pirazinamida e Etambutol precisam de ajuste de dose/posologia mnemónica - "Pee"
30
Qual o principal efeito adverso do esquema HRZE?
Toxicidade Hepática! quando ocorre ↑ transaminases (AST e/ou ALT): 3x + sintomas 5x sem sintomas Se se desenvolver toxicidade hepática, suspender antibacilares e reiniciar apenas quando transaminases <2xLSN
31
monoresistência poliresistência TB Multirresistente TB Extremamente Resistente
Monorresistência – resistência a apenas 1 antibacilar (excepto R) Polirresistência – resistência a 2 antibacilares de 1a linha (excepto H+R) ``` TB Multirresistente (TBMR) – resistência a pelo menos H+R Porque se há resistência a R geralmente tem resistência a H ``` TB Extremamente Resistente - TBMR + Fluoroquinolona + Aminoglicosídeo
32
Resistência à Rifampicina
tratar como multirresistente (TBMR)
33
Há particularidades nas grávidas?
Não - Antibacilares de 1º linha são seguros e devem continuar a amamentar
34
Ao fim de quanto tempo, perante um exame bacteriológico positivo, se suspeita de falência terapêutica?
3 meses
35
Para além da hepatotoxicidade, quais são os principais efeitos adversos?
Isoniazida (H) - neuropatia periférica Rifampicina (R) - GI Pirazinamida (Z) - artralgias - é tb o principal hepatotóxico Etambutol - nevrite retrobulbar Perante estes E.A opta-se por tolerá-los e mantém-se a terapêutica por ser a mais eficaz Interromper se E.A graves e substitui-se por alternativos
36
Com que fármaco podemos prevenir a neuropatia periférica provocada por HRZE? A quem deve ser feito?
Piridoxina (vitamin B6) Previne a neuropatia periférica (dor, parestesias, fraqueza das extremidades) nos grupos de risco: ``` ▻ Grávidas ▻ Desnutridos ▻ Etanolismo ▻ Diabetes ▻ Doença renal crónica ▻ Infecção VIH ``` Na prática faz-se a todos os doentes
37
Crianças que contactam com caso positivo para TB - o que fazer?
1. Rastreio 2. Tratamento profilático 3. Vacina BCG se < 6 anos ( e > 2000g)
38
Significado TST e IGRA +
Apenas significa que já houve contacto com o bacilo: 1. Resolução 2. Infeção latente 3. Infeção ativa 4. Infeção ativa passada e resolvida raramente com utilidade diagnóstica – não diferenciam doença activa de infecção latente
39
Se o indivíduo fez a vacina BCG, que exame serológico deve realizar?
O IGRA
40
Como realizar o rastreio?
1. Excluir doença ativa - Avaliar sintomas, pedir RX tórax e exames microbiológicos (se alta suspeita) 2. Pesquisar por infeção latente - testes imunológicos IGRA e TST (DGS recomenda fazer ambos) Se clínica sugestiva, excluir sempre doença ativa ANTES de fazer o rastreio
41
TST postivo - cut-offs
Imunocompetente (adulto e criança): > 10 mm | Imunodeprimido (adulto e criança): > 5 mm
42
Quem deve realizar quimioprofilaxia após contacto com um caso positivo a TB? Qual o esquema terapêutico da profilaxia?
Todas as crianças e imunodeprimidos 9M de Isoniazida 300mg Alternativa: 4M de Rifampicina 600mg nota: Não é necessário nenhum “teste de controlo/pós-tratamento”
43
Ao fim de quanto tempo os testes serológicos devem ser repetidos?
8 - 10 semanas quando são negativos
44
Quando é que se avança da fase de indução para a de manutenção?
cultura negativa + TSA com sensibilidade aos | Abs + mínimo de 2 meses de terapêutica (56 tomas)
45
Rastreio do cancro do pulmão
TC tórax de baixa dose em doentes de alto risco: Idade 55-74 anos Carga tabágica >30 UMA Fumadores ou ex-fumadores <15 anos Diminuição de 20% da mortalidade
46
Deteção de um nódulo - qual a probabilidade de malignidade?
