Amenorreia Flashcards

1
Q

Principal causa de amenorreia

A

A principal causa de amenorréia é a gravidez, correspondendo a cerca de 70% das causas.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Em quais categorias podemos dividir as amenorreias?

A

Primária, secundária e fisiológica

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Quais os “critérios” para amenorreia primária

A

Até 14 anos sem de caracteres sexuais secundários​

Até 16 anos com caracteres sexuais secundários​

Após 3 anos da telarca

Nessa classificação estão as mulheres que já deveriam ter começado a menstruar e ainda não menstruaram. ​

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Como é orientada a anamnese e EF numa amenorreia primária… o que causa

A

Deve-se pensar em anomalias genitais, no desenvolvimento das características sexuais secundárias, se já apareceram ou não os pelos pubianos e axilares e se existem alguns estigmas que levem a pensar em síndromes genéticas.

As duas principais causas de amenorréia primaria são as mal formações congênitas da região da genitália e as síndromes genéticas.

  • Anomalias dos genitais;​
  • Desenvolvimento e cronologia dos caracteres sexuais secundários;​
  • Presença ou não de pêlos axilares e/ou pubianos;​
  • Pesquisa de estigmas indicativos de disgenesias;

Deve-se então conseguir definir se é uma amenorreia primária com ou sem características sexuais secundárias.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Embriologia: desenvolvimento da genitália masculina

A

Toda vez que o embrião for XY, no braço curto do Y, existe um gene que vai modificar uma proteína chamada de fator determinante testicular, fazendo com que a gônada primitiva vire o testículo e produza testosterona e fator antimülleriano.

Uma vez que a gônada é masculina e produz testosterona, essa testosterona estimula o ducto de Wolff (mesonéfrico) a se diferenciar e formar uma genitália interna masculina, enquanto o fator antimülleriano vai agir no ducto müller (paramesonéfrico) e vai inibir a sua diferenciação e assim, esse embrião vai ter a genitália interna masculina. A testosterona vai agir também na placa do seio urogenital e vai diferenciar essa placa em genitália externa masculina.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Embriologia: desenvolvimento da genitália feminina

A

Se o embrião tem carga genética XX, a ausência do Y leva a gônada a virar o ovário que vai produzir estrogênio. Sem a testosterona o ducto de Wolff não desenvolve, sem o hormônio antimülleriano, o ducto de Muller está livre para desenvolver e a genitália interna vai se desenvolver como genitália feminina. O ducto de Müller vai formar a trompa, o útero e a porção superior da vagina. Se na embriogênese existir algum problema na formação no ducto de Müller, a mulher não vai ter o útero e sem útero ela não vai menstruar. Com a ausência da testosterona, a placa do seio urogenital vai formar a genitália externa feminina.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Se na embriogênese existir algum problema na formação no ducto de Müller…

A

, a mulher não vai ter o útero e sem útero ela não vai menstruar. Com a ausência da testosterona, a placa do seio urogenital vai formar a genitália externa feminina.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Quais são os precursores embriológicos da genitália interna

A

Os precursores da embriologia da genitália interna são dois ductos que ficam paralelos na região pélvica do feto, que são os ductos de Wolff ou ductos mesonéfricos (são ductos laterais) e os ductos de Müller ou ductos paramesonéfricos (são ductos internos).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Precursor da genitália externa

A

Placa urogenital

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Existem situações que a carga genética é XY mas por algum defeito, não há fator determinante testicular ou testosterona… oque vai acontecer?

A

a genitália interna e externa vai virar feminina.

Isso ocorre porque a formação da genitália feminina é passiva, não depende da atuação hormonal, ao contrario da genitália masculina que depende da testosterona e da produção do fator antimülleriano.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Na puberdade ocorre ________________ e tudo isso depende da atuação de hormônios, principalmente do __________ e, quando for menstruar, da ________ .

A

amadurecimento das características sexuais
estrogênio
progesterona.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Existem dois eixos hormonais importantes que devem se desenvolver para a puberdade ocorrer normalmente, quais são ?

