USG POCUS Flashcards

1
Q

O que é o efeito de Bernheim reverso?

A
  • É encontrado em casos de hipertensão pulmonar, em que se tem projeção do septo interventricular para dentro do ventrículo esquerdo.
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2
Q

Qual deve ser a relação de tamanho ao USG dos ventrículos?

A
  • Relação VE/VD < 0,6
  • Se 0,6-1 : Ventrículo direito aumentado
  • > 1: Muito aumentado, inferindo hipertensão pulmonar grave (excluir outras causas)
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3
Q

Do que se trata o índice de excentricidade do VE?

A
  • Trata-se de uma relação de medidas feitas no ventrículo esquerdo para se inferir sobre pressão sistólica no ventrículo direito.
    > Mede-se em um corte paraesternal transversal as medidas do diâmetro anteroposterior / septo-lateral: VN = 1 // anormal > 1
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4
Q

Quais os métodos de avaliação da função sistólica do VD?

A

1 - TAPSE (Excursão sistólica do anel tricúspide):
> Usar o modo M e “cortar” exatamente o anel;
- Diminui-se o ponto de menor pelo maior no modo M e se determina, valores > 17mm significa que está normal;
- No entanto atenção, avalia-se apenas o segmento basal, portanto há limitações caso hajam grandes dilatações de VD ou alterações segmentares;

2- Doppler tecidual:
- Coloca-se a amostra de volume no anel tricúspide lateral;
- Captura-se a velocidade sistólica da onda S;
- Valores > 9,5cm/s estão normais;
- Mesmas limitações do TAPSE;

3- FAC
- Opção para os pacientes com as limitações para os 2 métodos acima;
- Há necessidade de se ter uma excelente janela;
- FAC = ADFVD - ASFVD / ADFVD
- Valores normais > 35%;
- Tecnicamente mais difícil, exige mais experiência;

  • ADFVD: Área diastólica final do ventrículo direito;
    ** ASFVD: Área sistólica final do ventrículo direito;
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5
Q

Como fazemos a avaliação do VD? (o ideal?)

A

Avaliação qualitativa + Avaliação de PELO MENOS 2 parâmetros quantitativos: P ex: TAPSE + Doppler tecidual (S’VD) OU FAC;

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6
Q

Do que se trata o PERC?

A
  • Pulmonary embolism rule-out criteria (PERC) é um score que pode ser utilizado para não se iniciar uma investigação de TEP em pacientes de baixo risco.
  • Necessariamente não se pode ter: Idade < 50 anos / pulso < 100 / SaO2 > 94% / Sem empastamento unilateral / Sem hemoptise / Sem trauma recente ou cirurgia / Sem história de tromboembolismo venoso / Sem uso de anticoncepcional oral
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7
Q

Qual as características consideradas normais da veia cava?

A
  • Normal: < 2,1cm e há variação respiratória > 50%.
  • Anormal: > 2,1cm e há < 50% de variação;
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8
Q

Quais os sinais indiretos de hipertensão pulmonar?

A
  • 1: Aumento de câmeras direitas;
  • 2: Movimentação paradoxal do SIV;
  • 3: Sinal do D (septo retificado, fazendo com que a cavidade pareça um D);
  • 4: Desvio do septo interatrial para direita.
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9
Q

O que deve ser observado na avaliação bidimensional da função diastólica do VE?

A

Achados que nos permitem fazer a inferência de disfunção diastólica, tais como:
1- Hipertrofia do VE;
2- Aumento de AE;
3- Disfunção sistólica de VE:

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10
Q

O que representa a onda E do fluxo mitral, visto através do PW?

A
  • Traduz a pressão atrial esquerda e o relaxamento ventricular.
    E = PAE x Relaxamento do VE
    e’ = Relaxamento do VE (calculado pelo doppler tecidual, ao nível do anel mitral).

E/e’ = PAE

> E/e’ > 14 -> PCP elevada;
E/e’ < 8 -> PCP normal
Se e’ > 8 cm/s -> Provavelmente PCP normal

Se E/e’ 8-14: US de pulmão (avaliação de ondas B), PSAP, achados bidimensionais;

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11
Q

Como fazemos a estimativa da PSAP no ECOTT de forma indireta?

