Síndromes álgicas I - Abdome agudo Flashcards

(145 cards)

1
Q

Quais são as causas de abdome agudo que devem ser atendidas com urgência por possuírem pior prognóstico?

A

Mnemônico: PIOR

P ancreatite aguda
I squemia mesentérica
O bstrução intestinal
R uptura (vísceras ocas, aorta, gravidez ectópica)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Quais são os primeiros 4 passos na avaliação do abdome agudo?

A

1- Avaliar presença de instabilidade hemodinâmica

2- Alívio sintomático

3- Descartar gravidez em mulheres com idade fértil

4- Definir se o tratamento é clínico ou cirúrgico

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Dor no abdome superior que irradia para o dorso e vômitos importantes:

A

Pancreatite

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Dor contínua >6h em hipocôndrio direito, com irradiação escapular, desencadeada / intensificada por alimentação gordurosa:

A

Colecistite

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Febre, dor em hipocôndrio direito e icterícia:

A

Colangite (Tríade de Charcot)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Dor abdominal súbita, difusa, com defesa e rebote:

A

Perfuração de víscera oca

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Dor abdominal súbita, instabilidade hemodinâmica e massa pulsátil abdominal:

A

Ruptura de aneurisma de aorta

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Dor epigástrica, que alivia após uso de antiácidos e com a alimentação:

A

Úlcera duodenal

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Dor epigástrica, que piora com a alimentação:

A

Úlcera gástrica

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Dor periumbilical, que se localiza em fossa ilíaca direita, associada a febre baixa:

A

Apendicite

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Dor abdominal súbita, de grande intensidade, desproporcional ao exame físico, em paciente com histórico de aterosclerose e tabagismo:

A

Isquemia mesentérica aguda

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Dor periumbilical, que se localiza em flanco esquerdo, geralmente presente em idosos:

A

Diverticulite

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Dor abdominal difusa, com distensão, associada a hiperperistaltismo:

A

Obstrução intestinal precoce

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Dor abdominal difusa, com distensão, associada a hipoperistaltismo:

A

Obstrução intestinal fase tardia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Dor abdominal difusa, associada a vômitos e hiperglicemia:

A

Cetoacidose diabética

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Dor abdominal difusa, associada a distensão abdominal e hipoperistaltismo:

A

Íleo paralítico

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Dor abdominal, associada a febre, disúria e Sinal de Giordano

A

Pielonefrite

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Dor abdominal desencadeada pela alimentação, crônica, associada a aterosclerose:

A

Isquemia mesentérica crônica

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Dor abdominal em queimação/coçando, com distribuição em dermátomos:

A

Herpes Zóster

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Quais as grandes indicações cirúrgicas no abdome agudo?

A
  1. Peritonite
  2. Obstrução total
  3. Isquemia
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

Paciente com história de vômitos, que não cessam após passagem de sonda nasogástrica, devo pensar em que?

A

Obstrução intestinal OU Pancreatite

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

Qual enzima está deficitária na Porfiria Intermitente Aguda? E qual substância se acumula no organismo?

A

HMB - sintase

Acúmulo de Porfobilinogênio (PBG)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

Quais os fatores precipitantes da Porfiria Intermitente Aguda? Como eles agem?

A

Fatores precipitantes: stress, uso de medicações (anticonvulsivantes), álcool, tabagismo

Atuam aumentando os níveis de Succinil CoA, que adentra na cascata de produção da porfirina. Como falta uma das enzimas, ocorre acúmulo da substância precursora (PBG), gerando a sintomatologia.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

Qual a clínica de um paciente com Porfiria Intermitente Aguda?