A

eixo hipotálamo – hipófise – ovário e o eixo hipotálamo – hipófise – adrenal.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Puberdade feminina

A

Na puberdade o corpo da paciente vai estar exposto a estrogênio, com isso ela vai desenvolver a mama, vai passar pelo estirão do crescimento, vai remodelar o corpo passando a ter silhueta de mulher e vai ter o eixo da produção dos androgênios. Os androgênios vão fazer ocorrer o aparecimento dos pelos. Normalmente o inicio da puberdade se da com o aparecimento das mamas (telarca), depois ocorre o aparecimento dos pelos pubianos (pubarca), a paciente passa pela fase de crescimento, aparecem os pelos axilares e por fim, a menstruação (menarca). Entre a telarca e a menarca, são aproximadamente 3 anos. Quando ultrapassa esse tempo, tem que se investigar.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Em alguns casos, após a suspeita clínica, para fechar o diagnóstico, pode ser solicitado …. (exames complementares para amenorreia primária)

A

ultrassonografia pélvica ou a pesquisa do cariótipo.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Principais causas de amenorreia primária sem as características sexuais secundárias

A
  • Síndrome de Turner

- Síndrome de Swyer

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Qual causa mais comum de amenorreia primária sem caracteres sexuais secundários?

A

Sd de Turner

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Qual o cariótipo da Sd de Turner?

A

A carga genética dessa paciente é 46X0 (60%) ou ainda moisacismo.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Etiopatologia da Sd de Turner

A

Nessa situação a gônada não consegue se diferenciar em nada porque precisa ter os dois cromossomos sexuais. Anteriormente foi falado que o desenvolvimento sexual feminino é passivo, mas isso só ocorre quando a carga genética é normal e isso não acontece na Síndrome de Turner. As pacientes com essa síndrome possuem a gônada infuncional, é uma disgenesia. Se a gônada não funciona, a paciente não passa pela puberdade e vai ser sempre uma paciente infantil.
Essas pacientes vão ter pelo porque os eixos são independentes e a suprarrenal dela funciona. O problema delas está ligado às gônadas. O hipotálamo e a hipófise funcionam, tem produção de LH, FSH e GnRH, mas não tem os ovários e dessa forma não desenvolve as características sexuais. Por ser uma síndrome genética, outras alterações podem coexistir, principalmente doenças cardíacas, urinárias, auditivas e doenças autoimunes.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Características da Síndrome de Turner

A
  • Baixa estatura​
  • Pescoço alado​
  • Tórax escudo​ (proeminente)
  • Aumento do ângulo do cotovelo​
  • Implatação em tridente do couro cabeludo​
  • Infantilismo sexual (hipoestrogenismo)
  • Gônadas atróficas em fita, ausência de folículo.​
  • Pubarca normal​
  • Hipogonadismo Hipergonadotrófico​
  • Defeitos associados: Anomalias cardíacas, urinárias, auditivas e doenças auto-imunes.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Cariótipo da Síndrome de Swyer

A

46XY, com proteína fator determinante testicular anômala.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

Etiopatologia da Síndrome de Swyer

A

Nessa síndrome, a paciente tem carga genética normal só que é uma carga genética masculina, 46XY. Nesse caso não ocorre a diferenciação da gônada porque tem uma mutação e a proteína fator determinante testicular que vai se formar, é anômala. O fator determinante testicular é anômalo, essa gônada não vai conseguir funcionar e não vai ter produção do fator antimülleriano.
No desenvolvimento vai ocorrer um bloqueio da formação do ducto de Wolff e a genitália vai se converter passivamente em genitália interna feminina, assim como a genitália externa também vai se converter em genitália externa feminina. Mesmo a paciente tendo a genitália feminina, ela não vai passar pela fase da puberdade e nem vai desenvolver as características sexuais por falta de estrogênio, já que era pra ter sido desenvolvido o testículo.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

Características da Sd de Swyer

A
  • Trato genital completo (útéro, vagina, tubas)​
  • Infantilismo sexual (hipoestrogenismo)
  • Se receber terapia hormonal, vai menstruar
  • Pode gestar um embrião, se o receber
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

Quais as principais causas de amenorreia primária com características sexuais secundárias

A
  • Síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-Hauser
  • Hímem imperfurado
  • Síndrome de Morris
  • Outras malformações do trato genital
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

A síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-Hauser também é chamada de….

