Neoplasias do Corpo Uterino Flashcards

1
Q

Os sintomas mais frequentes relacionados ao corpo uterino são:

A

sangramento genital atípico, dor pélvica e infertilidade

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Q

Leiomioma: definição

A

Leiomioma ou mioma é um termo genérico que designa as neoplasias benignas da musculatura lisa do útero. Pode ocorrer em todos os órgãos que contém musculatura lisa, como por exemplo, pulmão. São compostos de musculo liso e tecido fibroso.

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3
Q

Leiomioma: EPD

A

É a patologia mais frequente do útero, do miométrio e da mulher.

20-30% das mulheres.

Da população feminina aos 40 anos, cerca de 50% vai ter mioma.

É mais comum em mulheres negras, nuliparas e geralmente são múltiplos.

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4
Q

Leiomioma: ETL

A

Existe uma predisposição genética para o desenvolvimento do leiomioma.

Sabe-se que os miomas têm receptores hormonais de estrogênio e progesterona. Em decorrência desse fator, o mioma de uma mulher na prémenopausa tende a crescer.

Uma mulher grávida, por exemplo, que tem um mioma de 3cm no início da gestação, pode chegar ao fim da gestação com esse mioma apresentando 8cm.

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5
Q

Leiomioma: classificação pelo tamanho

A

● Pequenos (entre os limites superiores da pequena bacia)

● Médios (ponto médio entre a linha umbilicopúbica) – Atingiu até a cicatriz umbilical

● Grandes (Ultrapassam este limite)

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6
Q

Leiomioma: classificação pelo

A

A clínica do mioma envolve o tamanho e a localização dele.

Uma mulher pode ter um mioma submucoso de 2cm que sangra muito,
com ferritina de 2, hemoglobina de 9, sempre anêmica e consumida ou ter um mioma maior, subseroso passando anos sem apresentar clínica.

Pode ter mioma também no colo uterino.

Dependendo da localização, tem-se a compressão dos vasos e sintomatologia.

A paciente pode apresentar dor, pode ter sintomas relacionados a compressão de órgãos pélvicos como ureter e bexiga, pode ter sangramentos exagerados e pode apesentar infertilidade porque o mioma pode estar comprimindo a trompa.

O tumor em si não é grave, a grande questão é a localização dele e as repercussões que geram para a paciente.

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7
Q

Patologia

A
  • Fibras musculares lisas e tecido conjuntivo
  • Tumores circunscritos, bem delimitados
  • Pseudo-cápsula
  • Podem sofrer DEGENERAÇÃO

Hialina (+ comum)

Vermelha (Gravidez)

Cística (Necrose central)

Mucóide(Grandes Miomas)

Gordurosa (Menopausa)

Calcificação ( Após necrose)

Sarcomatosa(Leiomiossarcoma=> Muito Rara (0,07 a 0,5%)

Degeneração hialina caracterizada como um acúmulo de proteínas no interior de células.

Degeneração vermelha ou carnosa: resulta do crescimento rápido do tumor, como durante a gestação, causando obstrução venosa, congestão e hemólise. Pode apresentar rotura tumoral com dor e hemorragia

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8
Q

Degeneração de leiomioma

A

Se o volume do mioma crescer muito rápido, o sague não chega ao centro de forma adequada e vai ocorrendo uma necrose de dentro pra fora. Isso pode gerar uma degeneração hialina, que é a forma mais comum, formando uma cavidade; degeneração vermelha que é a típica da gravidez, podendo causar dor, porque o mioma na gravidez pode crescer muito rápido ocorrendo isquemia do centro; degeneração cística; degeneração mucoide; degeneração gordurosa que ocorre na menopausa; calcificação; degeneração sarcomatosa, é muito rara de ocorrer.

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9
Q

Leiomioma: QC

A

As manifestações clínicas vão depender diretamente do tamanho do mioma, da localização, do número, da presença de degeneração, se é pediculado apresentado risco de torção e da compressão de órgão pélvicos.