A

Dor abdominal + hiperperistaltismo + distensão de alças

Neurológicos: paresia flácida proximal em membros, convulsão

Psiquiátricos: ansiedade, insônia, depressão

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
Como é feito o diagnóstico de Porfiria Intermitente Aguda?
Dosagem de PBG urinário
26
Como é feito o tratamento da Porfiria Intermitente Aguda?
- Afastar fatores precipitantes - Soro glicosado 10% - Hematina (heme) - Casos graves: transplante hepático
27
O Saturnismo é uma condição desenvolvida pelo acúmulo de qual substância?
Chumbo
28
Qual dado da anamnese é crucial para a hipótese diagnóstica de saturnismo?
Exposição prévia prolongada - Tintas - Baterias - Mineradoras - Projéteis de arma de fogo
29
Qual a clínica do paciente com saturnismo?
Abdominal: dor abdominal + distensão Hematológico: microcitose, pontilhados basofílicos em hemácias Neuropsiquiátrico: encefalopatia crônica, irritabilidade, letargia, neuropatia periférica Ectoscopia: Linha azulada na gengiva Rim: Sd de Fanconi
30
O que são as linhas de Burton?
Acúmulo de cobre na região alveolar das gengivas. Ocorre no Saturnismo.
31
Como é feito o diagnóstico de Saturnismo?
Dosagem de chumbo sérico
32
O achado de hemácias microcíticas com pontilhados basófilos nos remete a qual condição?
Saturnismo
33
Qual o tratamento a ser instituído no Saturnismo?
- Interromper a exposição - Quelantes do chumbo a) Dimercaprol b) DMSA c) EDTA
34
Qual o agente etiológico da Febre Tifoide?
Salmonella typhi
35
Qual a clínica do paciente com Febre Tifoide?
Dor abdominal Constipação ou diarreia Exantema maculopapular (roséola tifoide) Hepatoesplenomegalia
36
Quais os grandes fatores de risco para a infecção pelo S. typhi?
Fatores que diminuam a acidez gástrica - Uso prolongado de IBPs - Infecção por H. pylori - Hipocloridria Ou fatores que diminuam a barreira intestinal - Doença inflamatória intestinal - Uso de antibióticos
37
Quais os fatores de risco para adquirir a forma crônica de infecção pelo S. typhi?
- Colelitíase - Mulheres - Colonização vesical (bexiga) por Schistosoma haematobium
38
Qual é a clínica do paciente com febre tifoide?
Primeiras 2 semanas: - Febre + dor abdominal + roséolas 3ª e 4ª semana: - Melhora clínica - Período em que pode haver as complicações (exacerbação do ataque imune na luta contra o patógeno)
39
Quais as complicações mais comuns na F. Tifoide?
- Perfuração ileal (mais grave) - Hemorragia intestinal (mais comum)
40
Como é feito o diagnóstico de F. Tifoide?
- Hemocultura: primeiras 2 semanas - Coprocultura: 3-4ª semana - Mielocultura: mais sensível!
41
Como é feito o tratamento da F. Tifoide aguda?
Cefalosporina de 3ª geração 10-14 d ou Ciprofloxacino 7-10 d MS: Cloranfenicol 14-21d
42
Como é feito o tratamento da F. tifoide crônica?
Ciprofloxacino por 4 semanas + CVL
43
Qual a principal causa de pancreatite aguda?
Litíase biliar
44
Qual a segunda maior causa de pancreatite aguda?
Alcoólica
45
Qual a fisiopatologia da pancreatite aguda?
Enzimas pancreáticas tornam-se ativas no interior dos ductos pancreáticos, culminando em um processo de agressão inflamatória mediada por neutrófilos
46
Qual o quadro clínico da pancreatite aguda?
Dor abdominal de início súbito, com piora progressiva e irradiação pra dorso (dor em barra) Náuseas e vômitos intensos Desidratação (perda de líquido para o terceiro espaço) Hipoperistaltismo (íleo paralítico)
47
Quais são alguns dos marcadores de gravidade da pancreatite aguda?