A

Agenesia mulleriana

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
Q

Etiopatologia da Síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-Hauser

A

É causada pela agenesia mülleriana. É o embrião do sexo feminino, com ovário, e que os ductos de müller não se desenvolveram. Se não tem o ducto de müller, não vai ocorrer a formação das tubas, do útero e vai ter ausência ou hipoplasia vaginal. Como essa paciente tem ovário, ela vai ter o desenvolvimento puberal normal até o período de menstruar, só que ela não vai menstruar porque ela não tem o ducto. Além dessa mal formação a paciente pode apresentar também anormalidades urinárias como agenesia renal, rim único e rim em ferradura.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
26
Q

O que se observa no USG na Síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-Hauser

A

Tem o reto posteriormente, vai ter a bexiga anteriormente e o útero que deveria estar entre as duas vísceras, não está.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
27
Q

Desenvolvimento do canal vaginal na Síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster_hauser

A

Muitas dessas pacientes, além de não desenvolverem o útero, também não desenvolvem a cavidade vaginal e se desenvolvem, essa cavidade é muito curta, atrapalhando a vida sexual da mulher.

Existem técnicas cirúrgicas (construção de neovagina) que dissecam entre a bexiga e o reto, criando uma área cruenta que vai servir como uma vagina. Utiliza-se uma membrana, sendo a mais utilizada a membrana amniótica, para recobrir o canal. É retirado o córion e o âmnion de uma placenta fresca, faz uma lavagem e implanta no local. O córion e o âmnion são desprovidos de antígenos, são apenas uma membrana proteica, não ocorrendo nem rejeição e nem reação ao material. Para manter a vagina aberta no processo cicatricial coloca um molde de acrílico ou uma camisinha preenchida com gaze ou compressa e com o tempo retira esses materiais do canal, permitindo que a paciente tenha um canal vaginal adequado.

28
Q

Cariótipo da sd de Mayer-Rokitansky-Kuster-Hauser

A

normal, 46XX

29
Q

Características da Síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-Hauser

A
​
Ausência ou hipoplasia de vagina​
Ausência de útero e tubas​
​
Caracteres sexuais secundárias​
Cariótipo normal 46 XX​
Anormalidades urinárias  ​
- Agenesia renal, rim único,ferradura​
Anormalidade de coluna(12%)
30
Q

Etiopatologia da Síndrome de Morris

A

Essas pacientes possuem a caga genética 46XY, elas diferenciam a gônada em testículo que produz testosterona, produz fator antimülleriano, só que a testosterona não consegue agir por questão de defeito ou de ausência de receptores.
É um processo de feminização testicular.
Como não existem receptores ou eles são deficientes, a testosterona não vai conseguir agir e o ducto de Wolff não vai se diferenciar, só que a paciente apresenta uma gônada normal que produz o fator antimülleriano e ele vai boquear a diferenciação dos ductos de Müller. Dessa forma, não vai ocorrer a diferenciação nem em genitália feminina e nem em genitália masculina. Não vai ter formação da genitália interna e a genitália externa vai acabar se diferenciando passivamente em genitália externa feminina.

É uma mulher fenotipicamente feminina e genotipicamente masculina.

Essa paciente vai passar pelas etapas iniciais da puberdade. A testosterona é convertida em adrostenediona na pele e esse hormônio vai ser convertido, pelos tecidos periféricos como músculo e gordura, em estrogênio de baixa potência. Esse estrogênio vai ser o suficiente para levar o desenvolvimento e o crescimento da mama normalmente e para promover o crescimento normal.