Ex.: Uma paciente chega com queixas urinárias e quando faz o ultrassom encontra um mioma causando compressão da bexiga.

Na maioria das vezes o mioma é assintomático e é um achado do toque ou um achado ultrassonográfico.

Quando sintomático pode cursar com: sangramento uterino anormal, dor pélvica e/ou dor lombar, polaciúria e urgência miccional, constipação, aumento de volume abdominal, abdome agudo (torção e ruptura), infertilidade (submucosos), anemia e suas consequências uretero-hidronefrose.

Não são todos os casos que tem indicação operatória.

A compressão do reto pode causar constipação ou até mesmo obstrução intestinal; o mioma parido pode causar sangramento e tem que fazer uma miomectomia vaginal.

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10
Q

Síndrome de Meigs

A

É uma síndrome em que a mulher tem um mioma ovariano, ascite e derrame pleural.

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11
Q

Leiomioma: DG EC

A

Na maioria das vezes é incidental. Tem que fazer anamnese detalhada, exame físico, exame ginecológico e podem ser necessários exames complementares, sendo o método de escolha a ultrassonografia.

Ultrassonografia (padrão ouro): Através da ultrassonografia é possível determinar o tamanho do mioma, o numero, a localização, as características, presença de degenerações, interferência com a cavidade endometrial e se é heterogêneo ou não. O exame vai então orientar sobre a tomada de decisão.

Histeroscopia: É um exame endoscópico que permite a visualização direta da cavidade uterina e do canal cervical, sendo indicado para esclarecer sangramento uterino anormal. Quando se tem um mioma submucoso, podese utilizar a histeroscopia para visualizar de forma melhor o mioma e para poder programar a ressecção cirúrgica.

Ressonância Magnética: Na ginecologia é um exame pouco usado. É indicado no planejamento cirúrgico e para a determinação da via de abordagem cirúrgica, para realizar o diagnostico diferencial entre mioma e massas pélvicas sólidas anexiais e é eficiente nos úteros volumosos.

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12
Q

Condutas no Leiomioma

A

Pode ser expectante (mais comum), medicamentoso ou tratamento invasivo.

A conduta vai depender da idade, paridade, tamanho, localização e tipo e intensidade dos sintomas da paciente.

Expectante

  • JOVEM: Miomas pequenos assintomáticos; Sem definição reprodutiva

- PERI-MENOPAUSA: Assintomática

- PÓS-MENOPAUSA: Assintomática; Miomas com tamanho estávelou em regressão

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13
Q

Leiomioma:tratamento medicamentoso

A

O tratamento medicamentoso é paliativo, é usado para controlar os sintomas através da redução do tamanho do tumor e da redução da vascularização, diminuindo o sangramento, para preparar a paciente para uma cirurgia videolaparoscópica.

Pode utilizar os análogos do GnRH para bloquear os receptores de estrogênio, diminuindo o tamanho do tumor, facilitando a cirurgia. Esses análogos do GnRH causam uma menopausa química e devem ser usado por no máximo 6 meses, já que depois disso a mulher pode começar a perder massa óssea.

Pode utilizar anti-inflamatórios que agem diminuindo o volume do sangramento e a cólica que a paciente sente.

  • *AINH**(PIROXICAN,MELOXICAN,CETOPROFENO)
  • *ÁCIDO MEFENÂMICO**(Ponstan®)
  • *ÁCIDO TRAXENÂMICO**(Transamin®)
  • *ANÁLOGOS DO GnRH**(Zoladex®,Decapeptil®,Lupron®)
  • *DIU** MEDICAMENTADO 20µG/ LEVONORGESTREL/DIA(Mirena®)
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14
Q

Leiomioma: TTO cirúrgico

A

A cirurgia é indicada para pacientes que apresentam anemia crônica, sangramento persistente apesar do tratamento medicamentoso, suspeita de malignidade, crescimento do mioma pós-menopausa (sendo que o esperado é a redução em decorrência da diminuição o estimulo estrogênico), sintomas compressivos importantes e infertilidade.