Redução do nível de consciência: pode ser devido ao choque hipovolêmico pela perda de líquido pro terceiro espaço Perda súbita de visão: oclusão da artéria retiniana por aglomerados de neutrófilos
48
O que é a retinopatia de Purtscher?
Perda súbita de visão ocorrida na pancreatite aguda, causada por oclusão da A. retiniana por aglomerados de neutrófilos.
49
Quais os achados da Retinopatia de Purtscher no exame de fundo de olho?
Presença de exsudatos algodonosos e hemorragias, confinados entre o disco óptico e a mácula.
50
Quais os sinais semiológicos da pancreatite aguda?
Sinal de Cullen Sinal de Grey Turner Sinal de Fox
51
O que é o Sinal de Cullen?
Equimose periumbilical
52
O que é o Sinal de Grey Turner?
Equimose em flancos abdominais
53
O que é o Sinal de Fox?
Equimose em base do pênis
54
Qual o primeiro exame de imagem a ser solicitado na suspeita de pancreatite aguda? Por quê?
USG abdominal = avaliar a presença de colelitíase
55
Qual o exame padrão ouro para avaliar pancreatite aguda?
TC de abdome com contraste
56
Quando deve ser solicitada a TC de abdome nos casos de pancreatite?
Após 72h de evolução
57
Qual a enzima mais específica para o diagnóstico de Pancreatite Aguda?
Lipase
58
Qual enzima deve ser solicitada para um caso de pancreatite com mais de 72h de evolução?
Lipase
59
Como é feito o diagnóstico de Pancreatite Aguda?
Critérios de Atalanta Presença de pelo menos 2 dos seguintes achados: 1) Dor abdominal típica 2) Elevação de enzimas >3x o VR 3) Alterações em TC ou RM compatíveis com pancreatite
60
Quais os achados laboratoriais encontrados na pancreatite aguda?
Leucocitose neutrofílica (com desvio a esquerda) Elevação de ureia e creatinina Elevação de Amilase e Lipase Alcalose metabólica hipoclorêmica: vômitos
61
Como é feita a classificação quanto a gravidade da pancreatite?
Leve: não há falência orgânica Moderadamente grave: falência orgânica transitória (<48h) e/ou complicações locais ou sistêmicas Grave: falência orgânica persistente (>48h)
62
O que é considerado como falência orgânica na pancreatite aguda?
Choque (PAS <90 mmHg) Insuficiência pulmonar (PaO2 <60 mmHg) Insuficiência renal (Cr >2) CIVD (plaq < 100.000)
63
Como é definido o prognóstico dos pacientes em caso de Pancreatite Aguda? Qual a vantagem ou desvantagem de cada um deles?
Escore de Ranson V: distinção entre episódios graves e leves ocorre em >80% dos casos D: gravidade só é definida após 48h Escore de Apache II V: gravidade é definida no momento da admissão D: maior complexidade
64
Quais os itens avaliados no prognóstico do paciente com pancreatite aguda de acordo com o Escore de Ranson?
No momento da admissão: mnemônico LEGAL L DH E nzima (AST / TGO) G licose A nos (idade) L eucocitose Após 48h: mnemônico FECHOU F luido (déficit de fluido) E xcesso de base C álcio sérico H ematócrito O 2 (PaO2) --> não é utilizado na pancreatite biliar U reia (BUN)
65
Quais as pontuações nos Escores de Ranson e APACHE II indicam pior prognóstico?
Ranson ≥ 3 APACHE II > 8
66
Quais as condutas a serem instituídas em um paciente com pancreatite leve?
1. Dieta zero 2. Hidratação venosa 3. Correção de DHE 4. Analgesia com opiáceos 5. CVL na mesma internação
67
Quais as condutas a serem instituídas em um paciente com pancreatite grave?
1. Dieta zero 2. Hidratação venosa com grandes volumes 3. Correção de DHE 4. Analgesia com opiáceos 5. Nutrição enteral 6. Internação em UTI 7. Avaliar abordagem de vias biliares: CPRE + papilotomia nas primeiras 72h
