Unidade 4 - Determinismo e liberdade na ação humana Flashcards

1
Q

O que é o livre-arbítrio?

A

O livre-arbítrio, são algumas ações que dependem, em última análise, da nossa vontade.

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2
Q

O que é o Problema Tradicional?

A

O problema tradicional, é o problema que questiona “Será que temos livre-arbítrio?”

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3
Q

O que é o Determinismo?

A

O determinismo é a tese que defende que tudo o que acontece é a consequência necessária de acontecimentos anteriores e das leis da natureza.

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4
Q

O que é o Problema da Compatibilidade?

A

O problema da compatibilidade é o problema que coloca em questão: “Será que o livre-arbítrio é compatível com o determinismo?”

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5
Q

Quais são as respostas possíveis para o problema da compatibilidade?

A

Há duas respostas possíveis para o problema da compatibilidade:

O incompatibilismo: que afirma que o livre-arbítrio não é compatível com o determinismo.

O compatibilismo: que afirma que o livre-arbítrio é compatível com o determinismo.

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6
Q

Quais são as perspetivas possíveis para o incompatibilismo?

A

Há duas perspetivas diferentes para o incompatibilismo:

O libertismo: que afirma que temos livre-arbítrio por isso, nem tudo está determinado (logo o determinismo não existe).

O determinismo radical: que afirma que tudo está determinado, portanto, não temos livre-arbítrio.

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7
Q

Qual é as perspetiva possível para o compatibilismo?

A

A perspetiva possível para o compatibilismo é:

O determinismo moderado: que afirma que tudo está determinado e temos livre-arbítrio.

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8
Q

O que é o “argumento da consequência”?

A

O argumento da consequência é o argumento dado pelos incompatibilistas para demonstrar que o determinismo não é compatível com o livre-arbítrio, e diz:

(1) Se o determinismo é verdadeiro, então não temos possibilidades alternativas.
(2) Se não temos possibilidades alternativas, então não temos livre-arbítrio.
(3) Logo, se o determinismo é verdadeiro, então não temos livre-arbítrio.
(De 1 e 2, por silogismo hipotético)

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9
Q

De que forma é que os compatibilistas podem rejeitar o argumento da consequência dos incompatibilistas?

A

Os compatibilistas podem rejeitar a premissa 1 do argumento ou a premissa 2.

Se rejeitam a premissa 1 é chamado de “compatibilismo clássico” - Premissa 1: Se o determinismo é verdadeiro, então não temos possibilidades alternativas.

Se rejeitam a premissa 2 é chamado de “compatibilismo contemporâneo” - Premissa 2: Se não temos possibilidades alternativas, então não temos livre-arbítrio.

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10
Q

Como é que os compatibilistas clássicos podem rejeitar o argumento da consequência dos incompatibilistas?

A

Para os compatibilistas clássicos mostrarem que o argumento da consequência é falso terão de mostrar que, apesar da verdade do determinismo, temos possibilidades alternativas. (Rejeitar a Premissa 1)

Portanto, eles sugerem um novo significado para “Possibilidades alternativas” conhecido como “Análise Condicional” que diz:
- Um dado agente, A, tem possibilidades alternativas se, e só se, A teria agido de modo diferente daquele como efetivamente agiu, se assim o tivesse desejado. (ou seja, se tivesse desejos diferentes daqueles que, efetivamente, tem)

Assim a análise condicional concluem que: somos livres quando não somos coagidos por nenhuma pessoa ou circunstância.

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11
Q

Como é que os compatibilistas contemporâneos podem rejeitar o argumento da consequência dos incompatibilistas?

A

Para os compatibilistas contemporâneos mostrarem que o argumento da consequência é falso terão que mostrar que a premissa 2 é falsa, premissa chamada de “Princípio das possibilidades alternativas” que diz:

  • Se não temos possibilidades alternativas, então não temos livre-arbítrio.
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12
Q

O que são os “Casos de Frankfurt”?

A

Os casos de Frankfurt, é uma experiência mental que serve para demonstrar que a premissa 2 do argumenta da consequência é falsa e diz que:

  1. Um Agente, A, toma uma determina decisão, D.
  2. Se A não decidir D, por si mesmo, C entra em ação e força A a decidir D.
  3. C em nada contribui para A decida D.

Assim os casos de Frankfurt concluem que: há situações nas quais, apesar de não termos possibilidades alternativas, temos livre-arbítrio. Portanto, o livre-arbítrio não é o facto de termos possibilidades alternativas, mas sim o facto de as nossas ações terem origem na nossa vontade.

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13
Q

Quais são as objeções que fazem aos libertistas?

A

Há 2 objeções aos libertistas, a:

  • Objeção da ilusão; e
  • Objeção da aleatoriedade
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14
Q

O que é a Objeção da ilusão?

A

A objeção da ilusão, é a objeção feita pelos deterministas radicais aos libertistas que diz que:

Consideram uma ilusão de que temos livre-arbítrio, pois o mesmo resulta do facto de termos consciência dos nossos desejos, mas ignorarmos as causas que os determinam.

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15
Q

O que é a Objeção da aleatoriedade?

A

A objeção da aleatoriedade, é a objeção feita pelos deterministas moderados aos libertistas que diz que:

Consideram que ou as ações são determinadas ou são aleatórias.
Se são determinadas não podemos ser responsáveis por elas.
Se são aleatórias, também não podemos ser responsáveis por elas.

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16
Q

Quais são as objeções que fazem aos deterministas radicais?

A

Há 2 objeções aos deterministas radicais, a:

  • Objeção da mecânica quântica; e
  • Objeção da responsabilidade moral.
17
Q

O que é a Objeção da mecânica quântica?

A

A objeção da mecânica quântica, é a objeção feita pelos libertistas moderados aos deterministas radicais que diz que:

Consideram que há acontecimentos que são genuinamente indeterminados no universo, pois não são a consequência necessária de estados de coisas que antecedem e das leis da natureza.

Que é o que acontece na mecânica quântica, a ciência que estuda o comportamento das partículas.

18
Q

O que é a Objeção da responsabilidade moral?

A

A objeção da responsabilidade moral, é a objeção feita pelos libertistas moderados aos deterministas radicais que diz que:

Consideram que se o determinismo é verdadeiro, ninguém pode agir de um modo diferente de que realmente age, como tal ninguém é moral responsável por nada do que faz, portanto, certos comportamentos tal como a admiração, o louvor e a culpa são absurdos. Mas não é verdade que esses comportamentos são absurdos, portanto o determinismo não pode ser verdadeiro.