Pela falta da atuação da testosterona, vão apresentar escassez de pelos. Essas pacientes vão continuar tento estímulo para produção de uma grande quantidade de testosterona por causa do feedback. Como os receptores não “entendem” que a testosterona está sendo produzida vai ter um estimulo contínuo para a produção desse hormônio. O FSH vai estimular a gônada o tempo inteiro a produzir testosterona que vai estar sempre em níveis elevados e isso não é saudável para a gônada, porque o estimulo continuo leva a uma possibilidade de diferenciação maligna.

31
Q

Qual a genitália interna na síndrome de morris?

A

nenhuma, mas tem testículos

32
Q

Qual o cariótipo da síndrome de morris?

A

46XY, com defeito na testosterona ou no seu receptor

33
Q

Características da síndrome de morris

A
  • Testosterona elevada​
  • Ausência de útero, tubas e 1/3 superior vagina​
  • Hérnias inguinais (testículos)​
  • Estatura normal (braços, mãos e pés grandes)​
  • Falta ou escassez de pêlos​
  • Telarca normal
  • “Nódulo/hernia” inguinal (fisiológico é o testículo migrar para a bolsa escrotal, mas como a genitália desse individuo se diferenciou em feminina, não vai ter bolsa escrotal, o testículo vai entrar no canal inguinal e não vai conseguir descer)​
34
Q

Como é feito o tto na síndrome de morris ?

A

O tratamento dessas pacientes inclui a retirada dos testículos.
Quando retira os testículos, retira também a fonte da produção hormonal e a paciente passa a fazer reposição hormonal para manter o estrogênio.

35
Q

Hímem imperfurado

A

No momento da formação da canalização da vagina, a vagina fica fechada, uma porção do hímen fica imperfurado e isso acaba impedindo de ocorrer a exteriorização do sangue. O quadro clínico dessa paciente vai ser diferente porque ela menstruou só que não conseguiu exteriorizar o sangue. Ela vai ter o ciclo, vai menstruar só que esse sangue vai acumular. A queixa dessa paciente vai ser de dor pélvica aguda e progressiva porque o sangue está represado. O tratamento é cirúrgico.

  • Falha de perfuração da membrana urogenital (1/1000 nascimentos)​
  • Mucocolpo - abaulamento da membrana​
  • Adolescência – amenorréia, dor e massa pélvica - hematocolpo​
  • Caracteres sexuais secundários normais​
  • Usg: mostra vagina, útero e ovários
36
Q

Conceito de amenorreia secundária

A

Nesse caso, a amenorréia é a ausência de menstruação por seis meses se ciclos prévios regulares ou falha menstrual de três ciclos consecutivos independente da duração.

Antes de entrar nessa definição de amenorreia, dizemos que o ciclo da paciente está irregular. Quando essa irregularidade se encaixa nesse conceito, enquadramos como amenorreia.

Nessa classificação estão as mulheres que começaram a menstruar na época habitual e por algum motivo pararam de menstruar.

OBS: Mulher em idade reprodutiva sem menstruar, até que se prove o contrário, está gravida. Tem que se descartar essa possibilidade

37
Q

Além da gravidez, existem duas alterações metabólicas que estão relacionadas a amenorreia, que é …

A

o hipotireoidismo e a hiperprolactinemia.
Sendo que o primeiro passo na investigação da amenorreia secundária é exclusão de gravidez/hipotireoidismo/hiperprolactenemia

38
Q

Qual a relação do hipotireoidismo e amenorreia secundaria?

A

O hipotireoidismo leva a parada da menstruação pela analogia do TSH com FSH. A paciente tem o hipotireoidismo, principalmente na forma primária, o TSH se eleva, fica continuadamente elevado e substitui o FSH nos receptores ovarianos, fazendo uma ligação contínua, inibindo a função ovariana. Se a função ovariana está prejudicada, não tem menstruação. Quando trata o hipotireoidismo, a função ovariana é reestabelecida e a menstruação volta a ocorrer.

39
Q

Qual a relação da hiperprolactenemia e amenorreia secundaria?