68
Em um paciente com pancreatite aguda grave, deve-se proceder com CVL?
Paciente com bom risco cirúrgico: CVL em 6 semanas Paciente com risco cirúrgico proibitivo: CPRE com papilotomia ampla nas primeiras 72h apenas
69
Qual a complicação mais temida da pancreatite aguda?
Infecção da necrose pancreática
70
Qual a conduta diante de um paciente com diagnóstico de pancreatite aguda que evolui com coleção fluida peripancreática?
Expectante (resolução espontânea) Se infecção: punção percutânea guiada por USG + ATB
71
Qual a conduta diante de um paciente com diagnóstico de pancreatite aguda que evolui com necrose pancreática?
Expectante
72
Quando a necrose infectada acontece em um caso de pancreatite aguda? Qual o seu grande risco?
Após 3 a 4 semanas do início do quadro. Risco elevado de sepse.
73
Quando desconfiar de necrose infectada em um paciente com pancreatite aguda?
Febre + leucocitose persistentes
74
Qual a conduta diante de necrose pancreática infectada?
Laparotomia (necrosectomia) + ATB
75
Qual ATB de escolha no tratamento da necrose pancreática infectada?
Carbapenêmicos (Imipenem)
76
O que é o pseudocisto pancreático?
Coleção fluida aguda, rica em suco pancreático, que persiste após 4-6 semanas do início do quadro de pancreatite. Caso se infecte, torna-se abscesso!
77
Qual a clínica de um paciente que evolui com pseudocisto infectado (abscesso)?
Paciente que vinha em franca recuperação após 4 semanas, evolui com febre, leucocitose, massa palpável no abdome, níveis altos de amilase, rápida deterioração clínica.
78
Qual a conduta diante de um pseudocisto?
Paciente sem sintomas: expectante Paciente com aumento progressivo do pseudocisto, associado a complicações (hemorragia, ruptura e abscesso): abordagem endoscópica (CPRE)
79
Quais critérios a serem considerados para a alta hospitalar do paciente com pancreatite aguda?
Dor controlada por AINEs orais e alimentação oral
80
O que é a Síndrome de Munchausen?
Distúrbio psiquiátrico em que o paciente provoca ou simula sintomas de doenças, sem que haja outra vantagem a não ser a obtenção de cuidados médicos.
81
Como se dá a fisiopatologia da pancreatite crônica?
Agressão contínua ao pâncreas, que promove reação inflamatória e fibrose e que cursa com disfunção orgânica (perda das funções exócrinas e endócrinas).
82
Qual a principal causa de pancreatite crônica?
Alcoólica
83
Discorra sobre as principais causas de pancreatite crônica.
1. Alcoólica (60-70%) 2. Idiopática (20%) 3. Genética - Alteração em enzima que ativa tripsinogênio no interior do pâncreas (pancreatite hereditária) 3. Autoimune - Homens >50 anos - Reação inflamatória linfoplasmocitária - Pode gerar síndrome obstrutiva na via biliar, causando icterícia - Diag diferencial: Tumor periampular 4. Tropical - Adultos jovens, oriundos de países tropicais - Cursa com perda da função endócrina precocemente
84
Qual o quadro clínico da pancreatite crônica?
- Dor abdominal em barra que progride junto com a doença - Esteatorreia: perda da função exócrina (achado tardio) - Diabetes: perda da função endócrina (achado tardio) - Icterícia (em casos de obstrução de colédoco)
85
Qual o exame padrão ouro para o diagnóstico da pancreatite crônica?
Análise histopatológica
86
Paciente com suspeita de pancreatite crônica. Devo solicitar amilase e lipase?
Não! Comumente não estão elevados
87