Risco do doente + características do nódulo Risco do doente: - > 40 anos, hx de tabagismo ou exposição a asbestos, hx familiar de neo do pulmão Características do nódulo nódulo suspeito se único, grande > 8mm, bordos espiculados e irregulares, vidro despolido, calcificação periférica ou excêntrica, localizado nos lóbulos pulmonares superiores
47
Perante um nódulo com alta suspeita de diagnóstico, como proceder?
TAC Torácica + Estadiamento + diagnóstico
48
Estadiamento
1. TAC toraco-abdominal (janela para fígado e suprarrenais) + 2. PET - SUV > 2,5 é sugestivo de malignidade + 3. TAC contraste/RM crânio-cefálica
49
Quais são as limitações da PET?
Deteta nódulos apenas de dimensões > 10mm | Não estadia o SNC (o cérebro é metabolicamente activo)
50
Quais são os órgãos para onde mais frequentes a neoplasia do pulmão metastiza?
``` Fígado Suprarrenais osso cérebro pleura ```
51
Tipos de neoplasias do pulmão
1. Cancro de pulmão de pequenas células 2. Cancro pulmão de não pequenas células a. Adenocarcinoma (+++) b. Carcinoma pavimentocelular / epidermóide / escamoso c. Carcinoma de Grandes Células
52
Quais são os tumores associados ao tabagismo?
CPPC e CPC (+++)- são tumores mais centrais
53
CPPC
- Tumor rapidamente progressivo com metastização precoce - Boa resposta inicial à QT mas rapidamente resistentes - Fumadores, idosos, Central - O de pior prognostico
54
Adenocarcinoma
- Não-fumadores ou tabagismo leve (<10 UMA), periférico - Mulher - Adultos jovens (<60 anos)
55
Síndromes paraneoplásicos | + frequente no CPPC
▻ Hipercalcémia (produção ectópica de hormona paratiroideia) ▻ Hiponatrémia (Síndrome da Secreção Inapropriada de Hormona Antidiurética – SIADH) ▻ Síndrome de Cushing (produção ectópica de ACTH) ▻ Síndrome miasténico de Eaton-Lambert (reação cruzada com pordução de Ac que resulta em fraqueza e fadiga dos músculos proximais, poupa os músculos extra-oculares e bulbares) ▻ Eventos trombo-embólicos (TVP, TEP)
56
Síndrome Horner
▻ Enoftalmia ▻ Ptose ▻ Miose ▻ Anidrose
57
Síndrome de Pancoast
Tumor no apéx pulmonar com atingimento dos nervos cervicais: ▻ Omalgia com irradiação cubital ▻ Destruição dos primeiros arcos costais
58
Síndrome da Veia Cava Superior (compressão da veia cava superior)
▻ Edema e rubor facial ▻ Dispneia ▻ Circulação colateral torácica ▻ Distensão jugular ▻ Rouquidão >> É uma emergência oncológica! Tx: elevação da cabeceira + furosemida + corticoterapia + RT local
59
Diagnóstico
Recolha de amostra histológica (tumor primário ou metástase) Nódulo Central - Broncofibroscopia (BFO) ou FNA-EBUS (broncofibroscopia com sonda) Nódulo Periférico - Punção aspirativa transtorácica (PATT) nota: FNA-EBUS é diagnóstico e faz estadiamento
60
O pulmão é frequentemente local de metastização de tumores?
``` ▻ Cólon ▻ Rim ▻ Melanoma ▻ Ovário ▻ Próstata ▻ Mama ```
61
Se nódulo de baixo risco de malignidade, como vigiar?
Follow up com TAC após 3-6 meses Vigilância imagiológica é a decisão a tomar na presença de nódulo sem sinais de malignidade em doente de baixo risco