A
  • Através do refluxo tricúspide, tendo em vista que a progressão de aumento de câmeras esquerdas aumentam retrogradamente e por contiguidade a PSAP.
  • Assim, colocamos o PW sobre o refluxo tricúspide e aparelho calcula o gradiente VD/AD, através da equação de Bernoulli modificada;
  • Em caso de Velocidade do refluxo tricúspide > 2,8cm/s -> PSAP elevada;
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12
Q

Qual o manejo do paciente com disfunção diastólica esquerda?

A
  • Redução de pré-carga o quanto possível;
  • Evitar taquiarritmias e taquicardia sustentada (pelas mais variáveis causas: dor, ansiedade p.ex);
  • Administração cuidadosa de fluidos;
  • Inotrópicos que não tenho propiedades lusitropicas negativas (Piora da função diastólica) - P.ex: Levosimedan e milrinone;
  • Manter o equilíbrio entre oferta e demanda;
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13
Q

Como podemos estimar a pressão sistólica da artéria pulmonar?

A
  • Através da teoria, podemos aplicar o conceito de vasos comunicantes, tendo em vista que o sistema circulatório é fechado.
  • Assim, a regurgitação da válvula tricúspide corresponde ao gradiente de pressão VD-AD, sendo assim, ao pegarmos esse valor que é automaticamente calculado pelo aparelho, e somarmos ele da pressão que já se encontra no átrio direito encontramos a PSAP.
  • Logo, colocamos o PW logo acima da tricúspide, calculamos o gradiente de pressão VD-AD, se maior que 2,8cm/s possivelmente teremos algum grau de hipertensão pulmonar;
  • Após, precisamos calcular a pressão no AD: Estimado a partir da veia cava inferior: < 2,1 cm e colaba mais que 50% - PAD normal (3mmHg) // Se > 2,1cm e colaba menos que 50% -> PAD alta (15mmHg). Se intermediário entre os fatores: 8mmHg.

*ATENÇÃO: Excessões: nos casos de disfunção grave do VD ou falha de coaptação da valva tricúspide, os cálculos estarão subestimados.

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14
Q

Como calculamos a Pressão média da artéria pulmonar?

A
  • Calculamos o VTI do jato regurgitante tricúspideo e somamos à Pressão do átrio direito (calculada a partir da veia cava inferior);
  • PAMP: Gdt Médio VT + PAD (VR < 25mmHg);
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15
Q

Qual medida de resistência vascular pulmonar podemos obter no eixo curto, pegando vasos da base?

A
  • Colocamos o PW, e então posicionamos o cursor na via de saída do ventrículo direito, vemos uma característica pulsátil com um triângulo isósceles, pois a resistência vascular pulmonar é habitualmente um regime de baixa pressão, não ocorrendo um pico precoce.
  • No entanto, conforme ocorrem alterações de pressão, temos um pico precoce do fluxo, levando então a conformação do doppler de um triângulo reto.

** Lembrar que determinadas causas podem levar a essas alterações e não ser resistência vascular pulmonar aumentada como: Estenose pulmonar / Fibrilação atrial / Taquicardia.

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16
Q

O que é o sinal de McConnell?

A
  • Preservação da contratilidade do ÁPICE do VD e hipocinesia da porção média da parede livre do VD.
17
Q

Como quantificamos o derrame pericárdico pelo pocus?

A
  • Pequeno (<200mL): Usualmente posterior e < 1cm;
  • Médio (200-500mL): Visto anterior e posteriormente 1-2cm;
  • Grande (>500mL): Circunferencial > 2cm;
17
Q

Quais as características das linhas B?

A
  • Longitudinais;
  • Iniciam na linha pleural, bem nítidas;
  • Apagam linhas A;
  • Movimentam sincronicamente com a respiração;
  • Se estendem até o final da tela;

> Padrão B: > 2 linhas por campo, em 2 ou mais EIC na varredura longitudinal.

18
Q

Causas de linhas B?

A
  • Congestão pulmonar cardiogênica;
  • Pneumonia;
  • SARA:
  • Contusão pulmonar;
  • Linfangite carcinomatosa;
  • Fibrose pulmonar;
19
Q

V ou F?
As linhas B precedem sintomatologia, denotam aumento de pressão hidrostática com edema pulmonar.

A

VERDADEIRO

20
Q

Qual a diferença do padrão das linhas B do edema cardiogênico da SARA?

A
  • Cardiogênico:
    . Tipo laiser, separadas;
    . Linhas pleural irregular;
    . Lung Sliding + Padrão homogêneo;
    . Consolidação ausente;
  • SARA:
    . Linhas B coalescentes;
    . Linha pleural irregular;
    . Lung sliding reduzido, padrão heterogêneo;
    . Consolidação presente;
21
Q

Quais condições podem estar presentes na ausência de Deslizamento pleural (lung sliding)?