Qual o exame de imagem que melhor permite identificar alterações estruturais na pancreatite crônica? Quais são essas alterações?
TC de abdome Alterações: - Dilatação ductal - Calcificações intraductais - Atrofia parenquimatosa
88
Qual exame consegue identificar lesões mais precoces na pancreatite crônica?
USG
89
Qual o teste mais sensível para detectar disfunção do pâncreas?
Teste da secretina
90
Como é feita a classificação da pancreatite crônica? Quais as suas características?
1. Doença de grandes ductos (>7mm de dilatação) - Calcificações intraductais - Esteatorreia e diabetes - Alterações grosseiras na CPRE 2. Doença de pequenos ductos (<7mm) - Ausência de calcificações - Pouca sintomatologia - Alterações sutis na CPRE
91
Como é feito o tratamento clínico da pancreatite crônica?
Paliativo! Evitar a progressão da doença e reduzir sintomas Dor: escalonamento de analgésicos (analgésicos simples -> AINEs -> opioides -> antidepressivos tricíclicos) Diabetes: hipoglicemiantes orais -> insulina Esteatorreia: reposição de enzimas pancreáticas + IBP
92
Qual a grande indicação cirúrgica na pancreatite crônica?
Dor refratária à terapia clínica
93
Qual o primeiro exame a ser solicitado para o início da abordagem cirúrgica da pancreatite crônica?
CPRE com papilotomia: retirada de cálculos e dilatação de estenoses, além de avaliar grau de dilatação ductal. Caso o paciente permanece sintomático mesmo após o procedimento, indicar cirurgia.
94
Qual cirurgia está indicada para paciente com pancreatite crônica de grandes ductos secundária a cálculos ou estenoses múltiplas?
Pancreatojejunostomia em Y de Roux (Cirurgia de Partington - Rochelle), podendo ou não ser associada com o Procedimento de Beger (retirada de parte da cabeça do pâncreas fibrosada)
95
Qual cirurgia está indicada para paciente com pancreatite crônica de grandes ductos secundária a cálculo/estenose única em cabeça do pâncreas?
Cirurgia de Whipple
96
Qual cirurgia está indicada para paciente com pancreatite crônica de grandes ductos secundária a cálculo/estenose única em cauda do pâncreas?
Pancreatectomia distal
97
Qual cirurgia está indicada para paciente com pancreatite crônica de pequenos ductos?
Pancreatectomia total (ressecção total do pâncreas - os procedimentos de descompressão estão relacionados a maiores falhas terapêuticas)
98
Qual a principal complicação relacionada à pancreatite crônica?
Trombose de veia esplênica (hipertensão porta segmentar)
99
Qual a principal causa da apendicite aguda de acordo com a faixa etária?
Crianças: hiperplasia linfoide Adultos: obstrução por fecalito
100
Quais as principais bactérias que se proliferam após obstrução do apêndice?
Bacteroides fragilis (anaeróbia estrita) e Escherichia coli (anaeróbia facultativa)
101
Qual a complicação mais comum da apendicite?
Perfuração após 48h de evolução
102
Qual a localização mais comum do apêndice vermiforme?
Retrocecal
103
Qual a principal causa de abdome agudo em crianças, adultos, gestantes?
Apendicite
104
Quais as principais manifestações clínicas da apendicite?
- Anorexia - Náuseas, vômitos - Dor periumbilical difusa, imprecisa - Migração da dor para FID - Febre baixa - Leucocitose: pode ou não estar presente / mais comum após perfuração
105
Qual é o sinal de Blumberg?
Dor após descompressão do ponto de Mc Burney
106
Qual é o sinal de Dunphy?
Dor em FID após a tosse
107
Qual é o sinal de Rovsing?
Dor em FID após compressão da FIE (por deslocamento do ar colônico em direção ao apêndice)
108