Ex.: Paciente com 3 abortos consecutivos e com mioma submucoso, tem que operar.

O tratamento invasivo pode ser feito através da miomectomia que é a retirada do mioma, da histerectomia que é a retirada do útero ou da embolização do mioma uterino.

A miomectomia pode ser feita por vídeohisteroscopia, vídeo-laparoscopia ou por laparotomia.

Em alguns casos o mioma é muito grande e tem que sair por via vaginal. O cirurgião abre o fundo de saco vaginal e retira o mioma pela vagina. É importante orientar a paciente que mesmo realizando a retirada dos miomas já existentes, pode ocorrer recorrência ((30% RECORRÊNCIA na miomectomia))

Em alguns casos, faz a opção da miomectomia e não da histerectomia pelo fato da paciente ainda querer engravidar. Essas pacientes possuem uma indicação relativa de cesárea, já que o útero já vai ter passada por varias incisões para a retirada dos miomas, apresentando riscos de romper caso a paciente entre em trabalho de parto.

A histerectomia pode ser feita pela laparotomia, pela vídeo-laparoscopia ou pela histerectomia vaginal. No caso da laparotomia, é utilizada a técnica clássica de Richardson.

A embolização é feita na hemodinâmica, insere um cateter na femoral, da uma volta na ilíaca, atinge a ilíaca interna, depois a artéria uterina e libera o êmbolo, embolizando a artéria que nutre o mioma, levando a necrose.

O problema é que a embolização não atinge apenas a artéria do mioma, ela acaba atingindo um pouco o entorno. Essa técnica é mais indicada para as pacientes que apresentam hemorragia, sangramento e útero de grande volume que possuem indicação cirúrgica e que a paciente não está preparada para retirar o útero.

Através dessa técnica é possível diminuir o tamanho do mioma.

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15
Q

Pólipos: localizações

A

O pólipo pode estar dentro da cavidade endometrial ou no canal cervical.

Pólipos endometrial ou endocervical

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16
Q

Pólipos edometriais

A

Os pólipos endometriais são projeções pediculadas ou sésseis de tecido endometrial, revestidos de epitélio.

Podem ser únicos ou múltiplos, de tamanhos variados.

O sangramento é o sintoma habitual.

A paciente vai ser diagnosticada através da ultrassonografia, da queixa da paciente de metrorragia e sangramento irregular.

Faz então o encaminhamento da paciente para a realização de uma histeroscopia para avaliação do pólipo e posterior retirada.

17
Q

Pólipos endocervicais

A

Os pólipos endocervicais são projeções da mucosa do canal cervical uterino podendo levar a sangramento vaginal fora do período
da menstruação.

São muito comuns.

Geralmente é diagnosticado quando a paciente chega para fazer o preventivo.

Esse pólipo pode ser retirado no momento da consulta com uma pinça de Allis, através da torção do pólipo e após a retirada, ele deve ser encaminhado para a avaliação histopatológica.

Tratamento:EXÉRESE DO PÓLIPO EM AMBULATÓRIO

18
Q

Adenomiose

A

Adenomiose é a ocorrência de tecido endometrial (glândulas e estroma) infiltrando o miométrio, é a endometriose do miométrio.

Esse tecido ectópico sangra quando a mulher menstrua, causando dor muito intensa, cólica incapacitante e progressiva de início tardio.

O diagnóstico é feito pelo quadro clínico, pelo USG e pela histopatologia.

A tríade clássica da adenomiose é sangramento uterino anormal, dismenorreia secundária grave e progressiva e útero aumentado de tamanho.

O tratamento pode ser clínico, tendo como objetivo a suspensão da menstruação.

Pode utilizar progestagênios, danazol, gestrinona, análogos do GnRH e o Mirena ®.

Pode ser feito também o tratamento cirúrgico através da histerectomia.

19
Q

Ca de Endométrio: EPD e FR

A

97%=> origem endometrial.