A

A prolactina é produzida da adenohipófise, só que a mulher não precisa estar em produção contínua de prolactina. No estado normal, os níveis circulantes de prolactina são baixos, isso porque existe fisiologicamente um bloqueio. A dopamina age na hipófise e bloqueia a produção pulsátil da prolactina. Em situações que esse bloqueio é desfeito, a prolactina se eleva, chega ao hipotálamo e inibe a produção do GnRH. Se não tem pulso do GnRH, não tem pulsatilidade das gonadotrofinas, FSH e LH, não ocorrendo a ovulação e consequentemente, a menstruação. Além de não conseguir menstruar, a paciente vai apresentar galactorréia, infertilidade, hipoestrogenismo (menopausa transitória – vai apresentar atrofia, vagina seca e útero reduzido) e diminuição da libido.

40
Q

Causas fisiológicas de hiperprolactenemia

A

gravidez, amamentação, stress, exercícios exagerados e alimentação restrita.

41
Q

Causas não fisiológicas de hiperprolactenemia

A

Alguns medicamentos como haloperidol, metoclopramida e clorpromazina acabam induzindo o bloqueio da dopamina, levando a elevação da prolactina.

Em 1/3 dos casos, a causa vai ser adenoma hipofisário.

42
Q

É de boa prática médica _______________ qualquer alteração endocrinológica, fazendo ______________.

A

É de boa prática médica confirmar com outro exame qualquer alteração endocrinológica, fazendo duas dosagens em dois momentos diferentes.

43
Q

Nas pacientes que o nível de prolactina vier acima de 100, tem que pensar em _______ e pedir ______.
E qual é a conduta de acordo com o resultado?

A

tumor de hipófise; RM

Se o tumor tiver mais de 10mm é indicado o tratamento cirúrgico, se for menor, vai ser tratado como os outros casos de elevação de prolactina, que é fazer o bloqueio da dopamina com droga, como a cabergolina e a bromocriptina.

44
Q

Qual é a primeira etapa na investigação de amenorreia secundária?

A

Sempre pedir BHCG, TSH, T4 e prolactina.

Se os resultados vierem normais, tem que pensar se a paciente está produzindo estrogênio e pedir o teste da progesterona (que será a segunda etapa).

*Como na quarta etapa tem q dosar o FSH, e aqui já vai fazer exame de sangue, já pede o FSH

45
Q

Qual a segunda etapa na investigação de amenorreia secundária

A

Teste da progesterona.

-Prescreve progesterona por 5 dias para a paciente.

Ela pode estar sendo exposta ao estrogênio, o endométrio dela estar recebendo estrogênio e o problema ser ovulatório, não passando para a etapa seguinte para produzir progesterona, não ocorrendo a menstruação.
Se a paciente está se expondo ao estrogênio e só não ovula, quando administrar progesterona, a paciente vai sangrar.
Cerca de 2 a 7 dias depois do uso da progesterona ela vai sangrar e então se considera o teste como positivo. Qualquer tipo de sangramento já classifica o teste como positivo.

46
Q

Teste de progesterona positivo

A

Anovulação, normoestrogenismo
Esse teste positivo indica que a paciente produz estrogênio só não ovula. É classificada como uma anovulatória crônica. Algo está acontecendo não deixando a paciente mudar de fase do ciclo menstrual. A causa mais comum é a síndrome dos ovários policísticos.

47
Q

Teste de progesterona negativo, e o que fazer

A

Estímulo estrogênico inadequado
Se a paciente não menstruar, entende-se que o endométrio não está respondendo a estímulo hormonal, nem do estrogênio.

Faz um segundo teste, administrando os dois hormônios (que será a terceira etapa).

48
Q

Qual a principal causa de anovulação crônica?

A

SOP (40% das mulheres com amenorréia​)

49
Q

SOP

A

Hiperandrogenismo​
Hiperinsulinemia (acantose nigrans)​
Aspecto micropolicístico ao US​
Síndrome plurimetabólica

Cerca de 20% das mulheres, no exame de USG, vão ter o ovário com aspecto micropolicístico. Isso não significa que tem a síndrome. Para se enquadrar como síndrome, além do aspecto policístico, precisa apresentar hiperandrogenismo e hiperinsulinemia, podendo ter acantose nigricans. É uma síndrome plurimetabólica.