Qual é o sinal de Lapinsky?
Dor à compressão de FID enquanto o paciente faz flexão da coxa com a perna esticada (Lasegue)
109
Qual é o sinal de Ten Horn?
Dor promovida pela tração do testículo direito
110
Qual é o sinal de Lenander?
Temperatura retal > Tax em 1ºC
111
Qual é o sinal de Aaron?
Dor epigástrica referida após compressão do ponto de Mc Burney
112
Qual é o sinal do iliopsoas?
Dor após extensão e abdução da coxa direita
113
Qual é o sinal de Chutro?
Desvio da cicatriz umbilical para a direita
114
Como é feito o diagnóstico da apendicite aguda?
Clínico! Exames complementares são solicitados apenas em caso de complicações, dúvidas diagnósticas, mulheres e crianças
115
Qual o primeiro exame a ser solicitado para a confirmação do diagnóstico de apendicite em crianças e gestantes?
USG de abdome
116
Quais os achados típicos da apendicite ao USG?
- Diâmetro do apêndice >7mm - Espessamento da parede - Aumento do fluxo vascular - Sinal de Blumberg ultrassonográfico
117
Qual a interpretação possível para o Escore de Alvarado?
0-3 pontos: diagnóstico de apendicite improvável 4-6 pontos: diagnóstico provável. Avaliar novamente após 12h. Se mantiver mesma pontuação, cirurgia. ≥7 pontos: cirurgia
118
Qual a principal complicação da apendicectomia?
Infecção do sítio cirúrgico
119
Como deve-se proceder com o paciente com diagnóstico confirmado de apendicite com <48h de evolução?
- Dieta zero - Hidratação e correção de DHE / ácido-base - ATB - Cirurgia
120
Como deve-se proceder com o paciente com diagnóstico confirmado de apendicite com >48h de evolução?
Peritonite difusa? NÃO: realizar imagem buscando presença abscesso - Imagem sem complicação: ATB + cirurgia - Imagem com fleimão: ATB + colono (após 4-6 sem) + cirurgia (apos 6-8 sem) - Imagem com abscesso: ATB + drenagem percutânea + colono (após 4-6 sem) + cirurgia (após 6-8 sem) SIM: - ATB + cirurgia de urgência
121
Paciente foi submetido à apendicectomia, porém o apêndice se encontrava normal. Qual a conduta?
Apendicectomia + procurar outras causas de abdome agudo: 1. Divertículo de Meckel 2. Adenite mesentérica 3. Doença de Crohn 4. Alterações ovarianas 5. Alterações urológicas
122
Qual o principal fator de risco para a diverticulose?
Dieta pobre em fibras
123
Qual o quadro clínico clássico da diverticulite?
Idoso, com quadro de dor em flanco esquerdo, já tendo sentido essa dor em outras ocasiões, associada a febre
124
Como é feita a Classificação de Hinchey para a diverticulite?
Estágio 0: Peritonite não complicada Estágio 1A: Fleimão Estágio 1B: Abscesso pericólico Estágio 2: Abscesso pélvico Estágio 3: Peritonite purulenta Estágio 4: Peritonite fecal
125
Qual o principal diagnóstico diferencial para a diverticulite?
Câncer de retossigmoide
126
Como é feito o tratamento da diverticulite NÃO complicada?
SINTOMAS MÍNIMOS / POUCA INFLAMAÇÃO - Dieta líquida - ATB oral - Colono após 4-6 sem SINTOMAS EXUBERANTES / MUITA INFLAMAÇÃO (febre, leucocitose, DBD) - Internação - Dieta zero - ATB parenteral - Colono após 4-6 sem
127
Quais as indicações de se programar cirurgia eletiva para pacientes que tiveram diverticulite não complicada?
- Imunossuprimidos - Presença de fístulas - Impossibilidade de excluir Câncer colorretal (não fez colono) - Após 3 episódios de diverticulite não complicada
128
Qual o procedimento de escolha nos casos de cirurgia eletiva?
Sigmoidectomia + anastomose primária
129
Como é feito o tratamento da diverticulite complicada?