3%=> sarcomas.

Peri ou pós menopausa (75 A 80%).

Idade média:61 anos.

Raça branca

Hábitos de vida ocidentais

Dos cânceres ginecológicos, o câncer de endométrio é um dos que permite o diagnóstico precoce, já que o sintoma mais frequente é o sangramento pós-menopausa.

Ex.: Uma mulher pós-menopausa que está fazendo reposição hormonal e vai ao ginecologista com queixa de sangramento. Tem que investigar câncer de endométrio.

Diferentemente de câncer de colo uterino, que ocorre próximo aos 40 anos, o câncer de endométrio atinge mulheres na peri ou pós menopausa. O câncer de endométrio é mais comum em pacientes obesas, nuliparas, brancas, diabéticas, hipertensas, com doenças biliares e com resistência a insulina.

20
Q

Ca de Endométrio: Histopatologia

A

O tipo histológico mais comum é o adenocarcinoma endometrióide, correspondendo a 80% dos canceres.

Após a retirada, a peça cirúrgica é encaminhada para a histopatologia, é feita a imunohistoquímica e vai diagnosticar o grau de agressividade do tumor.

Ele pode invadir o endométrio, o miométrio, órgãos vizinhos e isso tudo vai determinar o estadiamento.

Grau de diferenciação:

Tumor Grau I (G1): até 5% de padrão de crescimento sólido

Tumor Grau II (G2): de 6 a 50% de padrão de crescimento sólido

Tumor Grau III (G3): > 50% de padrão de crescimento sólido

Outros tipos histológicos

ADENOCARCINOMA MUCINOSO: 5%. Bom prognóstico.

CARCINOMA SEROSO PAPILAR 3 a 4%. Tipo II de Ca endométrio.

CARCINOMA DE CÉLULAS CLARAS Mulheres idosas. Muito agressivo. Tipo II de Ca endométrio.

CARCINOMA ESCAMOSO Muito raro.

21
Q

Ca de Endométrio: QC e DG

A

Em 90% dos casos são pacientes pósmenopausa que apresenta hemorragia ou secreção vaginal sanguinolenta com odor forte.

Após o exame, a conduta inicial é solicitar uma ultrassonografia para avaliar o útero.

A histeroscopia é um exame muito importante.

O diagnóstico é histopatológico. A biopsia pode ser feita no ambulatório através de um instrumento próprio e pode ser feita durante a histeroscopia.

S/S

  • *Hemorragia ou secreção vaginal(90% dos casos)**
  • *Hematométrio**:idosas com estenose de canal
  • *Piométrio ou secreção purulenta.**
  • *Espessamento endometrial**(USGTV rotina): assintomáticas
22
Q

Ca de Endométrio: FR ~ PRG

A

•Tipo histológico

●Grau histológico

●Grau nuclear

●Profundidade de invasão endometrial

●Invasão glandular e do estroma cervical

●Metástases anexiais e/ou vaginais

●Citologia positiva

●Doença metastática em linfonodos pélvicos e paraórticos

●Presença de metástase intrabdominal ou à distância

●Invasão linfovascular.

23
Q

Ca de Endométrio: EST e distribuição

A

O estádio I se limita ao útero, o estádio II envolve a cérvice, o estádio III invade a pelve e o estádio IV tem metástase a distancia.

A distribuição do câncer de endométrio por estádio: 70% é diagnosticado no estádio I, 13% no estádio II, já invadindo o colo e os demais casos são diagnosticados em estádios mais avançados.

24
Q

Ca de Endométrio: planejamento do TTO

A

Existe um planejamento.

No estadiamento cirúrgico vai fazer um lavado peritoneal, fazer uma inspeção dos órgãos pélvicos, fazer biopsia de sítios extrauterinos suspeitos, fazer histerectomia com salpingooforectomia bilateral, abrir a peça cirúrgica, avaliar invasão, fazer a linfadenectomia pélvica e paraórtica e planejar a terapêutica.