A
  • Pneumotórax;
  • Atelectasia importante / Pneumonia;
  • Intubação seletiva;
  • Fibrose pleural;
  • Hiperinsuflação pulmonar;
22
Q

O que é o Lung point?

A
  • É um ponto que separa uma área de deslizamento pleural de uma área que não possui deslizamento pleural.
  • Tem uma sensibilidade de 66% e uma especificidade próxima a 100% para pneumotórax;
23
Q

Como fazemos o cálculo do débito cardíaco?

A
  • Primeiro colocamos em janela longitudinal, localizamos a via de saída do ventrículo esquerdo e medimos da base de implantação da válvula coronária direita (posterior) até a válvula não coronariana para obter o diâmetro da área de secção transversal;
  • pi x (D/2)² - Assim calculamos a área da via de saída do VE;
  • A partir daí, precisamos calcular a altura do cilindro de volume que estimará o volume;
  • A “ Altura “ do cilindro será a VTI;
  • Para calcular a VTI, colocamos na janela apical, anteriorizamos o probe com fins de achar a VSVE, colocamos o PW e então circundamos o pulso que mais se repete para o cálculo.
  • Após Multiplicamos a VTI pela área de secção transversal e temos o volume estimado que é ejetado em um batimento.
  • Se temos o volume estimado em 1 batimento, multiplicamos pela frequência cardíaca e calculamos FINALMENTE o débito cardíaco estimado.

> Valores: VTI 18-20cm, stroke volume provavelmente normal;
*OBS: Caso não seja possível a medida da área de secção transversal da VSVE, podemos lançar mão da fórmula que estima essa área:
(5,7 x SC) + 12,1 // SC: Superfície corpórea

24
Q

Quais sinais podem ser visto no POCUS em tamponamento cardíaco?

A
  • Colapso sistólico do átrio direito;
  • Colapso do ventrículo direito durante a diástole;
  • VCI túrgida;
  • Derrame pericárdico moderado ou grave;
  • Variação respiratória do doppler mitral e tricúspide;

> Sinais e sintomas clínicos:
- Hipotensão;
- Taquicardia;
- Pulso paradoxal;
- Estase de jugulares;

  • OBS: Tríade de Beck presente em apenas 30% dos pacientes (abafamento de bulhas + turgência jugular + hipotensão);
25
Q

Onde devemos posicionar o probe para avaliação de pneumotórax no E-FAST?

A
  1. Superior - 2-3 EIC, na linha hemiclavicular, bilateralmente;
  2. Inferior -
26
Q

Qual a posição do probe na avaliação transcraniana?

A
  • Em região temporal:
    > Se preset transcraniana: INDEX para fronte do paciente;
    > Se preset cardíaca: INDEX para região occiptal do paciente;
27
Q

Qual a estrutura visualizada no doppler transcraniano em região temporal?

A
  • Visualizamos a artéria cerebral média superiormente, atraves do PW;
  • O polígono de WILIS tb pode ser visualizado, bem como o tálamo;
28
Q

Quando suspeitamos de hipertensão intracraniana no USG transcraniano?

A
  • Aumento da velocidade sistólica;
  • Redução progressiva do fluxo diastólico;
  • Evolução para fluxo diastólico reverso;

> O cálculo é feito da seguinte forma:
- Índice de pulsatilidade (IP): Pico de velocidade sistólica - velocidade diastólica final / Velocidade média
- Podemos fazer a correlação com a PIC através da fórmula: PIC = (10,93 x IP) - 1,28 ;

IP>2,13 -> PIC> 22mmHg / IP normal < 1.2

29
Q

Porque podemos utilizar a mensuração da bainha do nervo óptico para estimar a PIC?

A
  • A bainha do nervo óptico é uma continuidade do espaço subaracnoideo, expandindo-se portanto, em casos de hipertensão intracraniana.
  • Fazemos a aferição com o transdutor linear, região transorbitária;
  • Reduzimos o índice mecânico para 0,2 (MI=0,2) para evitar danos;
  • Valores normais:
    > Crianças: Até 4,5mm;
    > Adultos: Até 5mm;
    # Aumentos acima de 5mm bilateralmente, correspondem a uma PIC>20mmHG;
  • a proeminência de papila é considerada alterada se maior que 0,5mm;
30
Q
A