Correção da irregularidade menstrual com progesterona mensal ou anti-concepcional combinado

50
Q

Qual a terceira etapa da investigação de amenorreia

A

Teste da estrogênio/progesterona​

Objetivo: Avaliar trato de fluxo e responsividade endometrial

Primeiro administra o estrogênio por 21 dias e depois a progesterona. Com esse teste a paciente TEM que sangrar. Qualquer sangramento que a paciente tiver, considera o teste como positivo.

51
Q

Qual o significado do teste de estrogênio/progesterona negativo?

A

Endométrio não responsivo​
Se a paciente não sangrar mesmo assim, tem algum problema tornando o endométrio defeituoso, como ocorre na Síndrome de Asherman.

52
Q

Síndrome de Asher

A

Nessa síndrome ocorre fibrose do endométrio, que pode formar aderências, chamadas de sinéquias intra-uterinas.

O endométrio fica distorcido, infuncionante e não responde aos hormônios, levando a infertilidade.

Essa fibrose endometrial pode se formar após procedimento cirúrgico, uma curetagem por abortamento, por exemplo, ou após a retirada de miomas ou em decorrência de um processo infeccioso como tuberculose no endométrio e esquistossomose.

O diagnóstico pode ser feito por histerossalpingografia, injeta contraste no útero e investiga a existência de aderência, ou por histeroscopia que é o padrão ouro.

Tratamento: Lise de aderências por Histeroscopia com DIU;​

53
Q

Histeroscopia normal

A

O exame histeroscopico usa soro, uma ótica de 3mm, entra na porção cervical do canal que é cheia de ondulações que são as criptas e papilas. Quando a paciente tem as criptas exuberantes é sinal de que possui os níveis de estrogênio normal. Após passar pelo orifício interno, encontra uma cavidade cheia de muco, o que é normal. Tem que observar o óstio dos dois lados e a parede para ver se tem alguma alteração.

54
Q

Teste do estrogênio/progesterona positivo

A

Trato desobstruído, Endométrio responsivo
Anovulação Hipoestrogenismo

Quando as pacientes menstruam após o teste do estrogênio e da progesterona, indica que o endométrio não está recebendo o estimulo hormonal adequado. Ou o ovário não está funcionando ou o hipotálamo e a hipófise não estão funcionando.

Vai dosar FSH (quarta etapa)

55
Q

Qual a quarta etapa na investigação de amenorreia

A

Dosagem FSH​

Objetivo: Avaliar eixo ovário-hipófise-hipotálamo​

FSH elevado = Hipogonadismo Hipergonadotrófico (problema nos ovários, com hipotálamo/hipófise funcionante)

FSH normal ou baixo = Hipogonadismo Hipogonadotrófico (hipófise ou hipotálamo)

Se o FSH estiver alto, a hipófise e o hipotálamo estão trabalhando e o ovário não está respondendo, tendo que pensar que o problema é ovariano. Se o FSH estiver normal ou baixo, o problema está na hipófise e no hipotálamo. ​

56
Q

FSH aumentado na quarta etapa de investigação da amenorreia

A

FSH elevado = Hipogonadismo Hipergonadotrófico (problema nos ovários, com hipotálamo/hipófise funcionante) ​

57
Q

FSH normal ou reduzido na quarta etapa de investigação da amenorreia

A

FSH normal ou baixo = Hipogonadismo Hipogonadotrófico (hipófise ou hipotálamo com problemas)

58
Q

Hipogonadismo Hipergonadotrófico (FSH elevado): principais causas

A

Falência ovariana prematura​

Síndrome do Ovário Resistente (Sínd. Savage)

59
Q

Falência ovariana prematura

A

Na falência ovariana prematura não tem mais folículo no ovário.


Ocorrência da menopausa (falência folicular) antes de 40 anos.

A paciente vai apresentar duas dosagens, em momentos diferentes, de FSH > 40.