Hinchey 1 e 2: na presença de abscesso >4cm ATB + drenagem percutânea + colono após 4-6 sem + cirurgia eletiva após 4-6 sem Hinchey 3 e 4: peritonite ou obstrução ATB + cirurgia de urgência (Hartmann)
130
Quais as principais causas de isquemia mesentérica aguda? Cite o principal fator de risco para cada uma delas.
1. Embolia (50%) - Fibrilação atrial, IAM 2. Vasoconstrição (20%) - Choque, uso de drogas 3. Trombose de AMS (15%) - Doença arterial periférica (aterosclerose) 4. Trombose de VMS (5%) - Estado de hipercoagulabilidade
131
Qual a clínica do paciente com isquemia mesentérica aguda?
Dor abdominal súbita, desproporcional ao exame físico (dor intensa, mas sem alterações ao exame) Pode estar com taquipneia: tentativa de compensar distúrbio ácido base (intestino lança mão do metabolismo anaeróbio com produção de ácido lático)
132
Qual o exame padrão ouro para o diagnóstico da isquemia mesentérica aguda?
Angiografia
133
Como é feito o tratamento da isquemia mesentérica aguda?
Medidas de suporte 1. Embolia ou trombose de AMS - Heparinização - Embolectomia / Trombectomia - Papaverina intrarterial 2. Trombose de VMS - Heparinização -Trombectomia 3. Vasoconstrição - Papaverina intrarterial - Cirurgia se refratário
134
Qual o quadro clínico clássico da isquemia mesentérica crônica?
Dor abdominal após a alimentação, com histórico de doença aterosclerótica em outros sítios
135
Como é feito o diagnóstico da isquemia mesentérica crônica?
Angiografia
136
Como é feito o tratamento da isquemia mesentérica crônica?
Jovens: cirurgia Idosos: stent
137
Qual o acometimento vascular intestinal mais comum?
Colite isquêmica
138
Qual a clínica da colite isquêmica?
Idoso em situação de hipoperfusão (UTI, choque), que evolui com dor abdominal, diarreia mucossanguinolenta e febre
139
Como é feito o diagnóstico da colite isquêmica?
Clister opaco: sinais das impressões digitais OU Colonoscopia / Sigmoidoscopia
140
Como é feito o tratamento da colite isquêmica?
Suporte: corrigir estado de hipoperfusão
141
Quando está indicada a cirurgia nos casos de colite isquêmica?
Paciente com presença concomitante de peritonite, hemorragia ou refratário ao tratamento clínico
142
Como é feita a classificação da apendicite aguda conforme o aspecto laparoscópico do apêndice durante a cirurgia? Qual a conduta em cada uma delas?
I - Fase edematosa ou catarral - Apêndice inflamado, sem sinais de complicação - Conduta: apendicectomia + ATB profilático II - Fase úlcera flegmonosa - Apêndice extremamente edemaciado - Conduta: apendicectomia + ATB profilático III - Fase gangrenosa - Necrose da parede do apêndice - Conduta: apendicectomia + ATB + colocação de dreno IV - Fase perfurativa - Perfuração tamponada ou não do apêndice - Conduta: apendicectomia + ATB + colocação de dreno + lavagem da cavidade
143
Qual a melhor conduta frente a um paciente com quadro de apendicite com necrose em base do apêndice?
Ileotiflectomia: retirada do íleo distal e do ceco, fazendo anastomose íleo -ascendente.
144
Qual a principal função da hiperidratação venosa no tratamento da pancreatite aguda? Qual complicação estamos evitando?
Preservação da microcirculação pancreática e evitar evolução para necrose pancreática.
145
Paciente com diagnóstico de Pancreatite Aguda evolui com hipotensão e choque. No que devo pensar? Qual a conduta?
Sequestro de fluidos pro terceiro espaço >4L (pior prognóstico de acordo com os Critérios de Ranson). Conduta: Hidratação.