Causas:

  • Genéticas ou cromossomiais - Reposição Hormonal​
  • Doenças auto-imunes - Reprodução Assistida​
  • Ooforite​
  • Quimioterapia e Radioterapia

O ovário para de funcionar precocemente porque a paciente produziu auto anticorpos contra as células foliculares ou por causa de uma doença comossomial que já determinou uma vida útil daquele ovário, ou a paciente fez uma ooforite, assim como ocorre na tireoidite, levando ao hipogonadismo. Outra causa é a exposição à quimioterapia ou radioterapia.

60
Q

Síndrome do Ovário Resistente (Sínd de Savage)​

A

No caso do ovário resistente, ele mantém a reserva folicular, mas ele para de responder ao estimulo hormonal, é um defeito nos receptores.

Caracteriza-se por amenorréia e hipoestrogenismo com ovários repletos de folículos​

Alteração nos receptores das gonadotrofinas​

Tratamento: Reposição Hormonal ​

Uma das causas disso é, por exemplo, uma ooforite.

A paciente tem FSH, tem os folículos, mas não tem receptor para responder.

Diferente do ovário que entrou em falência, nesse caso, se usar as medicações necessárias, tem como captar o óvulo dessa paciente para fazer a fertilização.

61
Q

Manejo da paciente com hipogonadismo hipergonadotrófico

A

Não é aquedado que a paciente viva com níveis baixos de estrogênio.

A mulher em menopausa iguala as chances de eventos cardiovasculares ao homem, perde progressivamente massa osteomuscular ficando exposta ao maior risco de fraturas ósseas e ao aumento da morbimortalidade.

Diante desses quadros, faz a reposição hormonal para as pacientes

Se elas quiserem engravidar têm que fazer por técnica de reprodução assistida e como o ovário da paciente não tem mais folículos, os óvulos que serão usados terão que ser de doadora (na sd de savage pode conseguir fazer reprodução assistida).

No início a gravidez vai ser mantida por progesterona exógena, após 10 semanas a placenta assume as necessidades hormonais.

62
Q

Hipogonadismo hipogonadotrófico: causas

A
-Amenorréia Hipofisária​
(destruição do parênquima)​
RNM
​
​
-Amenorréia Hipotalâmica​
(defeito na secreção pulsátil de GnRh)
Teste do GnRH

Nessas situações tem que investigar se existe tumor. Tem que pedir ressonância magnética.

63
Q

Amenorreia hipofisária

A
  • Síndrome de Sheehan (pan-hipopituitarismo)​
  • Hiperprolactinemia​
  • Adenomas
64
Q

Síndrome de Sheehan

A

Isquemia da hipófise com quadros hemorrágicos graves, sendo mais comum de acontecer no período puerperal.
Nesse período pode abaixar tanto a volemia da mulher que causa isquemia de certos tecidos, como a hipófise.
Com o pan-hipopituitarismo, a paciente não vai produzir os hormônios normalmente, a suprarrenal vai entrar em colapso, ela não vai produzir prolactina, não vai amamentar, não produz FSH, não vai ovular e as menstruações não vão se reestabelecer.

65
Q

Amenorreia hipotalâmica

A
  • Tumores (craniofaringioma)​
  • Traumatismo cranio-encefálico​
  • Irradiação externa​
  • Doença Crônicas (Sarcoidose/ Tuberculose) ​
  • Problemas psiquiátricos (Anorexia/bulimia)​
  • Desnutrição​
  • Estresse emocional​
  • Exercícios exagerados
66
Q

As pacientes que fazem exercícios muito intensos têm dois mecanismos que levam a parar de menstruar…

A

teor de colesterol muito baixo (o colesterol é a base da esteroidogênese, se não tem colesterol não vai ter a formação de hormônios esteroidais) e a interferência que a rotina dos exercícios pesados fazem na pulssatilidade do GnRH.

67
Q

Amenorreia fisiológica

A

Nesse caso, estão as situações em que é esperado que a mulher não menstrue, como por exemplo, na gravidez e na lactação. Na gravidez a mulher pode sangrar, mas não se pode confundir esse sangramento com menstruação.